Você está na página 1de 2

Cobradora de

nibus e manicure
so vtimas de
preconceito racial no
DF
No salo, cliente se negou a ser atendida por
uma manicure negra.
Passageira comeou a xingar cobradora por
causa de uma pane eltrica.
2 comentrios
Duas histrias de preconceito racial marcaram o fim de
semana no Distrito Federal. No salo de beleza, a
cliente se negou a ser atendida por uma manicure negra,
que hoje, na entrevista, no quis que seu rosto
aparecesse. Falou que eu j era preta demais para
arrumar a unha dela, no queria gente dessa raa
falando com ela, por que que gente dessa raa insiste
em falar com ela.
As outras clientes do salo reagiram. Saram em defesa
da manicure. A recepcionista gravou tudo. Pressionada,
a cliente tentou fugir, mas foi impedida. A polcia foi
chamada:
Cliente: Perguntei para voc por que que pessoas que
tm sua cor ficam olhando pra mim. Foi isso que eu
perguntei, ta? Eu devo ser muito bonita para voc ficar
olhando pra mim.
O outro caso foi dentro de um nibus. A cobradora
conta que uma pane eltrica travou as portas. Uma
passageira que queria sair comeou a xingar Claudinia
Gomes. Ela queria que eu desse o nome do motorista a
ela e como eu no dei, ela me chamou de negra
ordinria dizendo que eu estava acoitando o motorista.
O caso do nibus nem registrado na polcia foi.
Ningum sabe quem a mulher que ofendeu a
cobradora. J a agressora da manicure foi presa em
flagrante. Louise Garcia australiana, vive no Brasil h
cinco anos e conseguiu um habeas corpus. Vai
responder o processo por crime de racismo em
liberdade.
A delegada Mabel Alves de Faria disse que a
australiana tambm implicou com dois policiais negros.
O que chamou a ateno foi a postura dela, no
querendo, no assumindo a possibilidade de se dirigir,
de falar com eles, da mesma forma que ela j havia
agido no salo.
A equipe do Jornal Hoje tentou conversar com a
australiana e o advogado dela, mas eles no
responderam.

Você também pode gostar