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Junito de Souza Brando afirma que o mito expressa o mundo e a realidade humana, mas cuja

essncia efetivamente uma representao coletiva, que chegou at ns atravs de vrias


geraes. E, na medida em que pretende explicar o mundo e o homem, isto , a complexidade
do real, o mito no pode ser lgico; ao revs, ilgico e irracional. Abre-se como uma janela a
todos os ventos; presta-se a todas as interpretaes. Dessa Forma, Junito nos diz que
Inconsciente coletivo a herana das vivncias das geraes anteriores. Desse modo, o
inconsciente coletivo expressaria a identidade de todos os homens, seja qual for a poca e o
lugar onde tenham vivido. Junito afirma que religio pode ser definida como o conjunto de
atitudes e atos pelos quais o homem se prende, se liga ao divino ou manifesta sua
dependncia em relao a seres invisveis tidos como sobrenaturais. Tomando-se o vocbulo
num sentido mais estrito, pode-se dizer que a religio para os antigos a reatualizao e a
ritualizao do mito. O rito possui, no dizer de Georges Gusdorf, "o poder de suscitar ou , ao
menos, de reafirmar o mito".Atravs do rito, o homem se incorpora ao mito, beneficiando-se
de todas foras e energias que jorraram nas origens. A ao ritual realiza no imediato uma
transcendncia vivida. Junito nos diz que o rito toma, nesse caso, "o sentido de uma ao
essencial e primordial atravs da referncia que se estabelece do profano ao sagrado". Em
resumo: o rito a prxis do mito. o mito em ao. O mito rememora, o rito comemora.

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