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Comunidade Negra de Séo Benedito da Praca 14 de Janeiro b Nova Cartografia F Social da Amaz6nia *». Manaus Participantes da Oficina de Mapas - 08.04.2007 ‘Aun gasWvaAmetta Ana Concei¢ao dos S. Pereira cece ears Caaiateas Eoneca Goce me ee as cunacsne bonnes eos Ro eee Hae Cages Fonseca Froniecoaos Sones Fomandos cco Gartannseerent Panta Team pot ao ple Salgado (Da esquerda para dria; Fira de rs: Clarck, Dona Gon: Hildamira Silva Zecko, Ta Cn, Madera, Marine Francisca, doutora Nacara, Ivan Martins Moreira Cassis, Filia detente: dora Amdlio, Dona Creuza, Hikdamia, Jaime Inacio de Oliveira Jarota, Frencica Jamil, Agachadosra frente. Rosa, von Duk, emily Souza da Siva Melquiades o Gerson Liosé do Nascimento Santos 21. José Raimundo lao ficou direito, néo esté legal 22, Magnélia Rodrigues Fonseca ‘se mudar 0 nome 23. ManaAmeéliaS. dos Santos de Praca XIV para Praga Portugal a aed Conca eof dns Senos Houve um comicio a turma toda protestou. atts do Nera Vela ges came Avvelha Praga 0 velho nome néo mudou 26. ‘Marina Reis Rodrigues f E a nossa Escola néo perde a pose 27. Marinhada Siva Oliveira poche y: 28. RaimundaQ. de Oliveira 9 vel dosent come race, 28. Rosa Maria Pereira Almeida (26 Ruidade) 30. Valentin dos Santos Cantada na Oficina por Melquiades Projeto "Nova Cartografia Social da Amazénia” ‘Série: Movimentos Sociais e Conflitos nas Cidades da Amaz6nia Fasciculo 16 “Comunidade Negra de Sao Benedito da Praga 14 de Janeiro’ ISBN: 85-86037-26-6 Manaus, 2007 Coordenagao do Projeto Equipe de Pesquisa Fotografias “Nova Cartografia Social Dulcilene Gomes Batista Francisca Das Chagas Fonseca da Amazénia” Jamily Souza Da Silva Emmanuel de A. Farias Junior ‘Aifredo Wagner Berno de Almeida Clarck Lazaro DaS. Fonseca (PPGCSA/UFAM, FAPEAM/CNPq) Francisca Das Chagas Fonseca Projeto Grafico Emmanuel de. Farias Jinior José Femandes F. Neto Edicao Alfredo Wagner Berno de Almeida Dulcilene Gomes Batista Entrevistas de Apoio a Oficina Elaboracao do Mapa Henrique Nascimento Luis Augusto Pereira Lima Vitéria Nascimento Jose Nascimento 7m dezembro de 2005, em reuniso do Conselho da Cidade e liderangas do movimento social de Belém, foi apresentado 0 projeto “Nova Cartografia Socal da Amazénia"e 0 resuitado cos trabalhos de pesquisa ‘com Guebradeiras do coco babagy © qullombolas. Das situagses socials identfcadas resultou a moblizagao dos Presentes na reuniao para a o desenvolvimento do Projeto com grupos que vivem nas cidades. A partir desta Teuino teve origem a Seri “Movimentos Socials e Confitos nas Cidades da Amazénia’. Esta série se inicia com 9s indigenas, homossexuais, afro-religiosos e negros e negras de Belém e tem continuidade com outros grupos femBeleme cutras cidades da Amaz6nia, como Manaus ‘St Heitor Nascimento, 83 anos Oficina 6 Mapas - 08.04.2007, ‘Sra. Maria de Nazaré,74anos. ‘Oficina de Mapas 08.04 2007 "Olha pessoal, essa festa de Sao Benedito comegou, quando eu tinha uma ave que era escrava. Entéo, quando ela veio de Portugal, os Senhores dela perguntaram onde é que ela queria morar, ela disse que queria morar noAmazonas. Ele comprou as passagens pra ela e dos amigos dela que eramn: Antoni, Bhaima, Aroldo Elias e, o primeiro, foi Felipe Beckman que fol chefe de tudo. EntAo, ela velo pra esse Amazonas, trouxe uma comunidade sé de pretos ali naquela Rua Japura se procurava uma pessoa de pele mais clara e ndo se encontrava, era sé preto e ninguém queria morar al. E ‘acompanhou com ela também um pé de estrela, "Sr. Heitor Nascimento. “APraga XIV me ensinou a viver; A Praga XIV me ensinou a saber “quem é quem"; APraga XIV me ensinou afazer samba, a sambar, a ter alegria, apesar de todos nés sermos um pouco sofridos aqui, no ser muito olhado até pelas autoridades. Mas isso nao interessa pra gente nao, porque quem tem samba, quem tem amor & Praca XIV de Janeito, ‘quern ter amora essa raga negra, supera todos e tudo issoe eu aprendi muito" Delfim $8. “Eu sou filha da Praca XIV masai eu fui com sete meses para o Maranhao e voltai com oito anos, fiz oito anos de ld pra cé, fiz oito anos a bordo. Nés chegamos aqui no dia 07 de setembro de 41(1941), eu fiz oito anos a bordo do Raul Soares - onavio lotou, o Raul Soares foi fundo em 41. Isso aqui era umia mata, s6 tinha o campo do Solimdes, aqui em cima onde esta a igreja que era a estaca do Solimdes. Jogava Solimdes e Fiuminense. Era tudo mato, mas era melhor do ue hoje, pra mim era porque era mato mas a gente andava tudo por aqui, nao tinha medo, nao tinha nada. Atravessava al tinha o igarapé grande que ninguém atravessava para Cachoeirinha, para ir para Cachoeirinha tinha que ir pela Duque de Caxias direto, tanto que o caminho chamava Circular, onde se dava a volta para ir para a Cachoeirinha, mas era muito bom. Mas hoje em dia eu tenho medo de andar’ Maria de Nazaré Vieira dos Santos Porque a Cartografia? “Falta alguma coisa aqui? Falta, mas com essa ajuda, com essa reunido que nds estamos fazendo aqui, com apoio do professor da Universidade... @ isso que nds estamos precisando, porque eles nao esqueceram da gente, nés mesmos esquecemos de nés mesmos Bonito esse convite para reunir. Vimos agora, duas senhoras que ‘@ quanto tempo no se viam morando no balrro, se abracaram, choraram. Nosso amigo Valentim... Que coisa maravilhosal Que espetaculo! Que exemplo ele deu para a gente agora. E isso senhores, \vamos fazer isso, no vamos deixar que se acabe esse nosso coracao essa raga negra, ou que levem aqui do Bairro da Praga XIV, como ja levaram muitas coisas, senhores. Vamos se unir! Vamos voltar! Vamos. falar nas ruas com nossos amigos, com nossas pessoas. Esse tapinha nas costas tomara que nao seja S6 hoje, seja sempre, a vida inteira.” Delfim $a, “ACartografia é uma forma de resgatar a hist6ria cultural, sociale Trabalho em grupos, Oficina de Mapas (PNCSA), religiosa do Bairro da Praga 14 de Janeiro, da Comunidade Negra de 08.04.2007. Da esquerda para drera: Valentin, ivan, ‘S40 Benedito” Clark Lazaro da. Fonseca. Zecéo, Marina, Raimunde © Marta.

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