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Ge Fe ger Re aaa ; ~ -" oS Bs or" oa - > a A\ I TAL VL a btn er} Ms “a re 5 ae 4 OPERACAO OURO ia BUSATO eTOCs aL C POC ace eC ua ear Telefénicos indutivos Pré pagos (scratch) Crédito e débito Comerciais Smart cards Personalizacao, manuseio, Carteira Nacional de Habilitagao Carteira de Identidade Digitalizagao e indexacao de documentos Sistemas para controle de documentos Confeccio e distribuigio de impressos de seguranca: los Fiscais *Selos de Autenticidade e Fiscali Junta Comercial, Tribunal de Justi “ee Gy Gestdo de suprimentos de produtos gréficos Impresséo de dados variaveis - Cheques - Extratos ~ Faturas Servigos de manuseio, envelopamentoe distribuigao REET ac | Impressos institucionais & Comerciais_«Imy Tickets, Selos. SOO ja WO 1 (6521) 3819 9800 S006 BankNote Personalizagio | Acsbamento | Manuseio elogfsica Impressos de seguranca (CNH, Cheques, Sareira do deridade, - Smart - Indutivo. ID). BILSIS -wowakesennie ROBERTO BUSATO ‘dora em tod 0 Pals; Presidencia de Re- adREM Avisao da Diretoria Executiva da ADPF Pag. 4 ad LITERAM Roberto Busato: OAB em campanha nacional pela defesa da Repiblica eda Democracia Pag. 6 abEPISTOLIS Aopinido, acriticae as sugestdesdos leitores Pag. 18 modusOPERANDI ‘Serra Pelada: quando os Federais erama Lei Pag. 20 casusBELL! Delegados se revoltam: membros do MP fazem fama com trabalho da PF Pag. 26 quid URIS 0 Brasil est em guerra!, por Atita da Rold Roesler Pag. 28 0 poder paralelo onipotente e os vendedores de ilusées, por Wenderson Braz Gomes Pag. 30 0 jornalismo ea ética das. fontes, porLuiz Martins Pag. 32 ipsoluRE Acanreira policial federal com a edigdo da MP 212/04 Pag. 35 exTUNG Acontecimentosmareantes do ‘trimestre Parceria Real: depois de meses de estudes e negociagdes, em setembro, a ADPF e 0 Real bateram 0 martelo no que promete ser a menina dos olhos dos convinios da Entidade Pag. 36 inACTIO Aeficiénciade operacoesda PFem todo Pais Luz na “Farol da Colina”: a verdadeira hisibria de como a Policia Federal ~ endo 0 Ministério Piiblico, como teimam em afirmar os desinformados ou os mal- intencionados investigardes de um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro que condusi as se tem noticia no Pais Pag. 42 imterALA Fatos e fotos revelam importantes eventos Pag. 54 adMEMORIAM Um resgate decenas histéricas da ADPF e da Policia Federal Pag. 56 InFINE Curiosidades sobre os bastidores da Policia Federal Pag. 58 “Eu no quero subir, eu quero andar pra frente”, frase de um personagem do filme Tenda dos Milagres, de 197. cesde que expis o seu programa de trabalho, ainda na época das celeigdes, a atual Diretoria da Associago Nacional dos Delegados de Policia Federal (ADPF) sempre defendeu o direito e o exervicio da Critica construtiva como um dos pilares para o efetivo exercicio da democracia interna, visando sempre a melhoria profissional da categoria, do Departamento de Federal (DPF), da S ‘como um todo e, porque nio dizer, do préprio Pais em que vivernos, Policia -gurange Piblica E fato que a ADPF, porter em seus quadros associados que exercem fungbes relevantes de direy0 no DPF ou em outras importantes esferas governamentais, se ressente, is vezes, de ter que fazer observagbes e anilises mais eontundentes contra determinados tos administratives intemnos e/ou do peéprio Governo, que so praticados, em dliima instincia, por representados da Entidade. No entanto, nlo é possivel esquecer que tantos outros sao associados da ADPF pensam de modos distintos, muitas ve: diretrzes administrativas oficiais. eS em posigdo francamente contriria as AADPF, por meio de sua Diretoria Executiva, jamais se furtard de exercer a critica ue julgar pertinente, pr rando pautar tal ago de maneira firme, porém cortés, com respeito aos posicionamentos contririos, contudo, ratficando, em féruns oportunos, joramento das instituigdes j4 mencionadas sado de policia federal, enquanto agente do Direito e © que entende ser nev , particularmente, do del cidadto engajodo na methoria da sociedade ra qual esta inserio, Por outro lado, como representante da categoria, epara que a ADPF se cexpresse com leitimidsde, ainda que manifestando um posicionamento Oe eee ee ee a ad ern eee ety a a eed ee ee 1 ee Py | Dee aa eno foi Rua Desembargador Gil Costa 522 Cr Oe ceed Fone: 48 . 288.0013 eda oe ee} Re tect Mente preocupantes, pois é este exame que dé habilitaglo ao bacharel em Direi- to. Nao se trata de um exams rigoroso como muitos afirmam, exige-se somen- fe 0 minimo decapacidade postulatiria Ate porque nosso objetivo no é fazer iim tanking dos melhores alunos, mas, sim, aferir o miniro de capacidade para © exercicin da funedo de advogado. Hoje, vemos essa mervantilizagao do ensino superior se refletir nas provas desses bacharéis de Direito, que s das faculdades sem qualquer condigao Ae atuar no mercado, Este ano, em San- ta Catarina, por exemplo, a reprovaeto atingin 83% no 4 dos aprovatos eram de universidades federais. Os jovens estio sendo enge- anados pelas faculdadi serio algozes de seus clientes. A OAB nfo pode ser conivente com iss indo exame © 69% e, futuramente, eps 140 diplo- mas que no valem nada. Por isso estamps batendo tanto na questi da mi qualidade do ensino e exigindo do MEC medidas enérgicas para fades PRISMA - 4 OAB emitiu um posicionamento sobre a pretensdo investigativa do Ministério Piblice Como o senhor interpreta esta pasi- $ito ¢ qual sua opinido pessoal sobre recentemente, que nio existe base juridi- ‘ca constitacional para que © Ministério Pblico tenhia poder de investigasfo em ‘matéria criminal, Emtendemos que fun- ‘¢do de investigar crimes ¢ provas é da Policia endo do Ministerio Pablico, por- que a Constituigio nfo atribuiu a este ‘timo 0 poder de investigarcriminalmen- te. Ninguém desconbece ou ignora ¢im- Portancia do Ministerio Publico nos iti- ‘mos anos. Pelocontririo, Acho o MPurna instituigSo fantistica, que teve um avan- 0 fenomenal desde a edigo da Consti- tuipdlo, Apenas houye um eerto desman- do administrative, pois o Ministério Pi- blico da autonomia plena a seus mem- bros ¢ isso tem propiciado algumas si- tuagdes altamente desagradveis, como © fato de alguns de seus integrantes oficiarem por meio da imprensa,em vez de oficiarem dentro do processo. Sto ‘eS8€5 excessos que preocupam a OAB © asociedade, principalmente pelo des- respeito a Constituicdo e as garantias fundamentsis do individuo investiga- do, Por isso, defendemos que as inves- tigagdes pelo Ministério Pablico fiquem restritas as de procedimento admini trativo e elogiamos a decisio do Sena- do Federal, de aprovara criag’o de um controle externo para 0 Ministério Pi= blico entre 0s itens previstos na sefor= ‘mado Judiciiio, PREOCUPAGOES COMUNS: Em diversos momentos, a diratora da ADPF teve a oportunidads de estar com 0 presidente ca OAB, Roberto Busato. ‘Nesses encontros, foram discutidas. ‘quastbes que preocupamas duss ‘entidades no que dz respsito.a cefesa daConstituigao. PRISMA=4 O4B realica no dia 6 mbro um encontro nacional para debater a manuiengdo das prer- roguilves doy advogados. Que prerro- ‘gativas vem sendo violadas e como 0 Gonsetho Federal age nestes casos? BUSATO- As pretrogativas dos ad- vogados vém sendo sistemativamente desrespeitadas, por ignorineia ou miei € de colegas que 45 ais prosaicas diffeuldades para desempenhar suas rotinas prof ‘nits, seja no trato com autotidades po= Tivias,seja com magistad Ficuldades para manter contato como cli- ene preso OU até mesmo nos eandrios dos tribunais. ATE 0 sagredo sigilo pro- fissional do adyoundo ver senéo viola do, Escritéries de advocacia tém sido devassalos por policiais, por meio de fordens judiviaisinjustas, que afioniam @ ignidade do citsday, Outro exemplo re- cente, relatado pela presidente da Seecional da OAB do Distrito Federal, Estefinia Viveitos, foi expulste da pré- dio do Ministério Pablico do DE dos ad- vogados de vito servidores piblicos que foram intimados a depor em. processos cconsidetados sigilosos. Tss0 ¢ wm abur- do! Todo cidadiio tem direito & defesa & de-estar acompanhado de seu advogado, ‘Tem direito de saber porque esté sends interrogado-€ quais so asavusaybes que pesam contr le, Por mZbes como essa langanvos a Campanha Nacional de Defe- sae Valorizacao da Advocacis, de qual jé fale. Nodia 6 vamos debaier a mamuten- so desses premogativas, que estto pre- Vistas ina Constiuigao © no Estonia da Aévocacta, com a presenga do ministro Globetrotter PROJETADOS PARA PROTEGER A MAIS PRECIOSA DAS CARGAS: SUA VIDA. ‘QUEM PENSA EM SEGURANCA PENSA VOWO.ARNAL, EA NARCA QUE OFERECE 05 VEICULOS MAIS. SEGUROS 10 MUNDO. FoI PIONEIRA EM UTILIZAR NOS VEICULOS COMERCIAIS [EDUIPAMENTOS HOI CONSAGRADOS, COMO CANTO DE THES PONTOR, FREIO ARS E AIR BAG. {EAvOLW0 ESTA CONTINUANENTE NVESTINDO PESADO EM OCSEWVOLVMENTD DESISTENASOE. 'SEGURANGADOFUTURO, COMO ALERTA DE SONOLENCIA APOIO PARA PONTO CEGO, CONTROLE [ELETRONGO DE ESTABILIDADE E MUITOS OUTROS. E A VOWVO SEMPRE DE OLHO NO FUTURO. da Justiga, Mircio Thomaz Bastos, ¢ com (5 presidentes do STR, Nelson fobim, & PRISMA - 4 OAB estd propondo a realizacio, pelo Congresso Nacional, de uma auditoria na divida externa bra- sileira, Fala-se até em articulacito ine ternacional para realizagdo de audito- ria conjunta das dividas interna ¢ exe terna de todos os patses endividados, Por que 0 Consetho Federal dos Advoga- dos tomou esta posicéo? Quais as prin- cipais falhas que a insttuicio apontae ria com relasao a legitimidade da divi- da? BUSATO - Decidimos ingres- ser no Supremo Tribunal Federal ‘com uma argiiigto de descumpri- mento de preceito fundamental (ADPF) para obrigar © Congresso ‘Nacional a realizar a auditoria da ‘vida externe brasileira, conforme esti previsto no artigo 26 do Ato das Disposigdes Constitucionais msitdrias (ADCT) da Constitui- glo. Esse dispositivo estabelece que, partir de um ano da promul- ago da Constituigo, o Congresso Na- clonal deveria fazerum exame analitico e pericial dos tos ¢ fatos geradores do nos- so endividamento extemo, Sto exatamen- te esses atos € fatos que queremos co- hecer, até porque consideramos essa di- vida impagavel © sabemos que ela foi ‘montada em cima de ilcitos de earmapstio ede irregulatidadtes. Passados dezes: anos, esse dispositive nfo foi cumprido, Critisamos duramente a formagao de: divide externa, que prejudica enormemen- tea vida deste pais e impede que alcan= emos o desenvolvimento que queremos. PRISMA A OAB esti acompanlan- do as denincias de irreguleridades no Programa Bolsa-Familia. O que fol le- vantado até agora como a instituigao Pretende intervir neste caso? BUSATO - A nosst Comissio Naciow nal de Direitos Sociais eothet, em sus Oe tina reunito, depoimentes efnformagBs ste ne deninctaeeierginves tame spontaias no Bolsa-Familia, programa do govern federal que atende cere de 20 milhdes de brasileios carentes. Foram Aebatidasrepomgens Veleulads pelaian: prensa que mostraram « ocoméneis de falls envolrendo ® maior programa do governo, implantado com o-abjetive de combatera miscriae promoyera emanci- pagio das famflias mais pobres. Com ot recimentos gue foram. prestados, ostramos que a OAB esiéatenta a0 prot O6se a finalidade tiltima do Estado 6 prover o bem comum, nada mais. justo e necessario do que garantir ao proprio povo a plena titularidade dessa soberania. Ja € tempo de nos darmos conta que uma repiiblica nao é, simplesmente, o regime composiglo & esttamente sindical, consegue impor seu Cédigo de Lisa. c muito menos fiscalizareficazahente w exete sicio da profissio, Como Conselho, que: tal comoa OAB sera um 6rgio indepen- dente, & profissio teri uma nova dimen- so eo jornalista poder’ trabathar com aig Jiberdade, inclusive panticipands mais efetivamente das discusses em tor no dos rumos a imprensa no Pais, Nao ‘vejo qualquer risco de cerceamento a l= berdade de expresso, como muitos vem dizendo, tima vez que seri dado a0 joma lista~e nto ao Estado pape! ficaliza- dor. No visturbramos a imengao de re- gulamentar a profissio dos jornalistas brasileiros qual- quer stentado as liberdades constitucianais: de pensa- ‘mento, opinio ¢informego Jomalisties. Em nossa titima sessdo plenéria, propusemos algumas alterapdes,visanido 0 aperfeicoamento desse projefo, entre elas a sua com- pleia desvineulagio do por politico oposto a monarquia. J service tema e que vamos continuar éxigindo & tomads de medidas imediatas por parte do governo para coibir odesvintiamento do progran PRISMA = Umm dos fatos mais polé= micos deste ano, envolvendo o Gover- no Federal, foia eriacao da Consetho Federal de Jornalismo. Porque a OAB se posicionow favordvel & insealacde do CFI? BUSATO ~ © Conselho Federal ds OAB institucionalizou 0 apoio a eriagio. do Consetho Federal dos Jomalisins por entendé-Io essercial para regulamenta- #1o da profissdo, Pormeio dele.osjoma listas yao dispor de instrumehios efica 725 pata fiscalizar oexercicio profissional ‘eoscursos de comunicagio social, Hoje, aFederag2o Nacional dos Jomaistss,cuje PRISMA - No dia 15 de novembro seri lancada no Rio de Janeiro a Came panhe Nacional de Defesa da Repii- blica © da Democracia, Qual a finali- dade desta campanh BUSATO - O objetivo dessa campa- aha € passat « Himpo todos os asstntos telativosa Repiiblica neste Pais. Por meio de um trabalho bastante extenso do jue tista € professor Fabio Konder Compa rato, veriffcamos que as instituigoes da Republica precisam ser aperfeigoadas, A Repiiblica é a coisa piblica, existe para opovo, sus finalidadeé 0 seu bem- estar, Enido, & necessario que 0 pove participe mais ativamente das decisdes emdmbito nacional, Por isso, no langa~ mento da campanha, no Rio de Janeiro, apresentamos um prsjeto de tei propon- do-a tegulamentacao do artigo 14 da Vocé ja assume THIN na vida Lf as UT rr am mC LO iki tad produtos e servicos personalizados para vocé: + lsencao das principais tarifas;" ¢lsencao da anuidade do Cartao Real Visa Platinum;” * Realmaster — cheque especial com 10 dias sem juros por més.” zee ee Ne Man Tee 0 banco da sua vida ‘ Ey Ta ae - adLITERAl Constituigao, gue propde a participa- $80 direta do povo por meio de plebis- citos e referendos, Se a finalidade ulti _ ma do Estado ¢ prover 0 bem comum, nada mais justo e necessario do que ga- rantir a0 préprio povo a plena titulari- dade dessa soberania, J4 € tempo de nos darmos conta que uma tepublica ‘no €, simplesmente, 0 regime politico posto & monarquia. PRISMA - Osenhorentregourecen- temente ao ministro Edson Vidigal, pre sidente do STJ, um projete de custas € honoririos, O que prevé este projeto? BUSATO - Eu entreguei 20 pres dente do STI um parecer sobre a uni frniaydo de poestinnics pase © & O papel da OAB colhimento das custas devidas & Unite. Esse projeto, que est sob estudo no Conselho da Justia Federal (CIF), foi submetido & consulta da OAB por suges- tio do proprio presidente, o ministro Ed- son Vidigal. A partir dessa sugestdo dele, ‘constituimos um grupo de trabalho para estudar 0 assunto e esse grupo acabou se manifestando de forma contriria ao pro- Jeto. No nosso entendimento, se adota- o,.0 novo modelo de eustas tornars in- Yidvel o avesso da populagdo a0 Poder Judiciério. O ministro Edson Vidigal nos informou que o parecer que entregamos a cle serd apreciado pelos demais inte- arantes do CIF PRISMA - Resolucao do Consetho Federal de Justica estaria prejudican- do 0 pagamento dos honorérios dos advogados? BUSATO-Sim. Fu ent sidente do Conselho Federal de Justiga (CAP), minisiro Edson Vidigal, uma pro Posigdo de carster emergencial pedindo que altere a resolugdo que prevé que os dlepdsitos efetuados pelos Tribunais Fe= dersis referentes a requisig -gueiaopre- es de pe 6 valor e procatdrios sejam feitos def mia eletrOnica e diretamente na conts dos clientes. Ni $s elogiamos a intengo do AA ese 200 ris ode porta-voz da cidadania. JF de utilizaro meio totalmente elerni- 0, pois a medida vai agilizar o pagamen- to dos precat6rios de pequeno valor os flimentares, mas nao concordamos que ‘8 valores sejam depositados diretamen- te na conta dos clientes. Muitos advoga- dos sairiam prejudieadas com isso, A re solugio fere a dignidade dos profissio- jf que as responsabi~ lidades desses para com seus clientes esto sujeitas a sangdes eivis, criminais © ds previstas no Estatuto da Advoca Alm disso, 0 contrato de nais da advocaci tabelecide entre advogado¢ cliente pes- soal privativo (conforme previsio no anigo34 doCdigo ce Eten ¢ Disciplina) «ro pode ser violado por resohigo do Judicidrio, PRISMA - Neste mesmo encontro, 0 senhor denunciow irregutaridades no concurso piiblico do Tribunal de Justica de Sergipe. O que aconteceu no concurso? BUSATO - Apresentamos pedido de anulagdo deste novo eoneurso devido a enlincias de imegularidades considert- das bastante graves. Segundo 0s propri- ‘ox candidarys, que fzeram as dendriclas A OAB eA Policia Federal, varias pessoas. usaram aparelhos celulaes e fizeram as provas sem que seus nomes constassem da relagio de candidatos. Eles denuncia- ram, ainda, que alguns fiscais mio cram da Fundagto Getdlio Vargas - empress. encarregada de ministrar as provas -, que as provas chegaram as salas sem lacre & envoltas em sacos de lixo € que candi- datos entrararm na sala ji com a prova ‘em mios, surginde a suspeita de que receberam a prova nos corredores, Esse € 0 segundo concurso que 0 TJ de Sergipe promove este ano. © primeiro foi anulado pela Justica Federal em 23 de abril, depois que a OAB ajuizou ago civil pablica apontande irregu- laridades como clonagem de ques- tes, dispensa irregular de licitagio. para contrate¢ao da fundagao que aplicou as provas © utilizagio de celu- lares durante as provas. PRISMA -A OAB divndgou, recente- ‘mente, mocao de reptidio i Medida Pro viséria que concedeu status de ministro ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Por que 0 Conse- tho tomou esta decisae? BUSATO- Porque, conforme expli- citou muito bem o conselheiro federal da OAB pela Bahia, Arx Tourinho, que relatou essa maiéria no Conselho Fé- eral, a Media Provisérie n° 207/04 pa- tece-nos ter sido a gots ¢'égua na nos- sa paciencia juridiea. Detectamos va as violagdes constitucionais na ediao. dessa MP, sendo a primeira delas a inexisténcia de pressupostos de rele- Vinci ¢ urgéncia, Esses pressupostos constam do artigo 62 da Constituigio como requisitos indispensiveis para a edigdo de uma medida prov Entre as demais violagaes que cons tatamos, estéo a infringéncia aos principios da moralidade piblica (ar- tigo 37 da Constitui¢ao) € do juiz ma- tural (artigo 5°, LIND). \ 5s") 3 VENDE-SE — Cuidado na hora de comprar energia para sua empresa. Basta uma faisca para o seu dinheiro comegar a queimar. Conhega as solucées da Enertrade. Reduugéo de custos faz par Ecom a compra de eneri bem que a Enertrade oferece os custos mais competitivos do mercado. Vocé conta com a expertise internacional do Grupa EDP e passa a ter seguranga a longo e médio prazos. E que a Enertrade sabe que o mercado muda, Q de qualquer empresa. 1ode ser diferente. Ainda Energi sua empresa muda, que vocé precisa de flexibilidade, e flexibilidade sao os contratos com variacao de volume em fungao da producao. E vocé? Vai fazer parte do time que queima dinheiro ou vai mostrar a sua eficiénciae ¢ da sua empresa, economizando? Agende uma apresentagao: (11) 3218-9200 ou enertrade@enertrade.com.br. ENERTRADE bem consumivel. 1S stan 200 SHIS QL 14. Contnto 5. Cass 2. Lage Sut Biaslio-DF +71.638030- CP: 2000 Tel: (61) 364-9107 - Fax: (61) 248-2203, sowwadplora.br* adot@adotora.br Diretoria Executiva Presidinte Edina de Melo Horta WecePresidente ROmulo Fisch de Beco Menezes Steretirie-Geral Geraldo Jacyntho de Almeida Jtinior ‘*Seeretirio Ricardo Amaral Casto Ferreira 2 Seeretirio Sebastiao José Lessa Tesourelto-Geral Maria Angélica Ribeiro de Resende $*Tesowreire André Luiz Martins Epifénio 4 Suplente Bolivar Steinmetz 2 Suplente Mirénjo'a Maria Batista Leite {¥ Suplente Paulo Gustavo de Magalhaas Pinto Consetho Fiscal Presidnte Paulo Licht de Oliveira VecePresidente Mariam Ibrahim Membre Joo Martins 1 Suplente Sérgio Barboza Menezes PF Suplente Wenderson Braz Gomes ¥ Suplente Caio Christévam Ribeiro Guimardes Consetho de Etica Presidente Edmo ¢'Aquino Salvatori WeePresidente Maria do Socorra Santos Nunes Tinoco Membro Gilberto de Morais Castro. ¥ Suplente Paulo de Tarso Tebxeira 2 Suplente Paulo Roberto Ornelas de Linhares Suplente Luiz Clovis Anconi Orgaos Centrais Auxiliares ‘Assessoria Especial Garaldo José Chaves Diretoria Administrative — Luiz Clovis Anconi de Patiménio Diretoria de Assuntes Socials, Diretorias Regionais da ADPF ‘ORE Dirceu Augusto da Sitva Rua Floriano Penoto 644, Centro Rio Branoe AC = 89608-090 Tel: (68) 2233500 » Fax: (88) 220.3565 smal: adpf sc@adp.org br ALAGOAS Cldualio Lima de Souza R. Prof. Vial Barbosa 657, Ed. Denver apto. 702, Ponta Verde + Macolo-AL + §7035-570 Tol: (62) 137-5070 - Fax: 371.1012 small: adot.sl@adptorg be MAPA Tardelli Cerquoira Boaventurs ‘av. Enestino Borges 1402, etn de Nazacb Nacaps-AP + 88908-010 Toh (85) 223-9848 / 225-3488 E-mall: adot op@adpt.org be ‘AMAZONAS ‘Aldo Alves Ferreira ‘Ae, Domingos Jorge Velho 40, 6) D. Pedi I Flanalte + Manaus-AM » 69042-470 (92) 655-1621 » Fax: 655-1525 = 20pf am@agot.rg tr BAHA Rita de Céssie Sanches do Amor Divino ‘Ad. Manoel Dias a Silva 1498, Prédio anexo CEF Ag. Pituba ~ Salvador-BA + 41630-000 E-mall: adpf ba@adptog.br CEARA Joao César Bertosi Desemb Morera 2029, Ed. Trade Center 106/107, Aldocta + Fortaleza-CE » 60170-002 Tol: (05) 277-4906 - Fax: (85) 261.2601, BPE smal: adpt co@sdn’ orm be DISTRITO FEDERAL Sandro Torres Aveler SHIS OL 14 G5 Casa? +P: 2008 Brasila-DF + 71640-055 ToL: (61) 248-1435 + FAX: (61) 2482203 “ E-mail: odpf.ci@odpt.org.br EsPiRITO SANTO ‘José Alan-Kardok Barbosa Costa RR. Alitébub Barbosa Leto 81, Ed. Award apto, 202, J. Penta + Viria-€S + 20080.010 . Tol: (27) 3227-9709 + Fax: 3545-7520 Esmall: adpl.es@adp org. br =] colds. Rander Gomes de Deus R. Dr. Olinto Manso Pereira 912. Setor Sul Goidnie-GO = 74000-078 el: (62) 240-0607 + Fax: 2245-7520 Exmall: ad. go@adp.org.br MARANHAG José Ribamar de Melo Bontim Ay, Santos Dumond. 18, Bairro Ani ‘Sto LuZ-MA + 65086660 Tel: (98) 245-6271 + Fax: (96) 2450271 Ecmall: ado ma@adpt ong br MATO GROSSO Aaténio Martines Perez ‘Ay. Flinio Miler 618, Ed. Barcelona apto. 4902, Goiabeiras + Cuiata-NT + 78008-560 Tel: (65) 614-5600 « Fax: 321-8518 smal: ipl migadpl org br jas Regionais da Luz Adaiberto Phitppsen Rus Congalvee Dige 909, Jardim Sto Bents Campo Grande-MS + 79004-210 Tel: (67) 268-1114 » Fax: 961-7193. Esmall: adpims@asprorg or RAIS Ricardo Amaro Cruz Beolch Olvera Av Raja Gabagia 1000, sala 208, Gutierez Bolo Horizonte: UG - 2030-000 (G1) 3390-5200 / 291-0008 E-mail: adpf mo@adpl.org.or Raimundo Soares de Freitas Av Almirante Barroso 4468, Baio Souza Belem PA » 66610-00 Tol: (01) 214-8008 » Fax: 214-0049 Esmall: adof pa@adof ora.br Romero Luciano Lucena de Meneses Av. Marechal Deodoro 150, Tore Joto Possoa.PB + 58 Tel: (83) 424-3570 | 24 E-mall:cdpf pb@adpto Curtiba-PR + 0050-450 Tel: (41) 362.2318 / E-mail: a0pt pr@adpt.ovg br Wadimir Cutaret Jv Cons. Aguiar 2827, €4, Toulouse Lautec faplo, 1202 = Recife-PE - 61020020 Tel: @1) 3326-9785 + Fax: (61) 3326-9755, Esmal: 2dpt pe@adpt org.br Nelson Estevam de Andrade RR. Ricardo Pearce Brito 4883, Apto. 20 Morada éo Sol + Teresina Pl + 64081-210 Tel: (6) 2106-4040 Esmall: ado! pi@adptora br Eéyr Carvalho Av Venezuela 3, salas 1204/1208, Baro Saide + Rlo de Janeio-RI + 20081310 Tel: (21) 2253-4945 + Fax: (21) 2263-4998 E-mail: adptri@adpt org br nos Estados 2, Interventor Mério Cima Esperanga + Natal-RN + 59074-800 Tob: (G4) 2045561 / 221-5416 E-mall adh rntba R DE DO SUL Nicio Brasil Lacorte Av, Pemambuco 1328, sala 402, $80 Goraide = Porto Aiogre-RS » 96240-0041 Tel: (61) $947-8998 small: adplrs@adporg.br Elver Lages do Molo Rua das Garoupas 4514, casa 21, Cond. Rio BA ce vaneico i « Perio Veno-RO » 7906-400 ‘ols: (69) 216.6204 - Fox: 2166238 Esmall: adpf.ro@adf. 019 br Adriana de Aradjo Corrs ‘Av, Vile Roy 2803. Bairo Cacari Boa Vista- RR = 65906-000 Tel: (95) 621-1519.» Fax: 621-1521 E-mails adph n@adplor3 br By met | Rs dos Inoue, 38 - Sain 1104 - Conko a | José Rita Marting Lara Rua Lagaro $8, Centro Aracaju-SE + 49010-390 Fok (70) 2170-1859 = Fax: (70) 9170-1011 E-mall: adpf so@adef org. br i ATARINA sis Martins dos Santos -SC + B3010-560 * Fax: (48) 248-2622 Flonanspoi Tol: (43) 723.90 Esmall: agp sc@adpto1g tr SAO PAULO Hotelo Toles de Andrade R. Engennairo Aubert 170, Lapa de Bao ‘00 Poulo SP - 05088-070 Tok: (11) 2615-2003.» Fax: 36152311 E-mall; agp sp@adof or.te TOCANTINS. Geovane Verse Pessos [Av TeolGnio Sequrado Acsuse 20, ¢) 1. W. 4 Genito + Palas-TO + 77102-070 Tol: (63) 2185707 » Fax: 218-5704 Erma adptio@adphorg br ce peste coy Poe ee eet hens ae Met ieee Geet ed Fones: (61) 322-7615 / 322-7349 » Fax.: (61) 226-9464 SUS MCR CELIO ARCS Pe am Cee ea a Modernizacao da administracée do DPF 1m “Entendo ser extremamente necesséirio colocarmos 0 DPF na dianteira da modernidade no que diz respeito a gestdo empresarial ¢ de recursos humanos. Simples atitudes podem trazer bom retorno por parte da midia valorizando a ‘modernidade ¢ avango de nossa instituigao além de mostrar sociedade que a PF ndo é mais a ‘mesma de tempos remotos." DPF Marcio Derenne smarcioderenne@hotail.com Investigacao pelo MP a “Tenho acompanhado com iris votagdo no STF da possibilidade de ‘nvestigacao direta pelo MP. Dessa forma, gostaria de ver publicado 0 editorial da Folha de Sio Paulo de 12 de setembro, onde fica hem clara a impossibilidade ¢ ilegalidade dessa atividede. Aprovelto a opertunidade para registrar meu orgulho de pperiencer & PF e a satisfagao de estar ingressando nessa Associaxdo DPF Waldemar Moreno Junior reno fl netcom.be Claudio Fonteles, procurador-geral da Repuibica,deotho na seltividade dos, inquérios, Para o MP sé interessa 0s quedo ibopena midi Controladoria-Geral das Policias da Unido 1m “De fato, hi que se respeitar a ‘autonomia que 0 DPF. ¢ porque rio também o DPRE,tém para promove- rem, cada um por si, 0 seu controle interno. Parte-se do principio que nas policiais devemos ser julgados, ‘administrativamente, pelos nossos pares e iguais. Enfim, mais wma batatha a vencer, impedinde 0 processo de ttela da Policia Federal. até parece os doze traba- ADPF em reunigo com Luiz Femando Corréa, secretaro nacional de Sequranca Pablica. Em pauta, adiscussdo detemas ‘como a suposta ciagdo de uma thos de Hércules."” ‘corregedoria uniicada para a Policia ‘DPF Giorivan Bernardes de Oliveira Federal ea Policia Rodovidria Federal. glorivan@planalto gov br Fala sério, Fonteles! “Parabéns, DPF Rémulo, pelo artigo ala séro, Fonteles!”. E gratifiante Quebra de sigilo bancario pelo MP sem autorizacao w [Fonietes] E 0 egitim representante do “samba do criouio doido”. Que alguém diga a estes trestoucadas que presuncdo também fer a ADPF exiernando posides frmes sobre assuntos que tanto interessam aos delegados.”” DPF Kori Ickorfi@terra.com br tem limites. Qual seré a préxima investida? Quem serd o préxima viama? Que se culdem os serhores ‘magistrados, aos poucos esté sendo instalada entre nds a republiqueta tupiniquim emipetista, Se é para quebrar todas as regras constitucionais,ignorar os fundamentos do direte, por que azdo penal privativa do MP? Acorda Brasil! DPFRui Antonio da Silva j= muisras@dpf.gov.br Seus érgios, tecidos, medula éssec e sangue podem salvar vides. ‘Avise a sua familia que vocé quer ser doador. No Brasil, a doacéo 56 acontece com o consentimento dos familiares. Se vocé tem um doador ne familia, respeite a vontade dele, Disque Saude - Transplantes | 0800 61 1997 a ees “Gostaria de saber se a ADPF vai tomar alguma medida sobre o nao cumprimento da Lei 10.331/2001 por arte do governo federal que no caplicou 0 reajuste salorial ds MP212/ 2004, retroativamente a janeiro e sim a Junho de 2004. Gostaria também de alertar que 0 salario inicial dos delegado federais permaneceu inalterado com a criagao de 3* classe, prejudicando 0s inseritos ne proceso seletivo em curso. O salévio inicial dos delegados federais também foi quase jigualado ao dos anditores da Receita Federal Nada contra eles, ‘mas acredito que “aos iguais a igualdade"! Os “Embora seja vélido que a ADPF se ‘preocupe com 0 rumo que seré dado ‘pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ‘quanto as pretenses investigatérias do Ministerio Piblico (MP), gostaria ‘que a ADPF, que tem demonstrado ‘muito empenko e verdadeira “paixiio” pela conducdo do inquérito policial, demonstrasse 0 mesmo vigor na luta por melhores salérios para a ‘categoria. Se a privatividade da investigacao criminal é interesse dos delegados, interesse muito dignidade da funcéo, traducida por ‘um tratamento rrespeitoso por parte do audiores «do mais POiia Federaltelam agregar objetv0s vero federal Aeuuiees ‘comus na busca de malhorias paras esas delegadie foderals -categorias, inclusive na questo salarial ath investion: ‘cerca de mil. Os auditores tém direito isso é matéria que sera decidida pelo ao Adicional de Hora Extra com base Supremo Tribunal Federal. no vencimento bisico, os delegadss DPF Helton de Abrea {federals nto, por conta do regimede —-Nalundeabrea@ig ect be cedtcagto exclusiva DPF Gerson Machado ADPF responde: AADPF busca machado.gm@dpf.gov-br DPE respande: Nio foi possivel,no momento, obter mais conquistas cou ccorrigir as distorgSes apontadas Todavia, é certo que @ ADPF continua em campo e conta com seu apoio pars, em futuro préximo, aleancar um patamar salarial mais justo. Avangar é preciso, contudo vale recordar que, a a pouco tempo, as condigbes eram ainds menos favordveis, 0 que foi em muito reparado coma instituigdodaGOE, um bom. exemplo do trabalho persistente e dliplomético da ADPF, que muitas vezes pessa desaperecbido ou nko & compreendido de imediato, alcangar os melhores resultados em todas as frentes que enfrenta em prot dos delegados e da Policia Federal x ADiretoria Regional da ADPF/SC, por meio do diretor Joto Assis, ‘Martins dos Santos, tomou a iniciativa de encaminhar 0 folder proxluzido pels ADPF nacional ‘elativo ao poderidever da Policia Judiciéria a varias autoridades do Exccutivo, Legislative e Exeeutivo, fazendo repercutir a manifesta preocupagio da sociedade com 0 avango do Ministério Pablico 1a competéneia consttucional de outros como um todo. Infetizmente, nao é possivel avangar em todas elas da forma idealizada, Na questio salarial, Por exemplo, 0 governo alega as dificuldades econdmicas do Pais para oferecer 0 que e quando the convém. Quanto a questio do MP, @ ADPF nfo considera que seja um problema menor que deva ser deixado nas mos do STR. AADPF acredita firmemente que a defesa da prerrogativa constitucional da investigarao criminal, exereida com exclusidade pela Policia Judicidria, esta jimameate ligads & preocupacaio de cobrar “a dignidade da funco, ‘tradusida por um tratarento respeitoso por parte do governo Jederal”. Que tipo de tretamento poderd se esperar do governo federal, se procuradores promotores, em plena campanha para ursurparem competéncias legais dos delegados de policia, atingirem tal feito? Que tipo de forga poderd ser mobilizada por salirios e melhores condigies de trabalho se a categoria ea propria Policia Federal forem reduzidas a uma posigdo subalterna ao MP? Se essa lta ndo for conquistada agora, ‘amanhi, outras importantes quesives, como, indubitavelmente, é a da melhor salarial, ficardo em definitive de fora das prioridades 19 ste 204 PRES y PUT 3 . eC ec ete Rone Pe aes ee Stee eee da febre, mais de 25 mil homens Sen oe Sele gee f tonelada de quro por més. A presenga da i > eS re ene at he ee mento } | Pe eT ee rai 4 ? @ A corrida atraiu, nao s6 profissio rg TCC eee Te a tsa aire Re tes Ro Ee eo el oe ECC Mr ME OM EAE sn POCO oe ORTON CE CMRI Tans entureiros de todas as partes do Pafs se ™* EE ont St suportayam ie ee Pa al sw cee Ea a pate ris Dg improyisados. Mas ém ligava. ENED DUD oe Ue ficarem ricosida nofi’para 0 dia. } Vee EU Re Say 5. parece uma cidade fantasma. A eee cratera foi inufidada pela agua e se transformougatim ehorméago. Muitos ficaram SOT roca ori rant gt To Hie mente ganharam para tentar tinar PORTE ULL Coe Neely iS. De ear Cueto Seria tn eet att) eter i ee Ps ae “ae : Ef / re aoe ec) ‘ezesseis de miode 1980, Ere anh, fazia um calor de dat nduseas. O delegado federal, José Amorim de Vasconcelos, acompa- nhado do major Sebastitio Rodrigues de Moura, o Curi6, desembarca no aeropor- to de Maralba (PA), Missd ‘esquema de contrabando de ouro do ga impo de Serra Pelada, S6 no caminhe centre apista de pouso e acidade recolhe- rammais de cingilenta armas, Era umater- ra semei, onde havia lu ar apenas para 0s fortes, Essa era uma regra que, para sobreviverem, o major Curié e o delega do Vasconcelos teriam que apreender ‘muito rapidamente, Serra Pelada era entao uma regia in. salubrecom aresde faroeste. Alin dava para se fazer de rogado, Logo no prime of Curid subiu ‘num caixote e encarou cerca de vinte e dois mil homens, ro dia de trabalho, 0 1 Vocés podem continu ar armades, mas nio se esquecam revélver que atira mais alto aqui é 0 meu”, Sacou sua Magnum ¢ deu um tiro sentende- para cima, AWnitos, os hon ramo recado, Desde esse dia, foram abolidas as co- tenas de memoragdes dirias com disparos pars 0 céu quando da desco- berta de ouro, Ninguém mais teve eora gemtambém de circalarcom um 38 nacin- tura pelos arredores O garimpo agora passaria a seradmi- nistrado com mios de ferro. Alguns dos ingredientes tradicionsis do garimpo fo ram logo abolides. A presenga de mulhe- res ede qualquer tipo de bebidaaledolica foi imediatamente proibida, revestida de ‘utras medidas igualmente severas. Uma nova ondem era estabelecida em Serra Pe- leda. Algumas dessas medidas acabaram por conguistar 0 respeito ¢ a admiragao os garimpeltos, Uma des fot elimina so da figura do atravessador que impu rao prego do ouro, O ouro passou a set ‘comprado diretamente pela Caixa Feond- mica Feder (O éelegado federal Gerado José Chi Yes conta que surpreendente naquela época era o respeito que a popula a tinha pelos policiais federais, Redengao e Serra Pelada esta 10 de pistoleiros e, até ento, do Estado nas regi arimpo do Sul do Para fam entre- gues a a nflo havia a presenga Bes de ‘No haviam também estradas para se chegar a0 garimpo, Os avides de peque- no porte cram o meio mais utilizado, Os obrigadosa pagar quan- as absurdas para irem de Marabi a Ser- ra Pelada. A primeira agdo da Policia Fe- eral foi controlar esses vos e, com isso, jnosera tentar inibira saida ilegal do ouro. O retrato de uma época garimpo de Serra Pelada pparecia um formigueiro. As paredes escarpadas fica vam forradas com milhares 4c garimpeisos, que retalhavam o barro e © cascatho trepados em risticas escedas de eucalipto. Algumas tinham o nome su- gestivo de “adeus mama "com mais de cingilenta degraus, algo em torno da ale tura de um prédio de quatro andares, Ha viam outras mais altas, como a “Bekim- Brasilia”, que chegavama ter oitenta di graus. Num movimento frenético de vai -vemn, com uma espantosa organizacaio, ‘0s “formigas” subiam as escadas ‘gados com sacos de terra que cheg 2 pesar sessenta quilos cada, Em 1982, cratera jé tinha cerca de trezemtos metros de didmetro, Todo o tra- balho era feito na base da enxada ¢ da picareta. Os garimpeiros de Serra Pelada utilizavam as mesmas técnicas arcaicas dos escravos que trabalhavam nas minas do século XVII, quando o Brasil chegou a ser o maior produtor mundial de ouro, Os homens que serpenteavam as en- costas sempre curvados pelo peso dos sacos que carregavam, aspiravam uma poeira fina e avermelhada resultante do 16 que seus pés levantavam, O delegado federal Edson Resende lembraque, como tado dessas péssimas condigdes de aballo, o que se ouvia nas madrugades de Serra Pelada era uma sinfonia de tos- se, era a aspirago de um ar fétido que, nas palavras do delegado Vasconcelos, ‘cheirava a merda om suspensdo” res foi Como a presenga das muth proibida, os homens ndo tinham o mini- ‘mo pudor em fézerem sua higiene pesso- alna frente de todos. Defecavam e faziam a comida num mesmo espayo. Tomavam banho de caneca no meio das currutelas © caminhos da vila Pere a ac Cue eR) Rr ee Gerd euskal Esses homens vinham de todo o Pais. Tenorantes em sua maioria, argavam fa- tilia, pais, esposas, filhos, tudo. Traba. Thavam manipulados porinteresses poli ticos e econdmivos de uma minoria que detinha 0 poder das cates - pedagos de ) terra delimitados onde podiam cavar para vere “bamburravam’” algum oure. Pou: po. O mais comum era entrar pobre e sai ‘mais pobre ainda, doente ov morte. Com a chegada da Policia Federal na regio, foi possivel levar alguns be- impeiros. Uma es trada foi aberta até o garimpo; insta lou-se um supermercado oficial com conto ¢ cinquenta itens de higiene eali mentos; uma equipe do Ministerio da Saude foi deslocada para o local, No como @ populacio de entanto, Pe ec nd Otcrtu eS eu Re re Cee eee ne aN primeira, relata que garimpeiros ao subirem o RON eC uer nC rs eeu ee! Ce Cm Cree ae ogra eae ees ecner un e eco a ete cod ete er Men cs ern ieee le tea ees ene Roe) eee Cc ara ns de todo 0 pais acorreram para a ragiao em ee ues peiros s6 aumentava, essas medidas fo- ram in pientes. Os doentes formavam filas intermindveis na porta do dnico posto de saiide ¢ apenas um médico era respotsavel pelo atendimento de to- dos, Os doentes, muitos deles com pneumonia - doenca que acometew in- clusive 0 delegado Vasconcelos, obri- ancdo-o se afastar do garimpo - espe- ravam até ts dias na fila para uma con: sulta, Garimpeiros que despencavam das escadas ¢ dos barrancos também era um. ipo de situago corriqueira que ajudava Seo aciente niio demonstrava sinais de methora, 0 jeitoera mandé-lo de avitio. para o hospital em Maraba,com mais re- cursos, O delegado Vasconcelos lembra que alguns garimpeiros fingiam esta cntes apenas para “andar” de avid OEE RET eo Ras ey eee ee Dieu Caen el pei Cee Cou eMac ce Eee ie Muitos garimpeiros sto. exploradbs. Pagam taxa altas. Quando no tim Jerramemas nem capital recorrem: a9 meta-praca, pe e fica com SWado que é enconirada, Existe também o sistema de sujeicdo: picud-preso, a ‘pessoa que faz 0 empréstimo tem o direito da “primeira vista”, de escolher o que quiser e pager 0 prego que impuser. Os Gates entre 1982 € 1999 foram 10s Yanomamis. Coe a nee es de extragio rineral, poluindo 0s rios com Antes e depois da Operacéo Ouro mais comumem terras de ga- rimpo era aexploragdodotra- balhador em regime que lem- brava os tempos de escravido. Geralmen: {2,08 garimpeiros ficavam sujeitos as or- dens ou do dono da fazenda, ou de quem fazia a pista de pouso, ou de outros ga- rimpeiros mais espertos, O certo mesmo € que todos que, supostamente, contro lavam o garimpo, agiam com mios defer ro, Nesses lugares, quando sontrava ouro, 0 garim- peiro era obrigedo a entre- gar tudo aos “capitaistas”, como eram chamadosaque- les que dominavam, pelo prego que Ihes era imposto. ‘A administragao implan- tada pelo governo federal trouxe um pouco mais de cordem ao garimpo de Serra Pelada, mas no conseguiu ei plorago do homem pelo homem, Nenhu- ‘a medida foi tomada para transformar 9 garimpo em uma mineragdo organizada. A polémica em torno da figura do Major Curi freas de garimpo pela expedigao indiseri 0 de ‘riare controlar um curraleleitora ns re ‘io, parece se confirmar, Tanto que o Major Curié acabou eleito deputado federal para “defender o interesse acusado do inchamento das mminada de licengas, com 0 obj Lanari era quem expedia e assinava as carteiras de matricula dos garimpeiros, ‘comprava 0 ouro pelo prego que ele mesmo fixava e era quem determinava a lei e a ‘ordem no local dos garimpeiros”, além de ter levado, sob sua égide, outros tantos deputados estaduais. Hoje, Carié &prefeito da cidae de de Curionépolis e ainda detém mui poder na regido. No garimpo de Cumaru, onde chegou 4 se falar na época que havia mais ouro que em Serra Pelada, a agio da Policia Federal foi tio hem coordenada que até 0 poderoso Joo Lanari do Valiove dere- fi “** querer éobieve da Rece’= taFederal uma matricula de garimpeiro para poder vender seu ouro a Caixa EconimicaFederal. Com 4 investido-surpresa da PF, que ocupou acidade de Redengdo, no Pari (em dois dias fizeram o que se chamou “amansa garimpo”), Lanari no conseguiu mais embarcar ouro de forma iteyal para Sd0 Paulo. A atuago firme e determinante da Po- licia Federal foi etemizada na histiria com © nome de Operacio Ouro. Muitos pistoleiros foram presos e, em pouco tem- po, a ordem foi reestabelecida. Depois disso, nunca mais os garimpos de Serra Pelads ¢ Cumara foram os mesmes. As casas da vila foram todas feitas de madeira para que pudessem, a qualquer instante, dar lugar a um barranco de garimpo Tropas tor Foram dez anos de c @ banditismo. Ha dias, en da FAB, tropas do | da Policia Militar do Par Policia Federal, tomar: onde esté o mais rico gar De tudo um pouco, No garimpo de Serra Pelada era proibida a presenga de mulheres, 0 que ocasionava fatos in- teressantes, Segundo um depoimenio da Epoce, “agui deniro todos nés depende- ‘mas dos bichas”. Bram eles que faziam 198 servigos domés lavar e passar. Mas, em determinada épo- ca, a Policia Federal teve que retiar boa parte dos homossexuais do gnrimpo. O problema é que bandidos comegaram a Lusé-los paraassatar os garimpeiros. Essa Operagao foi vulgarmente conhecida como “Operag30 Gay”. Prenderam, colo- ccaram todos em um eaminnao ¢ levaram para fora dos limites do garimpo. A maiorquantidade de presos em Ser- ra Pelada era de forasteiros ou “furdes”, garimpeiros no cadastrades que entra- vam ilegalmenie no garimpo. Nomeio de tanta gente, para se ter um controle dos “furdes”, quando um deles era detido, sua cabega era raspada de forma a diferencid-lo dos demais homens. Caso ele voltasse ficara ficila identificasdo. De manha, quando se abria © posto da Policia Federal, jé havia uma fila de quarenta a cingdenta pessy icos, como cozinhar, Sans coms Be: ure te nase Cod 2 tae ae ® Revista 0 Cruzeiro, 1981, noticiou a atuagao da Policia Federal nos garimpos no sul do Para para serem atendidas. A PF fazia de tudo, Resolvia desde “rinhas” mais simples, como quando um dono de barranco no pagevao valor devidoao garimpeiro, até problemas conjugais e realizaglo de ca. Segundo o delegado Edson Resende, es um tinico policial detia cerca ‘de quarema garimpeiros”, que eram con- 5 dadas até o posto, A celaern feita de madeira, pod fi duzidos de ma quem quisesse, mas ninguém se atrevia, tama: nnho era o respeito pela PF Conta de Cu zavam a regio foram presos. Um se cha. @ nave “Pedro Pa matar (odas suas vitimes peles costas Outro era 0 “Zezinho da Codespar”, que c fazia passar por agente da PF, Aterro- rizava e matava quem se interpusesse no 2, em Redengao, no garimpo ar, dois pistoieiros que atemor nd” ¢ era acusado de seu caminho, Era contratado para abrir arimpos na regio, mas quando o traba. @ tho cstava pronto ¢ tinha que acertar © pagamento comos garimpeiros, ele fazia era matar todo mundo, Che; vam into. mages & PF, na época, de que “Zezinho dda Codespar” ja havia pessoas em um Gnico dia. ado umas cent sm Funcionavam em Serra Pelada: 8 agougues, 15 armarinhos, 14 supermercados, | peixaria, 3 panificadoras, 4 restaurantes, 6 oficinas, 2 barbearias, 8 lanchonetes, | atelier fotogrdtico, 6 depdsitos de refrigerantes ¢ 2 bancas de revista, » contato com 0 mundo externo era por piblico, nha filas interminaveis vintee ‘anica maneira de se entrar em meio de um tinico telefone que quatro horas por dia, Amigos ¢ parentes que ansiavam por noticias de garimpeiros apelavam para o programa de radio transmitido Novos garimpos, velhos problemas s conffitos em garimpos na Amaz6nia esti longe de aca- bar. Recentemente,na Reser- ‘va Roosevelt, no estado de RondOnia, ga- rimpeiros voltaram a ser manchete nos jomais. $6 que desta vez 0 conflito era entre 0s indios Cinta-Larga. Segundo 0 Sindicato de Garimpeiros de Ronddnia, hhaviam mais de trezentos ¢ cinquenta rimpeiros desaparecidos. A confusio a bou em trageédia coma morte de vimte ¢ nove garimpeiros que exploravam ouro dentro da Reserva. Situ dentro da reserva, pra Ki de complicada, pois Policia Federal © 0 Poder Judiciario tem acessorestrito, Mas 8 PF interveio na regidio e investigou os assassinatos confessados pelos indios. Em Sio Félix do Xingu, a situagio & igualmente perigosa. A PF tentarretirar go- rimpeiros de uma reserva Caiaps, [BAMEURRAR - Achar iande quaniate de ouro BREFADO 0 convo ge barburar REQUE Medi equvaente auma gramade ‘ouoem ps MEIA-PRAGA Sistema de ratalno noqualo _gaimpeir die oure que encanta como empresaro ox dno ca tera quan contretou CCAPITALISTA ~ Quem jt achou our em grande ‘quantidade, odoro da tera cu quemtom dhe para thanciargarmpiros noregmede mel pe BATEIAR— Poneto cascalho nap ‘cup CASCA DE BALA -Mefide que ecuivaliaa ‘duas rams de curoempo, acendionadonun cartucho de 38 vazio FAGULHOU - Quanto aca dava inal de ouo ade Os garimpeiros Valter da Silva, Antonio Rosa eFrancisco Chagas, sobreviventes do massacre dos indios Cinta-Larga, na reserva Roosevelt. Serra Pelada foi apenasa primeira de tantas outras rezides de garimpo quecon- fou com a apo da PF. Foi também uma das atuasdes que mais visibilidade dew Instituigao. Em missdes como essa, que revelam regides do Pais onde praticamen- te inexiste opoderdo Estado, a PF impie aordem ea justica, ¢ herdica resisté onstitui uma brava cia contra toda espécie de crimes ¢ criminosos, mostrando que onde tem Policia Federal hi lei 26 | ane 04 En julho, o delegado federal, Jidio César, escreveu @ revista VEJA para criticar reportagem que creditava, indevidamente, ao Ministério Publico (MP) todo o éxito das investigacées da Operagdo Gafanhoto. Em setembro, foi a vez do vice-presidente da ADPF, Rémulo Berrédo, escancarar geral “QO MP nao coordenou (e ndo coordena) nada! O MP néo investigou (e ndo investiga) nada! De uma vez por todas: quem investiga é a Policia.” Desta vez, 0 caso era 0 das contas CC-5. Na verdade, 0 que ocorre é uma saturagao geral da categoria, cansada de fazer todo trabalho duro, para depois ver certos membros do parquet posarem na midia como “pai da crianga”. Sem nenhum pudor, eles fazem AMA NA CAMA DO 0 ler a reportegem de 664 “ene da edigdode 7 de jue sho de 2004, fui tris- temente surpreendido por uma afirma- ao que néo condiz com a verdade ou, no minino, remete o leitor a uma viséo ‘equivocada dos fatos em beneficio do Ministério Piiblico (MP) eem detrimen- to de trabatho realizado pela Policia Federal (PF).” Assim comegaa carta-de- sabato de Jilio César Baida Filho re- ista Veja, numa referéneia & reportagem de capa inttulada “Casadores de Cor- ruptos™, que creditava todo 0 éxito da nacionalmente conhecida Operacdo Ga- fanhoto ou Praga do Egito (nome dado ao primeiro estigio da Operacao), a0 su- posto trabalho investigative do MP. De fato, qualquer um fiearia muito bem impressionado com a “atvagdo" do MP 0 ler na matéria que “a institwigdo tem ‘mantido sob marcagito cerrada adminis- tradores dos niveis federal, estadual e municipal, e otuow de maneira contun- dente em quase todos os grandes escdn- dalos que vieram @ tona nos wlimos anos, da Méfia dos Fiscais ao caso Jorgina, do escéndalo dos gafanhotos ‘aocaxo Celso Daniel,” Qualquerum no! por VANESSANEGRINI Apenas 0s desavisados. Para Jilio César, delegado da Policia Federal que presidiu ‘os mais de 40 inguéritos da Operagio Gafanhoto, texto soou como um escar- nio-aos quase seis meses de trabalho re alizado pela PF, com o envolvimento de ceentenas de policiais federais Trabalho vitorioso da PF Como o proprio delegado Jalio César conta, « Operagio Gafanhoto foi um tra- balho vitorioso da PF, realizado por meio ide inigabrtee ierndst pals Orta Julho de 2003, “iodos de oficio, ow seja, por decisdo auidnoma da auioridade policial, independente de requisicdo” No mesmo més, a Superintendéncia da PF em Roraimainformou a Diregdo-Geral a dimensio do caso e solicitou os meios necessirios & sua clucidayao. Dene outras providéncias, a Dire- .:20- Geral da PF enviou em missdo para Roraima cerca de trinta policiais federais, entre delegados, eserivaes e agentes. S6 nessa fase inicial foram dedicados quase dois meses, ao final dos quais foram co- Inidos mais de quinhentos depoimentos. Em paralelo era feita a andlise, por ou- tros policiais federais, de documentos apreendidos que demonstravam a maie~ rialidade com os testemunhos ¢ aponta vvam os autores das fraudes. Como conseqdéncia, a priso de mais de cingiienta pessoas, pela agdo de cerca de duzentos poiciaisfederais. Depoisde ‘ouvidos « indiciados por delegados da PF, os presos foram encaminhados Jas- tiga Federal. Jalio César no consegue conters tis- teza.ao imaginaros policias federais que, mbuidos de seu dever, se dedicaram de corpo alma, dias e noites, madrugadas dentro, em muitos casos longe do eon- vivio familiar, para o desfecho d= umain- vvestigagao vitoriosa, vem, a0 final, seu trabalho creditado indevidamente a uma otra instituigdo. Muito embora o delegado no des- meregao trabalho do MP, tanto o Federal quanto 0 do Estado de Roraima, presen- tes amaior parte dotempo durantea con- dugdo das investigagdes pela PF, ele res- salta que os membros do parquet agiram, to somenie “dentro de suas atribuicdes constitucionais, por meio de. acompa- nhamento das investigasdes, apoio ao trabalho, troca de idéias, informagdes e experiéncias, ou seja, em parceria com PF, que era, contudo, quem de ato pre- sidia as investigagbes” © mulis Tense PuBLico, ESTA’ DE PARABENS PELO Sucesso NAS : TAvESTIGA@ES. ‘0 MP no coorde dena) nada! O MP na investiga) nada!" foia reagao explosiva do vice-presidente da ADPF Berrédo, ao ver novamente, em setem bro, estampadas nos jomais matérias a respeito do resultado “investigacao \da" pelo MP. Desta ver, numdos «casos mais emblematicos do Pais nos ii limos anos, o das contas CC-S em For do Iguagu (RS). Aproveitando-se de um momento de vitéria parcial do jul mo Tribunal Federal (STP), que est nto do Supre- por definir 0s limites de sua atuagio via esfe- +a criminal, o representante mximo do MP, Cliudio Fonteles, derramou para a imprensa estatisticas a respeito do trabs- @ tho desenvolvide duran levando aerer que. foi pelo MP, além de anos pela PF se autoproclamar o “voordenador-geral” de ais investigagoes, Ao longo do tempo, pelo fato de ser, porlei, o destinatirio final das investige- es e por exercer 0 controle externo da atividade policial,o MP se arvora, peran- tea sociedade e a midia, na condigio de “respons investigayoes de vulto nacional Numa inguietaydo que refleteo senti- mento da maioria da categoria, Berrédo no poupa palavras. “E as outras milhe res de imestigagdes feitas pela Policia vel” pelo sucesso de certas cujos resultados possivelmente mofam nas gavetas, aguardando que 0 MP, a0 invés de tentar fazer 0 trabatho dos ow- tros, resolva se concentrar na sua ver- dadeira competéncia legal?” Outro absurdo, segundo © vice-pre sidente da ADPF, €a reivindicago de MP de ter acesso aos dados do sigilo banc’ rio de qualquer pessoa, independente de qualquer autorizagio judicial, de modoa fa ‘Que in. por todas ar suas investigagdes” vestigagdes? De uma v alguém tem que ser dados mais poderes para investigar, 0 érgao téenico capacitado para tani €a Policia!” explica Berrédo, quem investiga é a Policia. ‘que alerta ainda para o fato de que deter- minados instrumentos que garantem in- dependéncia funcional e facilitam 2s in- vestigagSes esidio em miios erradas ¢ de- veriam ser estendidos a quem de fato tem a capacidade técnica e a missio legal de investigar. Na anilise do delegndo, porter sido ‘gerada em um perfodo pés-ditadura, a Constituigao Federal de 1988 restringiu sobremancica 0s poderes da Policia e, 0 contrério, nas palavras do proprio Ulisses Guimaries, concedeu a0 MP um “che- queem branco”, Vale lembrara ligdo em- butida na célebre frase do historiador Lorde Acton: “o poder corrompe, € po- der absoluto corrompe absolutamente”, Desde ent, o MP traballa uma ima- gem de santidade, que leva a sociedade a acreditar que a Insttuigdo€ a propria en- viada de Deus na Terra, pronta a redimir 0s pecados do Executivo, Legislative e Judiciério. Mase o MP, quem vai salvar 27 | saves 208 | PROM OMesleenn eerie enue ‘queimados, escolas fecha- das, ruas interditadas, disputas de terri- Pee Onn Re eu en Coke pe eee erg ein onus Pee eter Cc ere reer ee eee nts Sr eee es oes Preto Deter UR otae Pea co ue Pere mae n i e s ero ee segura er eer Rept ere oS Mas justica seja feita, a famigerada rennet Pe eos campanha do desarmamento” ets ro RC ons rresargentinos “Dobermann” pela baga- Pere eure ih eo Pee So 1 a fronteira com Preis teens re cos Pe ena ees ert eS U eg Pea eer ea cca isso, 0 Ministro da Justiga continus ma cre us eg ee Pee sn ne erect oy Pe te aC Pee ene Pere Soa ol eee Ju historica,2 policia de hoje nto eee Por Oca bilico fica diseutindo sobre quem deve in- Ree fener ee Peet nn aliés, sobre isso, trago @ baila a avalizada opinido de advoge Ae eer f perigaso para o Direito hasiear a Pt eee a re ea Pres Quem investigava era quem th ha 9 dever dé aeusar ¢ interesse em ee eC Pree ace ern Ae ree a ge ee eee com a inquisicao foram os fabricantes de guithotinas, pela fiaria repre rar nr cee oO Pe ILE Pern Pe eae UERRA! matéria daseguranca piiblica se fiz ne~ eae ee Se ee See eee rt Se ten cen ae eee St a eet CO ee ne at Pee Ce ee SE ee ee Tee on ‘compartithar dosproblemas, das dificul Cee ene ee Reet Cee ey demora nas decisdes judicial é uma das ne eee rena} ER eeu a Pee caren hg expedido. E quandoo acusado for final Eo feeetay o haveri vagas para Sree en chirias a se tornow um graye pro Cre em ee teed porta? Ao alegar que a questio ee ae eo ed Tee ois ver asst Ty One Coenen eae Doe Ren ee ect assumir suas responsabilidades consti- Cre ee red Seo neko eens De eee Cree eer eee ete nen ee att Snes ee On Cee Rea eng Te eee ere DRE eet viaturas coloridas e muito marketi Nao se discute uma ampla reforma na re eZ Ce eee rer ey rot ore nat Cite et ray et ere earn Cs cer re roa enn ee Seer cr era Peter ern ee ee terete Ca Ce an ee een ea er eet ea) Pree ao) pi eme Wate Mseorrteyd Peet eee Bole Rea ae ord me ae ad Sem aed CE ee RE eas) CMU ee kel eee rg O PODER PARALELO onipotente | e os VENDEDORES de ILUSOES matéria “Seguranga Piblice” E bastante complexa e, por isso mesmo, nio se pode confundir 0 estudo sério do tema para se chegar ao absurdo de justificar a criago de uma Corregedo- ria-Geral das Policias da Unido (CGPU), 6rgio superior de controle e fisealiza- so das atividades funcionsis do De- partamento de Policia Federal (DPF) ¢ da Policia Rodovidria Federal (PRF). Tudo isso em poucas linhas e sem qual- quer discussao Expresso-me de tal maneia ao térmi- no da | tra do “Idéias para Exposigao dle Motivos ¢ Jutiticativa para um Con- ‘onal de Seguranga Pili Acompanhado de um texto descom passado, com citagdes copiadas de di- ceito Constin O DPF Wenderson Braz Gomes entende que a pretensa criacdo da Corregedoria- Geral das Policias da Unido, discussdo selada em surdina na Secretaria Nacional de Seguranga Priblica (SENASP), atende téo- somente a interesses especificos e particulares, em detrimento da autonomia e comando da Policia Federal por WENDERSON BRAZ GOMES* versos autores, mal costurado ¢ cheio de aberragdes juridicas, 0 citado documen- to institui, no Ambito do Ministério da Justiga, a Corregedoria-Geral das Polici- ‘asda Unido (CGPU). Ora, esto queren- do acabar com o DPF, transformando-o ‘em um érgio politico, instituindo pode- res paraielos ¢ onipotentes, com 0 con- ao de enfiaquecer 0 drgdo, representa- do pela Direggo-Geral. Isso é um verda- deiro absurdo, pois, na estrutura do Po- der Executivo cada érgao deve ter seu comando com sua propria estrutura, Para a correts fisealizagao destes organismos jcxistea Conegedoria Geral da Unite, As Corregedorias Regionais do DPF funcionam precariamente, com falta de re ‘cursos materiais ¢ humanos. Existem Su- perintendéncias onde a Corregedoria se restume a um corregedor, um chefe de Dis- ciplina © um chefe de Correigaes, cada qual com cargas excessivas de inguéri- tos e expedientes, de maneira que restam impossibilitados de executar as ativida- des-fins da Corregedoria esem condigdes de estabelecer uma rotina fisealizadora ficient. Mesmo com parcos recursos, 0 restl- tado da atuagdo das Corregedorias do DPF esté mais claro do que a luz solar, Nio se verifica sobre elas qualquer som- bra de corporativismo e, como bem diz 0 ministro de Estado da Just diver 0s pronunciamentos, “cortamos a nos- sa propria came”, o que ¢ uma excegdo 1a administragdo publica. texto de criagio da CGPU foi dis ccorrido sem fazer mengiio a qualquer ¢s- tudo do modelo de Correge doria ja existente no DPF, alm de nio abordar t6pict de suma importincia: Como 4 Corregedoria esti organi zada? Como a Corregedoria esta funcionando? 0 que pode ser feito para melhorar © seu funcionamento? Qual legislagdio vem sendo aplica- da pelo DPF e as principais dificuldsdes encontradas para a implementagio dos seus trabathos? Entendo que a tacanha “idéia” dacri de uma Comegedoria extra-De mento em neda acrescentara. Ao contré ta. rio, mais uma vez, a sociedade sairé dendo, tanto no bolso quanto nas res posias que receberd. O montante a ser fgasio com a criagdo desta “aberragao institucional” deveria ser canalizado para modemizar ¢ equipara infra-estratura jé existente, de forma a tornd-ta mais efici BIBENDUM. “Todos os anos, desde 1998, A Michelin organiza 0 "Michelin Challenge Bibendum', evento que oferece a indistria automobilistca a ocasi3o de colocar & prova tecnologias sequres. e “limpas” que buscam alternatives para a sustentabilidade do automével a longo prazo, 6 Gestao querendo acabar com o DPF, transformando-o em um érgao politico, Instituindo poderes paralelos e onipotentes, com o condao de enfraquecer 0 Orgao, representado pela Diregao-Geral. 9 9 ente, atendendo aos principios gerais da administragdo piblica,insertos na Cons- \tuigdo Federal, mormente aosda morali- dade e daeficiencia. Para afastar e punir os policiais * ruptos” basta aplicar cometaments 0 C digo Penal eo Fstatuto do Policial e.ain~ sor da, prover com recursos as Corregedor- as jexisemtes,e nfodivulgar para aopi- nido publica os resultados obtidos com a realizagio das aividades de correigio disciplinar ou criminal, em todo terri- tério nacional, conforme prevé o inciso X, do art, 2%, do nefasto projeto de lei, 0 que, por si $6, demonstra que quem esté frente da cita- da “obra” nlo passa de um leigo no assunto. E inconcebivel, um ver- adeiro crime, gastar 0 di- nheiro pablico com a eria- fo dessa nova estrutura, desnecesséria © sem finalidade seno a deat nder aos anseios de meia éizia de ‘mercadores de ilusdes", que agem como se ndo conhecessem 0 DPF, Se efetiva- mente 0 conhecem, estio rifando a pri- pria carne. “Wenderson Braz Gomes é | delegaco da Policia Federal, corregedor-regional da SR/ DPFIDF e suplente do Consetho Fiscal da ADPF As enargias mais econémicas © 35 mais inovadoras, associadae 20 progresso no desenvolvimento dle novas tecnclooias na fabricacao de pneus, permitem visualizar os automovels do. emanha. ‘weww.challengebibendum.com laa 0 JORNALISMO ea . ETICA das FONTES por LUIZ MARTINS* ‘mmeu convivio com osalu- ros da disciplina Etica na Comunicaeao, da Faculds- ede Comunicagio da U versidade de Brasilia, costumo dizer que as elapdes humanas, de um modo geral, costumam se passar em dois patamares distintos.O primeiro, caracterizado pelo uso da razdo estratégica e, 0 segundo, mais elevado, pelo uso da razdo comu- nicativa. A diferenca bésica é queno pla- 10 estratégico das inter-relagdes, 0 éxito € buscado, mas é a busce do sucesso sobre 0 outro, ou sobre outrem, enquan- to nas relagdes de natureza genuinamen- te comunicative 0 éxito ¢ buscado com 0 outro, ou seja, ambos se encontram um plano cooperativo, caracterizado pela si metria ¢ pela total transparéncia quanto as suas agdes ¢ objetivos. A sbordagem da Etica na Comunica- fofica um pouco mais complexe quan- o fago uma distinso (pelo menos com uma finalidade operacional) entre ases- feras da moralidade, da eticidade, da Tegatidade e da legitimidade. A moral & sedimentada e cumulativa a0 longo do tempo e difusa num ethos mais generali- zado, social eculturalmente,estando, por assim dizer, no contexto dos costumes. Ji aética, modernamente tem adquitido ‘comextualizapdes mais especificase apli- ‘eadas. Melhor seria, ento, referirse no uma ética, mas a éticas, no plural, isto 32 Alias 2000 risa 6, « deontologias, pois, além de termos que nos ater a0 que para a nossa consci- Encia é ago moral, temos de estar per- manentemente cotejando a nossa cons- cféncia moral com a dos outros. Entre- tanto, quando ¢sS¢3 outros silos 0s nos- 808 pares, so 05 nossos companheiros de uma corporagdo, de uma categoria e de uma profissto (etimologicamente vem. de professar), af pode ser que essa agre- miago corporativa jé tena estabeleci- do formalmente um conjunto de valo- res acerca do que se deve ox que nfo se deve fazer, Portanto, quando a ética se refere a contextos especificos, podemos ter eé- 4igos estabelecidos no tempo e no espa- $0, consagrados como cdnones @ serem observados por todos os integrantes de uma profissio, de um oficio, de uma de- ogo. Considero que nesses casos mais préprioreferir-se a uma deortologia ¢,portanto, auma deontologia, por exem= plo, médica, juridica, policial etc. A fore tmagdo nas diversts carreras apresenta- 18, portanto, disciptinas referentes aos valores ¢ 205 cédigos éticos dos princi- pios professedos em cada profissto, Em- bora todos eles no dispensem bases mo- sais ¢ éticas gerais, a rele médico-pa- ciente tera circunstanciamentos particu: lares; a relago advogado-cliente, idem; arelaglo psicélogo-cliente,ibidem: a re- aco confessor e fie, tribidem e, assim INTE 66 HA que se ter escripulos, mesmo diante da verdade. Nem sempre ela pode ser exposta, na sua nudez e crueza. 99 por diante.E srelagto fon- se estabelega nfo propriamente uma re- te-jomalista, pars fiearmos _lagio racionalmente comunicativa —am- mais restritos ao assunto bos, cooperativamente, buscando o bem em pauta? ccoletivo —, mas toda serte de jogoscom Arelacio fonte-jornalis- vistas ao atendimento de interesses, ta adquire importincia e clinagies perticulares ou pessoais. Pode peso ainda maiores quando serque nium contexto estratégico tanto a se trata, como costumo di- fonte busque orientar informagio para zer, de fonte de jé piiblica, que ela sitva a determinado part-pris, ‘ouseja, entre umaautorida- como pode ser que 0 repérter esteja pre- deouenire alguém que exer-_ocupado muito mais com o brilho parti- ce fungio pablica (ou tem cular que obteri coma narrativa sensaci- ‘ascendéncia sobre © pibli- _onalista de um “fato” £60, por prestigio ou caris- A responsebilidade de uma fonie de ma), pois, nfo soeestari pe- _fé piblica perante um jornalista & muito rante um tepresentante do maior porque, em geral, nesses ea80s 0 espago piblico da esfera _jomalista ndo ird checar as informages, piblica,cumprindo também no irk investiga, ainda mais, seas infor- ‘uma fugo pbiiea, como mares orem publicamentetransmitidas. essa relaglo deverd ser in- Mesmo quando uma fonte desse porte teiramente vocacionada divulga uniainformagio em offthe-record para o interesse piblico. (que no Brasil subentende-se que pode Nenhum dos dois, portan- ser publicada, mas sem a revelago do to, deverd estar imbuido de _nomeda fonte),em geral,ojomaliste nto ‘um outro objetivo oude um se acha na obrigagao, ou no tem tempo, outro sentimento que niio de checara informagdo obtida, pois, con- seja ode prestarum servico _sidera a fonte nilo s6 /egal, como tam- piiblico por meio da infor- _bém legitima. Ora, sea fonte & bos (ou magi correta seja, qualificada e confidvel) por que co- ‘Seumafonte procura um locarem dvida a informago que cla de- Jomatista ou, a0 contririo, cidiu revelar, supostamente por dever € ‘s€ um jomnalista procura spiro piiblico? Isto significa simples- ‘uma fonte, pode ser que ai mente que uma boa fonte ndio podera er- far, pois o erro provocari danos, morais € *Luiz Martins é ‘materiais, por vezes, ireversiveis. Jomnalista e professor de E por que uma boa fonte, de boa-fé e Etica na Comunicagao, bem intencionada procura um jomalisia, na Faculdade de ‘oué porele procurada edecide, por achar ‘Comunicagao da UnB. que tem 0 dever de fazé-lo, revelar fatos 39 igo 306 PSM denunciosos, ou esclarecedores? Por yezes, 0 fempo e as citcunsténcias for mais ndo permitem que a informagio de interesse piblico sejatransmitida apenas pelos canais legais oficiis e formas. Por ezes, somente apis meses de investiga ‘lo € que se poderé ter uma conclusdo definitiva, pericial juramentada de un ou mais fetos. Nessas situagbes, a impren- sa recorre ao seu legitimo direito de valer do sigilo da fonte, para adiantar- emrelagdo adadose informagdes queain da no esto disponiveis, oficialmente Pode-se afirmar que, na maioria das ve- 2es, 0 que mantém a vitalida © int ymagdes de resse do noticiéirio so asin natureza oficiosa. Para uma fonte de fé publica, o extre mo limitedoseu deves (para com os cids- aos © para com a sociedade) ¢ a abertu- 1a de dados ¢ informagdes (corretas, mas no conclusivas) para a imprensa, ou, para determinado(a) jornalista de con nga, sinda que tais dados etais informa 5 sificaglo de segredo de justica, E, seria ingénuo no admitir, isto acontece, ¢ acontece com muita freqléncia, ainda -stejam, temporariamente, soba clas- que a0 desamparo da esfera da legali- dade. B-6 que tornari legitima tal ago? Minimamente, se 0 vazamento (pratica- 4o pela fonte) ¢ 0 furo de report (praticado peta jornalista) nfo tiverem otra finlidade que nfo 0 interesse pi Mico © 0 bem piiblico aa Seria ideal que o Estado ea res publi msparentes € transparentes nna contemporaneidade dos fatos. Ors, to- ca fossem dos nds sabemios que Estados © gover- nos caracterizam-se por niveis de opaci- dade, uma vez que sio, também, redutos depoder. E a0 poder seria mais inerenteo vicio da intransparéncia do que a virtu- de da clareza. 0 hiato entre os fatos © seu esclarecimento parece ser propor- ional ao grau de dramaticidade envol- vido. E como se cada fato dramitico na vida do Estado © da Repiblica tivesse uma caixa preta que s6 sera encontrada, decifrada e aberta a0 pablico muito ter. podepois do acidente. Endo existiria jor- nalisto se 0s acidentes-fossem noticia- dos apenas quando da pericia da caixa preta, Até la, no entanto, seria de extre- ma importineia (mas, na prética impos- sivel), distinguir que fontes cumprem, de fato, um papel de relevante servigo piblico (mesmo valendo-se do sigilo da fonte) ¢ que fontes simplesmente se aproyeitam das situagdes para tirar par tido, agindo estrategicamente, eno eo- municativemente Hi, portanto, aqueles que, diante dos fatos, agem (moralmente) por conviogao © responsabilidade ¢ aqueles que deso- tam os jornalistas com versdes int ressadas ¢ até induzindo a imprensa a0 erro. Ha uma distingdo entre a *verda- de” autorizadae & “verdade” integral dos faios. Mas, mesmo em relagio i revela- 80 da verdade, hé que se zelar por as pectos do decoro. Hé que se ter eseri- Pulos, mesmo diante da ventade. Nem sempre ela pode ser exposta, na sua ni- dez ¢ crueza. E se ha uma deontologia jornalistica, hi, com certeza, uma deon- tologia das fontes PMCUL A ORDO aren) eT Teas rt Et Mau Maina isa Mina, le AAT, RNC TN Apesar de criticado, para o analisia politico, Antonio Queiroz, 0 aumento salarial da Policia Federal pode ser considerado uma importante vi ria da categoria, jd que poucas foram as carreiras do servigo publico, vinculadas ao Poder Executivo, que tiveram seus ganhos extendidos integralmente aos aposentados € pensionistas. Reestruturactio SALARIAL dos DELEGADOS da Policia Federal por ANTONIO AUGUSTO DE QUEIROZ" 5 2 edigao da Medida Provisoria (MP) 212, de 9 de setembro > de 2004, que cuida, entre outras, da carreira dos de- legados da Policia Federal (PF), repre sentou uma importante vitéria da cate goria, apesar da criagdo de uma terceita classe no cargo, além da especial, pri rmeira e segunda. {A reesinuturago remuneratiria, om yParidade plena, consistiu no aumento do cago de habilitayo € do vencimento basico, sobre © qual incidem todas as demais gratificagdes ‘Todos os ganhos foram extensivos aos percentual de ind aposentados e pensionistas. © vencimento bisico foi reajustado @ cm 17% — sendo 10% retroativo « 1° de Julho de 2004. 7% a partir de 1° de julho de 2005 ~© onovo percentual de indeni- zagio de habilitagao, devido desde I° de julho de 2004, passa de 30% para 35%, AMP — cuja vigéncia seri de até 120 dias, inicialmente de 60 dias, renovive) por mais 60 —poderi ser aperteigoad, ja ue recebeu 36 emendas na Camara, onde aguarda parecer do relator designado, deputado Eduardo Seabra (PTR/AP), Embora exista uma comissio mista, formada por deputados e senadores para analisar os pressupostos para edigo de medida proviséria —aspectos de relevan- séncia a matéria dever’ ser apre- da diretamente no plendrio da Camara, ‘onde necessita do yoto favorivel da mai- oria simples dos deputados. O relator, em seu parecer, tera trés ‘opedes: 1) simplesmente referendar a MP, ‘nos termos em que foi editada, I) rejeité- In integral ou poreialmente,e II} propor mudangas em s 1u contelide, desde que io representem aumen- to de despesa. A hipstese de rejeigao & ‘muito remota, assim como oarguivamen- to por decurso de prazo. as modifica NEGOCIACOES: ‘AADPF paticigoude todas asetapas do ‘negosiagSo do aumenio sdlaial para a PF. Exuidade no percontuat ‘2 serconcedido para {odas oscategcrias, tanto para os servidores atvos quanto os. aposentados fo um dos. pontos defendios pola centidade. EID: 0 De qualquer modo, a categoria deve estar atenta aos prazos, especialmente na hipotese de busca de aperfeigoamento do texto. E 0 esforco para aperfeicoamento. da MP deve ser feito ainda durante sua tramitagao na Camara dos Deputados, jf que qualquer alteraga0 no Senado forga necessariamente oretorno da matéria para nova apreciaedo pela Cémara. Mesmo com a rezra regimenial que, apés 45 dias de vigéncia de uma MP sem, deliberagdo, bloqueia @ pauta, impedin- do que ‘otadas outras maté- rias, oprazo de que se dispoe, em face do recesso branco da eleigdo municipal, & muito curto, Assim, épridente acelerara sm s aprecingio do texio, de preferéncia com o relator conyencido a acolhere incorpo rar em seu parecer as emendas que con- tribuam para a valorizaglo da carreir, Qualquer que seja o desdobramento, um faio é inconteste: a MP foi uma vité- ria retumbante dascarreirasda PF. Foram poucas as carteiras do servigo piblice, vvinculadas a0 Poder Executivo, que tive ram seus ganhos extensivos integralmen- te a0s aposentados ¢ pensionistas. w * Anténio Augusto de Queiroz é Jomaiista, anelista politico e diretor de Documentagao do Departamento Intersincical de Assessoria Parlamentar (DIAP) -doputado federal Sigmaringe Seixas, a presidente da ADPF Edine Horta, o ministro da -Justiga Marcio Thomaz Bastos e 0 deputado federal Anibal Gomes (CE). 35 surt 0 | Psa Depois de meses de estudos e negociagées, em setembro, a ADPF eo Real bateram o martelo no que promete ser a menina dos olhos dos convénios jd firmados pela Entidade ‘ma parceria para garantir beneticios exclusivos aos delegados federais em dife- rentes produtos ¢ servigos bancairios. Foi com essa finalidade que a Associag#o Nacional des Delegados de Policia Federal (ADPF)celebrouconvé- tio, no dia 30 de setembro, com o ABN AMRO Real. A solenidadeaconteceu na sede da Assaciagao, em Brasilia, com a presenga de seus di cia Federal ¢ representantes do banco. Real ji esté trabalhando na formu- lagao do pacote de servigos que seri ofe- recido aos associsdos da ADPF. Para 0 superintendente executive do S. tor Pi- blico do Banco Real, Paulo César Dias da Rocha, o compromisso é fazer com que 0 Real seja de fato 0 banco da vida dos Federais, “Estamos trabalhando para 36 | ae 04 | ISM Representantes da ADPF e do Real, em registro que entrar para a hte da ide como uma de sus nals proteus pacerasempral do assodado aprimorar oatendimento eo oferecimen- to de uma gama de produios personali- zados que fardo a diferenca para 0 as- sociada”, Paulo Cé co Real ar disse ainda que o Ban- mantém um bom relaciona- mento com membros da Policia Federal. Somos um dos bancos pagadores de folha, devemos ter uns 10.0u 12 postos de servigos no Brasil inteiro, temos um niimero razodvel de clientes vincula- dos que recebem a folha por nosso in- termédio ¢ esta parceria poderd me- thorar asinergiaque existe aqui etam- bém em beneficios maiores. Cabe res- saltar que a assinatura deste convé io deve-se ao esforgo da diretoria da ADPE, que se empenhou durante todo 0 periodo de negociaga Jia presidente da ADPF, Edina Hor- ta, enfatizou que o convénio celebrado Edina Hota recebe os cumprimentos do representante do Real, Paulo César Dias com 0 Real atende aos compromissos es- ssumidos pela atual dretoria. “O nosso ob- Jetivo é 0 delegado de policia federal. E ‘nosso associado que, com certeza, serd realmente prestigiado pelo Banco Real Ele vai obier diversos produtos, condi- ‘Ges mais favordveis e isso ¢ 0 que nis queremos. Além do mais, vamos obter recursos gue serdo injetados direta- mente na ADPF e que vio funcionar como fontes alternativas de recursos para que ela possa usar 0 recurso fi- nanceiro em prol do nosso associado. Queremos manifesiar a confianca que nos depositamos no Banco Real. uma instiigao séria e que eleva realmen: te 0 conceito do Brasil em termos fi- Alem de buscar beneficios € vantagens aos associados, uma das ‘metas da Diretoria € gerar fontes alter- nativas de recursos para a Entidade. nanceiros” PARCERIA SELADA: Paulo César Dias, superintendente-e smulo Berréd, vice presidente da AD executive da Rede 8 do ‘CASA CHEIA: Diigentes do DPF, associados da ADPF ediversas autoridades presigiarama sada parceria entre o Barco Real ea AD} onvidados desfrularam de agredével ido pelo Banco Re Ban igentes da ADPF, s de entidades de ne outras autoridad m oinicio da cerindnia de assinaturada ‘Banco Reale aADPF OAB-SP Ianga frente de defesa constitucional Defender as normas juridicas e antecipar apoio a uma iminente e importante decisGo do Supremo Tribunal Federal (STF) seré uma das missoes da Frente. A ADPF é uma das entidades participantes. Com o apoio de liderangas da Advocacia, da Magistratura e das Polisias Federale Estadual ¢ da socic- dade civil,a OAB- agosto, a Frente de Defesa Constituci- ‘onal (foto) para firmar posiglo contra ndido poder do Ministerio P langou, em a0 pret Piiblico de conduzie investi 1a Vez que afronta a Constitigao Federal de 1988, que nao competéncia para os s € promotores. Estiveram no langamento da Frente, 8 presidentes da Associaga0 preve Nacional sderal, Edina Horta; do Instituto Brasileiro de Ciencias Criminais, Maree Antonio Rodrigues Nahum; do Instituto dos Advogados de So Paulo, Tales Castelo Branco; do Sindicato dos dos Delegedos de Policia Delegados de Policia do Estado de Sto Paulo, Paulo Siquetto; da Associagao dos Advogados de Sao Paulo, José Roberto Pinheiro Franco: edaAssoci- agdo do Delegados de Policia do Estado de Sio Paulo, Jair Cesirio da Edina Horta destacou a importincia (Ordem, em cconjunto com entidades representativas da sociedade brasileira, na defese da Constituigdo Feder pape! legis do papel assumido pe bem como do ivo do Congresso, Para Tales, a preocupagao do Instituto ¢ com a legitimicade, igualda- de das partes perante 0 proceso, ou seja 0 Ministério Pi processo, portanto, parcial tem int ico que & parte do ‘parte interescada resse no resultado das investigasdes, posto que, com base nas investigacoes que forem efetivadas, vai apresentar a acusagio do Estado. Dessa forma, cria-se uma figura ambigua de investigador e de acusa- dor; € 0 que & pior, de investigador parcial a servigo da acusagao estatal, ‘além de concentrar um super poder ‘nas mdos de uma sé instituicéo” No entender d mento te iquetto, © movie 1 civieo, porque no se trata de uma campanta contra 0 Ministério Pablico, mas sim, uma forma de impedir que & Constituigio seja ‘macula. 4 OAB-SP estétoraimonte com prometida com a Frente, porque a Constinigio Federal de 1988 no confere poder investigatério, na esfera penel, ao Ministério Piiblico. Qual- quer afrmativa nesse sentido é contra a Carta Magna do Pais. Essa é portanto, uma luta que visa o interesse piiblico e 0 ordenamento furtateo disse o presidente da OAB- SP, Luiz Flavio Borges D'Urso,lem- nacional brando que a OAB Nacional ja tem posiclo oficial assegurando que nilo hé base juridica © ‘onstitucional pars que o MP atue em investigagdes criminais, Durante o langamento da Frente, 0 jurista e professor titular da USP, José Afonso da ida sobre 0 assunto, va, comentou e explicou seu parecer, de 15 paginas, que respon de a seguinte questao: “Em face da Constituigdo Federal de 1988,0 Ministério Pablico pode realizar e/ou presidir investigacio criminal, direta- ‘mente?” Silva analisou minueiosamente 6 texto consitucional e sentenciou que: “A questao posta pela consulta nao é conplicada nem demanda grandes pesquisas doutrinirias, porque a Constituido Federal di. resposta precisa e defintiva no sentido de que 0 Ministério Piblico ndo tem compe: séncia para reali criminal direta”. Font Assn eran ch OA8 SP ar investigardo ANP e PF intensificam a fiscal: Informe Publicitario cao da distribuigao de combustiveis no Pais Mercado ilegal movimenia até RS 10 bilhdes por ano Nos titimos anos, a atividade de distribuigko de combusti tom vivido momentos bastante conturbados. A luta por melhores regos provocou o aparecimento de combustiveis adulterados nos postos, {que eram vendidos a0 consumidor final por prezos abaixo do custo, is no Brasil ‘causando prejuizos diversos a seus vetculos, Segundo eéleulos de entidades do setor, este mercado ‘movimenta ilegalmente até RS 10 bithdes todos os anos no pais Com 0 objetive de reverter esta sittagdo, a Agéneia Nacionalde Petroleo (ANP) ¢ 4 Policia Federal (PE) vém intensificando, nos diltimos meses, a fiscalizagdo do mereado de distribuicgio de combustiveis. Para coibir a adulteragio de combustiveis, foi essinado, no inicio de fevereito deste ano, um convenio de coopera G40 técnica e operacional. A parceria prevé troca de informa- ¢Bes, treinamento e participagao de policiais federais em ages de fiseali- zagio da ANP. A agéncia reguladora, Por sua vez, repassari a Policia Federal as informagdes necessirias para o combate a crimes no mercado de combustiveis. Dados da ANP dao conta de que, além de um aumento no ntimero de agdes de fiscalizagdo — foram cerca de 25 mil em2003 contra 22.300 no ano anterior -, 0 indice de ndo-conformida- de da gasolina (combustivel fora de especifieagao) diminuiu 45,6% em trés anos, bainando de 12,5% (do volume total de combustivel testado nos postos fiscalizados), em 2000, para 68% em 2008. Contudo, o nlimero de estabeleci- mentos interditades continua alto: foram 1.255 em2003 contra 1.260 no ano anterior. Segundo 0 jomal Diario do Povo, somente na regio de Campinas, 6 Volume total de combustivel batizado proiluzido desde 2000 daria para colocar 24litros em cada um dos $00 mil ‘efeulos que circulam na cidade. No final de 2003,0 Governo, Federal aprovou a lei que determina a tributagao dos solventes, 0 que deve provocar uma redugio de até 50% nos indices de adulteragio e sonegagao. DeOthono Combustivel A agao fiscalizadora no é 0 tnico trunfo contra a adulteragio, Exclusiv do Sistema Petrobris, o De Olho no Combustivel &0 mais completo programa de qualidade, requisitos para a certificagaio dos postos de servigos Petrobris, © programs, que esté completando uma década, tem o objetivo de com- provar a qualidade do combustivel Petrobras ¢ sensibilizar, tanto © consumidor final, alertando quanto a0 problems da adulieragao e seus prejuizos, como orevendedor, estimu- lando os parceiros figis e promovendo novas adesdes 0 De Otho no Combustivel, que ja conta com mais de 3.700 posios certificados, cuida, no s6 da realiza- silo em campo de testes na gasolina, ‘leo diesel dlcool hidratado, comercializados nos postos Petrobras, mas também do treinamen- to dos responsiveis pelos servigos de armazenagem ¢ recebimento do combustivel, devolugio de produtos, além da limpeza de filtros. m que inclui 11 resPRAELATUS “Solén, heréi de algures” Palavra, 201 paginas A venda nas meitores Iivrarias do Saivasor ‘ou pedidos peo De un povoado, Carrero. que fz lembrar 0 de Macondo (mas nada tendo a ver com Garcia Marques). Rita Sanches cria wm mundo. O microcosmo contém wm rico tecido celular que reproduc nas suas minicias e nuangas um organismo de gigante. Este nao é wm romance comum. Tem personagens, tem situagdes ~ max a autora nao esté empenhada em desenvolver um relaio coerente, em contar uma histéria com principio, meio e fim. Preocupa-a, antes de tudo, 0 texto, Nao um texto qualquer aleatério - mas um texto com significa dos acerca da vida e do que seja viver Sendo sugestivo, com aleum teor poético, ¢ alcancando-se por vezes ao nivel do poema completo, esse texto permite a fruigdo da leitura, ¢, ao mesmo tempo, introduz perplexidades. Relegados «a segundo plano, estdo possiveis enredos. Solén, herdi de algures é uma ficedo alegérica. Quer isto dizer que Rita Sanches projeta fatos imogindrios a partir de fatos ‘conhecidos, rotineiros - ¢ assim fazendo, foge ao lugar-comun que encontramos em romances & novelas Sactuais. O fato verdadeiro, que esté sempre a ocorrer. hanalizou-se, jé ndo emociona. Mas a alegoria, quando forte, fustiga a nessa sensibilidade, impedindo-a que fique embaciada. Rita Sanches comeca bem. num romance de veias desatadas que se impae pelo timbre. Serd justo esperar- se que, de um texto to instigador resultem outras obras capazes de Justficar a nossa expectativa. Hélio Pélvora exTUNE ADPF patrocina langamento de livro que contesta as pretensoes investigativas do MP “O Ministério Piblico de Robespierre”, de Eduardo Mahon, seré apresentado ao publico e a midia no préximo dia 8 de dezembro A Associagio Nacional dos De promovendo no proximo di gados de Policia Federal estar 8de dezembro de 2004, no Salo Verde da Camara dos Deputados, as 16 horas, langamento do livro "O Ministério Pablico de Robespierre",deautoria do advogado ¢ professor universiti- io, Edaardo Mahon. A obra constitui-se numa severa critica & pretensto investigativa do Ministério Piblico (MP), que busea referéncias historicas no petiodo do Tertor Francés pés-revolucionério, Mahon denuncia os desmandos da Instituigdio Ministerial, que persiste em 80 povo brasileiro e Amita, por meio de campanhas soberbas, que o Ministério Pablico teria atribuicdo para ‘criminalmente qualquer o, poder que, em verdade, © legislador constituinte jamais the Luiz Flivio Borges Unio, jurista © stual presidente da OABISP. Tramitam junto 40 Supremo Tribunal Federal inmeras ages impugnando a pretenstio do MP em conduzir invest ies criminais. Recentemente,o Conse- Iho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil posicionou-se contrariamente aos excessos e abusos que membros do Parquet insistem em cometer. (O que sealmeja éinformartoda a classe juridica e sensibilizar legislado- fim de outros, res, julgadores e midia, Adesmistticare desmasca objetives do MP, como a usurpagdo das fiungSes dos delegados de poicia a fim de subordiné-les,furtando-thes a independéncia. Tal projeto, engendrado de hi muito, sufoca a democracia, que std equilibrada na clara divisao de poderes € atribuigdes. gy EDUARDO MAHON ¢ um militante advogado no Estado de Mato Grosso. atuando também em Brasilia, junto aos Tribunals Superiores, Professor de Direito Penal e Processo Penal, ministra aulas como conyidado na Fundagio Escola Superior do. Ministério Piiblico de Mato Grosso, E titularna Unido de Ensino Superior, ‘na cidade de Diamantino (MT). Ex-coordenador de Ages Criminais ‘da Defensoria Pablica de Mato. ‘Grosso, hoje € especialista no patrocinio de agdes criminais ¢ civeis cde empresas privadas. 6 Gcombastantezelo, oprofessor Mahon discorre pelas justificativase oposigées ao pleito investigatorio do Ministério Piblico. Analisaa teoria dos poderes implicitos, faz analogia ao inquérito policial e a uma nao vedacao expressa. Além disso, traziastro doutrindrioe Jurisprudencial sobre otema, 9 Luiz Flavio Borges D'Urso, préfaciando “0 Ministerio Puiblieo de Robespieme’ Funda¢gado Dom Cabral: capacitando lideres que constréem um Brasil melhor. A Fundacao Dom Cabral acredita na educacao continuada como meio para se construir uma sociedade verdadeiramente sustentavel. Em 28 anos de atuacao, abre diariamente suas portas, com a convicgéio de que deve se empenhar permanentemente para que empresérios, executivose as empresas do pais sejam melhores a cada dia. Para isso, oferece solugdes educacionais que se apéiam, sobretudo, na renovagéo constante do conhecimento, na jungo entre teoria e pratica, ¢ no intercambio de experiéncias. Conheca as solusoes educactonals da Fundacao Dom Cabral. eee aa www.fde.org.br | (31) 3589-7300 Laila Campus Aloysio Faria - Centro Alfa Av. Princesa Diana, 760 ~ Alphaville Lagoa dos ingleses - Nova Lima~ MG TRL mua Minis am mal-inten Oe investigace esquemas 4 pouco mais de dois me. ses, a Policia Federal (PF) deflagrava no Estado do Parand uma megaopera¢z0, que resulton a prisfo de 64 doleiros, acusados de transferéneie irregular de dinheiro do Brasil para o exterior, “Iavagem de dine 10", entre outros crimes. A operagio, bat tizada de Farol da Colina, tadugio para 0 portugues do nome da principal bene: ficiada com as remessas de dinheiro (Beacon Hill), “foi fruto de investigasdes realizadas, exelusivamente, pela Policia Federal, que contou com 0 apoio da Re- ceita Federal, Banco Central, Consetho de Controle de Atividades Financeiras (COAF)¢ Departamento de Recuperaga de Ativos llicitos ¢ Cooperagio Juridica I do Ministério da Justiga revels 0 coordenador da Internacior (DRC) Operacio, 0 delegado federal Paulo Roberto Faldo Ribeiro No momento em que se intensifiea © debate sobre as atribuigdes do Mink rio Pablico (MP) no inquérito criminal operagiees como a Farol da Colina ratif cam o trabalho investgativo da PF, que ‘oferece subsidies aos procuradores para cfetuarem uma deniincia robusta de ei rninosos i Justiga. Foi assim com a Farol a Colina PF permitiram ao Ministério Piblice Federal denunciar ao Poder Judictario Todas as investigagBes da centenas de gerenies e diretores de ban- cos e casas de edmbio, ‘laranjas’ e do- leiras, alguns com sentenca condenaté- ria transitada em julgado, 0 que pode ser comprovado com a consulta dos aw tos dos respectivos processos”, afirma Paulo Faleio. Em entrevista & Pri acrescentou, ainda, que participagio do Mp na Farol daColina limitou-se a0 acom- panhamento da investigagao. Toda a co Iheita das provas e todas as representa: ges foram feitas pela PF. “O que o MP fez foi acompanhar a legalidade da ob tengiio das provas e das diligéncias pro- postas. Acompanharam e sempre apoia~ ram a legalidade do nosso trabalho Quer dizer, 20 MP a “parte que te cabe reste Intfimdio", que bem eumpri seu \egitimo papel de “fiscal da Lei". Nomis, tudo que foi apurado resultou do esfor- ‘0 concentrado de equipe da PF desig- nada pare 0 caso. (0 desconhecimento gera insegur «2. Por isso, na opinito do delegado Pau lo Falodo,o que falta € esclarever a soci- cedade sobre como defato atua o MP. Nao existe investigaglo criminal dita pelo Ministério Pablico. Quem investiga eri mes éa polic Sdiciro jlga temer o afastamento do MP das investi- OMP faz.a dendincia © 0 Nao hé motivo para se gopdes. Nao hd 0 menor sentido en da Colina’ temer pela perda das provas obtidas no § exterior pelos membros do MPF porque eles nada obtiveram, Todas as quebras de sigilo banes rio foram de inictativa da Policia Federal, basta cor: sultar os autos", tes salta Paulo Fal B Delegados f derais, respon siveis pela Farol da Colina, além das investigagdes no Brasil, foram aos Estados Unidos para obter das autoridades locais documentos que comprovassem 0 envolvimento dos suspeitos. DESDE 0 INICIO acusados aconteceram em trabalho da Policia Federal teve inicio bem antes, mais precisamente em As prises dos to deste 1997, coma abertura de inquérito pela De- legacia da PF em Foz do Iguagu,no Esia~ \do “Inquérito Mae” ou “Carros Fortes”. A finalidade era a de apurar crim | Financeiro Nacionale contra a Ordem Tri- @ butéria. Carros fortes transportavam di nheiro supostamente oriundo do comér- do do Parani, denomi contra 0 Sistema cio da Cidade de Leste, no Paragi que na verdade, conform policiais federais, era sacado na tesoura~ tia do Banco do Brasil. “Muitas vez ses valores eram depositados novamen: 1@ te no Banco do Brasil, o que veio acom- provar que ndo era da Cidade de Los n 2001, a PF descobriu que grande parte desse dinheiro tinha como destino ‘aagéncia do Banestado em Nova York. A partir dai, as investigagies foram direcio nnadas para o ex- terior. O grande desafio da equipe, que estava A frente da Ope- ragdlo, era conseguira quebra de sigilo bancario dos suspeitos. Esta medida chegou a ser autorizada pelo go- verno brasileiro e operacio- nalizads pelo Banco Ita que, na época, hhavia comprado 0 Banestado. iam as remessas de dinheiro~mas a Jus- tiga Norte: informagdes eram insuii tificar opedida, Em julho de 2003, nova solicitaglo foi para onde ‘mericana considerou que jentes para jus- feita ao Departamento de Justiga Norte Americano, ento por meio da Mitua As- sisténcia em Matéria Legal (MLAT).

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