Assim encontramos uma concepo "clssica", surgida durante o Iluminismo (que
podemos chamar de "definio moderna clssica", que organiza e estabelece as bases de
periodizao usadas na estruturao do cnone ocidental); uma definio "romntica" (na qual a presena de uma inteno esttica do prprio autortorna-se decisiva para essa caracterizao); e, finalmente, uma "concepo crtica" (na qual as definies estveis tornam-se passveis de confronto, e a partir da qual se buscam modelos tericos capazes de localizar o fenmeno literrio e, apenas nesse movimento, "defini-lo"). Deixar a cargo do leitor individual a definio implica uma boa dose de subjetivismo, (postura identificada com a matriz romntica do conceito de "Literatura"); a menos que se queira ir s raias do solipsismo, encontrar-se- alguma necessidade para um dilogo quanto a esta questo. Isto pode, entretanto, levar ao extremo oposto, de considerar como literatura apenas aquilo que entendido como tal por toda a sociedade ou por parte dela, tida como autorizada definio. Esta posio no s sufocaria a renovao na arteliterria, como tambm limitaria excessivamente o corpus j reconhecido. De qualquer forma, destas trs fontes (a "clssica", a "romntica" e a "crtica") surgem conceitos de literatura, cuja pluralidade no impede de prosseguir a classificaes de gnero e exposio de autores e obras.