Você está na página 1de 217
Capa e Design Griton: 8 Maia Execugto Grice: dgsesAronamenty, Le Impress eceabareni: Fano & Neves, Léa — Sant Mara de Fore Perodiigade: Anal (N® 1 Fvereco | 1982: 182 Fevers 1983) Praga de capa: Portugal — Ess, 2500500; Espana — PTE. 8.800800, Fste da Europa — PTE. 4.100800, Fora de Europa — 4.70050, Etiges Arontamento, Léa— Rus Costa Cabral, 859 — 4200 Porto — Portugal — Tolefones: (02) 409271, 494980 — Tele (02) 491777 LOTE DE CERAMICA EPIGRAFADA EM ESTAMPILHAGEM DE MERTOLA ST © corjunto cerdmico am estudo foi reco ao longo de dez anos de escava Bes arqueolégicas na Alcdova de Méttola Nia sua quase totalcade prover de camadas esraigraticas ce um tara rest- encial muguimano que, curante eerea de trés séculos, ocupou a plataforrna do antigo “Forum” romano, ¢ que foi abandonaco depois da tomada da cidade pela (Ordem de Santiago em 1208. 4, ACALIGRAFIA ARABE: CUFICO E NASAHI Nia cultura istimica, a escrita érabe assumiu desde muito cado um cardcter sagrado 8, complementarmente, uma fungao estéica. De tacto, a escita nao se consttuia apenas como sistema de signos através dos quais a comunicagSo se estabelecia; aos olhos do orente, ela surgia antes de tudo como instrumento de lorfcecio da Palavra de Ala ‘A compilagéo co Corao ocorreu nao muito depots da morte do orofeta Maome (632 4.C/10 H), por inieiatva do calfa Othman, que reuniu @ sistematizou 0, jé nto, disperso conjunto de versiculos. No antanto, a fhagio dos textos do livro sagrado corheceu um longo trajecto histérico, dado existe divergBicias pro- fundas quanto a0 sentido e inguagem coranicas. Dverg2ncias que motivaram 0 (xno 2 orqumts erg. ‘tein alaska 6A Wee erase nee ata se aparecimento/desenvolvimento de diversas dis- ciplinas, come @ gramética, @ lexionorata, 2 cléncia da leturae a caligratia. Esta tltima no ra, entre as demis, d2 somancs importancia; do facto, a magnitude ¢ "beleze” de estilo da mensagem coranica deveria ser transmitida de ‘forma igualmente dela @ majestosa. Todavia, a5 cuidadas composigées caligraficas nfo se cir- cunserevem ao liveo sagrado, penatrando no mundo quotidiano do crente, em artefactos diversos, nas fachadas e Interlores de editcios civis e religiosos nos quais inscrevem expresses embieméticas de glorificagao, lou- vor propiciago, 0 céfice, ditundido desde 0 ano de 650 6.6.80 H., a partir da cidade iraquiana de Kuta ird Imp5r-se, durante muito tempo, peias sues caractorstcas (ltras geometrizantes dofinides por lias dretas e angutares) como a escrta utlizada pelos caligrafos @ somposi¢ao co Corao. 0 altabeto citico é constituico apenas por dezassete (17] signos, em vee dos vinie € cito (28) que compéem a eserita cursiva, dada 2 supressio dos pontos diacrticos que nesta diferenciam algunas cas consoantes (Le. 0 curcivo alguns fonemras apresentam a mesma gratia distinguindo-se através da pontuagéo iacrtica). No século IX generalzou-se 0 uso de uma nova oalgrafia nasthi, que evolui a partir da escrita cursive. Apresenta os caracteres estlizados (lormas redondas, itrocuzind ele mentos puramente decorativos) € mantendo @ ‘avilidade e espontaneidade gestual do acto da escrita, Estes caractaristicas permitirZo 4 caligrfia nasthi penetrar, progressivamente, rio espago anterlormentereservado ao cific. Os cols estos, cutieo @ nastti, foram os mais utiizados em todo 0 mundo istiico até a0 século X, altura em que se difunéem novas formas mais estiizacas. & de maior destaque 6 © citico floral, que apresenta caracteres angulados rematados por motivos vegetalistas, (flores ou bolts), Este estilo calgréfco, tanto no Medio Qriante como no Ocidente muguk ‘mano, fol tundamentalmente utilizado em ragistos epigréficos cerimicos e arqultecto- ricas. No AFAndalus, segundo o falecdo arabista espanol Manuel Ocaa Jimenez, as piimeiras InscrigSes em cifico surgem nas moecas bilinguas cunhadas pelo governedor al-Hurr Jun Abderrahmare @-Telafi, que remontam 20 ano de 98 H. (716/717 ¥.<.). Esta inscrigao rumismatica 6, no entanto, uma excepgdo. Oe facto, 62 partir co teinado de Abderrahmene Il (622-852), que se difunde am toda 2 Espanta arabe & esorita tfica, que iria manter a sua uniade formal estabelecida em COrdova, cen ‘ro condutor da atte hispano-muculmana nia época call, Com a queds do calito, » conse ‘vente ivisdo da Espanha em pequenos rainos — Tailas — 0 nimero de centios produtores @ dos respectivos astilas aumenta, pols cada provincia desenvolvia a sua forma propria de escrevar o ifico, No entanto, com a consol dagdo do poder almoade na Peninsula, 0 cursivo tornou-se gradvalmente a escri- ‘te oficial do império magrebino. 2. ACERAMICA EPIGRAFADA, A TECNICA DE ESTAMPILHAGEM (0s dois estilos cafgréfcos, 0 cific (tel como a sua forma evoluttl, 0 eifize floral) #0 nasrhi, encontram-se prafusamente reprosentados em artefactos cordmicos. As matrizes epigraficas neles aplicadas, eram concebidas desenhadas por caligrafos, que manipulavam com destreza qualquer das le iras assim como 8 nexoe de unio ontre as mesma, fazendo-as evolu, SegUun- {60 0 seu gosto, em formas circulares, rectilineas, ova, et, eurginde, em conse- quéncia, variadas composigdes caligraticas para uma mesma palavre ou exprescéo, Gpda pega adguria assim um acrescido valor, esiétco @ simbético (legendas dé tipo profilictico, de beng, falcidade et.) ‘Uma das técnicas mais usades era a da estampilhagom, que se ditunde no al-Andalus, a partir do século XI, 0s moldes eram cuidedosemente preperacos apresentando na maioria dos casos um eladorado programa decorative. AS ‘estampilas resullantas da aplieagdo da matiz varia na qualidade da gravagéo, conforme a meior ou menor pressdo aplcada sobre a paca, cuja pasta se encon~ tra ainda verde. Surgem, assim, algumas deformagGes ra impress, quo podem ainda resultar ¢e uma deficient llmpaza da matt 3. AEPIGRAFIA ESTAMPILHADA DE MERTOLA 0 importante lote de cerimica estampithada de época islamica de Mértola ¢ exclusivamente constituido por fragmentos de talhas, recipientes ce grande capacidade utiizadas para armazenamento de agua, amibora servissem também para azeta, aetonas, mel e mesmo vinho. Pela sua fungéo @ talha ccupava um lugar de desteque na habitapdo mugulmana, @ cal certamente a riqueze do seu programa decorstiva, aplisedo nas zonas mais visiveis do bojo e do gargalo, assim como nas bases-suporte em quo assontavam, 3.1. As legendas epigraticas Do seu conjunto decifram-se treze (13} legendas, epigratadas na sua matorla em cifica floral e simples (exceptuam-se as legandas A-yumnno o AFikbal que S40 fem cursive). AS mals trequentes, por larga margem, so as de Armulk, AF-yamne Baraka, surgindo as rastantes como exemples isolados, Em alguns casos a leitura das legendas foi dificultada pola extrema estlizagzo dos caracteres, rmutlagBes € mau estado de corservagéo das estampihas, justficando-so, pois, naturals reservas quanto & sua decifragzo. Surgem, ainda, dstintas das demaic, ‘duas ostampithas de pseudo-epigratia, ‘At-yummne (@folc¢ade). Surge epigratada em vinte ¢ trés fragmentes (28), na Imaioria dos casos em escrita cursive. Encontra-se assoclada, em ts fragments (n. 18, 38 € 34), @ outras legendas, duas dela iagives. Ab-maulk (@ império, 0 poder..). Simplticagao da expressdo al-uik Heh (0 Império de Deus), Surge em dezoita (18) fragmantos, tanto em cifco floral como ‘em cifice simples. Em dots casos (0. 6 ¢ 18), esté associada a ume outta legen- da, respectivamente, Karla?) @ Al-yummne, Baraka (penga0). Encontra-se epigrafada em quatro fragments em escrita ‘ica, Num dalos {n, 40), alata final “7A” foi substituida pele letra “Alf, num ‘outro (n. 38), @ acompanhada por ume legenda de letura duvidosa A-tibat?). ‘A-chukt (0 agradecimento). Simplificacdo a expresso A-chuukro Matt (0 agradecimento ou lowwor a Ald). & legenda, em cttico simples, esté presenie num ico tragmente (n. 42), obsarvando-se na mesma a no inscrigdo da letra “lama do artigo daterminante "AP, sendo no entanto correcta a sua leityra, uma ver que “ame” dasaparese da prondnela quando precece uma “letra solar’ como @ 2 letra “chine” Attia a sai). Legend em cifico flora, representada num fragmento (n. 47) ‘Avisa(¢ gla). Legenda em céfico simples, inser'ta num dco fragmento (n. 48). Alé.. (Deus...). Legenda epigrafada em céfico, em dots tragmentos (as. 33 € 49), Sendo em ambos 0s casos ilegivel inserigdo a que esta associat .. Karnila-ligahibiti (..completa para o seu dono). Legenda em edfleo, incompleta, com caracteres pouco parceptives, impondo-se naturais reservas quanto a sua letur Esti associada a uma outra legenda, da quel se a letra final “Ta marbuta’, possiveimente da palavra "Baraka’ (fragmento n. 44). Abig(bal (@ prosperidede). Legenda em escita cursva, incompleta,identii- cando $2 apenas 0 naxo "Jemali' @alotra “gat” (fragmento n. 51). (ke)mita ou (cha)mita Kai(ié) (completa ov perteit, sufciente(?). Legendas 2m ctfco, associa, encontrando-se amas Incompieias. Da primeira n&o se consarva a parte tinal e da segunda 2 inci sendo, pois, hipotética a sua letura (fragmento n. 43) ‘Avtiba (a pureza). Legenda om cétio tara, de letra duvicosa dada a esilza- eo dos caracteres (Tregmento n. 38). ‘Adiad (@ tranquilldade). Legenda em ciitiea floral, representada em dois, fragmentos (ns. 45 e 46). A sua litura & incorte devido a estiizagdo e cisposigdo simétrica dos carecteres Aali(alissimo. Legenda em céfice, inscrita num Unico fragmento (1. 50), de iil letura dado o estado de conservacao, fo da estampilne (dectram-se com algumas reserves, as letras “aine’, “af “lam estas Uitimas. entrecruzadas) 3.2. 0 alfabeto epigrafico Devido 20 representative nimero de legendas epigrafadas da cerdmica estampithada de Métola,é pessiveltragar-so um quadro ealigréfico do alfeboto fade, fundamentalments 0 da escrite otic (17 signos). As leas apresentamse ra sua globalidade bem desanhadas, por vezes acertuadamemte esiilizadas (em particular as letras * mime", “kaf e “nune"), adquirindo ‘avimra de tudo um velor decorative, ‘CONCLUSOES ‘Além do seu valor estilisticn, a epigratia estampithada de Mértola oferece-nos um panorama de legendas em caracteres bem caligrafados tanto cuficos como cursivos. A parfeigdo cas inscrigGes leva-nos a crer que es estampilhas foram impresses por calfgralos Drotissionals que, habituaimente desenvoivem a sua activlede emt centros urbanos, possivel- mente nequoles de onds sd0 origindrios estes materais cerémices. As legendas variam entre as religiosas/profitacticas e outras de bengao @ felicidade. A presenca da pseudo-epigratia pode-so justficar pola tondénoia dos caligrafos, para criar formas artisticas disfrutando intel= (antomente da plasticidade das grafas érabes. Cronolagia: A talna & um dos elementos arquaolégioes de difcl datagdo devido, prini~ palmente, a sue lentaevolucdo tipotbgiva, cor- ‘sequencia da sua longe utlizagao. No entarto, a datagdo das talhas estampllnadas, é quase sempre relacionada com a técnica decoratva a ‘qual, 20 que tudo indica, & aplicaca desde o ini- cio do século XI (cf. - Granade -, Garrido Garrido ¢ Garcia Granados; -Toledo-, Aguado Villalba; - Jerez ce Ia Frontera -, Pavon Maldonado), vindo 2 conhecer ume notavel profusio durente @ época almoada (cf ‘Murcla-, Navarro Palazon;-Denia-, Rule Azvar, = Zaragoza -, Viladez Castillo; - Aimeria -, Dominguez Bedmar e Espinar Morano; - Sives ~ Varela Gomes). Para este conlunto cardmico, a balzauem cronol6aica indicada peta estratioraia, comeca em meados do século XI e termine na primeira década do séoulo XIII. Esto periods corresponde 2o crescimento econdmico e cul: 40 tural da Mértola tsémica, que se iniciou com 0 ino das Taifes, atingindo o sev apogeu no perloco aimozda. BISLIOGRAFIA ‘AGUADO VILLALBA, Jost (1989), L@ serémica Hiseunomselene de Toledo, Mai ‘ANIGUES FRANGOIS © MESQUITA GRACIA (1987), Um horno medieval de corimce “E!Tesiar 6! Mo” Paiema (valence), Casa de Velez, ac ARDUAR RUIZ (1808), Osa Ist. Azqveoogie € obtain, Nant (CORREIA, F BRAND (1987), sm conjnt carro arebe-medieval 6o Bolan, Aci do IV Gongresso Je (Geidmica Medieval do Medterrneo Oct, no pr. DDOMIIGUED BEDIAAA, M. o ESPINAR MORENO, (1987|,<¢ataiogacien preliminar de esiampillas Almeriensese, Actas do 1V Congresso de Gerdmica ‘Madvaldo Mediterires cider, no rela. ‘GARRIDD GARRIDO, M. 0 GARCIA GRANADCS, J. A ANEO 4 (1087, lnvodsion al setutlo de a cainicaastamgiladaanélisl en Granae, Actes de Cangas de Arqeclagia Wee Espana. 09. 518 887. ‘GOWNS, Rs V (196, erie Maputnara do Cstlo ce Sives. el 1, Ses THAVARRO PALAZON, J (1090), La emi mic rca Vo: algo COCANAJIMENEZ,N. (970), Bc iano su evn Mati (LIVO, Siege; GALVEZ Eogni VALENCIA, Rate 1987. Fandos ancratas sabes cet seo arquediega e Sv: Locals Ge pom, Actas de! Congies de Arqweoge Medal Expo. pp 750 PARDO2OULD, exer (107) eallraphi abe, in opae ee Cabos Jessie, Pat PASCUAL, Josefa e MAT, Javier (1986), La cerdmice verde-maaganese Gejomedicval valercong Yaenoe ‘PAVON HALOCNADG, 8.08) ana Htpane-Musuinan a> sv dco rl Madi (198), oer eta rote, cad esi, te rico y rae, Mac Serceo, FROSSELO BORDOY, 6, (1976), Ensayo de sstematiavon oe fe cedmiceeabe n Nellore, Pal ce Mac ROSSELLO PONS, I. (1081), -ta cerimicas almohades dela ealo Zao de Palma de aloes 1 Cldio de Créica scale edranen ecient, Tle. UZ GARGIA, A (1987) Alguros mogelos ceramics de loa vided provedene cela ‘Ahan, Actas cl 1 Congreso de Arucclgia Mato Espa, I pp 192-40. ‘TORRES, F.Ckuio (1985), Um ioe earimieo do MiroaIica, Actas del! Cengreo de Arquecoga toda Expat Huesca, pp, 195-228 (1987), Cerda Isami Fotuese, Crna, Mero 1 Néinvertrio Icenticagao Decoragao Dimersses da estampitha Transerigéio Procednsa estaigtica Crovoiogia 2 LN inventsio Idecticagdo Decoragao Dimerstes da estamona Transcrgga Pronedanca estaigratca Crmnoiogaa 3 ientrio Identfcagao Decoragso Dimersbes da esiarpilta Trenscrigio Procedtncia esratgrtca Gronoioga 4 1 inventia loerticagan ‘eearagao Dimarsées da esarpiita Trenscrigdo Procedénca estetigrtica Cronoioga CATALOGO rer/oc08 Fragment de bop. Repo epigratice emcatce fo trata ver, fetes ‘supenormente por ves canelras simples, Comp. 6; at nn AM (9 inp} ‘Noigova do Castle do io; NN: b Ao: 1080, ‘ée. a é RETO Fragment de boo Fexisoepigéoo encfce, no qual se sotrepdem ds faces dora com osangos& dentculacos. Comp. 8% alt som AM inpe0| ‘Alga do Castelo de Moa: 19; KI Ano: 1985, ‘Se XK ccrerjocos Fragmants de bof Regio exigiica em cio, vdado verde exlzado com rrolvas fois. omg. at 85m AlMalt(0kpio} ‘Acigovacl Castelo de Mtl 60, Recnlhada supe: Aon: 1983 ‘se. ORE A007 Fragments do orbxo Regio pigrio en cies cecorato com matvas vegas ato Ge sels pork, Edited pox canluas,preeocticas ‘om ne ongulats,»encadeado d osngos. (Comp, 4a, 28mm ‘Abul ( apo} ‘Neégova do Caslelo de Meno: : 140-200; Ib; Ano: 1300-89 ‘éc.XUK 2 5 lavoro Mentilicaga0 Decorargo Dimersies da estarplha Transaigdo Procedénciaestatigtica Grondlogia 6 NW inventirio \ertieazo 4 Deoaiz0 Dimenses ca estamp tha Transeriggo Procedéncia estatigdica Cronologia 7 Ne inventirio Identieagbo Dacoragéo Dimenses da estapitha Transerigéo. Provedénza etraigrica Cronctoaia s N®inventirio Identiicagéo Davoragzo Dimensnes dh estariia Transcrigzo Procedénsia etratgratica Cronclogia cReT#0009 Fragments docrbro Fagisto epigritice em cific fra), fitado inferiormente por dass canals, as ques insrorouma line onda, lnsangase clementos voli. (Comp. 45; at. 28r1n Ab Mal (0 Ingo} ‘Alcigva do Castla de Mita, : 44-38-06 Waa, ‘Ans 1978-82-85, Sée,X cReEWtOte Fragmenlo doe (2) Regist epic em oc, com cs legends profisamenle ecortas cam eras bolas, etree Ue nove ports & Dues linus, Sucede-e, superonmerte una cana eerie por Tada de ostguis que alan com urn Pecuera motwo ftartn eumafiacom mazes quan (tres que inserem crus, Cong. 4; a 27mm -AlAak-Karia (0 Inpéie~Pareta} ‘Acagovado Oslo do Nett, Reclta ds supa; Ano: 1979 6. XI cwrercss Fragen do gage Fait pga em cco rancid ire o- none daoalvoe vce (Comp. 38a 20mm ‘tak (mpi) ‘cord Cast do Wet 0: 148, Ny Ar 1969 Sic. KPa ‘oRrET0N38 fragmento de too Fegisl eigréco em con, com estar, seguido ‘uz caeluras, talent onl eta cre angus. ‘aba des, seo alnca visas vestos de um out resto om secerg2othomorica, ‘comp. 46; alt 37mm est O gc) ‘Altova Casto de Noe 148; Net Aro: 1389 S66, X 9 NP inventiio ldontfcagio average Dimens6es daestamrila Trarsarigao Procedoncia estatigratca Cronologa 10 1 inventra leenticago Denoragio Dimensdes daestampilne Transariggo Procedinca estaioraise ronalogia 1 1 inveniio Ioeniticagéo Deooragao Dimenstes da estampiha Transerigio Procsdéacaestigrtca Cronotogia 12 Ne inveniio den Deooragéo Dimenstes da estampina Transco Prececnciaestatirica Cronologia ceryeriore8 Fragrerto de omtro Seb vac verde avlue dos restos; eupeiee pancho or uma legenéaem cio flo «oir por ums sequoia volutes veges. A seeréos, cas carluns, rade ins ondulnt = ore ened. Duzs cus cals, cart moins ictios, surgem bao do tina regio amp, 4a 36 Alsi (0 In90) _Alagove co Cast de Mero; 80:18 S.A 1989 sée.Xi crveroos9 é Fragmento de omtro Regist epg om iio, ab vieado verde, ccm emertos ftométcas arancard da eta ‘wime”. dtd pox cer- 3 eas de leangoe,enelegsdnsvogbil lines lanes Comp 55a 3Taee Aes knoksio) lszove do Casio de roa: 140; N Ane: 1988 Sexi ‘omeTODES Fragmerte ce boje?) ‘Regst exiraicoen ute, vkato verde, cm legends income: arancardh dala cena “mime” ur moto td- rico. mediante ata isteve-euma canta. 2 linha ena, delimiasa por cortos com incites ebiques, Comp. (alt. 4mm AL-MULEKH(O Ingo) Nlgava do Cassio do Miro; C140; Nf; An: 1089 Ste. owrevots Frage v2bso Reg eplgaicoen cleo sucencn ots cares 2 lio endl, eps or cates dessus. Comp #6 at 37m Avil pt) edge do Casto do i: 5P-P: by no 1685 \ Sie ¥ 14 13 1 inventia Ioenttoagée Desoragio Dimensdes éaestanilha Transxigéo Procednia estaigrétice Cronoloata 14 NP vento # Wenitcagao Dexorac30 ‘Ohmenstescaestamgiha Trarssigéo ProoedSnciaostaigréica Cranologia 15 Ne laventirio Idontticagio Docorazzo Dironsbes da estpitha Transcrigéo Provedéncia estatiria Cronolecia 16 Neinventitio Identfcagéo Decoragio DimensSes da estanpitha Transerigio Provedénca estraigrica Cronclagia cerreTonas Fragmerta da belo ogi epigta ea cio, com caaleres oleate ecraies por moves vot, Comm. 43a en Abtvak(O psi) Alcéara do esi de Mole, O:DAXOE,N a Ano. 1986 es. KAI ‘rverine2 Fragmartoo omtre ‘eb engote vera, regs epgrtco en cic, zresentan- (o-se a a “mime” rarataga pur um alameni eral ealera “iat encimad por uma pequera esta Na ate nbc sue dense és cars, ceanchidas por losargos ep inka onde ‘amp 88;a. 37a ALsik(0 notin) ‘Asigove do Castel de Mero; SE; Ne Ano: 1989 86K crverjooea Frogmertodo gal, Royist eigen om cic simples, vdado verde, em ele- entas cocrava, Comp. 2a 20mm Absa O ine) ‘Alcdgora a esis de Mtoe 190; Nit; Aro: 1968 96. ‘oreT/OnSS Fragneniodo boo Regist engin em eco srpes, imac ierormenie nor ur caelura percora pe me onde. Gomp,35:at 20mm AL-Aatk(0 kaa) Allgorado Cal do Meroe: 15C; Nel; Ao: 1989 62 Xl 17 NPinventésio dortiticagao Decoragio Dimersbes da esiamiha Trenscricgo Provednca estraigrtica Crono 18 einvertésio laerticago Decora Dimenstes da esamplina Transerigaa Procednola estaigica Cronologia 19 Ne iovontsio Idectiticago Deooragéo Dimensdes de esiamitha Transcigao Procedénva estatigdica Crorolonia 20 1 Inverts Inerticaggn Decorago Dimersbes da esamoita Tronsrigéo Procodénea etetigaica Cronoogia rer Fragments do omtro Regio epic an cic, vdado vere com estizain it néficamas ra “ina” "at Cenctrado por duas canard ina entrlagaces, Cong. 60 at 2mm Ab Mult ( lnptf0| ‘Acagovacio Castelo Ue Meta: 17AA; Na; An: 1930, Seah cnereone Fragnotos co bj ed ontro (as gitesepigricos em cen com ends eens, k tara" api, eas a in” i, 0 reas por dois dares reli. sels ‘eas ecotan-se spas at 8 dete. (Con, $8 38/Coe At-wuit (O impsrio] / Al-Yumne (A Felicidade) ‘etapa do asl ce la: 0: AF, 2,5, AE aa, Aves: 108? Sex RETO Fragment do top> Reciso epic em curso ested, sb vireo vec, ini- ‘ai supeiornents po formas visi sem decors. on 27; alt 16m Al-Yurne Felicidade) ‘Alcan do Castle ce Mero: 0: ID-12D, sa Ane: 1985, ‘Se. cre VooT Fragento do orb com aranque de caret. nis restes, en vidrao vere, nsowandose ro supaion uma lagends or cusivoeatiead, ono isfriarwmasoqubncia de paimet Comp, 3a 2am A Yarn Felicidade) ‘Nedgava do Castle de Moa (BC; Ny; Ane 1980 ‘fc. xia \ 21 IN inventiio| Ioentiticagio Doseragio Dimensbes ca estate Transarigda Procediciaestiaiortica Cronos 22 vento _poenicagze Deccrapéo Dimenstos da estanpina Transerigio Procedbciaesttigrtoa Cronologia 23 1 inverttio Ienifeagio Decoragdo Dimenstes te esampina Teanseigao Procedbacaestraigraca Cronologia 24 evant eteagdo Decora Dimensies da esiamoitha Transerito Provedénca estatigrtica Gronologia cryerionra Fragnenio do onto Regist epigren anodic ara. sobrepesio pr tres ‘caneluas, das dla com obliques, ue, intermedia, cory caries. orp. (alt. 45mm (Al-Yurnes Aflac) _Alciyva co Castelo de Mero recota da supeticie Ste crverona Fragmert co be agin ergo en suito, com vests devised vert volun pate tara ‘mime sas Frases vegetal rtrd emando un mia sins. Comp, £3; 4mm (Aj Yarma(h Elida) gga do Caco do roa: 140; Bb; Ane 1989 See. 31 cereots Fragresta do bajo Dis asosepgrios em cil, sob engobe varmelo, inscevendose em abs aresma legendas carecees callraidos apresetam eemerios de irspacaoarqtectnce (Os dais resins esta sears por uma canara cra is cores com rtses cbcas. Comp. 48 at 2mm Al Yarno elcid) goa do Castelo do Mio: AF-S; N25 Aro: 1980 Sie XI oR eT/0032 Fragment do oro Rogitoopigio om cifon,evluinde “ime” num motive ‘veges. E limita, na sun parts superior por ura canolora Ae nes entelaatas einer, per uma cua, crate por ‘codes com incites cbtquas de ire andl Comp. 46; at 5mm ‘A -Yarve|A Flt) ‘Alcoa do Catal ce Wena: 14B ey; Ane 1987 ‘Séo.KUKI 25 NPirvenélo lietifeagao Decorago Dimensbes da estamping Transzriga0 Prosedreia estatigréica Cranolagia 26 Niventiio Iconiiceggo Decoragéa Dimensdes da estarpiha Transerigo Procedénaia etratigrica Croncloga 27 Ne imentrio Idanticayto Docoraga Dimensdes da estampiha Transcrigao Procedénca estaigratica Cronoioaia 28 NPinvetaia ereicago Decoragan Dimenstes da estampiha Transcigao Procevencia estaigrtica Crenologia onet0037 Fragrantae do boo Do colo pra organizes cinco regitos dirt: Drier, ee vided verde, aoreseniar-se duu fas dz osre= las deol pores ques entaram evolundo outs pewenas; 1 segue, nares uma banaeportica en curva ¢silzado, no que se te inesatarrente suse, orgnia-so uma sequela de matvos ales ce eneimem ua suessa0 earonspoicoulacs cus onus assent sobre uta fae d games,» por timo, un cango epigedizo om guess Ss S rjeea asm ence y camp. atm y A -Yare (A Felicidade) a Aaa Go Casio de Net : H4B-94/¥: b> 2G Aro 18789 SX ccryerionas Fragnenio do otro (2) Fest epic em clo oral, em vitro vere, eae or caeluas ce nha onsutane,lsanges ences vrais Com. 52a, 4m All-Yeme (a Feicicat) -Alciovach Castla de Neo; O18; Ne: Ano: 1089 Se. corrET0047 Faamartas do belo Doi estos epigréins um crsvn, demas porous canpos decors cma zo de tira’, osangs estos, Comp, 3a 10m A -Yrne| A False) ‘Acégova do Castelo ce Ms: O: 4A: Ne: Anas 1981-82 ‘Si. ma cRIETEONS Frsgneata do bnjo Regist epgttco em curs esttzaco, sb vita verde, lmao ieferormarte por uma fac longa, dosrae com mmofwns oni ¢ vegas Con, 22a, ram Al Yue (olde) ‘Alsigova co Castelo ds Miro; 70; Hs Ano: 1965, See 30 nm ao 1 inventtio Icentticegie Decoregao Dimenstes daestampiina Transeigao Procedéncia estatigratica Cronologia 30 Ne irvontsia enliticago Decoragéo Dimensbes da estan tha ‘Transerio Provednsa estratigrlica cronolegia 31 Nt inventirio IWentticagao Decorepto Dimensoos ca estampina Transetigio Procedinciaestatigrtce Cranologia 32 Ninventtio Henig Desoragao Dlmensdes de estampihia Transcrigao Proceséncla estraigrtca ronolagia crveryo020 Fragments do tojo Regist ecigyico em curio esizady som mats MRerdti- cs, elit por dos pares de canlras com linha endu- lates losengs,distnguino-se ainda arte dum ovtoes- ‘odecorado com yous vegeta Comp 41a. 28mm ‘Alona (4 Feist) ‘loa do Castelo ca Mero: AN, Nib, Ana: 1963 Se Dat ceTyoon8 Fiagnento do ono com arrange dase ‘Sob engobe verlho, orgaizar-s ts eps. sepatadas ‘or dhs flees o supa, &pecorido par una ends pa hem cus syundo,siezent-sececorado por cas pollebuledos cue envlver ura série damavs toleedase Lumar qutrao¢oinlrse¢ penned por ura sie ce . coulas com estes de crco pont, (Comp 35 al 830m AL-Yamne(h Felicia) ‘Aligoraa Casta Ge Mee : AF i; Ane 1931 ‘és, XU crverjonas Fragnetiod bio ‘0b ego vem, iscreve-se um rgisto epigen om ‘cutsvo, com estar rl, delimit por paves iehas inci. Corp 25:at. 33mm Aarne Faia Alsgova co Castelo ds Mera; 146: I: Ano: 1968 Ste. UAH onverio0ss Fragmenio do ombro (2) Reciste enigrtico em cursivo, sob vidrado verde, com legenda inccmplota Na parte euperior costa parzce Inserever-se ura outa, mais pequens,iogve Comp. (2a. 38mm Al -Yurinei(A Felisidade) ‘cicova co Castelo de Mértola; Fecclha de supertiie ‘Sic, XIV | 33 nF inventario enticagzo evoraga0 Dimone6es da estapilia ‘rarseiggo Procedrci estateaica Cronoogia 34 N inventirio Wentiicacao Decoragao Dimenstes¢aestapina Transorigdo Procedircaestaigrtca Cronologa 35 NF inventio IdontcagSo Desoragio DimensGes daestangiha Transcgdo Procedéncia estaiaatica Cronalogia 36 18 inventério Ioenticagana Decoragao ‘Dimensées da estampilha Transerigao Procadéncia estiatigrfica Cronologia corer Fragmeniod boo Aegis epigtica am cca, sob viata verte mitaco na sue te super por ura caroura ca qual se increve ua ger aon asia casi ‘Comp. 10/P alt 18'36n1 Al-Yurne(h Folia Nl.) (D0..) _ediora do Casio do Mtoe 0: 150; N: Ta; Ano: 1680 862. XIVA ‘CR/ET/ONSO / Fragmerto db onto com araneue caasa Seb vac vere, ergarizan-se dal ita ert s- tos: no spar, insoraen-sa caraceres eens Vephes; m0 ‘nit, ue egends reps em csv amp, 20/10; at 6/15mm A -Yornne (4 alia) ‘sagore do Casio de Meron; 28.00; N: RS: A: 1973 St, XI ‘omETONES Fragmrto deboréo ou deumsupore de tala esto erigeSiopem ousivo, dered com pecusa elemen- os frais, aca na ee extirdaaba Comp, 15:21. 03mm Al-funne (Fated) agav do Caseo dro; C:T8AR: Nt; Ao 1960 Seo MIVKI cvervooss Fragment de grgao eqs epigraeoen curs, sob warado verde Comp. 22 at?) ‘A -Yurne (be Felisidase) ‘Ncigova do Castelo do Mri : 1844; n/a: 1990 be. A Ke Sea ls IGG 37 NF invetéio entcaggo Decorago Dimerses da esiamoitha Trenscirao Prooedénca esratigrtica Gronolega 38 f Ninenario ‘centiicagao, Decorapzo Dimansies da ostarrpitha ‘Transcrigio Procedncie estaigrea Cronclogia 39 N° inventrio Ioentticagio Devoregdo Dimensbas ca estampilha Trarsergho Provedareaestalgaica Cronologia 40 1 inventito Identticagio Desoragto Dimonstes ca estampitha Transerigic Pronedinciaestaigrica Cronologie cae 002 Fragonto do oi com avranque de argale ‘So viceado vad, organiza0 divs regis, spond se ‘oepigtlce jurioaogargalo, om susivo. Os que see suce- in Melznges de l Casa ce Velasauer, LXV, 9.135985 DBAZZANA, Andi, 1960, sLescframiques médlvales: les methades de a vescipionaraltioue aquéss aux produto de "Espanne Orietale, in Mélanges dela Casa de Veesque,t. XL ppsi-o8 BAZZANA, And, 1983, La cornice (slanica 7 ciudad de Valnc volGatogo, Vala, ‘A de Valeria BEIRAD, Calato de Malo et ali,1965, ~Depésto votivo da dade do Ferro de Gara» in (Carqueoego Foruyus, Ste W, vo, p.45-13, WERT, Christian, Hataagesislimicos on Balaguer y Afaforia de Zragez, el; Mineiro de Educasiony Gica, MATOS, José Las de, 1689, ware that tesembles Type VI in paste texture (i.e, with ‘he coarse-sand inclusions) but is much harder and less friable, possibly because t was fred at a higher temperature. Where it occurs, it seems Fig. 6: Whit; matl-paintd tankad Gara) and plainware bowls an plates recovered a Alara Longa to repizce the softer porous orance ware as the most common ceramic category. Al but three sherds of this were were recovered from Trench 3 (top of hil) ‘herds were scattered across all units and levels, so ifs unikely that i Is an iso- lated occurence of one oF two odd pots. Thus, iis potently an important plzin- were category to study for possible chronological changes in manufacturing tech= niques. Plain Type Vill. Herd, relatively high fired brownish gray ware (15 sherds) Most examples aro jars with rounded bulging rims. Plein Type XII. Relativaly thin, beige ware with larger inclusions. Twenty-three sherds, all from Trench 2, although ia diferent units. Otten with norizonal ribs. Exclusively jars, Plain Type XIll, Bright reddish orange exterior with grey or beige interior (16 sherds). Fiteen of the sherds are from one mien daposit in Trench 2; one ‘other sherd was recovered in Trench 3, Paste Is sandy and sof, but very homoge- meous ane uniform in thickness. Terra sigilata. One sherd of terra siglata was recovered from the surface level of E206 N200, in Tranci 3 (top of hill). The sherd is art of the base of 4 large plate. Anténio Dias Diogo, a colleague who is a specialist in Roman pottery and has studied the Roman pottery recovered at Mértola, has tentatively identified the piece as having been manufactured in southern Gaul during the carly part of the ‘st contury. This sherd indicates @ Roman period occupation for at least the hilltop area of the site, It brings up the possibility that some of the plairware is from Roman period as well ig. 7: Tenkarsan coking ves resovered at Alcala Loge Areal Distribution of Garamis Wares. The caramios recovered trom the Trench 1 atea in 1988-89, considered 2s a separate group, lifer in composition trom the other areas of the ste (refer to Table 1). Fist, and most Importantly, only Giaze ‘Type | and Glaze Type Il sierds are found in this area, despite the fact that 35 of a total of €5 glazed sherds recovered overall (41.2%) were ftom this zrea (1658 of the 9087 sherds rescvered were from this area). All of the other glaze types, which are all later types (that i, 12-13th through 20th century) were found in the Trench 3 excavations on top of the hill (except for tha tin-glazod carineted bow! rim, found in Trench 2). OF tho 36 Glaze | and Il sherds found in the Trench 1 area, 31 are Glaze Type |, which is the glaze type associated with the Caiiphal and early Taial poriods. Furthermore, nearly al of the least common pleinware types {PLVIA through PLU!) are found in either in Trench 2 or Trench 3, suggesting that they, too, are later types. The 1990 excavations in the Trench 1 area, which Uncovered two additional house compounds and produced approximately 2000 adcitional sherds, did not change this overall plcture; no glazed wares other than ‘Tyoe | and Il were found there, Itis also important to note that nearly all of the sherds recovered from the Trench 1 excavations derive from distin, buried, relatively undisturbed midden deposits. In contrast, ceramics recovered from Trenches 2 and 3 were often dis- turbed by plowing, For example, in Trench 3, terre sigilate was found in the same levels a5 modern glass and lead-glazed redwaro. From this, we can concludo that the Trench | araa of the site is a relatively Uundisturbed area of the site that was in all probability occupied mainly during the Caliphal-Taifal poricd, and was abandoned before or during the Aimoravid period, a con- clusion that is consistent with the thermolu- minescence dates (described below). Later ‘ware types recovered at the site appear to be associated with the small fortification loca- ‘ted on the summit of the south nil! (Trench 3), cor with even later, desultory cepesttional acti- vities associated with shepherding or olive harvesting OTHER ARTIFACTS Gloss. Four ‘ragmants of a single yellowish- ‘ren glass vessel were recovered in a midcen- like deposit in unit £203 N264, Level 3, of Trench 1. The vessel is probably a small thin- walled bulbous bottle or jar. Athough further comperative study Is needed. the ware Is con- sistent with glass wares of the Islamic period elsewhere. Two chips of modern decolorized less were recovered from a surface level of Trench 2 Metal ity three pizces of iron were recov ‘ered in excavation, Of these, 46 pieces were found in Trench 1, in middeny ceposits spread oross 4 units. Most of the pieves were com- pletely mineralized fragments, unrecognizable as to form (Figure 10A-C). The faw recogni2- able forms were of nails or spikes (Figure 100- fF), Three nails were found near the foot of the ‘il stone thresnold, and may have been part of the door way. Bronze artifacts include a bronze spindle~ ‘whorl (Figure 10G) that was recovered in the midden to the south of Structure 2 and a ring shaped abject recovered from Hearth 7 in Structure 2. Perhaps the mast interasting metal artifacts recovered were two finger rings and a silver Arabic coin that had been perforated to make @ button (Figure HA & B and 10H (=IB). The rings are made of a siver-copper alloy and each is set with what appear to be glass stones, although positive identification awaits furthor analysis. The sliver coin was unfortunately damagod to tho oxtnt that a positive identifica tion of tha ruler and the date has not yet been made, but stylistically, the coin is consistent with the Taifal or Almoravid perio. It certainly brecates the Almohad period. A similarly perto- rated coin, provaaly minted in the Callphal perlog, was recovered in a house compound Just to the south of this area during the 1990 excavations. These three objects were recovered togeth ‘rin a group on the floor of the smeller room of Structure 1, within the burned area. Thay appear to constituts pert of a women's jowsry, left inside tho structure at the time of abandon mont. This ray be evidence of 2 rather hasty abandonment of the site, possible during @ time of warfare, but we will need to excavate more houses to see i there is further evidence of such a station. The perforated coin is sim- lar 10 the kind of jewelry worn by Moroccan Berber women, who ewear> their dowry prior to marriage. This may be an indication that dynastic coinage was used here in different ind of economic context than it was originlly intended, possibly indicating a relatively autonomous, tribel-ike economy at this rural settiomont. Slag. Several pieces of iron-rich slag were recovered in axcavation. The slag appears to be from iron smelting, and probably indicates some smetting was done on the ste. Thermoluminescence Dates. Three prelim: nary thermolurinescence dates were run atthe Thermotuminescence Laboratories, University of Durham, England, under the direction of Dr fan Balt. These are low accuracy survey dates run primarily to determine whether the materi als recovered at Azria Longa were suitable for further analysis. A sarios of between 10 and 20 Fig 9: White metre phinwae jars recovered 2 Alaa Longa. The two piesa nt fom the same ves 6 | Fig. 10: Metal artacs recovered at zai Longa, higher accuracy datas are currantly being processed, end will bo publishod at a later dete. The three preliminary dates ar listed below: ‘The burned clay sample (Tl-4) appears to have some properties that make it Unsuitable for thermoluminescence dating: we ate currently conducting further analyses to determine what the problem is. The 410 AD date § almost cartanyy Alcria Longe Rofronco Durham Retorance TL. Dato (vears) ‘TL-4 £202N272 2-3 Burned clay, Hearth 1, ‘Structure 1 DurS0TL140-ASig 410 AD +/-320, ‘TL-6 £204N260 0-2 Base sherd of melado Jar, midden south of ‘Structure 2 Dur90TL140-BSig 1080 AD +/-180 TUle E200N262 0-1 Roof tl, Structure 3 Durg0TL140-AStg 1080 AD +/-190 Inaccurate, given what we know about the other time markers on the site. The rooftile and the ‘melado sherd fall within the expected age of the ‘cocupation, ‘CONCLUSIONS Overall, the excavations at Alcaria Longa reveal a rural settlement occupied during for relatively brief period spanning the Caliphal, Talla, and possibig the eary Almoravid periods (loth to the 12th centuries), Excavations on the top of the south hill suggest a fortracton struc- ture that may hava been occupied into the gaily mmid-13th century. There is no evidence of per- manent occupation of the site after this time, A single torra sigilata sherd and several other possible Romen common ware sherds may incicato a light occupetion during the Roman periad, but there is no indication of occupation between the Roman and Caiiphal periods. The household compound excavated in the Trench 1 area corsistec of two lorg, cry-stone mason- ry, tie rocted structures bullt at right angles to each cther, enclosing an open patio area. The east-west orfented long structure (12 meters by ‘3 meters) was apparently used for a living area. The smaller north-south oriented structure (6 by 2.6 meters) was apparently used for light rmenufacturing ects. Two other compounds adjacent to this one were excavated in 1990, and wore organized exaotly the same way (to be cescried in a forthcoming report ‘Although analyses of ceramic production is stil underway, prefimirary results indicata that ‘the majorty of the plainware (Plainware Type Vi) recovered at the site was mace trom clays that could have been obtained locally. A smaller proportion of the wares (Plainware Types I and 1) are are consistent with clays of volcanic ox- cin found around Baja. Acknowledgments: The 1968 end 1989 excavations were carried out in aollaboration lz 1” pepe ° tem "me jrngien penny ° 2em Fig 11: Pefoatesiver arabe com ana two finger ngs recovered from Strucute Alara Long. with Campo Arqueolégioo de Mértola, under the direction of Dr. Cléucio Torras. His advice and assistance in all phases of the projact were indispensable, Funding for the projact was proviced by the National Scienca Foundation (USA) and the University of New Mexico. Tools and other logistical support \were generously provided by the Camara Municipal ce Mértola and by CAM. The assistance of Miguel Rego (1988) and Manuel Passintas (1988-89), of CAN, is especially appreciated. UNM graduate students David Batten (1988). Heidi Reed (1988) and Martha Boden (1969) assisted in the excavations and preliminary analyses. Tho hospitality and assistance of Sr. Jacinto Rosa and his family, of Alcaria Longa, are greatly appreciated, Architectural and artifact drawings were patiently prepared by my wife, olasto Meneses Boone. ALMOCAVAR DE MOURA ae LOCALIZACAO E EPIGRAFIA Em principios de Agosto do 7970 procadau-se & obra de ampliagdo de uma oficina de reparagio de automévets local zada na Rua do Sequeiro, em Moura, tendo surgido nesse local lum conjunto de sepulturas que foram na altura catadas da época visigética ou dos inicios do perioda istamico © no qual estariam, em principio, sepultados «elementos Arabese, de ‘acordo com 0 Diario do Alentejo de 7/8/1970. ‘Um estudo atento da localizacao do suposto camitério Visigético, conjugado com a andlise do mapa elaborada por Joo da Mouca nessa altura, permite-nos perspectvar proble- mma de uma form diferente € propor a clessticago do achado ‘como sendo o almocavar (érabe al-magbara) ou ceiitérlo Islémico do Moure. 4. CEMITERIOS ISLAMICOS Os camitérios islémicas seguiram, na Peninsula Ibérice, a ‘radigao romana e paleocristé de proceder @ inumagio dos ‘cadaveres fora das portas ca cidede, junto as estracas. A cidade ‘dos mortos ticava, assim, completamente separada do ponto da, visia fisio do mundo dos vivos. Gino > Ainformagéo que se dispde sobre os slmocavares peninsu laros niio 6 abundarte: para além des referénsias documentais recolhides por Torres Balbis (1985: 235-280) so poucas as necrépoles escavadas de forma sistemitica @ publicedas Murcia (Navarro Palazon, 1985: &-84), Toledo (Juen Garcia, 1985; 641-654), Castell de la Suda - Tortosa (Curto Homedes, 1985: 655-655), Cabezo de Allezar - Murcia (Sanchez Pravia, 1987: 149-156) @ Calatrava la View (Prieto Vasquez, 1988: 125- ~135} 540 alguns dos escassos exemplos existentes. Em Portugal, o panorama ¢ significativamente pior: para além de referencia ao almocavar de Lisboa (Torres Balbés, 1985: 239), 0 qual dava o come a uma das portas da cidade, temos aparentemente confirmados dois enterramtentos isiémicos em Conimbrige (Retuerce Velasco, 1987: 75), bem como a localiza Glo do cemitéio islimio do Mértla, situado sobre as antigas basilica e neerépole palzocristis (junto & via para Bela, 8 pre sentemente a ser escavado pelo Campo Arqueolégico de Mértola ‘No perindo pés-Reconquista dispomos ainda de raterénaias ‘documenta aos camitérios das comunidades mouras de Eivas (Garros, 1936: 211-272), Golares (Viterbo, 1907: 262) ¢ Lisboa (Viterbo, 1907:247), o Sio mals trequentes a5 referdnoias a tpides funeréias, as ‘quais incicam, certamente, 0 local de outras tantes necrépoles: Aickcer do Sel, Beja, Gastro da Cola, Evora, Frielas, Lisboa, Ourique, Sali Sives (Borcel6, 1987), havendo ainda a ragistar © aparecimento do uma pide funoréris, que se encontra iné- dita, nas oscavag6es do Castelo de Noudar. 2. RELATOS SOBRE 0 ACHADO ‘As dessrigdes do achado arqueotiaico de Moura sao curtas @ Imprecsas nao tendo sido posstvel localiza qualquer registo ‘que contbua para uma interpreiagao rigorosa. O presente Ye~ balno assume, neste ponto, contomos que se aproximamn als do método dedutivo poicial do que de investigacdo cient... Faliam designadamerte informagdes sobre a extensio da necrépok, sobre 0 ndmmero de enterramentos (0 mapa existente regista apenas nove sepultures mas hé raztes para crer que ‘muitas outras terdo sido destruidas). ‘Nao foi possivet lovalizar o aspélio osteoligico @ a cocu- mentagio fotagréfica a que alude 0 Didrio do Alentejo, (11/11/70), neseando-se o presente estudo no mapa elaborado na altura, ¢ em dois dados que assumem, confarme veremos, particular importancia: = A posigao dos corpos, descrita nas noticias jornalisticas ‘como «violenta» ~ A pouca largura das sepulturas, facto atribufdo @ um hipotético enterramento no focal de «mutiledas ou conde- rados». ‘A doscoberta de vérias epigrafes fureréries érabes ocortida de forma acidental e em diferentes époces a curte disténoia Clste focal rforga seriamente a hipétese do se estar perants 0 cemitério islimico de Moura. 3. ALMOCAVAR DE MOURA ‘A localizagao deste coniunto de nove sepulturas {8 safta da cidade, junto & antiga estrada para Evora) (fig. 1) constitui, & partite, um indicador de que se poderia estar em presenga de uma necrépole romana ou Isi@mica. Dados complementares levam-nos a optar por esta segunda hipdtese: 4: A orientagao das seaulturas, dispostas ne direogdo SW-NE, 6 tipicamenteisttvica, conforme se pode constatar nos Fig. 1: Mapa de Moura almocavares jé escavados e acima mencionades. 0s corpos teria sido depestos na posigao dectibito lateral direto, com a cabeca a SW e voltada para nascente, Tal facto invulgar para 0s jomelistas da altura, té-os-é levado a classi- ficar tal forma de inumagdo como sviolerte» (figs. 2.€ 3). 2: A pouca largura das sepulturas (0.5m) & um facto decor rente dessa forma de enterramento, Essa hipétese é-nos confirmada pelos dedos doutras stages arqueolégicas paninsulares: em Caltrava la Visja, as sepulturas tém 0.30m de largura @ em Cabezo de Aljezar entre (0.27m @0.40m, medidas que se eproximam das de Moura Também 0 comprimento das sepulturas de Moura (1.70m) é semelhante 20 de Galatrava la Viel (1.60m ¢ 1.80m), 0 mesmo se veriticando em relagdo & profuncidade dos enterramentos: (040m em Moura, entre 0:35m @ 0.65m ert Cabozo de Alezar & (0.25m 2 0.30m em Calatrava la Vieja. Nao nos € possivel avangar com qualquer hipétese em relagéo & tipologia de construgéo das sepulturas de Moura: a referencia a stijolos» surgida no Diério do Alentejo (11/11/1970) ¢ insuficiente para tirar qualsquer conclusées, o mesmo se passendo am rolagdo & «sepultura coberta» referida no mapa, {As noticias jornalisticas mencionem ainda a existéncia de corpos mutiados. Nao se especitica que tipo de mutiagdo se -vorificau, nem se avangou qualquer proposte de explicegdo para 396 facto, Tanto quanto nes 6 dado ver, poderao ser atribuldas ‘a urra possivel sobreposiggo de enterramentos ou, inclusive- ments, & danificago das ossadas durante a escavacio. 4, EPIGRAFIA Em locals retaivamente préximas do almocavar (ver mapa aexo) foram encantradas tr2s lipides arabes que tudo leva a rer the tenham pertencido, Estéo hoje expostas no nécieo islémico do Museu de Moura. SHo conhecidas em Moura cutras trés lépides com insorigbes érabes. Uma, hoje na fonte do cestel, € @ inscrigdio ccomemorativa da construgéo duma torre por AI-MuCtadid, filo do fundador da dinastia dos abédidas de Sevtha, ap6s a con- quista de Moura, « ¢ datével de 444 HI1082 JC. As outras duas foram ercontracas, uma na Ladeira do Carmo e outra ra Qi dos Frades, no inieio dos anos 40 ¢ referenciadas pelo Dr Fragoso da Lima (1944) como inscrigées tumulares. Intli2~ mente, acebaram por deseparecer sem terem sido estudadas publicadas, soos fuk a susan srg ve es ie re eat Fa, 2: Maga danendpote (cot s nus x ESCALA 1:50 Fig 3: Mapa éanecripol (nai, 4.1, Lépide (nt inv. 222/6P1 12) (Fig. 4) Trata-se duma lapide de 40x46 om, com 6 cm de espessura, fragmentade do lado direito ¢ totalmente preenchida pela inscrigdo em cinco linhas, em eiico simples, de paginegio ouco cuidade, Infelizmente, 0 mau estado de conservagéo, com um desgaste irregular 8 inimeras fractures do relevo, tern ditieutedo até agora 2 sua letura. Apenas o tipo de letra, das oucas totalmente completas, permite avangar, embora com reservas, uma datacao entre os finals do séo. XI e meados do xt, 4.2. Laplde com dupia inscrigao (n® inv. 223/EP113) {Fig’s. 5 6) Fragmento de 25x83 cm com 6 cm de espessura, epigrafa- ddo nas duas faces, com parte das duas primoiras linha o vast- ios de uma terceira, escrito num cursive muito rudimentar com dimonsie desproporcionada de algumas letras, formato anguloso do Wawe gfe uso de sinas dacrticos al Face A — Nao hi vencedor sendo Deus e nao hé forga e ‘rio hd poder sengo em Deus. Face B— io hd Deus sendo Deus @ Muhammad o enviaco do Deus. vy uw ky a [e]5 ve ue [A0L vi] ANY aly a [ui] Jom [Js Fas ~ Para além da profisséo de f@ de todo 0 muguimane, na face 8, le-se na face A o lema dos rels de Granada. € uma tress que ‘comaca a ser utilzada como tal ands a rendigao de Seva em +248, quando lon Anmar retorna vencedor a Granada, o que permite datar esta lAplde dos fina’s do séc. XIll ou talvez jé do xt, (0 uso deste ema, com um releve semelhante & aclamagio de fé tradicional, é sigificativo nas comunidedss mouras situa~ das em terrtério cristo, 0 que de alguma maneira demonstra a in‘tuéncia ¢ provavolmente até as estreitas relagdes mantidas com a comunidade granadina Examplo caractorstco & a do castelo do Alandrol, no Inicio do sés, XIV, que comeca com a lama dos rels de Granada em frabe transcrto em letras latinas e termina [a em portugues ‘«por quem ele for, esse vencera, eu muro Galvo ful mstre de fazer este castelo de Landroal» (Vasconcelos, 1918: 177-179, Esparca, 1978: 7). Uma télde como esta, gravada nas dues faces, foge €0 pro cedimento habitual. Poderia ratar-se ou de um mero ensaio de esoiita ou taivez duma Wide funeréria, que pela colocagaio na vertical junto @ sepultura perma uma letura nos dois lados, ‘embore, mesmo neste caso, seja na vordade uma excep. 4.3, Epitétio de fema°il b. Abi Abd Allah al-Ansari (nf inv, 221/6P1 11) (Fig. 7) Lipide rectangular, com as dimensoas de 40x45 cm @ a espessura de 7 om, paride no canto superior esquerdo, © que impede a leitura pelo menos do final da primeira linha. A inscrigao tem um total de einco linhas, num cursivo pouco Fig.6 clegants com un alinhamento irregular. Apresenta algumas ca- rectaristicas magrebinas, tais como a colocagéo do dlacritico no fea forma do dil Embore @ compressio ¢ indefinigio de algumas latres dif cule a leitura (0), parece ser esta a mais provavel: bp wey [je eI esl yl a SDI one ated * ae lt wee Fig.7 Mosreu [..] Abu al-Walld (sma°it b. Abi Abd Allan al-Anséri em dezassete de SeCban oe setecentos e sessenita ¢ nove, E um cpitifio de um desconhecido que, todavia, deixa entre ver pela nisba — al-Ansiri — a origem nobre do seu pos- suidor. E uma nisba no muito frequente na epigratia peninau- lar, mas que aparece em Almeria (Qcafa Jimenez, 1964: 23, 94 @-42) @ Mértola (Barcelo, 1987: 412) Quanto a datagdio, 17 de Sa°ban de 769, corresponde no calendario cristio 4 ume sexta-tira, 7 de Abrl de 1368. Estava {entgo em pleno tlorescimento o reino de Granada ¢ em Portugal reinava D. Ferrando. Moura, resonquistada detinvamente em (1) ~ Pelo apoio preiaea, um agratecimenta expose 20 Prot. Deutor Ade Sara, ca Saco de Estudns Arabes da Urversidde oe Eve, 1282, mantiniva uma forte comunidads moura de que séo testa- munho os documentos reais a ela destinados, sopretudo no Teinado de D. Dinis. Esta inscrigio vem confismar a importancia essa comunidade mugulmana e manifestar a permanencia de costumes e de lingua propria no que respeita & sepultura, Esta pide e uma do Lisboa (Moits, 1967: 81-86) séo als a data os ois Unicos testemunhos epigréticos detados cas comunidades mouras do séoulo XIV am terrtério portugués. BIBLIOGRAFIA BAACELO, Carmen e LABARATA. Ara 1687, nscripcnes drab portugues: ‘teain sal» it Aantal Vl, Nadi, pp. 2-420 BAAROS, Henrique de Gam, 1936, »GomunaS de lUceUS @ comunas de mouros» in Revista Lustana vol XXHIV isa, Lv. lissieaEetora p. 168 265, CCURTO MONEDES, Abert tai, 1985 ~ ofl comenterl musuln dl catell fe |i Sula Torta |Tarapona in Actas del! Congrasa de Arcueoogia Maciel spaod, Tt, Zaragoza, op, 656-65. ESPANCA Tilia, 1978, entre attic de Portupal- drt de Evera.N. Ussea GUAR GARGIA, Aiton de, 1945, «Emeramtentos medievtes en e! creo romano de Togo: etutl palpi seas del Congres ce araueodogie Medieval Espa’, T.I, Zango, 9p. 641-654 NORGE ARAGONESES, Mane, 1956, Museo de fy mural abe de Murcia, Mateo, LUNIA Jost Fragose de, 1944, «Paro doarlamento dos monumentos co car celnom i Jina ae Moura n832 (44), IMOITA, Iisalva, 1987, «Lipide funerécia provoniente dum slmosaver de Uso» in evlsta Mui, 28 (114-118), Lisboa, p. 81-86 NAVARRO PALAZON, Jl, 1985, «| cervntrin isamicn de San Niclas de Murcia — meméria proiminat in Acts ae! 1 Congreso de Arqueologla ‘Mediove Espa, Tv, Zaragoza, 9p. &-4, OGAWA JIWENEZ, tUaaul. 1964, Fopertorio dp inssrpclenes nebres do Alc, Nasr, Sava PRIETO VAZOUEZ, German et ll, 1988, «Dos tumas dela magbara do Calitaa le Vila in Blonde Arquaoegia Hoses n°, Madi, po 1058, FETUERCE VELASCO, Mawel, 1987, «)vemple, Pimortestivaro del tear Forze en Europa n Belen 2 Artueoinga mecival, 1, Miro. = 7 FETUERCE VELASCO, Manuele CAUTO GARI, Abeto.1987, «Apures sobre laceraice medieval 2 raride cos pazasfechacas por monedas vin Acta del Congreso ée Arqucloge Medieval Esparol, oll Mac, pp. £0-104, ‘HOSSELO-BORDOY, Guiherme, 1999, macabas, ites funerrcs orgti- ‘acon socal em ALAndals» in Actos dl Cangreso do Areueolgla Metaral {Espafol, Val | Ovex, pp. 151-18, ‘SUCHE PRAVIA, Jot et li, 187, «Una necropos musuimana en el Cadero fe Azar (Picot, Moria» in Actas dal! Congraco de Arqueologia Meio spat, Vl I, Mai, pp. 149-136. ‘TORRES BALBAS, Leopoldo, 1985, Ciudados hispanomusuimanas, 2 a atria Hispano-Arebe ce tra \VASGONIGELOS, Jose Lete de, 1816, «Eire Teja ¢ Odara>, O Arqudiogo ortuguts, Vo 3 pp. 182495, \ITERBO, Francis de Sousa, 1907, »Ocrrencias da vida moulscae,Arquro Fistoion Portugués, Vol V, shea p. 247-265. Dito do Anjo — 24gee/40700 UNoverbrat970. Jamal de thou —1/SetemDrai970, i INTERVENCAO ARQUEOLOGICA NO CASTELO DE JUROMENHA PRIMEIROS RESULTADOS EU EE) ResumO Os responsiveis pela equipe luso-francesa apresentam os principais resulte- dos obtidos ands dois anos de intervengées arqueolégiczs no castelo de sJuromanta. Essas resuitatos cizem respelto aos contvecimentos que as murals (6, especialmente, 2s zanas em taipa) fornecem para a compresnsdo da ocupaggo islémioa do local, bem como aos resultados obtidos através de sondagens arqueoldgicas. A este dliimo nivel, 0 que até agora de mais concreto se obteve, a nivel da osupagdo medieval, fol 0 desccbrimento ca entrada sul do recint, para alsm do aparecimento de fragmentes de cerdmica islimice, posterior ao século X odes estes slamontos s80 enguadredos, na parte inicial do ‘rabalho, por ura série de informagies baseadas em fontes drabes e que poderio ser de orande Importinca, ndo 6 pela informagao que em si encerram, como pelas hipsteses «que 2 partir delas se podem levantar Embora contrado no pariado medieval, os trabalhos arqueolégicos tém dedo a conhecer importantes elementos pare a compreensdo da ocupagao de Juromenta, tanto anterior, como posterior & dade Wl Jurommenta é uma pequena povoacio situada na extremidade norte do distito de Evora. Looalze-se na margem diveita do rio Guadiana, 15 km a sudoeste ce Evas ¢ @ menos de 30 km de Badajoz. A fortiicagao, que domina o aplomeredo populacioral, esta construfca soore um promontério, a 250 metros de alttude, dominando o Guaciena a este 2 a sul — ole- vando-se 65 m acima deste — ¢ a ribeira de Mures a nort (fi. 1). Desde 1988 que tem tico lugar na tortiti- cago de Juromenha intervengées arqueo! gicas levadas a cabo por uma equipa luso- -francesa dirigida, no campo, pelos autores do presente artigo. ‘As intervengSae arqueolégicas surgem enquadrades por um projecto de investigagio centrado no perfodo medieval e, mais especir ‘amet, na ocupagao istamica, A cevidincia desse ocupacao istimica essen teva essencialmente em dois factoros: 08 importantes vestigios das fortficagdes em taipa, de aparénciaislamica,e 25 releréncias a Juromenha eontidas em algumas cronicas istémicas modievis. Do projecto de intervengae arqueolégioa constava também a execugdo de um levante- mento rigoroso de uma planta do recinto medieval (as planias disponiveis, até & altura, nao eram suficientemente esclarecedoras), bem como 2 realizapao de analises quimicas a amostras de taipa, Os resultados que agora se aprsentam no so ainda uma concluséo; representam, sobre- ‘tudo, um ponto da situagao e uma organizayao de questies que se levantaram previamente e/ou se levantam com o evoluir dos trabalhos. 1, JUROMENHA ANTES E DURANTE A EPOCA ISLAMIC ‘ fortiticagéo encontra-se implenteda de ‘orm dominante am reiagzo 20 Guadiana @ a ribeira de Mures, enquanto que a norte oferace ‘um acesso retativamente fila partir do actual aglomerado. O local é, na vordade, favorével ara uma instatago rita. sta inveravel situacao estratégica explica 4 ua provavel ocupagao permanente, pelo menos desde o periado rorrano até aos nossos dias. |Alés, sob 0 ponto de vista milizar, cone molhor se verd adiante, a sua importancia é reconhecida até ao séoulo XIX, tendo foite parle do teatro das operagées da «Guerra das Laanjas» Jutomenna deve tar tida uma importante ‘ocupagéo durante 9 pariado romano, como © atestam vies insorigGes encontrades ro local # nos seus arredores (0 e, segundo alguns autores reterem, teria sido fundada em 54 aC. pelas tropas de Joli César, com o nome de Juli Moznia 0 reaproveitamento, numa das torres de alvenara da frtiicagdo mecieva, de tras pecras de aspesto marmareo, dacoredas com elementcs tipicos do periodo visigsico, leva a concluir 6a continuagéo da ocupagao do local durante um period que pode ir dos sBcu- los VI 20 VIN, por una eomunidade de con- tornos ainda mal detinidos. 'No entanto, para o periodo mecieval ism co, as fontes esoritas concedem-nos impor- tantes informagées. Embora seja desconhecida qualquer refertneta arabe a Juromenka durante os séculos VIII ¢ [Xo local é suficientements importante no século X para que Ibn Hawgal, que visita & Peninsula Ihérica em 948, cite Jolumaniya nos seus itineratos, entre Santarém @ Elvas-Badajor (. Outros autores, mais tard, reforem-se também @ exlsténcia da lealidade, como Ibn Sahib as-Sata ou Ibn Sail Contudo, ¢ mais interessante mengdo a Juromenha 6 a do ton Khaldun que refere Julmaniya por vas vezes, a propisito da disputa da regio por portugue- ses e alméades. Em 1167, eo inimigo maldto (Giraldo Sempavor 2o servigo de D. Aionse Honriquss) tinha surpreendide sucessivaments as cidades ce Trujillo, Evora, a fortaleza de Juromenha, situada face « Badajoz». No ano de 1191, ln Khaldun cita de novo a praga aquando de uma ofensiva de Abu Ya"qub abtansur ‘A primeiparoferénca do grande sociélogo e historiador & muita interessante, ra medida @m que coloce Juromenha no contexto militar-urbano regional; impor- tante ¢ também a referéncia de Ibn Hawaal, tendo em conte a forma como ele enumera e orcena as pracas ctadas no seu itineréro Estes autores situam a fortifieagdo ort relacao a Badzo2, da qual ela era, a ‘sul-sudoeste, um dos postos avangados. Aliés, com tempo claro, vé-se,clara- rmenie Badajoz com a qual se poceria comunicar por sinais. A escolha do local por Giraldo Sempavor, como base de retirada ands cs seus ataques & capl- tal regional, justfica-se plenamente, Convém, portanto, colocar a prasenga humana om Juromenhe num contexte regional mais largo, com as outras pracas que a rodeavam, como Elvas, citada por al-lrisi pelo s2u dinamismo — aste Uitimo autor retere, em relagdo @ Elves, a existEncie de xnumerosas habitagées na er'sonha regiao qu2 a rodela» (7, 0 que inclu, certamente, Juromenha (Fig. 2). ‘Alando 0 sev destino ao de Badajoz, néo hé que estranhar que @ posigdo de Juromenita tena reencontrado uma certa importancla apés a funcagio de Badajoz am firais do sé. IX, @ que essa Importancla néo pare de crescer no sc, XI dovido & prosimidade da capita aécida, bem eomo nos séo. XII ¢ XI Fig. ts Aferitioogéo de Juromarhs vila d Nerte,apari do «Mont Branco» iam oat en er ah Swe Grsh _ Tegila vlaroen, Cnt de Vide « fim, "enter % eres oo los Caballerce 12 citete (sates) + Fequene vila og aldece (Qariya) x fortirieasie (itten) Fi, 2 Localdade da eg com ocupegéo durante operodo slice. quando a regio se torna ume importante zona de combates no quacra da Reconquista Crista, antes da sua reconquista definitiva em 1242 por D. Paio Peres Corteia eda sua posterior incusio nos dominios ¢a Order de Avis ©, Assim, se as referénclas textuals mostram que Juromenha fol importante durante grande parte do periodo de osupazéo iskimica, 0 seu interesse arquec- l6gico deverse sobretudo & presenca, por entre continuas modificagées, até 205 nnoss0s oles, de uma importants parte da fotiticagéo mugulmana, 2. 0 RECINTO FORTIFICADO DE JUROMENHA 0 conjunto fortticado de Juromenha que actualmerte ¢ observavel compde- -s2, essenciaimente, de duas partes, correspondentes 2 dois conceitos detensivos ‘a duas épovas: a fortifioagio medioval ilémiza aris, por urn lado, o as fort- ficagBes ebaluartadas construidas a partir co séc. XVIl, mais concretamente a partir de 1640, quando o reforgo da fronteira do Alentejo se tornou mais promente, para fazer face a espereda reacyzo espanhoa emt relagdo as altsragbes surgidas em 1 de Dezembro desse mesmo ano (Fig. 8). No entento, zonas hi em que as forlficagdes madievels e medernas se confundem (@ sul e SE na escarpa virada para o rlo). 0 acideniado do terreno Dobrigou os engenheitos do sés. XVII a um aproveitamenta @ adaptagzo das rmuralhas madioveis para as necessidades béicas da era da artiharia, Obviamente que, em todos estes locals em que se registrem grandes modiicagdes a partir do séc, XVII, o estudo dos vesticios das murathas medievas se torna mes difci, No entanto, apesar de grandes transfor- mages em algumas zonas, 0 tragado da muralta primitva reconnece-se sem grande Aiteutdade 0 resinte medieval forma um poligone muito irregular com sete panos ¢e mural, ‘medindo cerca de 120 m no sentido aste-oeste «cerca de 90 m no sentido norte-sul. 0 decve ‘om uma inclinagéo descendente de norte para sul, em patamares. A muralha a este e a sudeste segue praticamente 0 rebordo do acentuado deciive natural, enquanto que a sudooste ¢ linha das muralhas forma uma reentréncia, hoje inciufda no resinto modern que dé lugar ao camino de acesso & por ta sul, ladeando a murelna OS panos de mu- ralha geste e oeste-noroeste dominavamy, an- tes das terraplenagens, um pequeno barrenco (fio. 4). CO estado actual do recinto aprasenta aspec- tos extremamente diversos, devido a0 grende nimoro de reconstrugdes com diferentes critrios adoptados; também as 14 torres ainda existentes ou vistvels apresentam aspactos Igualmente variados. A mesma diversidade oncontra-se ne material construtivo, na aura ¢ espessura dos pancs de muralha, Hé ainda que acrescentar 0s varias restauros teitos [é no rosso século e apds a década de 40, e que sto zinca em curso, 08 quais tandem a modi- ‘icarainde mais este estado de coisas. Das construgées, reedificagdes e reformas que tiveram lugar a partir da detinitiva is k Fig 4: Plant elaboraga darate a campanna areola de 1988 & nureracio cas tomes @ a gee canst bo to A: 8 —leeis onde efecuaram bvantamentes dbs ee reo constiutos ca tap, por m2. conquista cristé, em 1242, sao visiveis bas ‘antes vesigos , que correspondem a. dver- se pocas. Sabemcs que a partir de 1312 Juromenha sofreu algumas obras de restauro, en- quadradas no grande programa de recons- wd Fg. 5: Tome 12, juno & porta su do ecnto medina, ‘trugio de fortificagdes do reinado de D. Dinis (10), As torres 10 e 11, bem ‘como os pancs de muralta a eas ligedos devom tor sido bastante reteitos nesse altura, sobreludo a torre 10, @ mals aka do vezinto (se exceptuarmos a dasapare- coda Torte de Menagem); esta mesma torre, maciga, que aparenta exteriormente ‘er em alvenaria, pode ro passar de uma mais antiga torre em taipa revestida ‘exteriormenta, é om época erst, do um aparetho diferente, Aliés, a torre 12, ladeando a antiga entrada sul do recinto medizval, & um exemplo de como um aparente aparelno em elvenara ce xisto esconde, no seu interiot, vestiaios mais antigos (Fig. 5). a verdade 0 seu interior & em tajpa, com uma canstitulgdo extremamente semelhante & da muralhe norte, Véties condicionantes tornaram necesséra 2 sua reconstruglo, pelo que a tapa fot afeigoada ¢ revestida par um aparelio de avenarla, muito semetiante ao observavel ra torre 10 (Fig. 6). Aléra isso, antes das titias obras de restauro das murainas, era visivel a similtude contra os myjos quo 88 ercontam entre as torres 10 813, Ente torres 11 € 12 existe uma série de construgdes ps-mediavas, 0 que ‘ficulta a detinigao exacta do percurso da muralha neste local. £ uma das zonas conde se cevera alargar, futuramente, a pequana sondagem arqueoldgica jé iniciada. Pera além de outras, as muralhas medievais sofreram também algumas alteragies no periodo cuinhentsta. Poderao ser dessa altura cs reforges em ‘alvenariafeltos aos muros de taipa, visivels na torte 9 @ nos muras que dela partom para as torres 8 2 10, bem como algumas alteragdes introduzidas na torre 19 ‘Apartir de meados do século XVII 2 area fortfcada de Juromena 6 amplada com a construgéo de revelins, balvartes, tenalhas € um homabeque, Embora a maior parte das obras, que tém lugar nessa altura, Se destinem a novas ‘construgdes, uma parte da muralha mediaval, sobrotudo entre as torres 13 € 14, parte do tragado entre a 14 @ a tore 1, fol totalmente integreda no novo sistema Cefensivo que val sotrer consiantes estragas € resonstrugdes até ao séc. XIX, E também nesta altura, na sequéncia da grande expiasao que se registou em 1659, que dasaparacou a Torre de Menegem — visivel nos desenhes ce Duarte Draumas — bem como algumas outas construgses civs,religiosas ¢ militares. (0 terramoto de 1755 parece nao ter afestado em muito as constructes existentes, No entanto, onde se encontram vestgios do period isl4mico, menos allorados, 6 nas faces Nora, Noroeste e 2 zona da Porta Sul A torre 1 6 um caso especial 2), Esta tore, situada no Angulo Nordeste do revinto, construlda maloriariamente em xisto grosseiramente aparelhedo, é reforgada nos cunhals por grandes sllnares de granto de diferentes dimens6es, roaproveitades (Fig 7). ‘Atorre foi posteriorments reforgaca na base @ o seu intarir, no topo, é am taipa (9), Gonstata-se que a alveneria¢ feita a base de blocos de calcétio ¢ isto dlspostos em fladas Irregulares, separadas por fiadas regularizadoras desiguais. Na parte superior da face principal desta torre (a carca de 2/8 de altura), in. 6: Torres 9 210. Ligataao sista abut maemo, vshela entadesisentta, encontram-se as Wr@s pedras do perfodo visigdtica, anteriormente reteridas (Fig. 8). Provavelmerte anterior & corstrugio em taipa que a envolve de ambos cs lados, a torre podard sor, assim, o tnioo vestigio da primeira fase de construgéo, posterior & ocupacdo romana a cue pertencerdo os slhares em rant @ posterior 2 €poca vis gdtca. Esta torre podera corresponder a uma tase de reacupagio de inicios a epoca istica (1, Quanto as constructs defersivas em teipa, olas encontram-se de um e cutro lado da torre 1, de este torre até a 4 (Fig. 9), na torre 5 (que se encontra na Fig Tore t,envobigaa este por ipa Arita ¢ isola tore 2. extremidade norte de uma construgao militar moderna) e dagul até & torre 8 (Fig. 10) Entre esta ultima torre e a que tam o némoro 9 6 perfeitament visivo, do lado interne da fort- ficegio, © muro original em taipa, capeado por uma cortina de alvenaria na face exterior. Para além oe ser visivel taipé no interior da torre 12, (como jéreferido), ha fortes incicios do que tal também acontaga em relagéo & torre 19. Em sintese, a pate mals signiticativa da muralha de taipa € a que s@ encontra entre a torre 1 e 2 8; exceptuando as raconsirugdes madsmas (sSe. XVIUXIX) da tore 5, o conjun- to forma ume unidade que conservou a sua Coertncia, tanto no que respeta ans materia como no que respeita &arquitectura. ‘A muralha, que nalguns pontos se ergue a mais de 8 metros, tem nastes sitios uma espessura mals ou menos constante de 1.85, a passa que as tortes, que se encontram re- gularmente espagadas (19) até torte 6, e dis tantes entre si 9,20 m, tém uma largura cons- tante de 5 m uma salina de 3 m (no que respelta as torres 2 @ 3 — de todas as menos daniticadas) 18, ‘A esta regularidade de medidas corres- once igualmente uma técnica de constru- 920. & homogeneldade ca talpa nas zonas 18 teteridas & disso prove, tendo algumas di- ferengas sido constatadas por anélises, ¢ ‘que decorrem da localizagio das amostras secolhides. A talpa ou tabiya, ¢ teita com eotragem {Juh) cuja altura varia, na maior parte dos as05, entre B4 & 92 om (7, 6 que correspon: de, sansvelmente, dots 6Ovados ma muni) A técnica & icéntica tanto para a muraina como para as torres. A observapio visual permite ‘constatar que 0 granulaco é espesso ¢ com: acto. Encontram-se sistematicamente, ¢ por m2, 95 seguintes elementos cuja quantidade varia da seguinte forma (Fig. 17 @ 11 8): — vasoalho: 40 a 83; —fragmentos de tthe ¢ iol: 26 2 96; — fragments de caramica: 2 a5; — padras (15x9 om, 19et1 em as maiores, 2x6 om, 4x7 om as mais pequenss): 4 a 8. ‘A pronorcéo destes materials que reforgem 4 taipa & mals ov menos constante, embora sejam odservavels ineguleridades no sentido vertical ‘As andlises de laboratério corngletam estas primeiras observagdes visuais: forte homo- geneidade das amostras da face norte @ uma ligeira irregularidade para a da face oaste que presenta uma grande percentagem de cal (36 21% de carbonates) @ uma predominancla de micaxistos 2 quarz0. AS analises painoldgicas da taipa (em apéndica) apontam para uma agri- cultura cerealfera importante As torres, macigas, em taipa, seriam reforgadas nos cantos como se pode ainda apreciar na torre 3 (Fig, 12), onde foram utiza- dos nos cunhais silhares granticcs eparelha: dos, semelhantes aos que se encontram na torre 1, reaprovetados provavelmente de uma constragéo romana. Nas torres em talpa, para alm da routiizagio de blocos do granito, hé a registar 0 emprego, em vérios sitios, de reforgos em ticle por detras dos cuntais ou sobre as tiadas da base e que poderao corres- ponder « de Spocas posteriares. O conjunto destas ofservactes dé-nos ind- cages sobre a construgdo ¢ 05 corstrutores. Encontram-se, de facto, em Juromenn, ca- racteristicas ¢a taipa jé observadas noutros locals —a técnica do luh, com um caixotéo caracterstia de 0,84 a 0,92 m, ou sela, cerca de dois cévados ma’muni, — um grande teor de cal na composigao da taipa, para além de fragmentes de cerémice ¢ Decras — 2s quals ndo corstituem mais de um tergo da misturay —a presenge de cunhais em podra 8 de um soco na base das torres como, por exemple, em Nieble; — tortes macigas, rectangulares, Fa, € Tox vista rene, So visas ts petra wsiias» de que se esac 0 opt-e-atam, emmamoc (1), do ado dreto espacades regularments entre si Todas estas ceracteristieas lembram as encon- ‘wadas noutras consirugdes mugulmanas em labive, ‘A iniea excengéo consiste na espessura fora do habitual des muralnas que, em vez dos trés e6vados ma'muni geralments usados, t8m em alguns pontos ‘quatro oévados, ou sej, cerca de 1,84 m. Oestude da muraha & pois muito importante para a dalagzo da construgio & «da ocupagéo do local. AS escavagties ver, muito incompletamente ainda, precsar estas ooservagies. Fig 6 Tova 1,289, ante dos titimoe reetaurs. Em primeite plano so vee ot kaluarts 3, AS SONDAGENS As és campanhas arqueoloaicas realizades até ao momento incidiram em ‘és zonas da forticagéor —2on@ de Porta Sul, onde até ao momento se abriu uma sondagam: — zona da Porta Norte (onde, até 1989, se abriram duas quadriculas, uma para o exterior ¢ outra para o interior deste avesso medieval) — zona da Praga, que correspond & area a norte ca Igeja Matriz, tondo 2 Este antigas instalagbes militares 2 qua confrontava a Norte com a Casa da ‘Camara, setuelmente derrubada; este espago aparece representado como praza ‘bla nas plantas a partir do sée. XVI. Fi. 10: Tones 7 8, centementeestawradas Sondagem da zone da Porta Sul A planta de Juromenta feita por Duarte D'armas nos inigios do séz. XVI localiza uma porta sul junto 2 uma torre (nf 12 na planta) Perto desta torre, obras relativaments recentes etectuadas pela Direcgdo Geral dos Eviticios ¢ Monumentos Nacionais puserem a desceberto uma construgéo maciga (com 218m de altura méxima por 2,24 m de larqura), com grandes blocos granticos aparelnados mas extremidades. Partu-se da hipdtese de esta constnugao ser a ‘ombreira da Porta Sul, hipatese essa que se veio @ confirm. Um dos vérios objectives desta sondagam era tentar defini a volumetria © formas de organizagzo desta entrada. Devem ter sido as obras abaluartadas Inicladas no sée. XVI ea consequerte abertura de uma outra porta, que tornaram esta desnecessiria, A necassidade do alargamento do arruamento que conduz da nova porta a lgreja de N* S* de Loreto, bem como 2 nova Ccinturatortficada, deberam 2 justiticar a con tinuagao desta antiga entrada do recinto rmedioval, de quo ora apones visivel a ombreira sul. A sondagem levada a efeto revelou-nos nivels muito remexidos, vestigios de niveis, mals antigos de calgada, vestigios de um pavimento em tijoleira, bem como cinzas, pedagos de argamassa, tjlos fragmentados ¢ pedras (fig. 12). Numa praga de armas fronteiriga, como Juromenhe, com zctividade militar até a0 ode, XIX, tal remeximente ¢ a suoessto de pavimen- tos com rebentamentos no sao de estrantar Allis, mesmo no meio da antiga entrada, no ‘contexto da astrutura 1009, foram encontradas trés bolas de canhio muito oxidadas, rele~ cionadas com csramieas que poderdo ir até ao S40. X0K Os mateiais que se encontram séo essan- cialmente cerémicos, destacando-se fragmen- tos maioritarlamente dos sécvlos XVII a XIX, sobretudo ceramica comum (no vidrana @ \idrada interna ejou exterrarenta) ¢ fragmen- tos defaiancas. Esta sondagem ceu-nos tembém outro tipa de materals: caramica com vidraco metado, um fragmento com decoragzo a «verce e man- ands» (fig.19-c), ura malha de jogo em xisto © um pequero cado em oorno, Sob 05 niveis de revoivimento foi encontrar «fa uma canalizagée com leito em barr0 cozido, patedes © cobertura em xisto. A canalizacto encantrava-se interrompida por uma vala cue jd se encontrava aberta quando se iniciram as Ccampannas arqueoidgicas. O significado desta canalzagao ainda rao osté esclarecide. Segundo virias opiniGes locais, pert do antigo lagar uma canalizacao pata @ «gua roca» @ que passaria perto da Fia. 1: Levantarento dos elementos consiutvos da alga or m2 0s las onde foram welados esto ost ads na plant. zona da Porta Su Por auto lado, a ceramica ‘até agora retirads do pouco que se desentulhou da cenalizagio dé-nos materiais com uma cronologia mais antiga que a éos niveis supe riores, de que se destava um borco de ceraml- cade «parades tinas» Aliés, osta condagem, tendo sido a que einvolveu a remogao dz um menor volume de ‘erras, fo a que proporcionoy, até ao momen to, malor quantidage de ceramice romana @ a ‘ica om quo apareccm simultaneamente,frag- mentos de sterra sigillata> clara ¢ de «pare des finas Esta sordagem fornecai-nos um outro ele- mento muito significative: a descaberta da ombreira norte da Porta Sul (Fig. 18). Consarva a mesma disposigao da ombreire norte, a 4,70 m do distancia, condo 0 apareiho de construgio semeltiante: 0 exterior dos imacigas em blocos greniticos ¢ interior, @ enchimente, om visto argamassado. ‘Uma sxcepgao: na ombreira sul ol reaprovetado um fragmento de fuste erm mér- more. ‘Anda om rolagdo a esta ombreira norte ha que refeir a ndo existénela fn sity de écis blocos do canto SO; mas, se os bloccs desaparezeram, os seus negatives ‘earam bem nitides na argamassa, Conwém reterir que 2 existéncia de grassos bloces de orarito aparethaco tem paralolos evidenies com outros blocos do mesmo tipo, revtilezdas sabretudo nes torves em talpa da face norte da fortiicago medieval, O tipo de trabalho a que foram sujeitos estes blooes (em pedre néo existente nas oroximidedas), bam ‘coma a sua dlmensto, sugerem relagSes com o mundo romano. ‘Todos os elementos desde [A disponiveis apontam para o facto de estarmos peranta a Por Sul da fortfcagio modiaval, colncidind a sue localizagao com a planta de Duarte D'armas. ‘Sondagens da zona da Porta Norte ‘A abertura ra taipa da face norte da muralha, connecida popularmente por eburacao», locilza-se possivelmente no loca coincidente com 2 Porta Warte da planta de Duarte D'armas, rezdo por que as sondagens realzadas nessa érea da {ortiicagdo assim so designades. ‘Até 1989 abriram-se nesta dren duas sondagons, respectivamerte para o exts- rior ¢ para 0 Interior do recinto medieval Para o exterior a soncagem iniciourse junto 8 ombreia oeste a qual fbi sendo posta a descoborto, bem como um muro ligeiramente arredandacio (visivel em iconografia dos sic. XVIll¢ KIX) em culo reboco sto visivels varios orifcios algo ‘profundos, muite provaveimente devido 20 impacto de projéoteis. Tudo india ‘que tenha sido mals uma das muites zonas atingidas por acgies militares @, portanto, io seré de ostranhar a grande quantidade ce obres ce reparagio a que i sueita Nia verdade, viernos a encontrar néo sé uma grande potincta estratigrética, como vestigios de virios nivels de ocupaggo retativamente préximos protagoriza- 4s por varios pavimentos (Fig. 14), argamassados ou nao, grande quamticade de ‘entulhos (por vazes para a raconstrugéo de pavimentes), contendo restos 6sseos cde animals, feros, cnzas ¢ carvOes ¢ abundante espélio cerémic. ‘A matoria dos pavimentos enconttades tem uma fina camada superior em argamassa (Fig. 15). Ha um dnleo caso de pavimento em tljlera ¢ que corres pponde & um nivol préximo dos iniios do séc. XIX. O nivel mais protundo a que se chegou nesta campanha corresponds a uma calgada com uma incinagéo descen- ‘te oeste-este e cua titima ocupacéo pareze corresponder aos inicios do séo. XUlll Esta calgada é anterior ans paramentos argamassadus das omnbreiras desta nirada (Fig. 14). 0 iltimo restauro dessas ombreiras (segundo documentagia d0G.EA. de Engentaia Militar} deve datar do peciodo des invasées franceses. ‘A sondagem foi depois prolangada no sentido de nos dar a conhecor @ combreira Este, ‘A nivel cerémico regista-se grande coaréncla, com materials que correspon dom assenciaimente a ocupazdes dos séeulos XX (ilcios) aos XVIVXVIIL. Para clém de cerimica dita comum (sobretudo formas abertes}, encentraram-se tam bém fragmentos de faienges dos séculos XVII e XVIIl. Em niveis de entulhos encontraram-se também pequenos fragments de cerca «metada» (de que se encontraram mais exemplares em recolhas ce supertica) (Fig, 19-A e F ), bem como fragmentos de tegulae ¢ de terra siglaten. ‘Apareceu no contento da estrutura 2008 um fragmento de cerdimicaislémica: trate-se de uma asa vidrada a verde, com estampihagem (i019 8 € 20). A este ‘ragmento estava agarrada argamassa rica em cal, semelnante @ das muralnas Em 1989 continuou-se a escavagéo, desta feita para o intariar do recinto. Continvam presentes 0s entuos de inicios do presente séculojtom abundantes restas dsseos ce animals domésticas feros e carvGes, derrubes e pavimentos de terra bata ou com fraca argamassa (estruturas 4904 8 4005), com uma incl ragdo descendente sul-nerte ¢ correspondentes a pavimentes encontrados na sondagem anterior, do lado exterior da entrada e que oarecem corresponder, aelo «spl apareci, aniveis da sécuio XIK. O alaroamento oracual da area escavada, centro da mesma quadricul, para perceber os pavimentos em toda 2 sua largura e definir correctamente a entrada, 6s a vista um muro rebocado ¢ caiado, rematado superiormente por tolera. Obtiahe-se, assim, o artuamento de acesso & Porta Norte em toda a sua largura Gerca de 10 cm abaixo de 4008 aparece, a toda 2 sua largura, um novo solo em terra batica, cuja eronologie varia em relagdo ao anterior somente em poucas «décadas de anteioridac, ‘A nivel de espilo, se alé 20 solo 4005 apareciam fragmentos cerdmicos de "Pg. 13: Soncayem oa zora ca Porta Su (careparna ce 1985). Fig, 12 Towa visa de ase. Chsaragic¢ vartemento as muralas. ‘radigao medieval (geralmente formas abertas, 1n&o vidradas ou com cobertura vitrea exterior plémbea, em tons de mel 4 mistura com were = woe = FE i f [ELI] emeecenem — (EEY eon ls Fig. 14: Sondage da zona da Porta Not, prao incr he forcago: ase des trata, pequenos fragmentos de sterra sijillate», faianga e eerémica de Esirempz de finais do sfeulo pessado, a partir do solo 4008 detxam de aparecer formas cerdmicas claramente ‘conatadas com século XIX, embora continuem 2 aparecer trapmentos de falanca (bastante frogmentados) dos séculos XVI € primeira netade do século XVIII (se bem que, em alguns casos, 2 datagao seja forgosamente duvidosa — como, és, a mats recente bitlio- gratia claramente admite), ceramica de uso ‘comum o cermica vidrada regional de tradga0 medieval. Como excepgao 4s formas abertes de tradigao medieval, toram encontrados dois, fragmentes de ceramica islamica vidrada em tons de mel-esverdeado com tragos de man- gars, de bordo com saliércia externa, a0 con- tea 4010 (Fig. 194). (0s solos 4008 e 4009 revetaram 0 tipo de inclinagdo jé referido, havendo tamaém soo 4009 uma nove estruture, extremamentetosca, em tiolos partidos eelguma arge- massa, dando a 4008 um deelive menos oantuaco que a estrutura que se veld @ ncontrar por detaxo: a celgada, Foi orecisamente neste eopago entre 4009 ea salgada que se encntrou, para além do mais, um treamento de cerémica ée ecorda seca» (Fig. 18). ‘Quanto & calgada, corresponde perfeltarente 20 pavimento contiguo, encon- trado arteriormente, A calgada continua com 0 mesmo tipo de inclinagdo: no topo sul encontra-se somente a cerca de 60-90 om da actual supertici (Fi. 16). Enire 0 solo 4000 ¢ a calgada o espolio nao & postrior @ primelra metade «do séoulo XVII, tendo aparecido varios fragmentos de eter sigan, statra sigilatay clara e duas pontas em sex, reaproveitadas para poderneira de arma de fogo. ‘0 acesso A porta norte € delimtaco por cois muros: um 2 este, rematade superiormenté com uma fada do tieira; a oeste, um outro rebocado exterior- mente, Este iltimo revelou uma entrada sensivelmanto 2 malo da sondagem, enoonttando-se no enfiamento da ombreiraoests da Porta Norte. Cremos que teste muro corresponds a construgio que aparace numa des melhores piantas rilares de Juromerha (® como sondo, neesa altura, @ «casa do governador raiars Fg. 17) ‘a campanta de 1989 daclu-se defnir uma sub-quecriula do 2X2 m no {topo SW. Lovantadas as pecras da calgada nessa érea, verificou'se que a eua colocacdo fora precedida do uma conveniente preparacao, to sido feta uma cama» com pedras de tamanho pequero, padagos de tole e de teha. O espéllo. aparecido no nivel imediatamente inferior ro tem paralos com c2rémica cara- monte dativel dos séculos XVIII € seguintes. Hé também a salentar um pequero pote fragmentado, com asa 2 colo baixo, Exremaments importante €o apareci- mento, neste nivel, de dues grandes granades/boles de cannao em ferro, bem ‘como de dues pequenas bala de chumbo. A ceréica islmica fez também aqui a us apariggo, sob 2 forma de ur ordo de cerdmicavidreda metade (Fig. 19-6), @ ‘cue parece ser um fragmento de reservtéro de ura candeia de bic, coberta ‘com um vidrado cor de met-vardoaco (Fig. 19-H), Sensivelmente a meio desta subquedrcule apareceu 0 qué parece cortespon- dar a um pequena muro, tombado, em pedra seca e sem vesigios de qualquer rabcoo. Este muro, que continea sob a «Casa do Governador», esi interrompido garcilmente pora Este (Fig. 18017). ‘xbalxo deste nivel de abundante espdlio, ancontre-se uma espessa camara argos, com algumas cizas, totalmente estéri em espélio até 20 momento, & por onde © pequano muro parece continuar No sentido de ecompanhar, de ume forma comparativa e complementar, @ escavagio sob @ calgad na parte interna co racint, foi detimitado um pequeno sector de 2.5K1,57m, juno & base da muralha medieval, do lado exterior. ‘O nivel sob calgada € também um entulho preparador do sou assentamento, tendo aperecide uma grande bola de eantao 2m fera, pequenos pedagas de astugue amarelado, cinzas, carves, algune ferros muito corraids e cerita atau Fig. 16 Prt cul da sendagem exo éa ena da Pata Note, Quanto & cerémica, apareceram fragmortos brunidos, formas abertas de pasta, avermelhada sem decoragéo, ‘slangas relativamente antigas, bem como alguma cerdmica ilamica ede tradigéo mecieval.vidrada ern tons de mel (Fig. 19). Tal eomo noutros nivels @ novtios sectores, também aparecaram fragments is ainda estojam om estudo, uma andlise proliminar destes elementes aponta pare um essentamento da calgada {de «terra sigillata». Embora muitos mate muito perto de meads do século XVI Fig 16: Pequsa sendagem eostued sb ald do interior do echt Fez some 2 meme FE nema EF Sarre ZI vn srrs wot EES) wneceneene ite Sondagem ta zona da Praga Durante a campanha de 1980 foi aberto um novo sector de escavagio, localizado na z0- nna que vem sendo ocupada pela praga pibli- a da vila, pelo menos desde inieios do sécu- lo XVlll, de ecardo com todas as plantas ecn- suliadas. Era, portanto, uma zona liberta de cons trugtes desde o século XVIII até aos nosso dias e que poderia fornecer elementos ‘mediova's ou modernos mas manos alterados. ‘A partir de ume profundidade de cerca de 20-25 cm encontrou-se uma camaéa muito rotunda de entumos de construgzo, entulnos ‘essas bem compaciados, com muita padra nfo aparelhada, nédulos de argammasse muito rice em cal, fragmentos de telhas, uma tegula @ alguns ossos de animais {sabretudo ovina- -caprinos) ‘A escavagio foi revelando duas paredes sensivelmente ortoganais entre si, formando na esquina Interior um espessamento arredondado, tipo emeia cana» que termi- naa cerca de 80 om da basa. As paredos sie ‘em grossa alvenatia, ebocada no interior, con- Is anew El &) ona HRSHAEA fg 7: Pt ceed covkgomitter Pra Nt, eto Wt a sea corso re spre ce Ces neato a ee to shal KK servando sobre 0 reboce alguns pedagos de pintura a vermalho, ber como algunas ‘concregées. O pavimento desta corsinugao € ‘em argamassa muito sida (9. 18) 0 espélio cerémico € muito escasso ¢ extremamente freomentado. 0 nivel 5004 (junto 20 pavimento) fornecsu pougutssimo tspéllo: alguns fragmento ce talanga do sécur Jo XVIl¢ cerdmica comum de paste avermelha- «a, molto fragmentada, CConvém destacar que sia construgdo, oue sarviu pelo menos como cisterna, € ao aue parece, inédta, No consta em nenhuma das plantas coniecidas, nem na de Ouarte D'armas, ‘nem nas cos sécuos XVI, XVII KIX Plo tipo de eparelho e pelo espotio encon- trado deve datar do século XV a sua ditima uttizagéo, Por outro lado, io parece ser ante- rior a0 séeulo XVI, pelo tiga de argamassa uti- lizada ¢ porque Duarte D'armes nada assinala nesta zone de forificagdo. Como hipétese, pen- amos que pode ter sido construide cerca de 11640 @ a sua destiuigdo poderia tor rosultado da grande explosto de 1659, com posterior antulhamerto, 4, CERAMIGA ISLAMIGA— ELEMENTOS DISPONIVE!S ome fol referido, a quantidade de ceramica claramente istamica aparacida ras dues primeiras campanhas de escavagao é muito reduzida, Esses fragmontos ‘thm sido encontrados em niveis detados dos séculos XVII a XIX e até em recolhas de supericie (Fo. 19-D). No entanto, algumas constatagbes poderao jd ser feitas, tondo em conside- ‘ago 0s tipos do cerlmiea ja aparecidos. O tipo de cerémica que mats se tem encontrado diz respeito aos vidrados cor de mel, quase todos eles formes abor- tas; hd dois fragmentos de tigeles de bordo com saléncia externa, bem como ‘ragmentos com vestgios de tags @ manganés (Fig. 19-F, Ge A, I) Rogista-co também 0 eparecimento de dots fraamentos, provavelmonte de uma mesma paca, vidrados em tons da mel muito esverdeado com aplicagbes de rmanganés ra face interior (4010 — Fig. 19-1), bem como um fragmento de sdorma fecnada» vicrado no exterior em tons de mol eevardeaco, com escorti= rrento do masmo tipo de vidrado para o Interior (4012 — Fig. 19-4): pela sua rmorfologia poder correspordar a uma cand de bico. ainda a rocistar 0 aparecimento do um fragmento de asa de cenece vidrado ‘verde, com um pequena apendice decoredo por astampilhagem. A decoragdo consists num pequano elemento tloral. Este pega encontrava-se inserida num pequeno bloco de argamassa, muito semelnante 2 taipa das murelhas (Fig. 19-8 20) Ouanto & ceramica decorada a «verde @ manganés> ou «tipo Medina Aazaharan, até 20 momento 86 se encontrou um fragmerto (Fig. 19°C) HA tembém a ragistar o aparecimanto de cols tragmentos de cerdmica de Fn. 18: Sondagem de z0eade Praga pica: para, - com vestigios de Oxidos de cobre de estanho, separados por linha de manganés, e a face externa é tamhém vidrada em tons cle mel (Fig. 19-1 @ 21). Embora nanhum dastes fragmentes aparoga om contextos medievais, oder-s0-Ao fazer alguns paraelos As tigelas com cobertura de vidrado em tons de mel e de bordo com salléncia exterior tém paralelos com pacas datadas dos séculos XI (21), XUXIt (2) a, nale Fig 18: Ceramic ncn [= wena [Ee] mere Rahngact a sett ees Eg ‘guns contextos, até do XIUXIIi @8), Por sua vez 1 associagio do vidredo «melado> corn deco- racdo a base de tragos de mangants Wadur-se, fm termos cronoldgicos, numa maior perdu ‘ago, jd que aparece nume maior vatiedade de formas cordimicas, réo 26 em contextos data- dos dos séculos X/KI 4), como em outros dos séoulos XIAN (5), © fragmento de asa com apéncice estampl- Ihado tem paralelos com pogas datadas do perlado calfal @8) mas também com espélio de 'Mértola do séeuto XI 2 A ceramica dita de «verde € mangan8s», durante muito tampo sonsidorada come tpica- mente calial, tam visto a sua cronologia ser estoncida também ao séoulo XI Quanto & caramica ce «eorda seca», de que se encontraram até 20 momento dois fragme tes de sformas aberias», ha elementos para atibuir-se-hes, como datagio, 0 século XI ou XisKt (3) Em sintese, podemos constatar que a cardmica até agora sncontrada no & anterior ao séoulo X.E, no entanto, nos séculos Xi ¢ Kil que encontramos uma maior concentragao da Ba 9.20: Pormenor da poga de figura ata, parelelos para a ceramica até agora aparecida, Poderd ser significativo © nao aparecimento, até ao momento, de cerdmica pintada, de ‘oerémica de pasta branca compacta, de in Angas, XUN 1078, p. 222 (19) BAZZANA, 2, «laments Sarchélege suave cars akandus: crates spésitqes de architeture mille arabe clarion valensione» i AGartre, |, 1980, pp. 929-909, AVON MALDONADO, 09. it, 9p. 207-228, (90) Plata goral da foricagao de Juromenn, da autora do Major Brando de Sous (1817), o- tenief Gata ce Arsenal cd Nora de Engenharia Mitr (21) LZOUIERO,R,«Nodlgi deb ceria Hispanomusuimns de Vacs (Tede)~ in Segundo Golo intr, de Cerca medina del Meiterténco Occdenta, “036.15, (22) TORRES, Glu, erm llémiea Poruquoc, 1087, 40; MIRA, Mc Mar — aGersica Iblimica de Tore de Oa Barco tof Congreso de Arcusclogi Meciva Espatcla. M10, 250 1, Meat 1927 (28) BAZZANA.R, La cosine simian Is rd Valencia Valeri, 1983," 157 - pp. $9676. (24) TORRES ¢.o9, ci, nes 41.58, 50€61 (05) AZUARRUZA, Dena Isc, Alcan, 1969, p.317-21. (26) ZOZAYR, uen— «Apargu glabra! sur I cramique espagrole» in Le céraniqua mfévle en “Miciterands, Valbonre 1870, 980, pp. 271 © 276, ACUADO VILLALBA, , La ceric s+ panomusiane co Toledo, Mai, 983, lim. VEC {@7) TORRES, , oft, n852 (23) AZUAR RUIZ, of i, 9p. 321-224 RUBIO VISIERS, Wa Jesus, sLt tance de engae Banca alo cater ena sutmasea sue a Gong. de Arg Me Esp, Hl pp. 120-780, (29) TORAES, .,0p ci,nes 80285, AZUAR RUZ, opi p. 227: (90) Em obras publces ou prada qu trio lugar em vis pontos da povoagioexra-murcs,€ ‘comum aproeeemvaeicice decoupage dese pared. (at) OF. TERRASSE, He, Les lrtereses de FEspagne misuinare Wad 1984 (g2) GN HAVVAN, Muptabis¥ .P. Cainer, Maa 1978 (33) TORAES BALAAS,L, cicaces Mispanomesutmenes, Ma, 2aed.1905,pp- GO EAK (94) AVON MALDONADO, 09. ck VALLE BERINEND, op. ci BAZZANA (1860), 0. at (65) UITART APARICO, .,Catllos de Aragén, | Desde sig X ast el segundo curt el Xi, Saragoga, 1976 (96) CORRELA, F Branco, sFrateeées maqulnarss no Aste in IV angresse do Aga |p. F102. (67) BAZZANA (1980) pp. S54-360, (08) bide, 9. 246. (69) 0 que Bizeana (1980, . 28) desgna corn walarare. nos castles dh reaitovaentna (4) A sul de Juromenns unto ao Guasiana, na vesiies de bxtoraOes mineras vo period romano, nes nereades de Casco e Mec. (49). TORRES BALBAS, L,sLa aczabealmotade Ue Basar in Obm Oppose, | ~AbAdals, pp. 240248 (42) TERRASSE, Hop. it (49) TORRES BALBAS,L (1086), pp. 67-566. ‘APENDICE ANALYSES GEOCHIVIQUES ET SEDIMENTOLOGIQUES D'ECHANTILLONS DE PISE PROVENANT DE LA FORTERESSE DE JUROMENFA (PORTUGAL) |. BUTS DE LETUDE ‘Quatre échantitons de pisé ont été prélevés sur le site fortifé de Juromenta, ain ¢obtenir une base de comparaison avec des prélevements deja eftactuss ou a faire, et de dsbuter un éventuel classement en différents lots (correspondant vontuellamant a différentes phases de construction), La sation de ces échantons st préite cans etatlea/et le sonéma c- dessus we Situation Exposition JRHS Sous niveau initial du sol. Nord Extérieur RH 6 —-AZmau dessus cu niveau du sol Nord Extérieur URH 10 De 081,30 au dessus du niveau Nord actual du sol, Extérleur URH12 Au dessus du niveau du sol Ouest Intérigur «pol Agents deren gues encore cmentes seme, ements Homes isaac. [lemons prebablomet sus cela febrcaton dele hau. ‘uanzet asim, utes ements ofsatins non dshoguis eB wrome ye Butwenns Finds “Jee Pfr, Y r x el «2 ‘Payéaats dren igués encore civentes cexsemile, lomo torts, Misaecictes Elenars probeboment ious da fabrcaton ee le ctauc are etassinis, ‘Autres ments eFtalins nen distin A NECROPOLE TARDO-ROMAN E VISIGOTICA DA PEDREIRA. ~ chy o “Argues RIO DE MOINHOS - ABRANTES CE RESUMO 0 presante artigo dé a conhecer uma necrdpole que foi objecto de uma inter- vongio arqueolégica de emergéncia rea- lizada em Novembro de 1983 pelo Departamento de Arqueologia do IPPC no sitio da Pedreira, freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Abrantes. 0 local tinha fornecido, através de prospecgio superficial, uma grande quantidade de materiais, na sua maioria atribuiveis & época romana, # encontrava-se ameagado pola construgdo da variante a Estrada Nacional 1®3 (Alcanena — Abrantes), dado quo © tragado da nova via atravessava a zona de maior concentragao de vestigios. A escavagéo revelou sepulturas da Alta Made Média, dos séculos V a VI (para além dg outros vestigios da época Romana). 4. InTRODUGKD A estado arqueoldgica da Pedretra, situada a cerca de 1.5 kms a NW da frequesia de Rio de Moinhios nas proxlmidades da Estrada Nacional 3, fol dada 4 conhacer 20 Instituto Portugues do Patriménio Cultural em Juno 6@ 1982 pelo sou achador (") através de relatérios onde cescravia pormenorizadamente os ‘matateis recolnidos por prospeccHo superficial (do Brorze Final época roman) € as estrutures visiels, propordo uma intrvenceo arqusolgica ra érea abrangi ‘da polo propeto de construcao da variante @ ENS (Aleanena — Abrantes). Feito um reconhecimento no local por técnicos do Departamento de ‘Arqueologia e contactada a vunta Autonoma des Estrades deciciu-se realizar sgondagens arqueoligicas que averiguassem ca efectiva importéncie da estacéio ‘enco em vista uma possive! alteragio do tragado da estrada, s trabalhos efectuaramse durante o ms de Novembro de 1983 e contaram com o apoio da AE, da Cémara Municipal de Abrentes e da Junta de Freguesia da Rio de Moinhos, 0 acesso & estacdo faz-se através de um desvio & esquerda da 13, entre os kms 105 e 106, situando-se a necropole 2 cerce de 200 metros da toferida estrada. 2, LOCALIZAGAO (Fig. 1 ¢2) O sitio da Pedreira pertence @ treguasia de Rio dz Moinhos, concelho de a Serio Abrantes, distrito de Santarém, regio natural do Ribatejo (coordenacas hectométricas GAUSS: M— 189 900 / P — 279 600 (, situa-so a oorea da 1 km do Rio Tajo, entre 05 40 € 0S 70 metros de attuds, num plataforme que se sucede @ planicie aluvil, sendo delimitada a Norte por relevos mais vigorosos corstituidos assoncialmente par granitos @ gnaisses que aqui afleram (macigo ce Rio de Moinhos — Tramagal} (CONGALVES et ai, 1979, p. 52) ‘A rea ¢ explorada agricolamente como olival, tendo as zoras mis elevades sido florestadzs 2 eucalptos. A destrulcdo do primitivo manto vegetal facioy a cgi erosiva das Aguas pluviais que, conjuntamente com os calhaus que transportam, tim contribuido, a's que 0 aredo, para « destrugio da estago. 3, METODOLOGIA Tendo em consideregio a dispersio de estruturas ¢ ssp or ume grande ‘rea, praviu-se a quadriculagem entre os Paralelos 20.200 e 20.600 metros € os ‘Meridianos 9,800 e 10.400 metros, defininco no rectangulo assim criaco zonas do 50 metros alinnadas de Norte para Sul ce Ceste para Este. Cada zona foi citi- ddida em cortes de § metros de lado, rumeradas de igual modo. Cade corte foi suidividido en quadrados de 2 metros de lado com meio metro de bangueta para cada lado, parcialmente desmontadas depois de resolvidos os problemas estrat- coréficos, 0 espélio in situ fo! coordenado tridimensionalmente, dado as tinhas de que, que sempre atravessaram 2 estagdo, terem dastruido a meaioria dos estratos arqueologlcus. Face as condicionanies estratigéfizes do local, a convenco que ‘acompanha as pegas tam o seguinte significado: Fig 2: Localiao da Pedra na GNP. esc. 125.00, fhe £1, Aras, Fo: Loxeaagan da esate arusclgia oa Peer va Peninsula ia RS — Recotha superficial. (00 —Camada arada ou lito de cascalto. (1 —Lentfculas de terra negra ou castanha ‘com mater transported. (02 — Pogas mas provenientes de derrubes, violagSes, etc, deslocadas da sua posiglo ori- siral. 03— Peas in stu Cabe aqui rferir que so estuda, neste arti- ‘20, quase exclusivamente o espélio encontrado in site da necrépole, aguardando-se para outra ‘oportunidade o estuda integral da estagao nas reas escavadas. No terreno, depois de implantedo 0 eixo da la, quadricularam-se os seguintes sectores 1 — Zona 82: Cortes 22, 32, 42,23, 93, 43 2—Zona $3: Cortes 51, 61,52, 82 3— Zona 45: Cortes 82, $2, 83, 93,84, 94 Zona 63: Cortes 2, 324 4 —Zona 53: Cortes 38, 46 A coordenagao da quadriculagem apoiou-se fem dois mareos de cimento (| 142, M10 305.169, P 20 391.089, cota 51.305 e | 143, M 10 058.955, P 20 484.401, cota 50.788] impiantados pela JAE aquando de levantamen- 10 topogration efectuado para a realizagéo do projecto da varante 4. AESCAVAGAO (fig. 3) A escavagio nos quatro sectores abertos revelou o seguinte: Sector 1 — Area habitecional com muro € laraira da Spoca romana, Sector 2— Uma estrutura, que design’ ‘mos por Estrutura Il @ que veia a revelar-se ser um forno de plenta rectangular tornecendo na frea circundante as moocas n's 41 9 43, com cronologias entre 268 e 262. Sector 3 — Este sector revelou o cunhal de lum muro com vestigics de incéadio, um muro agsonto sobre calhaus rolados com derrube de tethado no interior, um pise de coloragéo aver- Fp: lant parcial da nrg sete 3) & certain Fe) sms usta to es ED pe ce wate ere Fig &: Panta projcta ct exceug davarate 8 EN (Aanen, Abra), ene os Kms 35.900@ $5700, coma impatapso dos sectoreseecavcos. e >| necrépole revalou apenas duas mosdas romanas: 1° 44, um eantoniniano» de Galeno (280 -268) en? 45, também do sé I Sapulturas Net — Sepultura de inumagéo, de aduto, de planta @ saccan rectangulaes. Cobertura de teguiae @ irbrices etn forma de,telhado de das aguas, de pastas ¢ coloragées diferentes, ue abateu, preenchendo o interior. Peredes de blocos irregulares de granito calhaus roledos regularizados na parte superlor por elementos pétreos @ corémise. Sobra o telhado, conse vvou-se no éngulo SE uma pequena moldura de Fi, 5:Vsta ger danexpoe, lajes pétreas rectangulares e fraomentos cerammicos que cobriia toda a ora do ted, mathada que intagrava um fragmenta de mé (pega n? 63) e ume necrépole de 11 Fundo de terra com trés imbrices para assenta- sepulturas @- mento do caixéo de madeira, de que se conser- Sector 4— Um terraco antiga do rio Tela, sem vestgics argueologicos e que —_varamn os pregos (n®5 14 a 37). Provavelments ocera ser tomado como um ds limites ca estapeo arqueni6gica pertenceram 2 um cabo de madeira, rectan- gular, mas de dupla vertente no topo, dai a ‘Anneorépole (sector 3) tegula n° 52, perturada por um prego, ¢ 9 prego nt 37, aiudarem a consoldar uma estru= As onte sepulturas escavadas abrem-se em sedimentes de época romana @ ura reatlvamente fragile que abateu multo depésitos coluvionares, tendo uma orientagdo NOISE eproximacamente. € de rapidamete referir que as moedas deixam de chegar ao focal a partir da 370 '4)@ 0 sactor da No violada. Com espbio votive — tiela (oP, figs.7, 8,28 €94). Dimensbes interiors: Comprimento 1,80m; largura (cabeceira) 0,70m; largura (meio) 0,70m; largura (pés) 0,70m; profundidads rmédia 0,60m, Localizagdo: sector 3, zora 45, corte 84 Nt 2 — Sepultura de inumagio, de aduto, de planta trapezoidal na metade inferior. Gobertura conservada apenas na zona dos pes, constituida por pequena te de x'sto€ elemen- to do coluna de meia-cara (nt 58) de rocha de filo rioitico. Paredes de blocos paralelipipédi- ‘ops @ ts elementos de coluna de meia-cana 2 calcatio, um deles (n* 62) delimitando a ccaixa na zona dos pis. A metade superior esta Fn. 6: Visa parcel éanerepole, destruida, conservendo apenas um bloca de fg, 7: Tiel sopra. 9.8: Funo, Fi, 10: Bordo de earmin(cputure 1), ot. 11: frig ca oa da neon ia Fig 12: Ase iy. 8: ple ca septa renito na pgrede lateral deta. 0 centro da sepultura estéassinaledo pelos aa- mentoe do Goluna de mela-cana, aftontados {r?'s 60 ¢ 61), Fundo de tioeira (Figs 933.635). Muito destrulda, Nao revelou espotio. Dimens6es interores:c. 2; L(¢) 7; (mL (p.)0,15m; pm.0,29m. Lovalzagio: 6. 3,2 45, 0. 84 #3 —Sepultura de inumagdo, de adulto, destruida, provavelmente pela pian- tegio da olverasituade a seu lado, Da cobertura conservou-se um fragmento dé leje de xisto no interior. Parede lateral arqueada formada, come a pedra de cabe cca, por blocos talhados iregularmente. undo de calhaus rolados (Fg. 36). Muito destrulda. Espoo de Inunragao vestida — fivela de aro rectangular (986, fig. 13). DDimenéas interiores:c.+1,60m; | (€:) 035m; | ra} 2:1. (9) 2: pam, 0,22m. Lovalzagio: 8. 3,2, 45,0, 83.6 98, Ne4— Sepultura de Inumacao, de adult, de planta subtrapazovcal, vila ne zona da cabecelta (nesta zona o interior forneceu um pequeno fragmento de ‘ocha riolitica ¢ ura cunha de ferro (rP 9}. Cobertura transversal conseivada ape ‘nas na zona dos és, formada por lie de visto e place moldurada, de calsrio (at 56), reforgada por biosos de pedra e calhaus rolados. Paredes ca parte superior de lajes de visto e granito (cabeceira) ¢ ne zona interior (pés), blocos paralelpi- pisos de racha riolitica, dispostos de forma asentuadamente trapezoidal Paredes lateraiserqueadas. Fundo de caltaus rolados (ig, 26) orm negativo de violago na zona de cabeceia. Sein espOto Dimensbes interiores: ¢. 1,70m; L{c.) 0,35m:; L(m.) 0,361 045m. Localizagio: s. 3,2. 45, 6,69 ¢ 84, (p.) 020m; pm, N25 — Sepuitura de inummagdo, de esianga, de planta subtrapezoial, acta CCobertura formada por bloco de calcdro s Ieje de xisto, raforgada por um anct de fig. 12 9.18 Fla de ao rectangular ~ sepulua 9; Fg. 4 Fila deer eval -eopultara n° 8: Fg 15; Fla cearorinfomra- septa Fa t4 Fig 15 pequenas pedras e fragmentos de cerémica, Gaixa de bloco de granite ral afeigoads e de poquenas dimensbes. Fundo de calhaus rotados (ig. 37), ‘Nzo vclada. Sem espalio. Dimenstes interiores: c. 0,651; L(6.] 025m; L(m.) 0,25m; L{p.) 0,20m; pm. 0.200. Localzaydo:s.3, 2.45, 98 W 6 — Sepultura de inumagéo, de crianga, de planta subtrapezodal, 0 vio- Iaea, Selada por uma lee de xisto ovalada, essente longitudinalmente. A ests sobrepunham-se pecras de granito @ calcrio, conservacas na zona dos pis, endo um aspecto trapezoidal & cobertura (as que fltam encontram-se tombadas 2 ceria profuncidede em rlagdo a0 topo da sapultura, nas imediagbes da cabe- cera), Paredes culdades, formadas por pedres de faces regulerizadas de granto, Cabsecira de bloco de roca riotica rectangular e com vestiios de pico, partido pore se adapta &s medidas da sepultura, Fundo de cainaus rotados (19s. 3842), Nio violada. Sem espéli Dimenses intariores:c. 080m; (6) 080m; I,m.) 080m; Lip) 0,26m; pm. 020m Localizagéo: s. 9, 2.45, ¢. 83. 17 —Seoutura de inumagdo, de criange, de planta subtrapezoidal, volaca ra zona da cabecira (nesta zona 0 Interior forneceu um pequene fragmento de xisto, estando preenchido de areéo). Goberturs e paredes de lajes de xisto ¢ blocos de granite. ‘0s dois blccos de granito sobre a je de xisto da zona dos pés poderlam fazer parte de um remate da cobertura, idéntico ac quo so conservou, parcialmente, na sepultura n° 6. Fundo de calnavs rolados pequenos (fig. 42). Violada na zona da cabeceira. O aspélio € ‘constituido pola »pegam (n° 10, fig. 20}. Dimensdes interiores: ¢. 9,75m; Lc.) 0.g0m; 1m.) 0,25m; L(0.) 020m: pm. 0,26m, Localizagéo: s. 3,2. 45,¢. 98. "6 — Sepultura de inumagdo, de acuito, de planta subtrapezoidal, Nesta sepultura é bem visivel o nivelamento ca parte suparlor das paredes com pecuenas pedras @ fragmen- tos de cerdmica, para assentamento da cober- tra, que nao se conservou. Cabecelra de lale cl nsto. Paredes arqueadas com place moldir rao, do rocha defi rioltico, na parede late- ral esquerda, na zona da cabeceira (n° 67), Esta parede «abre-se» na zona de contacto ‘com a sepuitura r® 7, astando af ntervompica. ‘Azzora dos pés nfo apresentou nenhum ele- onto pétreo que a delimitesse a SE. Fundo de caltaus rolados (figs. 42, 43 ¢ 47) Sem vestgios de oobertura. Espo de inu= ago vestida — fivela de aro ovalago (n® 7, fig. 14) ¢fivla de aro rniforme (n" 8, fig. 15). Pungo de bico (r? 12, fig. 21) Dimensoes interiores: ¢. +2,00m; 1c.) 035m; L(m,) 2; L{p.) 0.36: p.m. 0,37, Localizagie: 6. 2, 45, 0.68. NE 9 — Sepultura de inumagio, de adutte, de planta subtrapazoidal, sem vestigios de obertura na zona da cabeceira. Cobertura con servada na metade inferior, de lajes de xisto assentes transversalmente, parte delas fracturadas e abatides para o interior da sepul- tura, Paredes de blocos irregulares de granito, Fa 16: Fla d aro ectangu. Fig 17: Fla de ata ovale, Fig, 18. Fv intone, aprecontando formato acentuadamente trapezoidal, Fundo de calhaus rolados (figs. 44 6 45), Sem oobertura ra zana da cadecelra. Sem espélo Dimensoes intorioras: ©. 1,70m; 1.(.) 040m; L(m.} 0/35; L(0.) 026m; pm. 040m, Locaicagéo: . 3, 2. 45 © 53, 6.9963. N° 10 — Sepultura de inumegéo, muito desta, Fossa aberta em sedimen- tos romanos. Conservaram-so in sit trés blocos de granite irregulares, parten centes as paredes laterals (fg. 48) ‘Muito destruka. © anel (0? 40) poseréprovir da viotagao desta sepuitura DimensGes interiores: . t0,70m; L{c.) ?; L(m.) 0,34; 1(0.) 2; pm. 020m, Localizaco: s. 3, 2.45, 6 98 4 11 — Fossa aberta em sedimentos de éo0ca romana. a0 conservou ‘renhum alemento pote ca cabea (tig. 48). tutte destruiéa Dimens8es interiores:impossivels ce determina Locakzasdo: s. 3, 2. 43, , 92 CATALOGO DAS PEGAS Ceramica We 1 — Tele completa, embora fragmentada, de pasta fina porosa, de colo- ragdo latanja, com mica e cerémica motda laranja escura. Paredes dlvergen- tas com astrangulamento a mela etua. Bordo lielramente espessaco para den- tro, Paqueno pé de tipo anulat. Supeticie interna muito atacada peta acider do ‘reno, Superfcie exirior com astrise do roda, muito visivois no fundo, Notam- -se vestigios de engote na supericie exterior (gs. 7 #8) DimensGes: clametro do bordo —122 mm aura — 48 mm

Você também pode gostar