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‘ouao1s Loi n® 542010 de 2¢ do Dezembro] GMCS Lei n.° 54/2010, de 24 de Dezembro - Lei da Radio” ASSEMBLEIA DA REPUBLICA, Tein. 54/2010 de 24 de Dezembro Aprova a Lei da Rédio, revogando a Lei n.° 4/2001, de 2g de Fevereiro (Alterada pela Lei n.° 38/2014, de ode jublo ‘Texto consolidado ‘A Assembleia da Repiblica decreta, nos termos da alinea e) do artigo 161. da Consttuigo, o seguinte: caP{TULOL Disposicdes gerais Antigo 1° Objecto A presente lei tem por objecto regular 0 acesso 8 actividade de ridio no territério nacional eo seu exercicio, Artigo 2.9 Definigdes 1 Para efeitos da presente lei entende-se por: 4) «Aetividade de ridiow a actividade prosseguida por pessoas colectivas que consiste na organizagio e fornecimento, com cardcter de ‘continuidade, de servigos de programas radiofnicos com vista & sua transmissio para o piblico em geral; >) «Dominio» a relago existente entre uma pessoa singular ou colectiva e uma empresa quando, independentemente de o domictio ou a sede se situar em Portugal ou no estrangeiro, aquela possa exercer sobre esta, directa ou indirectamente, uma influéncia dominante, considerando- se, em qualquer caso, existr dominio quando uma pessoa singular ou colectva 4) Detém uma participagéo maioritéria no capital social ou a maioria dos direitos de woto; il Pode exercer a maioria dos direitos de volo, nos termos de acordo parassocial; ou iit) Pode nomear ou destituir a maioria dos titulares dos érgaos de administracao ou de fiscalizagio; ©) «Bmissio em cadeia» a transmissio, simultines ou diferida, total ou parcial, da programacio de um mesmo servigo de programas por mais de um operador icenciado ow autorizado para o exercicio da actividade de ridio; 4) «Habilitagio» o titulo indispensivel para oe {cio da actividade de radio, conferido por acto legislative, licenga, autorizagio ou ©) «Operador de ridio» a entidade responsivel pela organizagao e fomecimento, com carseter de continuidade, de servigos de programas radiof6nicos legalmente hablitada para o exercicio da actividade de rio; 1) «Patrocinio» a contribuigéo feta por pessoas singulares ou colectivas, pablicas ou privadas, que ni sejam operadores de ridio ow produtores de obras radiof6nicas, para o financiamento de servigos de programas de rédio, ou dos seus programas, com 0 intuito de promover ‘oseu nome, marca, imagem, actividades ou produtos; 28) «Programagio propria» a que 6 composta por elementos seleccionados, organizados e difundidos autonomamente pelo operador de ridio responsivel pelo respectvo servigo de programas, com relevincia para 2 audiéncia da correspondente area geogréfica de eobertura, rnomeadamente nos planos social, econémieo, cientifico e cultural; 1h) «Rédio» a transmissio unilateral de comunicagées sonoras, através de uma rede de comunicagées electronicas, destinada & recep simultane pelo pablico em geral; i) «Servigo de programas» o conjunto dos elementos da programaglo, sequencial ¢ unilitio, fornecide por um operador de ridio, 2+ Exceptua-se do disposto na alinea h) do nimero anterior: 48) A transmissio pontual de comunicagdes sonoras, através de dispositivos téenicos instalados nas imediagdes dos locais de ocorréncia de ‘eventos a que respeitem e tendo por alvo o piiblico ai coneentrado; ) A transmissdo de eomunicagdes sonoras no interior de edificios e outros espagos eircunseritos, desde que nio envolvam a utilizagdo do espectro hertziano terrestre destinado a radiodifusfo, nos termos previstos no Quadro Nacional de Atribuiglo de Frequéncias. ‘3+ Exceptuam-se do disposto na alinea g) do n.° 1as emissdes de carter publictério ou meramente repetitivas. Artigo 3.° Transparéneia da propriedade e da gestio 1 As acgdes representativas do capital social dos operadores de ridio que revistam a forma de sociedade andnima so obrigatoriamente nominativas. bipshwww.gmes ppilsn-582010-de-24-de-dezembro an ‘ouans Loi ne 542010 de 2¢ do Dezembro] GMCS 2- Arelagio dos titulares e detentores de participagdes no capital social das operadores de rio, a composigio dos seus drgios de administra 10 € de gestio ea identifcagio do responsivel pela orientagao e pela supervisio do contetido das suas emissdes si tomnadas Piblicas no sitio electrénico dos respectivos érgos de comunicagio social, devendo ser actualizadas nos sete dias seguintes & ocoméncia do ‘correspondente facto constitutive sempre que: 4) Um titular ou detentor atinja ou ultrapasse § %, 10 %, 20 %, 30 %, 40 % ou 50 % do capital social ou dos direitos de voto; >) Um titular ou detentor reduza a sua participacio para valor inferior a cada uma das percentagens indicadas na alinea anterior; ‘©) Ororra alteragio do dominio do operador de rio; 4) Ocorra alteragdo na composigdo dos 6rgdos de administragdo e de gestdo ou na estrutura de responsabilidade pela orientacao e pela ssupervisio dos contetidos das emissdes, {3+ Arelagio referida no niimero anterior deve conter, com as nevessirias actualizagbes: 48) Adiscriminegio das percentagens de participagio dos respectivosttulares e detentores; b) Aidenti Jo de toda a cadeia de entidades a quem deva ser imputada uma participagio de pelo menos 5 nos operadores em causa; e ©) A ndicaglo das partiipagSes daquelestitulares e detentores noutros érgfos de comunicagio social 4- Na auséncia de sito electrénico, «informagio e as actualizagies referidas nos n.os 2 e 3 sio supletivamente comunicadas pelo operador de lio responstivel & Entidade Reguladora para a Comunicagio Social (ERC), que as disponiblizam no seu sitio de acesso public. 5 Odisposto nos n.os 2, 3 € 4é aplicvel, com as necessdrias adaptagdes, is pessoas coletivas de forma nio sucietéria que prosseguem a actividade de ridio, designadamente assoviagdes, cooperativas ou fundagdes Artigo 4.° Concorréncia, nfo concentragio e pluralismo 1 - faplicivel aos operadores de ridio o regime geral de defesa e promogio da concorréncia 2- As operagdes de concentragio entre operadores de ridio sujeitas a intervengdo da autoridade reguladora da concorréncia sio submetidas a parecer prévio da ERC, o qual é vineulativo quando fundamentado na existencia de riseo para a livre expressio e confronto das diversas ‘correntes de opiniso, ‘3 Nenhuma pessoa singular on colectiva pode deter, directa ou indirectamente, designadlamente através de uma relagio de dominio, um ‘nimero de licengas de servigos de programas radiofnicos de Ambito local superior a 10 % do miimero total das licengas atribusdas no teritério. nacional 4- Nenhuma pessoa singular ou colectiva do sector privado ou eooperativo pode deter, directa ou indirectamente, designadamente através de uuma relagio de doménio, um ntimero de servigas de programas de Ambito nacional em frequéneia modulada igual ou superior a 50 % dos servigos de programas habilitados para a mesina rea de cobertura e para a mesma faixa de frequéncia, 15 Nenhuma pessoa singular on coleetiva pode deter no mesmo distri, na mesma dea metropolitana, no mesmo munieipio au, nas resides ‘auténomas, na mesma itha, directa ou indirectamente, designadamente através de uma relagio de dominio, um miimero de licengas de servigos de programas radiofénicos de ambito local superior a 50 % dos servigos de programas com o mesmo fimmbito habiitados em cada uma das cireunseriges territoriais referidas, 6- Aalteragdo de dominio dos operadores que prosseguem a actividade de ridio mediante lieenca s6 pode ocorrertrés anos apés a atribuigio original da licenca, dois anos apés a modificagao do projecto aprovado ou um ano ap6s a dltima renovagdo, eesté sujeita a autorizagao da ERC. 7- AERC decide sobre o pedide de autorizagio referido no niimero anterior, ouvidos os interessado, no prazo de 30 dias fiteis, apis verifeagio e ponderagio das condigdes iniciais determinantes para a atribuicio do titulo e dos interesses do auitério potencial dos servigas de programas fornecidos, garantindo a salvaguarda das condigées que habilitaram a decidir sobre a projecta original ou sobre as alterages subsoquentes. 8-0 disposto nos némeros anteriores 6 aplicdvel, com as necessirias adaptagOes, ds pessoas colectivas de forma ndo societéria, designadamente associagdes, cooperativas ou fundagdes que prosseguem a actividad de rédio, devendo a ERC, caso estejam reunidos os pressupostos para a realizagdo da operacdo, promover as respectivas altera¢des a0 titulo de habilitagdo para o exerefcio da actividade. ‘9- fe permitida, nos termos previstos para a alteragio de dominio dos operador io de servigos de programas de &mbito local e das respectivaslicencas ou autorizagées, quando comprovadamente itil para a salvaguerda do projecto licenciado ow autorizado e desde que seja transmitida a universalidade dos bens, dos direitos e das obrigagGes,incluindo as de natureza laboral, exclusivamente afectos ao servigo de programas em causa. 10 Sem prejuizo das competéncias da autoridade reguladora nacional das comunicagées previstas no regime aplicvel s redes eservigos de ‘comunicagieselectrénicas eas radiocomunicagSes, a cessio referida no niimero anterior depende de autorizacio da ERC, que decide no prazo de 60 dias a contar do pedido. Antigo 5.° Servigo pablico (© Bstado assegura a existéncia eo funcionamento de um servo pablico de rédio, em regime de concessio, nos termos do capitulo iv Artigo 6.9 Princivio da cooveracio bipitwww gms ppiln-582010-de-24-de-dezembro an ‘ouao1s Loi n® 542010 de 2¢ do Dezembro] GMCS 1-0 Estado, a concessiondria do servigo piblico os restantes operadores de rédio devem colaborar entre sina prossecugio dos valores da dignidade da pessoa humana, do Estado de diteito, da sociedade democratic eda coesio nacional e da promogio da lingua e da cultura portuguesa. 2- AERC promove e incentiva a adopedo de mecanismos de co-regulagdo, auto-regulagio e eooperagio entre os diversos operadores de radio {que permitam aleangar os objectvos referidos no mero anterior. 078 Areas de cobertura 1- Os servigos de programas podem ter cobertura de Ambito internacional, nacional, regional ou local, consoante se destinem a abranger, respectivamente: 4) De forma predominante o terrtério de outros patses; ) Ageneralidade do terrtério nacional; © Um distrito ou conjunto de distritos contiguos ou uma rea metropolitana no continente, ou um conjunto de ilhas, nas regides auténomas; 4) Um muniefpio ou um conjunto de municipios contiguos e eventuais éreas limstrofes, de acordo com as exigéncias téenicas & necesséria cobertura daqueles, no continente, ou uma ilha com varios muniefpios, nas regides auténomas. 2- A fren geogrifica consignada a cada servigo de programas de ambito nacional deve ser coberta com o mesmo programa e sinal recomendado, salvo autorizagao em contririo, a conceder por deliberacio da ERC, e sem prejuizo da utilizacio de meios de cobertura ‘complementares, quando devidamente autorizados. 3 Adeliberagiio referida no nimero anterior fia o limite horitio de descontinuidade da emissio até uo maximo de duas horas por dia, podendo ser alargado, nos termos nela previstos em situagGes excepcionais e devidamente fundamentadas até ao méximo de seis horas por dia, 4- Aclassificagio dos servigos de programas quanto & are de cobertura 6 efectuada pela ERC no acto da licenga ou da autorizagio, sem ‘nos termos previstos no artigo 26.° Artigo 8.9 Tipologia dos servicos de programas radiofonicos rejuizo, relativamente a esta, da sua aterag 1 Os servigos de programas podem ser generalistas ou temiticos, devendo, neste caso, ser classifieados de acordo com a caracterstica dominante da programagia adoptada ou com o segmento do piiblico a que preferencialmente se irigem. 2 Consideram-se generalistas os servigos de programas que apresentem tum modelo de programagio diversficado, incluindo uma ‘componente informativa, edirgido a globalidade do piblico. 3 Consideram-se temiticos os servigos de programas que apresentem um modelo de programagio predominantemente centrado em matérias ‘ou géneros radiofénicos espeetfiens, tais como o musical, informative ou outro, ou dizigidos preferencialmente a determinados segmentos do blico. 4+ Aclassificagio dos servigos de programas quanto ao contesido da programagiioé efectuada pela ERC no acto da livenga ou da autorizagio, sem prejuizo da sua posterior alteragio, a requerimento dos interessados, de acordo com o disposto no artigo 26.° Artigo 9.° Servigos de programas académicos 1 As frequéncias reservadas no Quadro Nacional de Atribuigao de Frequéncias para o exercicio da actividade de rédio de ambito local podem ser destinadas & prestagio de servigos de programas vocacionados para as populacBes do ensino superior, através de despacho conjunto dos ‘membros do Governo responsiveis pelas éreas da comunicacio social, das comunieagbes e do ensina superior. 2 Odespacho referido no nimero anterior abre o coneurso piblico, a que apenas podem candidatar-se entidades participadas por instituigdes do ensino superior associagbes de estudantes da dea geogrifica correspondente as frequéncias a atribuir, devendo conter 0 respectivo regulament. {37 Havendo lugar seleogdo de projectos apresentados ao mesmo concurso, a ERC tem em conta, para efeitos de graduaco das candidaturas, a diversidade ea eriatividade do projecto, a promogao do experimentalismo e da formagao de novos valores, a capacidade de contribuir para 0 debate de ideias e de conhecimentos, bem como a de fomentar a aproximagao entre a vida académica ea populagao local, e ainda a ‘cooperagio institucional aleangada pelas entidades signatirias do projecto, 4- Os servigus de programas a que se refere o presente artigo ndo podem conter qualquer forma de publicidade comercial ou patrocinio, podendo no entanto recorrer a publcidade de carécter institucional relativa a entidades que prossigam fins na érea da educagio, investigagio eensino superior. 45 Os serigos de programas licenciados ao abrigo deste artigo nfo sto abrangidos pelo artigo 98.° e apenas podem transmit programagao propria, sendo-Ihes em tudo o mais aplicével o disposto na presente lei para os servigos de programas temticos de ambito local Artigo 10.° Associngio de servigos de programas 1- Os servigos de programas teméticos que obedecam a uma mesma tipologia ¢ a um mesmo modelo espectfico podem, quando emitam a partir de diferentes dstritas e de coneclhos nite contieuos. associar-se entre si, para a produeio nartilhada ¢ ransmissio simullinea da bipitwww gms ptiln-582010-de-24-de-dezembro ang ‘overs Loi n® 542010 de 2¢ do Dezembro] GMCS rogramagio. 2- Acminsio em cada prevista no nimero anterior no pode excoder sis servigos de programas no continent, a que podem aerescer dois nas regis auténomas 3A associagio de servigos de programas estabelecida nos termos do presente artigo é ientificada em antena sob a mesma designacdo. Artigo 1° Parcerias de servigos de programas 1 Os serigos de programas de fito les ou regional podem transmits em eadeia a programagio de outros servigos de programas com a mesma tipologia, 2+ Os servigos de programas de ambit local que integrem uma cadeia nos terms do némero anterior devem transmiir um minimo de ito horas de programagio prépria, no decomponivel em mais do que seis blocos de emisso, entre as 7 as 24 horas ede acordo com o disposto none gdo artigo 32° 43- As parceras previstas no presente artigo €aplicével o disposto no n. 3 do artigo anterior, sem prejuiro do cumprimento do disposto na linea g) don.° ado artigo 32.9 durante o tempo de programagio propria, Artigo 12.° Fins da actividade de radio CConstituem fins da actividade de ridio, de acordo com a naturera, a temitica e. Area de cabertura dos servigos de programas aisponibilizados: 4) Contribuir para a informagio, a formagio eo entretenimento do pili; ) Promover o exereicio do dizeto de informar, de se informar e de ser informado, com rigor eindependéncia, sem impedimentos nem diseriminagées; © Promover a cidadania e a participacio democritica ¢ respeitar o pluralismo politico, social e cultural; 4) Difundir e promover a cultura ea lingua portuguesas ¢ os valores que exprimem a identidade nacional; ©) Contribuir para a produgdo e difusto de uma programado, incluindo informativa, destinada & audiéneia da respectiva Grea de cobertura Artigo 13.° Incentivos pablicos 1 - Tendo em vista assegurar # possbilidade de expressio e de confronto das diversas correntes de opinifio, o Estado organiza um sistema de incentivos dactividade de rédio de mbito local, previsto em lei propria 2- Aatribuigio dos incentivos e dos apoios previstos no ntimero anterior obedece, sob pena de nulidade, aos prineipios da publicidade, da objectividade, da nao diseriminagao e da proporcionalidade. Artigo 14.° Normas técnicas 1- As condigdes tGenieas do exereicio da actividade de ridio c as axas a pagar pela atribuigio de direitos ox pela necessérios & transmissio slo definidas nos termos previstos na legislagio aplicivel em matéria de comunicagdes electronicas, tilizago dos recursos 2+ Alegislagio referida no nimero anterior fia os termos em que, havendo necessidade de melhorar a qualidade téenica de cobertura dos servigos de programas lienciados, 6 possive solicitar a utlizagio de estagées retransmissoras ea localizagio da respectiva estacio emissora fora dos municipios para os quais possuem licenga, CAPITULO Acesso a actividade Artigo 15.° Requisitos dos operadores 1 = Aactividade de ridio que consista na organizagio de servigos de programas generalistas ou teméticos informativos de Ambito internacional, nacional ou regional apenas pode ser prosseguida, nos termos da presente lei, por pessoas colectivas que tenham por objecto principal o seu 2+ Aactividade de rédio que consista na organizacdo de servigos de programas generalistas ou teméticos informativos de ambito local apenas pode ser prosseguida, nos termos da presente lei, por pessoas colectivas que tenham por objeeto principal o exerelio de actividades de ‘comunicagao socal 3-0 disposto nos niémeros anteriores nko 6 aplicdvel As associagSes ou as fundagdes que prossigam finalidades de natureza humanitéria, ‘educativa, cultura, cientfies ou estudantil, quando os respectivos servigos de programas contribuam significativamente para valorizar essas actividades 4- Aactividade de ridio em ondas quilométrieas (ondas longas) e decamétricas (ondas curtas) apenas pode ser exercida pela eoncessionsria do servigo publico de ridio, sem prejuizo da sua prossecucio por outros operadores legalmente habilitados para o efeito & data da entrada em vigor da presente le bipitwww gms ppiln-582010-de-24-de-dezembro ang ‘ouao1s Loi n® 542010 de 2¢ do Dezembro] GMCS 1 Aactividade de rid ni pode ser exercida ou financiada, directa ou indirectamente, por partidos ou associades politicas, organizagBes sindieais, patronais ou profissionais, associagGes pGblieas profissionais, salvo se aquela actvidade for exclusivamente exercida através da Internet e consista na organizagdo de servigos de programas de nz 1eza doutrindria, institucional ou clentitica, 2- Sem prejuizo do disposto no artigo 5.°, a actividade de radio ndo pode ser exercida pelo Estado, pelas resides auténomas, por autarquias Tocais ou suas associagies, directamente ou através de instcutos piblicos, empresas piblicas estaduais ou regionais, empresas municipais, {ntermunicipais ou metropolitanas, salvo se aquela actividad for exchasivamente exercida através da Internet e consista na organizagio de servigos de programas de natureza institucional ow cientfica Axtigo 17.° ‘Modalidades de acesso 1-0 acesso a actividade de rédio éobjecto de licenciamento, mediante concurso pablico, ou de autorizacao, consoante os servos de programas a fornecer utilizem, ou no, o espectro hertziano terrestre destinado & radiodifusto, nos termos previstos no Quadro Nacional de Atribuigio de Frequéncias, salvaguardados os direitos ja adquiridos por operadores devidamente habilitados. 2- Aslicengas ou as autorizagies para emissio sio individualizadas de acordo com o nGmero de servgos de programas a fornecer por cada operadar. 3~ A ctividade de ridio que consista na difusio de servigos de programas através da Internet nfo carece de habiltagio prévia, estando apenas sujeta a registo, nos termos previstos no artigo 24.° 4- Adifusio de novos servigas de programas pels concessions do servgo piblico é autorizada por despacho do membro do Governo responsdvel pela érea da comunicagio social ou, quando utilize espectro hertriano terrestre destinado & radiodifusio nos termos previstos no (Quadro Nacional de Atribuigio de Frequéncias, por despacho conjunto daquele e do membro do Governo responsivel pela érea das ‘comunicagées, Artigo 18.° Planificagao de frequéncias A planificagio do espectro radioeléctrico para o exerciio da actividad de ridio compete & autoridade reguladora nacional das comunicagées, couvida a ERC. Artigo 19.° Concurso piiblico 1-0 concurso piblico de licenciamento para o exercico da actividade de ridio e para a atribuigio dos correspondentes direitos de utilizagio de frequéncias 6 aberto por portaria conjunta dos membros do Governo responséveis pelas éreas da comunieacio social e das comunieagées, @ qual deve conter o respectivo objecto regulamento, 2- O regulamento identifica as condigies de admissio das candidaturas, assim como a documentacio que as deve acompanhar, de forma a permitir 2 verifiagéo da conformidade dos candidatos e dos projectos is exigénciaslegaise regulamentares, nomeadamente: 4) Aos requisitos dos operadores erestigbes ao exereicio da actividades >) Asregras sobre pluralisma e nfio concentragio nos meios de comunicagio socal; ©) A correspondéncia dos projectos ao objecto do concurs; 4) Aviabilidade econémiea e financeira das projectos; ©) As obrigagbes de cobertura e 20 respective faseamento; 1) A suficiéneia dos meios humanos etéenicos a afectar; 28) Acomprovagdo da situagdo tibutiria e contributiva regularizada, podendo a apresentagio da respectiva certdao ser dispensada nos termos do Deereto-Lei n,” 114/2007, de 19 de Abril ‘3+ Para efeto de graduagio das candidaturas a concurso e tratando-se de servigas de programas radiofOnicos generalistas sio tomados em ‘conta os seguintes critérios: 48) O contributo de cada um dos projectos para qualifear a oferta radioféniea na area que se prope cobrir,aferido em fungi das garantias de defesa do pluralismo, da no concentrago e da independéncia face ao poder politico e econdmico, do destaque concedido & informagao e da salvaguarda dos dirutos constitucionalmente reconheeidos aos jomalistas ) O contributo de cada um dos projectos para a diversificagio da oferta radiofénica na rea que se prope cobrir, aferido em fungao da sua originalidade, da valorizagao da inovagao e da cratividade; © O contributo de cada um dos projectos para a difustio e promogio da cultura, lingua e mésica portuguesas; 4) 0 investimento na formagio € na qualificaco profisional; €) A qualidade e eficiéncia téenica do projecto,aferida em fungao do indice de eobertura proposto, da celeridade de implementagao e ‘aseamento da rede, da sva fabilidade e da forma de interligacao das estagdes emissoras. 4- Para efito de graduagio das candidaturas a concurso ¢ tratando-se de servigos de programas teméticos, slo tomados em conta, quando aplicdvels. os ertérios referidos no niimero anterior. bipitwww gms ptil-n-5#2010-de-24-de-dezembro 519 Lain? 842010 de 2¢ de Dezembro] GMCS 45 No concurso piiblico para licenciamento de servigos de programas radiofénicos de Ambito local no é aplicavel, para efeitos de gradua critério previsto na alinea e) don. 3, 6 - O regulamento densifiea os ertérios de graduagio das eandidaturas a concurso e alribuia eada um deles uma ponderagio relativa 7 As candidaturas a concusso pblico para servos de programas de ridio de mbito nacional e regional sio avaliadas pelas entidades reguladores de acordo com as respectivas competéncias, 8 - As candidaturas a concurso piblico para servgos de programas de ridio de Ambito local so avaliadas pela ERC. ‘9-0 regulamento fica o valor da caugio &o respectivo regime de liberagZo segundo prinefpios de adequagdo e proporcionalidade face ao ‘cumprimento das obrigagSes que visa salvaguardar, tendo em conta a tipologia e area de cobertura dos servigos de programas a licencia. 10 O caderno de encargos espevtica as condigdes do exercicio da actividade, devendo estar dispontvel desde a data da publicagao da portaria referida no n.° 1 até ao dia e hora de abertura do acto piblico correspondente, nos termas nela definidos. 11- AERC e a autoridade reguladora nacional das comunicagdes promunciam-se préviae obrigatoriamente sobre o abjecto do concurso, respectivo regulamento e eaderno de encargos no prazo de 20 dias iteis apés a sua recep. 12 - Devorrido o prazo referido no nimero anterior, o projecto de regulamento é submetido, por um perfodo de go dias, a apreciagdo pablica, sendo para o efeito publicado nos sitios electrénicos dos departamentos governamentais esponsivels, Artigo 20.° Concurso piiblico em plataformas digitais ‘As condigées de licenciamento para o exercicio da actividade de ridio através de plataformas digits em que o mesmo sinal radioeléetrico suporte varios servigos de programas io reguladas por lgislagdo especitia, Artigo 21.° AutorizagSes (0s pedidos de autorizagio para o exereiio da actividade de ridio sio dirigidos & ERC e acompanhados pelos seguintes elementos 4) Pacto socal ou estatutos do proponente e eédigo de acesso & cerido permanente da coneorrente ou certiddo do registo comercial actualizada; >) Denominacéo, tipologia e descrigéo do servigo de programas a autorizar; ©) Estatuto editorial; 4) Deserigio dos meios humanos e téenicas a afeetar ao projeeto; ©) Documento comprovativo da regularizacio da situagao fiscal do proponente e perante a seguranga social ou autorizagéo, nos termos legalmente previstos, para quea ERC proceda 8 consulta da respectva situagao tributaria e contributiva Antigo 22.° Instrugo dos processos 10s processos de licenciamento a que se refere 0 n.° 7 do artigo 19.° sio instruidos pela ERC, que os submete d autoridade reguladora, nacional das eomunicagies para devisio quanto as condigies de admissio e de graduagio das eandidaturas que respeitem as suas ‘competéncias. 2 - Os processos de licenciamento ou de autorizagio referidos no n.” 8 do artigo 19.° e no artigo 21° so instruidos pela ERC, que solicita parecer & autoridade reguladora nacional das comunicagses quanto is condigdes téenicas das eandidaturas. 3-0 parecer referido no nGmero anterior tem eardcter vinculativo, devendo ser emitido no prazo de 15 dias. 4 AERC notifica os proponentes de quaisquer insuficiéncias detectadas nos respectivos procestos, devendo estas ser supridas nos 15 dias subsoquentes, 15 Os processos de candidatura para atribuigio de lcenga que ‘concurso e no respeetivo regulamento so exclufdos pelas entidades reguladoras competentes, mediante decisio fundamentada, preencham as condigies de admissio previstas na portaria de abertura do 6 - Os processos admitidos devem ser objecto de decisio de atribuigdo ou de ndo atribuigdo dos titulos habiltadores requeridos no prazo de 90 dias, tratando-se de processo de licenciamento, ou de 15 dias, tratando-se de autorizacio. 7 - Os processos relativos &transmissio de licengas previstos no n.° 9 do artigo 4.° sia instruidos pela ERC, que os submete & autoridade ‘eguladore nacional das comunicagdes para decisio quanto & transmissio dos respectivos direitos de utlizagio de frequeéncias, de acordo com ‘o regime aplicdvel as reese servigos de comunicagées electrinicas e As radiocomunica 8 - Os procestos referidos no nimero anterior so objecto de devisio fundamentada pelas entidades reguladoras competentes, devendo, no ‘aso da ERC, ser objecto de deliberagdo nos 45 dias seguintes ao conhecimento da devisio da autoridade reguladora nacional das ‘comunicagies. Artigo 23.° Atribuigio de licengas ou autorizagdes 1 Compete a ERC atribuir, enovar, alterar ou revogar a licengas eas autorizagGes para o exerecio da actividade de rédio. bipshwww.gmes ppilsn-582010-de-24-de-dezembro eng ‘oua's Loi n2 542010 de 2¢ do Dezembro] GMCS 2- As decisbes de atribuigio e de nfo atrbuigio de licengas sio expressamente funcamentadas por releréncis ao preenchimento das condig&es de admissio e a cada um dos critérios de graduagio, bem como as questées susctadas em audigncia de interessados. 3 Adecisio de atribuigdo de uma autoriz io apenas pode ser recusada pela ERC, mediante decisio fundamentada, quando est 2) Aconformidade dos operadores e dos respectivos projects as obrigagdes legals aplicives; D) A fiabildade técnica do projecto apresentado: (A regulerizagio da situagao fiscal do proponente e perante a seguranga socal. 47 As decisbes de atribuigio de licengas ou de autorizagdes devem ainda enuneiar os fins, as obrigagBes e as condigaes a que os operadores licenciados ou autorizados eos respectivos servicos de programas se vinculam, sendo notificadas aos interessados e disponiilizadas no sitio clectronico da ERC. 45 Osttulos habilitadores relativos & acividade de ridio contém, designadamente, a identificacioe sede do titular, a classificago e a ) Garantir uma programagao e uma informagio independentes face 20 poder politico eao poder econémico; bipitwww gms ppiln-542010-de-24-de-dezembro ane ‘oua's Loi ne 842010 de 2¢ do Dezembro] GMCS ‘© Assogurar o respeito pelo pluralismo, rigor eisengio da intormagio; 4) Garantir o exereicio dos direitos de resposta ede rectfeagio, nos termos constitacionalelegalmente previsos; ©) Garantiro exercicio do direito de antena em periodos eletorais, nos termos constitucionalelegalmente previstos; 1) Assegurar a difusio de programas que promovam a cultura, a lingua ea miésica portuguesas; 1) Assegurar a identifieagio em antena dos respectivosservigos de programas 3 Constitui ainda obrigagio dos servigas de programas generalistas ou temiticos informativos de dmbito local a difuso de programagio, ineluindo informativa, com relevancia para a auditacia da correspondente drea de cobertura, nomeadamente nos planos social, econsmico, cientificoe cultural 4- Aaplicagio das aliness a), c) e e) do n.° 2 aos servigas de programas temiticos deve ter em conta o seu modelo especifico de programacko. Axtigo 33.° Responsabilidade ¢ autonomia editorial 1+ Cada servigo de programas deve ter um responsivel pela orientagdo e supervisdo do contetido das emissoes 2 Cada servigo de programas que inelua programacio informativa deve ter um responsével pela informagio. 9 A designagio e a demissio do responsivel pelo conteddo informativo das emissies é da eompeténcia do operador de ridio, owvido o cconselho de redacsio, 4- Aprévia audigdo do conselho de redacgio é dispensada na nomeacio do primeiro responsivel pelo contetdo informativo das emissbes de ceada servigo de programas e nos servigos de programas de natureza doutrinaria ou confessional {5 Os cargos de direcgo on de chefia na des da informagio so exercidos com autonomia editorial, exando vedado a0 operador de radio interferir na produ dos conteiidos de natureza informativa, bem como na forma da sua apresentacéo. 6 Exceptuam-se do disposto no nimero anterior as orienlagées que visem o estrito acatamento de preserigdes legals eujo incumprimento ‘origine responsabilidade penal ou contra-ordenacional por parte do operador de ridio. Artigo 24.° tuto editorial 1 = Cada servigo de programas deve adoptar um estatuto editorial que defina claramente a sua orientagio ¢ objectives e inclua 0 compromisso de respeitar os direitos dos ouvintes, a 6tica profssional e, nos casos aplicéves, os prineipios deontologicos do jornalismo. 2 - Ocstatuto editorial € elaborado pelos responsivels a que se refereo artigo anterior, ouvido, quando aplicdvel, © conselho de redacgiio © sujeito a aceitagZo da entidade proprietiria, devendo ser remetido, nos 60 dias subsequentes ao inicio das emissdes, ERC. 43 Asalteragdes introduridas no estatuto editorial seguem os termos do disposto no niimero anterior. 4- No caso de servigos de programas que jé tenham iniciado as suas emissSes sem ter ainda remetida & ERC o seu estatuto editorial, 0 prazo referido no n.° 2 conta-se a partir da data da entrada em vigor da presente li {5 O estatuto editorial dos servigas de programas radiofénicos deve ser disponibilizado em suporte adequado ao seu eonhecimento pelo iblico, em especial nos respectvos sitios electrdnicos Artigo 35.9 Servicos noticiosos (Os operadores de ridio que fornegam servigos de programas generalistas ou teméticosinformatives devem produit, e nelesdifun: regular e dria, pelo menos ts servigos noticiosos, entre as 7 © as 24 horas Artigo 36.° Qualificagao profissional 1- As fangdes de chefia, de coordenagiio ou de redaegio, bem como os servigos noticiosos, io obrigatoriamente assegurados por jornalistas ou por equiparados a jornalistas. 2+ Nos servigos de programas de Ambito local, as fungdes de redaccdo e os servigos noticiosos podem também ser assegurados por colaboradores da drea informativa devidamente credenciados nos termos do Estatuto do Jomnalista, aprovado pela Lein.° 1/9, de12.de Janeiro, aterada pela Lein.® 64/2007, de 6 de Novembro, e do Decreiv-Lei n° 70/2008 de 15 de Abril, desde que os trabalhos por si produzidos nao ultrapassem metade do tempo diario de emissio dedicado a informacao. Artigo 37° Programagio propria 1 - Os servgos de programas radiofOnicos funcionam com programagio propria, excepto nos casos especialmente previstos na presente lei, 2+ Os servigos de programas devem indicar a sua denominagao ea frequéncia de emissio pelo menos uma vez em cada hora e sempre que ‘einiciem um segmento de programacio propria. Artigo 38.° Namero de horas de emissio (0s servis de programas emitidos por via hertziana terrestre devem funcionar 24 horas por dia bipitwww gms ppiln-582010-de-24-de-dezembro ane ‘ouao1s Loi ne 542010 de 2¢ do Dezembro] GMCS Artigo 39.° Gravagio e registo das emissdes 1- As emissdes devem ser gravadas ¢ conservadas pelo periodo minimo de go dias, se outro mais longo néo for determinade por lei ou por decisdo judicial, 2+ Os operadores de ridio devem enviar As entidades representativas dos autores, produtores, artistas, intérpretes e executantes, quando por «estas solicitado com a devida antecedéncia, a lista mensal das obras e fonogramas difundidos nos respectivos servigos de programs, indicando, designadamente,o titulo da obra, o intérprete ou exocutantee, sempre que aplicavel, o respectivo produtor e data da emissio. Artigo 40.2 Publicidade e patrocinio 1A publicidade radiofGnica rege-se pelo disposto no Cédigo da Publieidade, com as especialidades previstas nos nimeros seguintes. 2- A insergio de publicidade nio pode afectar a integridade dos programas, devendo ter em conta as suas pausas préprias, duragio e natureza. 3 Adifusdo de materiais publictérios nfo deve ocupar, diariamente, mais de 20 % do tempo total da emissio dos servigos de programas Ticenciados, 4- Os espagos de programagio patrocinados devem incluir, necessariamente no seu inicio, a mengo expressa desse facto. {5 O contetido e a programaciio de uma emissio patrocinada nfo podem, em caso algum, ser influenciados pelo patrocinador, de forma a afectar a responsabilidad ea independéncia editorial do operador de rédio ou dos respectivos directores. 6 - Os conteddos dos programas patrocinados nio podem incitar compra ou locagio dos bens ou servigos do patrocinador ou de tereciros, ‘especialmente através de refertncias promocionais expecificas a tais bens ou servigos. - Os servis noticiosos¢ as programas de informagio politica nfo podem ser patrocinados, secgAo m1 Masica portuguesa Artigo 41.° Difusdio de masiea portuguesa 1A programagao musical dos servos de programas radiofinicos € obrigatoriamente preenchida, em quota minima variavel de 25 % a 40 %, ‘com miisiea portugitesa 2 Para os efeitos do presente artigo, consideram-se misiea portuguesa as composigées musicais: 4) Que veieulem a lingua portuguesa ou reflctam o patriménio cultural portugués, inspirando-se, nomeadamente, nas suas tradiaes, ambientes ou sonoridades caracteristicas, seja qual for a nacionalidade dos seus autores ou intérpretes; ou ) Que, nio weiculando a lingua portuguesa por razdes associadas & natureza dos géneros musicais praticados, representem uma contribuigio para a cultura portuguess. Artigo 42.° Quotas de difusiio no servigo pblico ‘As quotas de misica portuguesa no servigo piblico de rio so fixadas no respectivo contrato de concessio, nio devendo a percentagem de difus4o no seu primeiro servigo de programas ser inferior a 60 5 da totalidade da misica nele difundida Artigo 43.° Misica em lingua portuguesa A quota de misica portuguesa fixada nos termos do n.° 1 do artigo 41° deve ser preenchida, no minimo, com 60 % de misiea eomposta ou interpretada em lingua portuguesa por cidadaos dos Estados membros da Unido Europeia, Artigo 44.° 1a recente 1A quota de misica portuguess fixada nos termos do n.° 1 do artigo 41.9 deve ser preenchida, no minimo, com 35 % de misica cuja primeira digdo fonogrifica ou comunicagio piblica tena sido efectuada nos limos 12 meses. 2- O disposto no nlimero anterior nl se aplica aos servigos de programas dedicados exclusivamente a difusio de fonogramas publieados hé mais de um ano, 4 Para efeitos de fiscalizagio do cumprimento do n.° 1,08 autores, as editoras, ou demais entidades devem, na data de disponibiliz pibliea de obras de misica portuguesa, definida nos termos da presente li, comunicar esse facto & ERC. Artigo 45.° Excepgbes 1-0 regime estabclecido na presente seegio nfo ¢ aplicével aos servigos de programas teméticos musicais cujo modelo espectico de programaciio se baseie na dfusio de géneros musicaisinsuficientemente produzidos em Portugal 2- Adeterminacio dos servigos de programas abrangidos pelo nimero anterior compete & ERC, que torna piiblicos os eritérios a seguir para feitos da respeetiva cualifcacéo. bipitwwrw.gmes piln-582010-de-24-de-dezembro song Lain? 842010 de 2¢ de Dezembro] GMCS Artigo 46.° Regulamentagio Compete ao Governo, ouvidas as associagées representativas dos seetores envolvidos e tendo em conta os indieadores dispontveis em matéria de ‘consumo de mésica portuguesa no mercado diseogrifico nacional, estabelecer, através de portaria, por perfodos de um ano, as quotas de difusdo previstas no n.° 1 do artigo 41.° Artigo 47.° CAleulo das percentagens 1 - Para efeitos de fisealizago, o efleulo das percentagens previstas na presente secgio 6 efectuado mensalmente e tem como base o niimero das composigdes difundidas por eada servi de programas no més anterior 2+ As percentagens referidas na presente secco devem igualmente ser respeitadas na programagio emitida entre as 7 e as 20 horas, caPiTuLo rv. Servico pat Artigo 48.° Prineipios 1 Aestrutura eo funcionamento do operador de servigo piblico de ridio devem salvaguardar a sua independéncia perante o Governo, & Administracio Pibica e os demais poderes pablicos, bem como assegurar a possibilidade de expresso e confronto das diversas correntes de opiniao, 2- O servico piblico de ridio garante @ observncia dos prineipios da universalidade e da coesio nacional, da diversificaglo, da qualidade eda indivisibilidade da programagio, do pluralismo e do rigor, isengo ¢ independéncia da informagio, bem como do principio da inovagéo. Artigo 49.° Obrigagées especificas da concessionaria do servigo piblico de radio 1A concessionéria do servigo pico de ridio deve, de acordo com os prinefpios enunciados no artigo anterior, apresentar uma programacio de referéncia que promova a formacio ea valorizacio cultura ecivica dos telespectadores, garantindo o acesso de todos 8 informacio, & edu 0 e ao entretenimento de qualidade. 2- Aconcessionatia incumbe, designadamente: 4) Fornecer uma programagio variada eabrangente, dirgida e acessivel a toda a populaglo, que promova a diversidade cultural e tenha em conta os interesses das minorias; ») Promover e divulgar a eriagio artistica nacional eo conhecimento do patriménio histério e cultural portugués, garantindo o acesso do iiblico as manifestagGes culturais nacionais ea sua cobertura informativa adequada; ©) Proporvionar uma informagdo isenta,rigorosa, plural e contextualizada, que garanta a cobertura noticiosa dos prineipais acontecimentos nacionaise internacionais; 4) Garantir a produgio etransmissio de programas educativos ede entretenimento destinados ao piblico jover e infantil, contribuindo para ‘a sua formagio; ©) Garantir a transmissdo de programas de earécter cultural, educativo e informativo para pblicos espectficos,incluindo os que compdem as Requerida a notficagao judicial do responsive pela programagdo que ndo tenha dado satisfagdo ao direito de resposta ou de rectificagao, & aquele imediatamente notifieado por via postal para contestar no prazo de dois dias ites, apds o que sera proferida em igual praza a decisio, 4a qual eabe recurso com efeito meramente devolutiv. 45-856 admitida prova documental, endo todos os documentos juntos com o requerimento inicial e com a contestagao. 6 No easo de procedéncia do pedido, oservigo de programas emite a resposta ou a rect acompanhada da mengdo de que ¢ efectuada por decisio judicial ou da ERC. Artigo 63.° da resposta ou da re: cago no prazo fixado no n.° 1 do artigo seguinte, ‘Transm jcacio do respectivo texto pelo responsivel do servigo de 1A transmissio da resposta ou da rectificagio é feta até 24 horas apés a recep programas em causa, salvo o disposto nos n.os 1 ¢2.do artigo anterior. bipshwww gms ppiln-542010-de-24-de-dezembro sang ‘ovens Loi n® 842010 de 2¢ do Dezembro] GMCS 2 Aresposta ou a rectficagio sio transmiticas gratuitamente no mesmo programa ou, e380 no seja possvel, em hora de emissio equivalente. 3- Aresposta ow a rectificagio devem ser transmitidas tantas vezes quantas as emissdes da referéncia que as motivaram. 4~ Aresposta ou a resifieagdo so lidas por um locutor do servigo de programas em moldes que assegurem a sua fécil pereepdo e pode incluir ‘outras componentes duo sempre que a referéncia que as motivartiver utilizado técnica semelhante. 45 Atransmissio da resposta ou da recificago no pode ser precedida nem seguida de quaisquer comentarios, & excepcio dos necessirios _para apontar qualquer inexactidio ou erro de facto, os quais podem originar nova resposta ou reetficaco, nos termos dos n.0s 1€ 2 do artigo, 592 CAPITULO VI Normas sancionatérias sec¢Ao1 Formas de responsabilidade Artigo 64.° Responsabilidade civil 1- Na determinagao das formas de efectivagdo da responsabilidade civil emergente de factos cometidos através da actividade de rédio observa se 0 regime geral 2- Os operadores de rédio respondem solidariamente com os responséveis pela transmissio de materais previamente gravados, com excep dos transmitidos ao abrigo dos direitos de antena, de réplica politica, de respostae de rectificaglo ou no decurso de entrevstas ou de debates Protagonizados por pessoas no vineuladas contratualmente ao operador. Artigo 65.° Responsabilidade criminal 1 - Os actos ou os comportamentos lesivos de bens juridieo-penalmente protegidos, perpetrados por meio da radio, sio punidos nos termos da Tei penal e do disposto na presente Ii 2 Os responsiiveisreferidos no artigo 33.° apenas respondem criminalmente quando ni se oponham, podende fazé-Io, comissao dos crimes referidos no n.° 1, através das acgbes adequadas a evté-los, e2s0 em que sio aplicévvis as penas cominadas nos correspondentes tipos legais, eduzidas de um tergo nos seus limites. 14> Tratando-se de declaragdes correctamente reproduzidas ou de intervenbes de opinifo, prestadas por pessoas devidamente identificadas, ‘estas podem ser responsabilizadas, salvo quando o seu teor constitua ineitamento a0 ddio racial, religioso, politico on gerado pela cor, origem <&tnica ou nacional, pelo sexo ou pela orientagio sexual, ou pritica de um crime, a sua transmissio no posse ser justifieada por ertérios jomalisticos, 4 No caso de emissées niio consentidas, responde quem tiver determinado a respectiva transmisso, {5 Os téenicos ao servigo dos operadores de ridio ndo sio responsiveis pelas emissdes a que derem o seu contributo profissional, se ndo lhes for exigivel a conscincia do cardeter criminoso do seu acto. Artigo 66. Actividade ilegal de ri 1- Quem exereer a actvidade de radio sem a correspond 320 dias. habilitaglo é punido com pena de pris até 3 anos ou com pena de multa até 2- Sio declarados perdidos a favor do Estado os bens uilizados no exercicio ilegal da actividade de ridio, sem prejuizo dos direitos de terceiros de boa f. 43-0 disposto na n.° 1 & nomeadamente aplicavel em caso de: 4) Exereicio da actividade por entidade diversa da que foi licenciada ou autorizada; ’) Incumprimento da decisio de revogagio da licen. Antigo 67.9 Desobediéncia qualifieada (0 responsivel pela programagio, ou quem o substtua, incorre no crime de desobedigncia quaifcada quando: 4) Nao acatara decisio do tribunal que ordene a transmissio da resposta on da restiicagio, a0 abrigo do disposto no n.° 6 do artigo 62.°; ') Nao promover a difusto de decisdes judicias nos exactostermos a que refereo artigo 82.°; ‘9 Ni cumprir as deliberagies da ERC relativas ao exerecio dos direitos de antena, de réplica politica, de resposta ou de retificago. Artigo 68.° Atentado contra a liberdade de programagio e informagio 1 = Quem impedir ou perturbar a emissio de servis de programas radiofénicos ox apreender ow danificar materiais necessirios ao exereiio a actvidade de rid, fora dos easos previstos na lei e com o intuito de atentar contra a liberdade de programacio ou de informagao, 6 ppunido com pena de prisio até 2 anos ou com pena de multa até 240 dias, se pena mais grave Ihe ndo couber nos termos da lei pena bipshwww gms piln-582010-de-24-de-dezembro s819 ‘ouao's Loi ne 842010 de 2¢ do Dezembro] GMCS 2- Aaplicagio da sangio prevista no niimero anterior no prejudica a electivagio a responsabilidade civil pelos prejuizos eansados 20 ‘operador de rio. 3- Seo infractor for agente ou funciondrio do Estado ou de pessoa colectiva piiblica e, no exereicio das suas fungdes, praticar os factos deseritos no n.° 1, € punido com pena de prisdo até 3 anos ou com pena de multa até 320 dias, se pena mais grave Ihe no couber nos termos da lei penal Artigo 69." Contra-ordenagées 1 - Consttui contra-ordenagio, punivel com coima: a) De € 1250.2 € 12.500, a inobservaneia do disposto no n.° 4 do artigo 9-°, no n.° 3 do artigo 24.9, na alinea g) do n.° 2 do artigo 32.°, non 1 do artigo 82.°, o incumprimento do disposto na primeira parte do n.° 1 do artigo 54.°, bem como o incumprimento do prazo ea omissd0 da ‘mengio referidos no n.° 6 do artigo 62.°; ) De € 3000 8 € 0 000, a inobservéncia do disposto no n.° 1 do artigo 43°, nos artigos 42.° e.43.° eno n.” 2 do artigo 47. © De € 3750 a € 25 000, a inobser arligo 37-°, nos arligos 38.° e 39.9, nos n.os 2.2 7 do artigo 40.°, no n.° 5 do artigo 53.°, no n.° 1 do artigo 55.°, nos n.os 1a 3 do artigo 58.° & no artigo 63.°, o exercicio da actividade de r4 disposto na segunda parte do n.° 1 no n.° 2 do artigo 54.° e do prazo fixado no n.° x do artigo 60.°;, cia do disposto nos n.os 2 € 3 do artigo 7.9, nos n.os 2€ 4 do artigo 33. no artigo 34.9, no n.® 2.do io antes do pagamento das taxas a que se refere o n.° 1 do artigo 4.°, bem eomo as violagoes do 4) e€ 10 000 a € 100 000, a inobservancia do disposto no artigo 4.°, nos n.0s 3 a 6 do artigo 4.°, nos artigos 10.° €11.°, nos artigos 15°, 16.° 225.%, nos n.os 1€ 2 do artigo 26.°, nos n.0s 2 € 3 do artigo 30.°, no n.° 1 do artigo 3.°, nos artigos 45.° € 36, no n.° 10 artigo 37.°, no n.® do artigo 76.9, a cessio de servigo de programas que nio cumpra os requistos estabelecidos nos n.os 9 € 10 do artigo 4.°, a denegagao do direito prevsto no n.° 1 do artigo 60.°, bem como a permissio, pel titular da ieenga ou autorizaglo, da exploragio do servigo de programas por tereciros. 2- Tratandbo-se de servigos de programas de cobertura local, os limites minimos e maximos das eoimas previstos no niimero anterior so reduzidos para um tergo. 3 Annegligéncia é punivel, sendo reduridos a metade os limites minimos e méxximas das coimas previstos nos niimeros anteriores. Artigo 70.° Sanges acess6rias 1 As contra-ordenagdes prevstas nas aineas b) ed) do n.° 1 do artigo anterior podem dar lugar, atenta a gravidade do ito ea eulpa do agente, & sangio acesséria de suspensio da licenga ou autorizagio do servigo de programas em que a infracgéo foi cometida por perfodo no superior a 30 dias. 2- A inobservncia do disposto nos n.os 2 € 3 do artigo 30.°, punida nos termos da alinea d) do n.° 1 do artigo anterior, pode dar lugar, atenta ‘a gravidade do ilicito ea culpa do agente, a sangio acessiris de suspensio das emissses do servgo de programas nas quis se verificou a pritica da infraegao por per‘odo no superior a 30 dias, excepto quando se trate de emissdes publictérias, « que se aplicam as sangbes ‘acestrias c as medidas cautelares previstas no Cédigo da Publiidade, {3 Ainobservincta do disposto nos n.os 2 3 do artigo 30.°, quando cometida no exercicio do direto de antena, eno n.° 2 do artigo 54, punida nos termos da alinea ©) do n.° 1 do artigo anterior, pode dar lugar, atenta a gravidade do ilcto e a culpa do agente, & sano acessoria de suspensio do exereicio do mesmo diteito por periodos de 3 a x2 meses, com um minimo de 6 meses em caso de reincidéncia, sem prejuizo de coutras sangies previstas na lei 4+ Aaplicagio de coima pela violagio do disposto nos artigos 10.°e 1.%, nos n.os 1€2 do artigo 26.°, nos n.os 2. 3 do artigo 30." e nos artigos 35.° a 37.° pode ainda dar lugar a sangdo acessbria de publictagio de decisio condenatéria, nos termos fixados pela entidade competente. 5 Apritica de contra-ondenagao prevista na alinea d) do n.° 1 do artigo anterior, através de servigo de programas que tenha sido objecto da aplicagio de duas medidas de suspensio da licenga ou autorizagio nos trés anos anteriores & prética do acto iicto, dé Jogar & revogagio da Ticenga ou autorizagéo. 6 O recurso contencioso da aplicagio de sangbes acessérias tem efeito suspensivo até o trnsito em julgado da respectiva deciso Axtigo 71° Atenuagilo especial e dispensa da suspensio da coima 1 - Caso se verifiquem as circunstancias das quais a lei geral faz depender a atenuagio especial da pena 4) Tratando-se de contra-ordenagio prevista nasal Geral do Ticito de Mera Ordenagio Social; eas a) a 6) do n.® 1 do artigo 69.°, aplica-se o disposto no n.° g do artigo 18.° do Regime by Tratando-se de contra-ordenagdo prevista na alinea d) do n.° 1 do artigo 69.°, os limites da coima so reduzidos em um tergo, podendo no ser decretada a suspensdo da licenga ou da autorizagdo do servigo de programas, 2+ Tratando-se de contra-ordenagio prevista na alinea a) do n.” 1 do artigo 69.°, pode o agente ser dispensado da coima quando se verifcarem as cireunstineias das quais o Cédigo Penal faz depender a dispensa de pena. Artigo 72.° Resvonsiveis bipitwww gms ppiln-582010-de-24-de-dezembro 1619 ‘ouao1s Loi n® 542010 de 2¢ do Dezembro] GMCS Pelas contra-ordenagies previstas no artigo 69.° respond o operador de rédlio em cujo servigo de programas tiver sido cometida a infracsio, ‘excepto quanto a violaglo do n.° 2 do artigo 54., pela qual esponde o titular do direito de antena, Artigo 73.° Revogaciio das licencas ou autoriza 1 A revogagio das licencas ou autorizagdes concedidas ¢ determinada pela ERC quando se vertique: '8) O nio inicio dos servigos de programas licenciados no prazo fixado no a.° + do artigo 25,° ow a auséncia de emissoes por um perfodo superior a dois meses, salvo autorizagio devidemente fandamentada, caso fortuito ou de forga maior; 1b) A exploragio do servigo de programas por entidade diversa do legftimo titular da lienga ou da autorizagao; ©) A insolvéncia do operador de rédio. 2- Arevogagii das licengas ow das autorizagdes pode ainda ser determinada pela ERC com a terceira condenagio do operador de ridio no Ambito de um mesmo servigo de programas, num periodo temporal nfo superior a trés anos, pela pratiea de contra-ordenacio prevista na alinea d) do-n.° 1 do artigo 69.° Artigo 74.° Suspensao da exeeucao 1 - Pode ser suspensa a execufio da suspensio da licenga ou da autorizagio do servigo de programas por um periodo de trés meses a um ano, ‘quando o operador no tiver sido sancionado por contra-ordenasio ha, pelo menos, um ano e @ ERC possa rezoavelmente esperar que com a suspensiio se aleance a finalidade da suspensio da licenga ou autorizagéo. 2- A suspensdo da execugdo pode ser condicionada a prestagio de caugdo de boa conduta, a fixar entre € 1000 € € 15 000, tendo em eonta a duragio da suspensio eo Ambito de eobertura do servigo de programas em causa, '3- Asuspensio da execucio 6 sempre revogada se, durante o respectivo periodo, o infractor cometer contra-ordenagio prevista na alinen @) don.* 1 do artigo 69." 4- Arevogagio determina o cumprimento da suspensio cuja execugio estava suspensa ¢ a quebra da caugio. Antigo 75.° Proceso abreviado 1- No caso de infracgio 20 disposto no n.° 3 do artigo 40.° e em qualquer outro caso em que a ERC dispuser de gravagio ou de outro registo automatizado dos factos que constituem a infraccio, logo que adquiride a noticia da infraccio, o operador é notificado: 4) Dos factos constitutivas da infraegao; >) Das normas legais violadas, ©) Das sangées aplicéveis; 4) Do prazo concedido para apresentagéo da defesa 2- Oarguido pode, no prazo de 10 dias a contar da notificagdo, apresentar a sua defesa, por escrito, com a indieagdo de meios de prova que centenda deverem ser produzidos. Artigo 76.° Fisealizagio jo do eumprimento do disposto na presente lel ineumbe & ERC. 2- A fiscalizagio das instalagGes das estagies emissorase retransmissoras, das condigGes téenicas das emissbes e da protecgio a recepeio radioeléctriea das mesmas compete & autoridade reguladora nacional das comunicagées, no quadro da regulamentagio aplicével 4+ Os operadores de ridio devem facultar 0 acesso dos agentes fscalizadores a todas as instalagoes, equipamentos, documentos e outros ‘lementos necessirios 20 exercicio da sua actividade. Artigo 77.° Competéneia ¢ procedimentos sancionatérios 1- Compete & ERC a instrugio dos processos de contra-ordenagao previstos na presente lei e ao seu presidente a aplicagio das coimas e sangies acessbrias correspondentes. 2 Os processos de contra-ordenacfio regem-se pelo disposto no Regime Geral do Histo de Mera Ordenagio Social ¢, subsidiariamente, pelo disposto no Cédigo de Processo Penal, com excepgao das normas especiais previstas na presente lei Artigo 78.° Produto das coimas A receita das coimas reverte em: 4) 60% para o Estado; 1) 40 % para a ERC sECCAO I Disposicées esneciais de process bipitwww gms ppiln-582010-de-24-de-dezembro amg ‘ouao1s Loi n2 542010 de 2¢ do Dezembro| GMCS Artigo 79.9 Forma do processo © procedimento pelas infracgdes criminais cometidas através da actividade de ridio rege-se pelas disposigbes do Cdigo de Processo Penal e da legislagdo complementar, com as especialidades decorrentes da presente le Artigo 80.° Competéncia territorial 1 - Para conhecer dos erimes previstos na presente lei écompetente o tribunal da comarca do local onde o operador de radio tenha a sua sede (ou representagio permanente _Exceptuam-se do disposto no nfimero anterior os crimes cometidos contra o bom nome e reputaglo, a reserva da vida privada ou outros bens da personalidade, cuja apreciacio 6 da competéncia do tribunal da comarca do domictio do ofendido. ‘3 No caso de transmissées radiafonicas por entidade néo habilitada nos termos da le, e nfo sendo conhecido o elemento definidor da ‘competéncia nos termos do n.° 1, écompetente o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa. Artigo 81.° Regime de prova 1 Para prova dos pressupostos do exereicio dos direitos de resposta ou de rectificago, e sem prejuizo de outros meios admitidos por lei, 0 interessado pode requerer, nos termos do artigo 528.° do Codigo de Processo Civil, que o operador de rio seja notificado para apresentar, no pprazo da contestacio, as gravagdes da emissio em causa, 2- Para alé da referida no nimero anterior, 88 admitda prova documenta que se junte com o requeriment nil ou com a contestagio. Artigo 82.° Difusio das decisées 1 Arequerimento do Ministéio iblico ou do ofendido, e mediante deciso judicial que fia os prazos e horrio par oefito, a parte Aecisria das sentengas condenatiriastransitadas em julgado por crimes cometidos através da actvidade deri, assim como a identidade «das partes, so difundidas no servigo de programas onde foi praticadoo ito 2- O acusado em processo-crime noticiado através da rio posterorment absolvdo por sentena transtada em julgado pode requerer 20 tslbunal que o tor dessa sentence sejajgualmentenoticiado pelo operador de ridio no mesmo se-vigo de programas eem horéro,espago e com destaque radiofnico equivalents. {4+ A difusio da parte deciséria das sentengas a que se referem os nimeros anteriores dewe efectuar-se de modo a salvaguardar os dretos de terciros, capiruto vit Conservagio do patriménio radiofénico Artigo 83.° Registos de interesse piblico 1 Os operadores de radio de Ambito nacional regional devem organizar arquivo sonorose museais com o objective de conservaglo dos registos de interes piblico. 2- A-cedénciaeutlizaglo dos regisos refers no nimero anterior so definidas por portaria conjunta dos membros do Governo responsveis pela cultura e pela comunieagéo socal, tendo em atengio o seu valor hstvico, educacional e cultural para a comunidade, cabendo a responsabilidad pelos drstos de autor entidade equisitante capiTuro vit Artigo 84.° Exereicio da actividade através da Internet Ao exercicio da actividade de rio exclusivamente através da Internet apenas sfo aplicavels, directamente ou com as necessirias adaptabes, os artigos 2° €16.%, on.° 4 do artigo 17.°, os artigos 24°, 20.9 a 34.°, 39°, 40.%, 52. 69.° 8 65.%, 67.9 872.9 674.9 a 81S Artigo 85.° Radio digital terrestre ‘As licengas detidas pelos operadores de ridio analégica constituem habilitagdo bastante para 0 exereieio da respeetiva actividade por via hertziana digital terrestre, nos termos a defini em legislagZo especifica. Artigo 86.° Regularizagio de titulos 1- O exercicio da actividade de radio de Ambito local por entidades a quem tenba sido atribuido esse direito por acto administrative expresso ¢ sem concurto piblico rege-se pelo disposto na presente li, contando-se o prazo dos respeetivosUtulos a parti da data da respectiva entrada em vigor. 2- Autilizagdo de frequéncias atribuidas por acto administrativo expresso sem concurso piiblico para servigos de programas radiofnicos de Ambito local fiea suieite ao resime da Lei n.° 5/2004. de 10 de Foverviro. alterada pelo Decreto-Lai n.° 176/207. de 8 de Maio, pela Lei n.° bipikwww gms ptil-n-582010-de-24-de-dezembro rene ‘oua1s Loi n® 542010 de 2¢ do Dezembro] GMCS 35/2008, de 28 de Julho, e pelos Decretos-Leisn.os 12/2009, de 21 de Maio, € 258/2009, de 25 de Setembro, contando-se o prazo dos respectivos ttulos a partir da data da entrada em vigor da presente li, 3-0 prazo de duragio das lieengas ou autorizagbes previsto no 2.91 do artigo 27.° ¢ aplicével aos titulos habilitadores atribufdos ou renovadas depois de 1 de Janeiro de 2008, devendo a ERC promover oficiosamente os averbamentos a que haja lugar, aplicando-se, quanto 0s retantes, o prazo que jé tena sido determinado por acto legislative ou o legalmente vigente & data da sua atribuigdo ou renovagdo. Artigo 87.° Situagdes validamente constituidas (0 disposto nos n.08 4¢ 5 do artigo 4° eno n.° 2 do artigo 16.° nfo ¢ aplicivel As situagSes validamente constituidas & data da entrada em vigor da presente Artigo 88.° Norma revogatéria revogada a Lein® 4/2001, de 2a de Fevereiro, aterada pelas Leis n.os 23/2002, de 22 de Agosto, e 7/2006, dea de Marco, Aprovada em 29 de Outubro de 20%0. (0 Presidente da Assembleia da Repsiblica, Jaime Gama. Promulgada em 2 de Dezembro de 2010. Publique-se. (0 Presidente da Repdblica, Anibal Cavaco Silva Referendada em 13 de Dezembro de 2010. 0 Primeiro-Ministro, José Séerates Carvalho Pinto de Sousa, ‘Textos oficiais Lein.® 54/2010, de 24 de Dezembro (16 paginas ~ 237 KB), alterada pela Lein.* 38/2014, de 9 de julho (1 pagina ~ 163 KB) Acesio 8 Informacie, ConcenragSe, Concorttrla,Dieto de Antena, ER Finaneiamento, Leggo iberdade de Expresso, Lberdade de Inormagso, Pluratimo, Publis, Ri, Serge Pablo, bipitwww gms ppiln-582010-de-24-de-dezembro sane

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