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N.8 274 ~ 26-11-1994 abate sanitério, as condigdes a observar séo as expres- sas no artigo anterior, cabendo as DRA 0 pagamento desses servigos. 2— Sempre que se proceda & adjudicagéo apenas para a comercializagdo dos produtos resultantes de aba- tes sanitarios, deverdo ser cumpridas as alineas a) e d) do n.°7.°, tendo em consideragéo 0 estipulado no n° 6.2 9.° © caleulo do valor da indemnizagio a atribuir ‘aos proprietérios dos animais sujeitos a abate sanité- rio obter-se-d de acordo com as seguintes regras: 1 — Bovinos: 4@) Valor base para indemnizagao — peso da car caga deduzido de 3% de enxugo multiplicado pelo valor da cotagao para efeitos de paga- mento das indemnizagGes por abate sanitario di- vulgado pelo IMAIAA/SIMA semanalmente; b) Ajuda por abate compulsive — valor corres- pondente a 20% sobre o valor base de indem- nizagdo a atribuir aos reprodutores abatidos (entende-se por reprodutor a fémea bovina com mais de 18 meses ¢ 0 macho bovino com mais de 24 meses com fungdes reprodutoras efec- tivas; ©) Apoio para a perda de rendimento — Valor correspondente a 30 0008 airibuido por animal reprodutor introduzido apés vazio sanitiio, no podendo o niimero de animais contempla- dos ser superior ao niimero de animais repro- dutores abatidos. Nos casos em que as cotagdes SIMA sejam divulgadas em peso vivo, o valor base sera cal- culado de acordo com a’alinea a), mas conver- tendo a cotagao quilograma/peso vivo/carcaga com base no coeficiente de rendimento de 35%. 2 — Ovinos e caprinos: Borrego/cabrito — valor base — peso de car~ caca, deduzido de 3% de enxugo, multiplicado pelo’ valor da cotagao para efeitos de paga- mento das indemnizagdes por abate sanitério, divulgado pelo IMAIAA/SIMA semanalmente; b) Adultos — valor base — valor da cotagao para reprodutores, constante da tabela semanalmente divulgada pelo IMAIAA/SIMA para efeitos de pagamento de indemnizagao por abate sanitario; ©) Outros — 80% dos valores anteriores referidos na alinea 6); @) Apoio por perda de rendimento — valor cor- respondente a 1500§ atribuido por animal re- produtor introduzido apés vazio sanitario, nao podendo o numero de animais contempiados ser superior ao ntimero de animais reproduto- res abatidos (entende-se por reprodutor a femea ovina/caprina com mais de 12 meses e 0 ma- cho ovino/caprino com mais de 12 meses ¢ com fungdes reprodutoras efectivas). a) 10.° A indemnizacao por abate sanitério nao sera concedida caso venha a verificar-se comprovado incum- primento da legislagao sanitaria em vigor. 11.° — 1 — Cabe as DRA a elaboracao dos proces sos de indemnizacio ¢ envio dos mesmos ao IPPAA, ‘no prazo maximo de 15 dias apés a data do abate. 2-— O IPPAA, ands recepcdo ¢ conferéncia dos pro- cessos, procederé no prazo maximo de 10 dias 20 en- vio ao IFADAP das listagens das indemnizagdes. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-B 6999 3 — O IFADAP, apés recepeao das listagens do 1P- PAA, procederd, no prazo de cinco dias, ao pagamento das indemnizagdes devidas. 12.° — 1 — Sempre que haja comercializagao das cargacas, cada DRA procedera, apos cobranca junto do arrematante a transferéncia dos montantes cobra- dos para o IFADAP, num prazo que nao deverd exce- der.os 30 dias. 2 — Antes do envio ao IFADAP da receita cobrada nos termos do niimero anterior serao deduzidos 17% para a DRA que procedeu & cobranca ¢ 3% para o IPPAA. 13.° — 1 —Mediante regras a instituir por cada DRA, sob a sua coordenacdo € supervisdo, poderao os proprietarios dos animais sujeitos a abate sanitario pro- ceder voluntariamente ao seu transporte, apresentacao no matadouro para abate sanitario ¢ respectiva comer: cializagdo, beneficiando de uma majoracao. 2. — Para efeitos do niimero anterior € caso tenha lugar a comercializagdo da carcaga nao havera direito a concessao do valor base da indemnizago ¢ 0 mon- tante da majoragdo sera obtido através de uma percen- tagem do calculo do valor da cotagao da tabela divul- gada pelo IMAIAA/SIMA, para efeitos de pagamento das indemnizagdes por abate sanitario e a aplicar da seguinte forma: 4) Bovinos: 1a 3 animais — 15%; Mais de 3 animais — 10%; b) Ovinos e caprinos: 1a 10 animais — 159%; Mais de 10 animais ~~ 10%. 14.°_No decurso da aplicagdo de medidas de policia sanitaria, as DRA pordo em marcha todas as acces necessarias ao efectivo desempenho ¢ cumprimento da legislagdo em vigor, procedendo ao abate ¢ ou destrui- ao dos animais ¢ seus produtos sempre que tal se jus tifique, bem como a instrugao dos respectivos proces- sos de'indemnizacao 15.° Para efeitos de indemnizacio, de acordo com 6 instituido no artigo anterior, ter-se-a em linha de conta o valor unitdrio de cada animal, por espécie, se- gundo tabela cuja elaboracao e divulgacdo compete a0 IPPAA. 16.° 0 IPPAA assegurara, mediante informagio for- necida pelas DRA, a recolha mensal do numero de aba- tes sanitérios realizados, 0 mimero de animais envol- vidos por espécie © 0 montante de indemnizagoes atribuidas, 17° A presente portaria produz efeitos @ partir de 1 de Janeiro de 1995. Ministério da Agricultura. ‘Assinada em 2 de Novembro de 1994. © Ministro da Agricultura, Antonio Duarte Silva. MINISTERIO DO EMPREGO E DA SEGURANGA SOCIAL Decreto Regulamentar n.° 68/94 de 26 de Novembro Visando a concretizagao das medidas que favorecem a certificagdo profissional, consignadas no acordo de 7000 DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE-B N.° 274 — 26-11-1994 politica de formacao profissional de 30 de Julho de 1991 eno artigo 8.° do Decreto-Lei n.° 401/91, de 16 de Ou- tubro, 0 Decreto-Lei n.° 95/92, de 23 de Maio, veio es- tabelecer 0 regime juridico da certifica¢ao profissional baseada quer na formagdo inserida no mercado de em- rego, quer na experiéncia profissional, quer em certifi cados ou titulos afins emitidos noutros paises, nomea- damente em Estados membros da Unido Europeia. © presente diploma regulamentar tem por fun- damento 0 disposto no artigo 11.° do Decreto-Lei 1n.° 95/92 e ven estabelecer, essencialmente, as condi- ges gerais de emisséo de certificados de formacao € de aptidao. ‘A actual evolugdo tecnoldgica ¢ organizacional, com forte incidéncia nas qualificagdes.profissionais, bem ‘como os trabalhos em curso na Comissao Europeia, de- verdo constituir-se como referéncia para 0 desenvolvi- mento das acgdes relativas a esta matéria no nosso pais. Refira-se, porém, que as perspectivas da livre circula- a0 de trabalhadores, bem como a urgéncia da valori- zagao interna da cerlificagéo profissional, obrigam a concretizar, de imediato, 0 correspondente regime. No processo de elabora¢do do diploma foram con- sultados os parceiros sociais representados na Comis- sdo Permanente de Concertagao Social, do Conselho Econdmico ¢ Social, € 0 conselho de administragao do Instituto do Emprego e Formacao Profissional, tendo- -se contado com a participagdo de representantes das diferentes entidades que compdem a Comissio Inter- ministerial para o Emprego. Assim: Ao abrigo do disposto nos n.°* 1 € 2 do artigo 11.° do Decreto-Lei n.° 95/92, de 23 de Maio, e nos ter- ‘mos da alinea c) do artigo 202." da Constituicao, 0 Go- verno decreta 0 seguinte: Artigo 1.° Odjecto — 0 presente diploma estabelece as condigdes gerais, de emissao de certificados de formacdo e de aptiddo. 2—A estrutura de coordenagio prevista no ar- tigo 14.° do Decreto-Lei n,° 95/92, de 23 de Maio, ela- borard as normas técnicas necessdrias & emissdo de cer- tificados, as quais serdo submetidas a homologacao do Ministro’ do Emprego ¢ da Seguranca Social. 3 — As condigdes gerais de emissdo de certificados de formagao e de aptidao dos inscritos maritimos cons- taro de diploma especifico a aprovar nos termos do 1° 3 do artigo 11.° do Decreto-Lei n.° 95/92, de 23 de Maio. Artigo 2.° Referencias de certificasio 1 — Sio referenciais de certificagao, quer para os cettificados de formacao, quer para os de aptidao, os perfis profissionais a que aludem o artigo 20.°’ do Decreto-Lei n.° 401/91, de 16 de Outubro, e a alinea /) do artigo 15.° do Decreto-Lei n.° 95/92, de 23 de Maio. 2 — 05 perfis profissionais deverdo conter, designa- damente: 4) A rea profissional a que respeitam; 4) Os cédigos nacionais ¢ internacionais; ©) As competéncias gerais e especificas; 4) O nivel de qualificagao. 3 — As comissdes técnicas especializadas previstas no artigo 16.° do Decreto-Lei n.° 95/92, de 23 de Maio, poderao, sempre que a actividade profissional o justi- fique, propor outros elementos que devam integrar os perfis profissionais. 4 — Os perfis profissionais tenderdo a inserir-se num repert6rio nacional de perfis profissionais organizado por areas de actividade, Artigo 3.° Niveis de qualifieagdo 1 — A certificagao profissional é feita segundo uma estrutura de niveis de qualificagao. 2 — O nivel de qualificagao € atribuido a cada per- fil profissional e resulta da analise da formacao ¢ do conjunto das competéncias gerais e especificas, bem como do grau de complexidade que comportam face & autonomia ¢ responsabilidade em que s4o desenvolvidas. 3 — Sempre que se proceder & actualizagdo dos per- fis profissionais, os niveis de qualificacdo poderao ser revistos, Artigo 4.° Emissio de certiticados 1 — 0s certificados de formacao so emitidos pelas entidades formadoras, na sequéncia de quaisquer cur- sos ou acedes por elas ministrados. 2 — Os certificados de aptidao so emitidos pelas en- tidades referidas no artigo 8.° do Decreto-Lei n.° 95/92, de 23 de Maio. 3 — Os certificados referidos no n.° 2 podem basear- se em: a) Certificados de formagao; 6) Experiéncia profissional; ©) Titulos emitidos noutros paises. 4 — O certificado de aptidao sé poder ser obtido por individuos que tenham atingido a idade minima para prestagdo de trabalho por conta de outrem, Artigo 5.° Processo de emissio de certificados de aptidao 1 —0 processo de emissdo de certificados de apti- dao, baseado em formacdo, em experiéncia ou em cer- tificados ou titulos emitidos noutros paises, inicia-se com a andlise do curriculo dos requerentes. 2 — A andlise dos curriculos ¢ efectuada pelas enti- dades referidas no artigo 8.° do Decreto-Lei n.° 95/92, de 23 de Maio, podendo estas optar pela avaliagao me- diante simples’ apreciagao curricular ou por prestagéo de_provas. 3 — A andlise curricular a que se referem os n.°* 1 ¢ 2 validaré também as formagdes incompletas, desig. nadamente quando revistam a forma de unidades ca- italizaveis, devendo as entidades competentes propor 0s requerentes a formagdo complementar que se torne necessaria para a obtengdo do cettificado de aptidao. ‘4 — Dos requerimentos dirigidos as entidades com: petentes referidas no artigo 8.° do Decreto-Lei 1n,° 95/92, de 23 de Maio, devem constar a area pro- fissional, 0 titulo profissional, 0 nivel de qualificacéo pretendido ¢ os demais elementos que os requerentes considerem relevantes. N.° 274 — 26-11-1994 Artigo 6.° Emissio de cerificados de uptidao ‘com base em acgoes de formacio No final do curso ou acgéo de formagao profissio- nal, os certificados de aptidao poderdo ser emitidos com base nos certificados de formagao, desde que se verifiquem cumulativamente as seguintes condicdes: @) A formagao dé acesso a um determinado nivel de qualificagao; }) A preparacao profissional adquirida seja con- digdo necessiria e suficiente para o exercicio da actividade profissional em causa; ©) O juiri de avaliagao final seja de composicao ti partida e obedeca ao disposto no artigo 11.° do presente diploma Artigo 7.° Emissio de certifieados de uptidio ‘com base na experiénc 1 —0 processo de emissio de certificados de apti- dao com base na experiéncia compreende a andlise dos curriculos, a entrevista técnica e a prestacao de provas, 2.— Se’a avaliacao do conjunto formado pelo cur- riculo e pela entrevista técnica for positiva, o jtiri po- der dispensar o requerente da prestagdo ‘de provas, sem prejuizo do disposto no nimero seguinte. 3 — Tratando-se de profissdes com incidéncia na satide ¢ seguranca das pessoas, 05 candidatos serdo sub- metidos, obrigatoriamente, a prestacdo de provas. 4 — As profissdes referidas no mimero anterior se- ro definidas pela comissio permanente, sob propos- tas das comissbes técnicas previstas no artigo 16.° do Decreto-Lei n.° 95/92, de 23 de Maio. Artigo 8.° Reconbecimento técnico-pedagogico Os cursos ou acgdes de formagdo a que se refere 0 artigo 6.° devem ser ministrados por entidade com competéncia técnico-pedagdgica reconhecida pelo ser- vigo competente para certificar, ouvida a comissdo per- manente prevista no artigo 14.° do Decreto-Lei 1n.° 95/92, de 23 de Maio. Artigo 9.° 1 — As certificagdes profissionais obtidas noutros paises poderdo ser reconhecidas apés andlise dos titu- los oficiais apresentados. 2 — Os titulos emitidos noutros Estados membros da Comunidade Europeia devem ser reconhecidos, com respeito pelo principio da reciprocidade, desde que cor- respondam a perfis e qualificagdes definidos nos ter- mos da lei portuguesa. 3 — Serdo emitidos com a mengdo da origem da qualificagao obtida os titulos equivalentes a certifica- dos de aptidao de certificagdes obtidas no estrangeiro. ‘4 — Nos casos em que os titulos apresentados nao se~ jam objecto de reconhecimento, os interessados poderaio candidatar-se obtengdo de certificados de aptidato nos termos dos artigos 5.°, 6.° € 7." do presente diploma, DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-B 7001 Artigo 10.° Perfis de formacio 1 — Os programas de formagao deverao ser conce: bidos a partir de perfis de formagao elaborados com base em perfis profissionais, nos termos do disposto no artigo 20.° do Decreto-Lei n.° 401/91, de 16 de Ou- tubro. 2 — Dos perfis de formacao devem constar, nomea- damente: a) Os objectivos; 4) A organizagao da formacdo, designadamente metodologias, espagos, meios, interventores avaliagao formativa; ©) A duragdo da formacdo, que integrara 0 pe- riodo de estégio, quando exista; @ As competéncias a obter directamente da for- magdo e, quando se justificar, apds o periodo de integragao em context de trabalho. 3 — As entidades formadoras referidas no artigo 8.° que pretendam o reconhecimento oficial das formagdes por elas ministradas, independentemente de haver ou ‘io lugar a emissio'de certificados de aptidao, deve- rao submeter, previamente, os cursos ou acydes de for macao & aprovacio das entidades previstas no ar tigo 8.° do Decreto-Lei n.° 95/92, de 23 de Maio. Artigo 11.° Hels de avalingto 1 — A avaliacdo, para efeitos de emissao de certiti- cados de aptiddo, ¢ efectuada por juiris de composigao tripartida, designados pelas entidades referidas no ar- tigo 8,° do Decreto-Lei n.° 95/92, de 23 de Maio. "2 — O jirri, formado por individuos de reconhecida competéncia profissional, é constituido por trés mem: bros efectivos, devendo ser designado igual mimero de suplentes, que substituirdo os efectivos nas suas faltas e impedimentos. 3 — O juri é presidido pelo representante da entidade publica competente para a emissdo de certificados de aptidio, representando os vogais as organizagdes pa- tronais € sindicais. 4 — Desde que regularmente constituido ¢ convo: cado, o jliri pode funcionar com dois elementos, se um deles for o presidente. ‘5 — O presidente do jtiri convoca ¢ dirige as reunides de avalia¢ao, dispondo de voto de qualidade, 6 — O jiiri é nomeado por periodos de dois anos e, desde que existam casos a avaliar, reunira, pelo me: ‘os, trimestralmente. 7'— A avaliacao deve ser fundamentada e expressar, de modo inequivoco, o seu cardcter positive ou ney tivo, podendo ainda distinguir diferentes graus de clas sificagao, 8 — A remuneragdo dos membros do jjiri ser asse~ gurada pelo Ministério do Emprego e da Seguranga So- cial, através do Instituto do Emprego © Formagao Pro- fissional, Artigo 12.° Impugnacio 1 — As deliberagdes do jiiri so susceptiveis de impugnagdo, mediante recurso a interpor para a enti- 7002 dade competente para a emissio de certificados de ap- tidao. 2 — A entidade referida no mimero anterior cabe, quando 0 considerar procedente, nomear um juiri de segunda instancia, que promoverd a andlise da situa- sao e, se for caso’disso, a realizagdo de novas provas. 3 — A constituigao e funcionamento do juiri de se- gunda instncia aplica-se 0 disposto no artigo anterior, dele nao podendo fazer parte qualquer dos membros que integrem o juiri que proferiu a deliberacao recor- rida. Artigo 13.° Administrasdo Pablicn 1 — A formagao profissional ministrada no ambito da Administracdo Publica regula-se pelo disposto no Decreto-Lei n.° 9/94, de 13 de Janeiro, € em legisla- so propria. 2 — A cettificagdo da aptidao profissional adquirida na Administracao Publica para o mercado de emprego do sector privado rege-se pelas disposigdes do Decreto- -Lei n.° 95/92, de 23 de Maio, ¢ do presente diploma. Artigo 14.° Disposiges transiorias 1 — Enquanto nao forem definidos os perfis referi- dos no artigo 2.° do presente diploma, os jtiris consti- tuidos nos termos do artigo 9.° do Decreto-Lei n.” 95/92, de 23 de Maio, atribuem os niveis de quali- cago com base nas orientagGes emitidas pela estru- tura de coordenago a que se refere 0 n.° 2 do ar- tigo 1.° do presente diplome 2 — Enquanto néo for definida a estrutura de niveis de qualificagdo prevista no artigo 3.° deste diploma, ter-se-do em conta no estabelecimento dos niveis de qualificagao o quadro legal portugues ¢ as orientagdes da Unido Europeia Presidéncit bro de 1994. Joaquim Fernando Nogueira — José Bernardo Ve- loso Faledo e Cunha. Promulgado em 31 de Outubro de 1994. do Conselho de Ministros, 12 de Setem- Publique-se. © Presidente da Republica, MARIO SOARES. Referendado em 4 de Novembro de 1994. 0 Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva. REGIAO AUTONOMA DA MADEIRA CCOVERNO REGIONAL Decreto Regulamentar Regional n.° 15/94/M Aprova a orgénica da Inspecrio Regional de Financas, Cada ver mais a sociedade civil reclama contra as ineficigncias da Administragdo Piblica, exigindo que se evitem desperdicios ¢ se faga 0 melhor aproveita- mento possivel dos dinheiros publicos. ‘A experigncia ensina que a prossecugao de tal fim rndo € possivel sem a actuagdo de eficazes meios de con- trolo. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-B N.© 274 — 26-11-1994 Hoje so conhecidas miiltiplas formas de controlo or- camental, umas integradas na Administragao, outras ex- fernas ela, de natureza jurisdicional ‘ow nao, mas tendo todas elas em vista a subordinacdo da adminis- tragdo financeira a0 direito. E neste quadro que a Lei n.° 28/92, de I de Setem- bro, que aprova o enquadramento do orgamento da RAM, no seu artigo 21.°, elenca, entre varios servigos de fiscalizagdo orgamental, érgaos de inspeccao. No mesmo sentido dispde 0 n.° 4 do artigo 24.° da Lei n.° 1/87, de 6 de Janeiro, relativamente as autar- quias locais ‘sediadas nas Regides Auténomas. ‘Com vista a institucionalizar tal fiscalizacéo admi- nistrativa na RAM, foi criado pelo Decreto Regulamen- tar Regional n.° 19/93/M, de 24 de Junho, no seio do Gabinete do Secretario Regional de Finangas, um ser- vigo de inspeceao financeira ‘Com tal servigo pretende-se prevenir, apurar e cor- rigit erros ¢ irregularidades inerentes & arrecadagao de receitas e a realizagiio de despesas piblicas, ajustando 0s servigos piiblicos aos objectivos da politica finan- ceira. ‘Ainda nao foi possivel por tal servigo a funcionar. Nem ele estava, até agora, estruturado para desempe- nhar cabalmente as exigentes tarefas que Ihe esto co- metidas. O que agora se faz é redimensiond-lo organicamente, seguindo de perto 0 modelo da Inspeccdo-Geral de Finangas, vertido fundamentalmente no’ Decreto-Lei n° 353/89, de 16 de Outubro. Assim, € dotado dos meios necessarios, sao clarificadas as suas atribuigdes © competéncias, bem como o estatuto do seu pessoal, por forma a permitir uma elevada qualificacao profis- sional com vista a tornar a Inspecrao Regional de nangas um centro de fiscalizacao e julgamento exclu vamente ténico-juridico-financeiro rigoroso, eficaz € credivel ‘Assim: Nos termos da alinea /) do artigo 4.° do Decreto Re- gulamentar Regional n.° 3/93/M, de 21 de Janeiro, na redaccao que the foi dada pelo Decreto Regulamentar Regional n.° 9/94/M, de 21 de Setembro, conjugado com a alinea d) do n.° 1 do artigo 229.° da Constitui gio, da alinea c) do artigo 49.° € do n.° 1 do ar- tigo 50.° da Lei n.° 13/91, de 5 de Julho, 0 Governo Regional da Madeira decreta o seguinte: ‘Artigo 1.° E aprovada a estrutura organica da Ins- pecedo Regional de Financas, publicada em anexo 20 presente diploma, do qual faz parte integrante, Art. 2.° Sao revogados a alinea c) do n.° 2 do ar- tigo 3.°, 0s artigos 20.° a 26.° € 31.° € os n. Le 2 do artigo 33.° do Decreto Regulamentar Regional n.® 19/93/M, de 16 de Outubro. Art. 3.° O presente diploma entra em vigor no dia seguinte 20 da sua publicacio. Aprovado em Conselho do Governo Regional ‘em 20 de Outubro de 1994. O Secretario Regional da Agricultura, Florestas ¢ Pescas, no exercicio da Presidéncia do Governo Regio- nal, Manuel Jorge Bazenga Marques. Assinado em 28 de Outubro de 1994. Publique-se. © Ministro da Republica para a Regio Auténoma da Madeira, Artur Aurélio Teixeira Rodrigues Conso- lado.

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