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O triste aborto poltico

Em 2011, a revista Time elegeu como a pessoa do ano o ser que protesta, The
Protestant. De fato, tal ao foi amplamente verificada no ano que se passou, como
exemplifica a Primavera rabe. Nesta, milhares de pessoas lutaram pelos seus direitos e
exigiram algo que muitos parecem ter esquecido: participao poltica.

[OB1] Comentrio: Concluso.


[OB2] Comentrio: Comparao.

Entretanto, enquanto muitos rabes lutam por seus direito polticos, o mundo
ocidental parece ter descartado tal conquista, tratando-a como um objeto substituvel por
outras coisas que preenchem o vazio ali estabelecido.

[OB3] Comentrio: Oposio.

Nesse nterim, a tese do socilogo Zygmunt Bauman parece se concretizar: as coisas


so to superficiais e passageiras e as pessoas so to sedentas por consumo que elas
preferem abortar qualquer embrio poltico dentro delas e substitu-lo por foras no-polticas
volteis, como o mercado financeiro e o consumo.

[OB4] Comentrio: Condio.

A descrena, ou substituio, de um direito poltico demonstra a desistncia do


homem enquanto ser que participa e se identifica a um senso coletivo. Este homem tem
outros interesses agora: prefere trocar o indispensvel (a poltica) pelo dispensvel e suprfluo
(simbolizados em seu vido desejo de consumir).

[OB5] Comentrio: Alternncia.


[OB6] Comentrio: Condio.

Nesse intenso processo de coisificao da poltica, o homem moderno demonstra


sua descrena em um senso coletivo que batalha por um ideal e objetiva mudar a sociedade,
invalidando a funo da ferramenta poltica.
Tal descrena contribui para a estruturao de uma sociedade permissiva e
conformada, que esquece suas conquistas coletivas e prefere viver atravs de sua prpria
poltica: desigual, individualista e terrivelmente vazia.

[OB7] Comentrio: Adio.

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