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‘TEORIA DO DESEMPENO Curso de desempeno indice Pégs 1 -DESEMPENO 11 Desempeno a fiio 1.2 Desempeno a calores 2- CONTRACGOES E TENSOES NA SOLDADURA 6 2.1 DEFORMAGOES DEVIDAS CONTRACGAO, 7 1 - Contraceo transversal 7 ~~ b= Contracgao longitudinal 8 ¢- Contracgo angular 8 3 PRINCIPIO DO DESEMPENO POR CHAMA 9 3.1.~ Regulago da chama do magarico de desempeno 9 3.2 -Prineipios bésicos no aquecimento 9 a Temperatura de desempeno 9 9 10 'b- Meios auxiliares no edleulo da temperatura ©- A temperatura de 650° C é quando o ago comega a ficar vermelho escuro 4 Distancia do bico a superficie da chapa rt e- Aquecimento superficial 2 F- Disto resulta que a carnada superficial ai encalea 12 '§- Aquecimento em profundidade 3B 4-TIPOS DE CALORES B 42) Calores em Linh, aquecimento em profundidade com uma s6 chamma 13 4b - Pontos de calor aquecimento em profundidade 16 45.1 - Exemplos desempeno de uma mossa ( Bochechs ) 16 40.2- Para o desempenamento de mossas prandes 18 4e- Cunha de calor (calores em V) 18 4e-1- Desempeno de uma barra encurvada segundo 0 seu plano 19 46.2 . Desempeno de chapas grossas 19 43 - Desempeno de chapas em helice i9 4c - Desempeno de tubos 20 40.5 - Desempeno de cantoneiras 20 4c.6 - Desempeno de perfis em U 20 40.7) Desempeno de perfis em T 21 4.8 - Desempeno de perfis em I 2 4.9 ~ Desempeno de perfis torcidos 2 5- DESEMPENO DE PAINEIS COM REFORCO 23 Exemplo I — Empenos simétricos do painel 2 Exemplo 2 - Empenos para varios lados m4 Exeroplo 3 - Empenos para varios lados - 25 Exemplo 4 - Empenos para varios lados 25 Exemplo 5 - zona empenada para fora : 96 Exemplo 6 - Empeno para ambos os lados a ‘Desempeno por cloves 3 Curso de desempeno 6 DESEMPENO MISTO 28 4) Desempeno de mootantes 28 'b) Desempeno dos topos soldados 29 ©) Comreosdo de grandes deformagiies 30 4d) Desempeno das restantes deformagies 31 «) Desempeno de zonas com aberturas de portas 32 (D6.1 - Desempenos do costado fundo de alguns pavimentos 33 ‘7 MAGARICOS DE DESEMPENO 35 a) Magarico de uma s6 chama 35 ) Magaricos de virias chamas comutiveis 36 8 - METODOS DESEMPENAR POR MEIO DE CHAMA 36 8.1 - Primeiramente desempenar 0s reforyos 36 82 - Depois desempenar os reforgos actus-se nas zonas entre estes 39 48,3 ~ Reetificagdes repetidas no caso de grandes abatlamentos 41 9 - TRABALHOS DE DESEMPENO POR MEIO DE CALORES NA PRE-MONTAGEM E EM ESTRUTURAS SEPARADAS a OD 10- MEDIGOES F TOLERANCIAS 6 Desempeno par calores Curso de deseimpeno 1-DESEMPENO © desempeno consiste em deformar plasticamente o material, este pode introduzir novas tensBes; no entanto, o que se pretende é aliviar as tensSes internas localizadas, pela introdugdo de novas tensdes, e se cansiga gerar um estado geral de tensSes internas que compense as que foram introduzidas localmente durante a manufactura, pré-abrieapdo, montagem et, Para conseguir isto temas essencialmente dois meios a0 nosso dispar, melas mecinicos imeios térmicos, que dio origem as dois tipos de desempeno: desempeno a frio © desempeno a calores; a utilizaglo conjunta dos dois meios, di origem ao terceiro, desempeno mist Para qualquer destes és tipos convém nfo esquecer certas regras fundamentais que devem ser seguidas © que so: Por exemplo, 0 desempeno de uma antepara ou diviséria deve ser feita por fases © pela seguinte forma ou ordem: desempeno dos montantes, desempeno dos tapos soldados, correcsio das grandes deformagies ¢ deseropeno das restantes defarmagies, (© desempeno deve efectuar-se sempre compensando as deformagées introduzidas nas estruturas procurando contrariar a verdadeira origem do empeno, em regea as soldaduras, (© material cede sempre na sua parte mais fraca, o mesmo & dizer que os empenos podem surgir bastante afestados das origens que os causaram. LLL - Desempene a frio 0 desempeno a frio € utilizado sempre que 0 ‘material se enconire com srandes deformagies ‘permanentes impossiveds de ‘compensar a quence Nestas condigdes, por percussdo e estancamento pode forgar-se o material a tomar a forma desejada, ver figura A precursio provoca, por acgdo de pancada, una flexi Jocalizada do material que o deforma plasticamente Oestancamento consegue-se utilizando nommalmente a compressto, também através da pancads, do material entre uma marreta( instrumento percutor e 0 malho, instrumento de suporte de pancada ). Enquanto que na percussdo hi, em regra, o aparecimento de tensio finel, devid a redugio de drea, no estancamento ha um aumeata de dtea provocando também uma tensio final de compress ~Desenpenoporcares Curso de desempeno ‘A pancada tanto na percuss#0 como no estancamente, deve ser sempre aplicada do lado da convexidade do defeito. Outras ferramentas podem ser também ublizadas com éxito no Figura 2.2 Figura 23 A B oO Se aquecermos 0 Indo B até ultrapassar o limite de elasticidade esse lado softe um cencalcamento, No arrefecimento B vai contrair-se ¢ tenderé a aproximar as faces superior ¢ inferior da pesa. ‘A. Esta deformar-se-é clasticamente ficando sujcita a um estado de teasbes intemas. Se fizermos um corte pelo meio de B, permitimos que a pega A retome a sua forma iniial libertando assim a pega dessas tensdes internas residuais C fig,2.3) Na soldadura, a5 zonas aquecidas comportam-se como B, a3 zonas mais frias como A, & ‘medida que @ soldsdura vai prosseguindo uma zona passa sucessivamente por zona fia, ¢ zona quente e por fim zona fra. ee, Desempeno por calores Curso de desempeno 2.1 - Deformagses devidas & contracsio As contracges das poeas soldadas podem:-se produzir em todos os sentidos mas, excepto em certos casos especiis, as deformacées no sentido da espessura slo fracas e de efeito desprenivel pelo que consideramos apenas tres tips de contracgo, 3+ Contracgdo transversal - Contracgao longitudinal ¢- Contracgdo angular a Contracgio transversal 5, Pretende-se soldar uma ) chuapa I fixa, com uma chapa 2 livre de se deslocar no seu plano, (fig.2. 4). © metal de adigéo 20 contrair-se aproxima ligeiramente a chaga 2 da chaps 1 Se soldarmos topo a topo duas chapas Tl e T2 ( fig.2.5 ). A zon em fusfo S alo pode portanto dilata-se livremente, ‘Ao arefecer ela tenderd como a pega B do referido exemplo ja aproximar as partes das chapas por soldar, isto é, sobrepor os topos. Este feito nfo ¢ uniforme ( varia com o comprimento jd soldado ) e & acompanhado de um empeno especialmente se 3 chapas forem relativamente finas, ‘A maior ou menor contracgdo transversal depende: Do processo de soldadura, do mode operatério, do comprimento dos corddes, das formas e dimensdes das peras, No caso de pecas encastradas, macigas ou muito presas, podem aparecer as seguintes ‘ificuldades devidas a contracgdo transversal: Tensdes residuais suscepliveis de criar deformagtes elisticas fou mesmo permanentes das chepas. Ruptura dos primeiros passos de soldadura, Ruptura duma pega num ponto fraco situado fora da soldadura Figura 2.5 ‘esenpeno per ealores Curso de desempeno b- Contraccao longitudinal Esta contracgao & devida a existéncia, ‘em tomo do metal em fusfa no decurso da soldadura de partes frias que se ‘poem a livre dilatapio no sentido [Comprimenta longitudinal. original Esta contracgao é relativamente fraca mas 0s seus efeitos sfo muito aborrecidos e as tenses residuais que provocam sio muito importantes, Contraco ongitadinal Fig, 2.6 Assim por exemplo, duas chapas finas e simétricas deformam-se em hélice = be Fig. 2.7 Se soldarmos chapas ou perfis simples para constituir prfis compostos, estes tomaro uma forma curva sempre que a soldadura for realizada fora da linha neutia fig, 27 5 ‘¢- Contracglo angular Na soldadura de chapas com chanfio em V, dado que os ities cordées sto mais largos que 8 primeiros, maior aquecimento e mais metal de adigo, no arrefecimento contraem-se mais, sutgindo entéo 0 efeito de dobragem fg. 28 , o mesmo acontecendo em soldaduras ao cento fig E fig. 28 Este efeito sera tanto maior quanto maiores forem as espessuras das chapas a soldar, caso de sofdadura com chanfro em V. en 7 Sener ee ‘Desempeno por calores ce Curso de desempeno 3 PRINCIPIO DO DESEMPENO POR CHAMA As contracgdes da soldadura provocam um cencurtamento da zona imediatamente viziaha Tstefendmeno provocaforgosamente m8 20885 ft _ afastads,empenos eneuramentos en caso do cords de nga dn ongem tnda a connepes. snguares. anak de compressbo "A oma enctadas, ao lado do cordo de Tense do garessho solder, einen amb zona compris 2 Tail eo sldad, Por aso exes pes Contraco Clamatindo comprdos lo enpolaos, so qs a] feralment ato €possvel um elongate fas —_. Le Eos ect, Fina 3 (© principio fundamental do desempeno & chama, baseia-se no aquecimento duma zone ligada ou soldada ¢ um impedimento de dilatacio (Fig 3). Este processo provoca umm enpolamento das _zonas aquecidas c, com arrefecimento, uma contrac¢4o das zonas demasiado compridas. Em cada método de desempeno devem observarse regras fundamentais que conjuatamente com 0 raciocinio do operador pode levar a bons resultados. 3.1 - Regulasio da chama do magarico de desempeno Para um bom desempeno ¢ importante que a zona do material, seja leveda muito rapidamente ‘2 uma temperatura de cerea de 600 a 650° C. Isto é possivel com a chama oxi-acetleno, que ‘comparada com as outras misturas de gis, combustivel com oxigénio possui uma temperatura ais elevada. Com base nos conhecimentos mais recentes, activa-se a chama de oxi-acetileno ‘com umn excedente de oxigénio de cerca de 30 a 40 % Deste modo aumenta-se nitidamente 0 rendimento da chama, obtendo-se win temperatura mais elevada, 5) 32-Principos sicos n aqucimento Aquecendo 0.ago pode-se alterar @ forma ¢ 0 tamanho do gro do ago, ¢ assim allerar as propriedades de dureza do ago. A estrutura omega a altera-se por volta dos 720° C. Ao atingir cerca de 900° C deu-se jf uma completa alteragio da estrutura, ¢ por volta dos 1000" C comegam 0s eristais (ou grao) a aumentar rapidamente de tamanho. A 1530° C 0 ago funde. a- Temperatura de desempeno Deduz se da alterago de estruturaacima referida que o trabalho de desempeno nto deve ser feito a uma temperatura demasiado alta. Procura uma temperatura de 600~ 650 -700° C nunca ultrapasse os 750". 'b-Meios auxiliares no céleulo da temperatura Por razées préticas torna-se muito dificil medir a temperatura durante um trabalho pritico de éesempeno, ‘Desenpeno por calores 8 (Curso de desempeno ‘Um dos meios auxilieres mais simples ¢ o chamado giz de temperatura ou giz térmico, que ‘8 indica, por uma mudanga de cor, quando é que se atingiu uma cerca temperatura. Hé uma grande quantidade de gizes a escotha, mas deve-se usar aquele que esta marcado 600" C, (Faber Castel). cor azul do giz muda para branco se a temperatura da chapa for de 600" Cou mas. ‘Ao usar os termogizes & preciso ter atengo a0 seguinte: 1-O giz deve aplicar-se na superficie da chapa depois de retirar 0 magarico, seno queima-se ogiz 2-O giz deve aplicar-se imediatamente depois de se retirar chama Caso contrério a temperatura do ago baixa muito e a medio pode j& néo estar correcta, ‘A medisio por dispositivos eléctricos, ou aparelhos digitais, actualmente é mais aconselhavel oo “0 olho humano é, em certas condigies, um excelente termémetro™ €- A temperatura de 650° C & quando 0 ago comega a ficar vermelho eseuro Podemos tirar partido deste facto desde que aos encontremos num compartimesto ‘elativamente escuro, Trabalhando ao ar live, com luz forte, e especialmente a luz dsecta do sol, 6 entio impossivel confiar na vista Sé quando 0 aco comesa a fundir, quer dizer pelos 1500" C, 6 que se comega a notar que a temperatura esté alta -altissima. Usando éculos de protec¢i0 coloridos ¢ claro que se dificulta ainda mais a possibilidade de ver a cor do aga, Use por isso éeulos ligeiramente colorides, ou - melhor ainda ~ tire os dculos ‘quando quiser avaliar a temperatura do ago. Oo © préprio corasio da chama tem uma luz branca ¢ intensa é impossivel avaliar correctamente a cor vermelho escuro do ago vendo ao mesmo tempo a luz intensa do corayao da ‘chama. Por isso, vire a chama para o lado para calcular a temperatura, Por vezes & preciso aplicar virios calores para obter 0 efeito de desempeno desejado, Pense {nlo, que a tensdo se mantém activa durante o arrefecimento. Por isso é preciso que o material “possa puxar completamente’, arrefecer até cerca de 50° C antes de se aplicar mals calor. Evite "regar® 0 ago ao rubro com igua. Aparece entio aquilo a que se chama tempera 0 que trax consigo riscos de acedamento do material Ajuste a chama cou um excesso de oxigénio, Desta forma aumenta a acgdo da chama ¢ a sua temperature, Com este excesso de oxigénio que deve ser de 30 a 40%, a chama toma uma cot azulada, ~~ Dismibano por calongg mm 10 Curso de desempeno ._ Obico deve manter-se de tal modo que a chapa fique a uma distincia do bico de 1/3 do comprimento total da cham, Ver fig. 3.24 Com a ajuda de uma chama oxi-acetilénica pode-se em principio aquecer o material de duas mancira distntas Podemos efectuar tanto um aquecimento superficial como em profundidade, isto é, na sua espessura total Isto di dois efeitos de desempenamento totalmente distintos, que passamos a apresenta, Desempena par calores AVALIACAO DE TEMPERATURAS POR CORES ae a ET So S| a rane Soe oe ee ae es oe Soma eee ea | Ss 1300 [Branco J - a Distancia do bieo a superficie da chapa Gigura 3.24 wsen Curso de dasempeno ©) Aquecimento superficial A figura 3.26 mostra como se faquece apenas a camada superficial dda chapa, quer dizer 0 maximo, U/3 dda espessura do material Mae. 1/3 da da esp. coral Isto. significa que @ camada superficial tende a dilatar-se, enquanto 0 material fio que esti Por baixo oferece resisténcia. {-Disto resulta que a camada superficial al encalca. Durante o arrefecimento que se segue obtém-se entfo um encurvamento como as setas indicam Fm certa medida obtém-se uma contracpHo na direcsio indicada pelas sctas mais Pequenas. Podemos também ilustrar isto de outra mancira. Vera figura 3.26 © sinal (+) india tensBes de compressio, eo sinal (-) indica rensdes de tracgfo. figura 3.26 A camada superficial da chapa aquecida tende a diltar-se, ao mesmo tempo que o material & sua volta oftrece resistéacia, Além disso o material quente torna-se muito mais macio, a sua solidez diminui pelo que ele facilmente encalea, Quando a seguir a anrefece jé nfo pode retomar a sua forma primitive, pois a sua camada Superficial pura ¢ simplesmente tormou-se mais curta As tensGes de compressao passam & tensdes de tracpo © puxam a chapa no sentido indicedo pela sets, conforme mostra a ig. 3.21 Diane par agg 12 ‘g- Aquecimento em profundidade Com um aquecimento protongado ‘consegue-se que todo 0 material fique quente, quer dizer que vamos obter um encaleamento da chapa em toda a sua espessura. Isto supondo que a chapa tem espessura suficiente para oferecer resisténcia. O resultado & que assim cencurtamos © material no sentido inulicado peta seta, Nao se nota um encurvamento t#0 acéntuado como no caso anterior. 4-TIPOS DE CALORES Curso de desempeno Depeis do SD wrefecinents 65 figura, 3.28, ‘No desempeno é costume aplicar-se ués tipos de calores, cada um, com a sua fungio specifica a) Kaixa de calor (ealores em linha ) ) Ponto de calor (calores em ventosa ) ©) Cunha de calor (ealores em V) Em prneplo pode qualquer destes ser )aplcads como aquecimentosepertelal ou ‘guecinente eo profiad, dopendendo do tit de dsempeno aque se dese ating. (© mayarico de um s6 bico usa-se no processo primitivo de desempenarento, que exige a aplicagdo das faixas de calor segundo wm padrio determinado, 4a) Calores em linha, aquecimento em profundidade com uma $6 chama, AA faixa de calor aplicase com pequenos ‘movimentos circulares como nos mostra a figura 4a, depois de a chapa arefecer, as forgas de contracgdo actuardo perpendicularmente a faixa de calor, ‘Desempeno por calores Curso de desempeno ‘As forgas de contracgao geradas sero mais ou menos iguais de ambos os lados da chaps, cembora ligeizamente maior do lado onde se aplicou o calor. ‘© comprimento e a largura da faixe de color sfo determinados pela espessura da chaps. ‘Para uma espessura de material de cerca de 10 a 30 mm, a largura deve ser de 20-30 mm ¢0 ‘comprimento de 130-200 min. fo- y+ | 1-7 te 2 7 As ftixas de calor podem aplicar-se segundo ! : diversos padres, conforme o efeito do | “ / A, desempenamento que se deseja fot 4 - N [oo 4 Na plicagto dos calores ao & convenient aplicar I! cafores a menos de 38 mun de uma soldedura a topo: - @¢ figura 4a 1 Nao é também conveniente aplicar calores paralelos a soldadura e muito proximo destas pelas ‘mesmas razées. Y- toma onde do € conveniente & . splicacio da 0 catores figura 4 a2 ‘Desempono por colores (Curso de desempeno Em casos de necessidade absoluta podem gplicar-se calores sabre a soldadura mas nunca com Angulo de inclinagZo inferior a 25 %( ig. 4 93). Sendo as tensbes internas de soldadura jé muito eleva corte-se 0 risco de partir a soldadura sempre que este pormenor aio for respeitado, © factor do material ceder sempre na zona mais fraca oY permite dizer que nfo tem grande interesseaplicar calores nas zonas conde as chapas estio fixas rigidamente como, por exemplo, ‘na zona de soldadura de cantos. Ks figura 43 Deve evitar-se a « aplicagso de tis calores em zonas de rigid porque além deta se conseguirem efeitos apreciiveis introdwzem-se . tensbes no materi “ sem qualquer we contrapartida 7 ****** Primeira passagem de calores S Se uma passagem de calores ndo chegar ‘sees Segunda passagem de calores pode aplicer-se ume segunda e terceira passegem de calores, segundo indica a 0 +119 Terceira passage de calores figura 42 4), figura 4a 4 ‘Desempeno por calores Curso de desempeno Fissuras 4b) Pontos de calor aquecimento em profundidade 0s pontos de calor usam-se prineipalmente no desempenamento de chapa fina e perfis erapenados. Veja, fig.4b) She figueatb 4b.1 - Exemplos desempeno de uma ‘mossa ( Bochecha ) A chama de aquecimento € ditigida para 0 centro da mossa ¢ todo 0 metal desta & Ievado & temperatura de vermelho cereja. As partes fias que contorzam a zona aquecida opdem-se & sua dilatagao no sentido do plano da chapa, de tal modo que no arrefecimento a contracgto faz puxar a zona aquecida, reduzindo assim @ profundidade da mossa, figura 4b.1 ‘Desempano por calores Curso de desempeno Geralmente serto necessérios virios calores para eliminar completamente a mossa Este método utiliza-se para mossas localizadas, isto € de dimensBes pequenas - fig, dba figura 4b.18 Umoutro método de dar calores pode ser utilizado para se obter os mesmos resultados: i consiste em dar calores com magatico inclinado, seguindo a sequéncia ilustrada na fig 4b1b. Ponta aa partida fig, 4b. 1b Calor tipo ventosa Este tipo de calor destina-seessencialmente a ddesempenar ou a enformar éreas @ meio da chapa (irea va) Como o efeito de contraceio € proporcional A érea aquecida, a contracgao é maior do lado da aplicagio do calor ea chapa no final apresenta a curvatura indicada na figura 4b. Este calor é dado ao rubro escuro (sem ultrapassar a espessura do lado mais conveniente, ox seja, sem que a cor rubro escuro chegue a0 lado oposto da chapa). figura 4b.1d ‘Desempeno por calores Curso ce desempeno 40.2 - Para o desem nna figura 4b.2 je I I - | npenamento de mossas grandes, deve-se uti a Brandes, deve-se utilizar o método apresentado O (Curso de desempeno 4.1 ~) Desempeno de uma barra encurvada segundo o seu plano Accontracgdo deveri ser N'A BB smixima entre A e B diminuindo progressivamente até se anvlar em C. Aplicando calores em V, em toda a espessura da chapa, na zona triangular AVe B’ fica assegurado o desempeno pretendido, Fibra neutra Sea bara for espesta eo enpeno atingir um determinado a 2 mpimeno, podencr core a ine slun come ¢indada na fpr tendo em ate sstveacis de caloes nad, figura 4e.1a 40.2) Desempeno de chapas grossas 0 desempeno faz-se aplicando 1403 5 2 faixas de ealor, pela ordem indicada na figura, e a penetragio do calor deve atingiia fibra neutra. Se a primeira série de spalores (1.2.63 no for ‘uficiente pode-se recorrer a uma segunda série (4 e 5) intercalada com a primeira. figura 4.2 4c.3) Desempene de chapas em hélice Se a espessura da chapa € pequena oe desempena pode fazer-se quer por tmeios mecénicos (tentando alongar @ zona central), quer por ealores, Se a chapa for grossa, o desempeno é feito aplicando ealores simultaneamente nas duas Faces das chapas mas desfasados, Sigura4o3 19 ‘Desempeno por calores Curso de desempeno 4.4) Desempeno de tubos Para tubos de parede fine pode-se aplicar uma faixa de calores estreta, ou por uma sucesso de calores em ventosa, Sea parede é grossa dio-se calores em V no sentido perpendicular a0 eixo do tubo figura 4.4 4e.5) Desempeno de cantoneiras Sea cantoncira esta empenadi (7) no plano de uma das suas abas, aplicamse calores em V nessa aba uma faixa de calor na outta, tal ‘como se indica na figura 4c.5. figura 4e.5 Se o empeno se verifica segundo tum plano bissectiz as das abas, conforme indica figure 4c.5a, podemos dar calores em V no vértice. Saliente-se no entanto que @ orientapto dos ealores € aposta ‘hum caso em relagaio 20 out, figura 4e.50 QO 4c.6) Desempeno de perfis em U © cmpeno pode ser céncavo ou convexo. O primeiro caso corrige-se aplicendo uma larga faixa de calor na alma e calores em V nas abas (figura 4c.6). No segundo caso dio-se também ccalores ean V nas abas (figura 4¢.6) mas com a orientaglo inversa ao caso anterior. Se 0 empeno for segundo o plano da alia, os calores sfo aplicados como indica a (Figura 46). f ce Dar elope eat) ‘Desempeno por calores Curso de desempena 4.7) Desempeno de perfis em T ‘A figura 40.7 mostra as zonas a aquecer conforme se trata de um empeno céneavo ou convexo ao plano da alma. ) \ Seo empeno se verifcar no plano do banzo segue-se a sequéncia figura 4e.7a i a 1 Sigua te.7 figura 40.73 4e.8- Desempeno de perfis em I ) Seo peril est empenado segundo o plano da alme aplicam-se simultaneamente uma faixa de ‘ealores no banzo e calores em V'na alma figura 4e.8 Seo empeno é segundo os planos dos banzos, é necessério dar simultaneamente calores em V nos banzos ¢ uma faixa de calor na alma figuiade8 pono por calores Curso de desempeno 4c.9) Desempeno de perfistoreidos ‘Quatido uma cantoneira estétorcida, & porque os seus bordos livres esto mais compridos q 4 sua aresta, O seu desempeno far-se-i encurtando os bordos seguindo uma técnica idéntica & utilizada no desempeno de chapas torcidas ver figura 4c3), No caso de perfis em T (figura 4c.9), desempena-se primeiro a alma 6 depois 0 banzo, uilizando a mesma técnica figura 40.9 No caso de perfis em I (figura 4c.9a), 0 seu deserapeno 36 sera possivel se tiver pouco torcido, neste caso dlo-se calores em ambos as Tados de cada um dos banzos, figura 40.9, Para perfis em U, comegaremos por desempenar as abas, se no final subsistr empeno no plano 4da alma utilizamos o provesso. figura 40.9 ‘Tesempeno por calores Curso de desempena 5~ DESEMPENO-DE-PAINIIS COM REEORGO_— © melhor método de trabatho consiste muitas vezes no uso combinado de um magarico simples e wn miliplo. [No trabalho com 0 magarico miltiplo a regra fundamental e que uma das chamas deve ‘ocorrer-sempre em links entre as duas soldaduras, sobre o reforgos ( figura 5 ). UMA DAS CHAMAS oo OD> figura S Quando as zonas aquecidas tiverem arrefecido controla-se de novo o desempenamento com a regu. Lembre-se que @ chapa deve arrefecer convenientemente, ou seja, deve poder porclhe a méo em cima sem se queimar (max. 50°¢ ) Exemplo Empenos simétricos do painet Aqui a chapa encurvou simetricamente, caso A (-), easo B (+) figura 5.1 . ole COO figura 5.1 “Desenpen por calores— Curso de desempeno Proposta de solugao: Em ambos os casos se deseja um encurtamento da chapa, O magarico de desempenamento deve transportar-se simetricamente em relagio ao respective reforso figura 5.1 a. NT As figura S.t2 Exemplo 2 Empenos para vitrios lados. A chapa empenou parte para cima (+ ), parte para baixo (-) figura 5.2 Proposta de solusio: Vamos encurtar as zonss positivas Isto consegue-se deslocando 0 masar cexcéntrica e aplicando o calor nas zooas levantadas figura 52 a. figura 5.2 a ‘Desempen por calores Curso de deserpene empl 3 Empenos diversos figuram 5.3 A-zona | empenou para cima (+), zona 3 empenou para baixo (~) ver figura 5.3. figura 5.3 Proposta de sotucdo: ‘Tendo em conta a zona 3 aplicam-te 08 ealores de forma excéntrica, figura 5.3.0 Exemplo 4 Empenos para varios lados- veja a figura 5.4 Bgura 54 ‘Desempeno por calores Curso de desompeno Se chegar 4 conclusto de que sinda é preciso mais calor, aqueca segundo a figura 5.5 a 6-DESEMPENO MISTO Curso de desempena © desempeno misto consiste 0 n8 utilizaggo conjunta de meios mecénicos e témmnicos. ‘Vamos agora dar alguns exemplos priticos, deste tipo de desempeno, Daremos essencialmente dois exemplos | - Uma sequéncia de desempeno de anteparss, divisérias e pavimentos, 2 Uma sequéncia de desempeno de castado e fundo. 8) Desempeno dos montantes TFT leo Chapa—— a » Chapa Calor a 2 figura 6 0 empeno mais vulgarmente obscrvado nos montantes ¢ 0 indicado na figura 6 a. Elimine-se «este empeno dando um calor ao longo da aba junto a "zaiz” do perfilado figura 6 be c. Caso o montante apresente um ligeizo empeno no sentido contririo ao indicado na Fig. 6 a ‘fo devemos desempenar nesta fase pois os calores a dar para desempeno das deformagies da chapa terdo tendéncia para endireitar 0 perfilado ‘Desempeno por calores 28 Curso de desempeno Se os ealores nfo forem dados rigorosamente sobre a'raiz" do perflado pode eparecer um Tigeico empeno transversal conforme mosta a figura 6a, (Os calores a dar para climinar esse empeno vio indicados no priprio esquema, —— figura 6. 'b) Desempeno dos topos seldades Para o desempeno de topos soldados verificou-se durante as ‘experigncias ser muito eficiente o seguinte método: Dar ealores indicados a cerca de 30° sobre topo soldado conforme mostra a Fig, 6b, Os calores s80 dados ao rubro sempre do lado convexo mas saltando com o magatico sobre @ soldadura, isto 6 interrampendo 0 calor 10 mm antes do cordio e secomegando 10 mm depois. © comprimento do trago aquecido é de 100 mm € 0 afastamento, medido na direeyo da soldadura, entre 0s tragos € de cerca de 60 mm ver Figura 6b A finalidade de altemar os calores € deixar zonas entre eles. Ap6s 0 aquecimento aumenta-se 0 efeito com um, ligeiro martelamento executado com uma marreta de mo, Na maioria dos casos uma 56 fada de calores acompanhada de martelamento ¢ suficiente para éesempenar os topos soldados. Curso de desempeno ©) Correcgio de grandes deformagies Reconhecida a vantagem de introducir tensBes nas chapas para aumentar o efeito conseguido com 0s calores localizados, experimentarann-se varios sistemas tendo sido reconhecido como mais, conhecimentos de desempeno se encontram mais avangados, ‘A titulo de exemplo sto apresentadas as tabelas das tolerdncias admitidas para alguns tipos navies. Para a quantificasio do empeno usem-se réguas de madeira, fis de Libra ou de ago e fitas ‘meiilices, e anota-se nos diversos pontos se a chapa empenou para fora (+) ou para dentro (- ), cconforme se mostra na fig, 10. a ‘Deserpeno por calores Curso de desempeno FLECHA EM MM ADMISSIVEL NOS EMPENOS DOS PAVIMENTOS Espessura da ~ chapa era (mm) s]6]7] 8 |o}s0] ar} a2] 13] 14} as “Afastamento ‘entre reforgos (mm) 450 s]a}a fafa fisfasfasfasfasfis 500 45jas{3 [3/3] 3 ]3 faisfislisfis| O 550 as[asfasfes]3 fa ]a]3a]a]a fas 600 6) 6 }as}as|asfas| 3] 3] a] 3] a 650 6] 6] 6] 6 ]asfas|as}as| 3 | 3] 3 100 ss}as}6|6]e6j6lasfaslaslas| as 750 ss|es}osjos| 6) 6} 6 laslaslas|as 10 800 gs|es}osfos|6}6]}6laslaslas|as 850 wsfias|osfos] 6] 6] 6 |as}as|as fas 900) wsfiasjoslos] 6} 6] 6 |as}as|asfas 950 nsfias|i2s}os|os}oslos}os| 6 | 6] 6 1000 w2s/iasli2s}ias|os}os|os}os}as| 6 | 6 ‘Desempeno por calores =, Curso de desempeno FLECHA EM MM ADMISSIVEL NOS EMPENOS DE ANTEPARAS E DIVISORIAS Epes da capa em (mm) 4 | sfo]7]s]o fio| afi fas]a fas ‘Afastamento enue seforgos (mm) 450 e [6 | 6 [as}asfas| es fas |as| as [as] as i0 500 os} s]o]o]6| 6] 6] laslastas las 350 ssfafslstelelefelslefe fas 600 ufosfsfalslalsfalelsjs}o 650 ufosfos}sfslatsfefels]s|s 700 ufulosfstsfajs}s]s|s|ofo 750 vs|ufostos|osjos|osjos}s | af s | O 800 vs] ufosfos|es|os/oslosfos| ss] s 850 ns} ns} ulos/os}os]osfos|osjos}s | s 900 nsfias}u|u|es{es|os}os}os|as] 5] s 950 ns] is] }os|ss}os|os|os]os|os| ss] » 1000 vsfasfu]ulajn}nfufes}ss}os|os 4 ‘Desempeno por calores Curso de desempeno FLECHA EM MM ADMISSIVEL NOS EMPENOS. DO COSTADO E FUNDO Espessura da ‘chapa em (mum) 6} 7] 8 | 9 |rofarfaz}isfaa] as} 6 | a7 ‘Afastamnento centre reforgos (im) 450 6] 6 ]asfasfasfas]s]a]s} sia} 500 6] 6] 6 fasfasfasfas{ a] sa} a]a}3 550 w| 6} 6] 6 |as}as[as}as|as/as| 3] 5 600 a}asfas} 6 |e} efas|asfas}as| as} as 650 ss}as|rs]as| 6] e6]| 6 fas/as|as|as}as 700 gvs|as|os]as]o}e] 6 fastas|as|as|as 750 os}os|ostas|rs| |e] 6 jas}as|as 800 ws| 9s} 9s} os|astrs|6}6]6|as|as|as 850 ns}ias}as}ostrslas}rs|e}e] els} 6 900 ns}2s|ns}isfos|rstrs|6]6]e]e| « 950) ns}2s}s}as}ostoslrs|rs| 6] 6] 6] 6 46 ‘Desempeno por calores Curso de desempeno (Os empenos so medidos através da menor dimensto do painel Assim, no caso das de uma antepera, o valor (dada pela tabela teré que ser menor ou igual & flecha entre montantes, Exemplo ue £; £ (tabelay ‘Também para os montantes a flecha admissivel teré de ser menor ou igual ao mesmo valor da tabela Exemplo: Pavimento ‘Desempeno por calores “ Curso de desempene ‘Sao também admissiveis Nechas com sentidos opostos desde que nfo ultrapassem valor da tabela les |e PE Pare pavimentos com flecha o empeno deve ser verificado, no sentido transversal, com uma ‘agus de Dechas. No seatido longitudinal 6 seo ozado for apreciéveléque sejustfeara wma) ‘égua de tozados, caso contrério utilizaremos uma simples répua como nas anteparase divisbrias, Exemplo, Para 0 costado e fundo 0 valor indicado na tabela serd a diferenga méxima admissivel entre a Posiglo da chapa e a linha do tragado teérica, Este valor poder.se-4 verificar, nas Construgses ‘com uma cércea da Sala de Risco e nas Reparagdes com uma cércea tirada ao outro bordo, \ 1 Exemplo: £1 Desemzene por calores a Curso de desempeno iografia Curso de Desempeno a Calores (SETENAVE ) Guia Prético de Desempeno por Chama LC) Curso de Soldadura Eléetrica Manual (Lisnave nivel B) suk/professionaliprotected/band_3/jk37.htmt tps/iwwylinde.pUlinternational/webip/pulikelgot.nst/docbvaliasiind met_desempeno Aniénio Macedo Trindade ‘Desempeno por calores DESEMPENO t PREVENCAO DAS DEFORMACOES Preven dis formas iNDICE Pigs 1 NTRACCOES FE FMPENOS PROVOCADOS PELA SOLDADURA 2 2~DFFORMAGOES PROVOCADAS PELA SOLDADURA 3 2:1- Contracgao longitudinal 4 2.2- Contraegio transversal 4 2.3 Deformasio angular 4 24~ Arqueamento 5 2.5- Outras eausas de deformagio 6 ‘- Fixagto das peas 6 bb Tenses increntes 20 metal base 6 €~ Propriedades do metal base 1 3- PREVENCAO DAS DEFORMACOES 1 3.1- Projecto 7 3.te -Juntas topo a topo 7 - Contracgio transversal 3 b—Deformagio angular 3 3.1.2 Juntas sobrepostas 10 3.2 Exactidio na manufactura "1 48 Provedimento na soldadura a fim de evitar deformagbes n b= Processo de soldadura 1 €- Tipo e difmetro do eléctrodo 2 4d Néimero e sequéncia dos eordtes 2 €~ Dimensio do deposito e posigto de soldadura 13 £- Corrente e velocidade de soldadura 14 f- Sequencia e técnica de soldadura 4 h-Soldadura descontinus 15 i Soldadura Descontinua em Juntas Sobrepostas 16 j-Soldadura em Bloco 16 I Sequéncia Geral de Soldadura - Remendo do Tipo Rectangular 17 m-Sequéncia de Execucio da Soldadura de Cada Junta 18 1n- Soldaduras Simétrieas Simultineas 19 4 TEMPERATURA INICIAL 20 Bibliografia a1 ‘Conmacatars enaenr orator a lactis Preeee dis deforma 1 - CONTRACGOES E EMPENOS PROVOCADOS PELA SOLDADURA. Favamos a seguinte experigncie 1%. Una esfera metilica fhia nfo pessa stravés de um anel tambéen metilico, 2°. Protegendo a esfera de aquecimento, aquecemos 0 anel 3°, Acesfera fia, passa agora bem através do anel quente, 4°, Deixando arrefecer o ancl, voltamos &situagfoinicial, isto 6, a esfera nfo passa através d vel Podemos concluir que, quando aquecemos un metal este dilata, isto 6, aumenta de volume; a anrefecer volta ais suas dimensdes primitivas. Se elevarmos a 600 °C a temperatura de uma berra de ago com 1 metro de comprimento, a mesma sofieré uma dilataglo, © seu comprimento, largura » altura aumentardo, Os efeitos serio contudo mais sensiveis no comprimento da barra que passara d 1 met para 1 metro e 9 milimetros To + 600°C = Imetro > 9mm _———<— — Figura 1 ae Preven da detormaes Supoahamos agora que a mesma barra de 1 metro se encontra rigidamente fixada pelos + extremos. Figura 2 Se elevarmnos a sua temperatura em 600° centigrados, como reagiré a barra? ‘A medida que for sendo aquecida vai dilatando, Como esté travada no sentido Tongitudinel | execeari, medida que a temperatura se eleva, uma pressio cada vez maior nas paredes que a fixam. ‘Se as paredes nao cederem, a essa pressio, a barra teré fendéncia a encurver. ‘Ao anrefecer, a barra contrair-se-& livremente, mas se na fase do aquecimento a temperatura fiver atingido um certo nivel, a bara manteré a forma encurvada que adquiriu durante 0 -pavesinent Figura 3 Podemos, pois ;concluir que: 1°, - Quando as pegas séo aquecidas uniformemente'e tém completa liberdade de se expandirem em todas as direogdes, volta sempre & forma inicial apés o acefecimento, 2, « Quando as peyas nfo slo aquecidas uniformemente ov no tém possibilidade de se ilatarem ou contrairem livremente, para além de uma certs femperatura, sparecetio sempre oformagses ap6s 0 arrefecimento. 2.- DEFORMACOES PROVOCADAS PELA SOLDADURA Na execusiéo de uma soldadura, @ pega pode apresentar os seguintes tipos principais de deformagdes: = Contracgdo longitudinal; Contracso transversal; Deformasio angular; ~ Arqueamento; (principalmente em pesas de pequens espessura. Contacts 8 emetias onadas el ore 3 Proven de detomagtes (© maior ou menor grau de cada uma destas deformapes depende de varios Factores, dos quais 0 ‘mais importante é, sem divi, o facto de 0 calor desonvolvido durante o processo da soldadura na~ ser uniformemente distribuido pela pegs Quando se exeeuta um cordio de soldadure, além de se depositar material em fusto (material no maximo de dilatagéo), vai-se fundir os bordos da junta da soldadura, originando uma zon fortemente aquecids. Durante 0 arrefecimento 0 material cowtrai-se criando assim tenstes d. ‘contracgdo que levam & deformagio do material, 2.1- Contracsdo longitudinal Esta deformagdo ¢ provocada pela contracgo no sentido longitudinal (sentido da soldadura durante o arrefeciment, oO Figura4 2.2 - Contracsio transversal De forma idéntica & contraceZo longitudinal, a contracgio transversal é provocada pel contracso do cordio mas no sentido transversal, isto & perpendicular ao sentido da soldadura, senete ig onan oO 2.3 - Deformagio angular Esta deformagao ¢ provocada pela contracgo nto uniforme do cordio em toda a sua espessura, Consideremos o exemplo de uma junta em V. A quantidade de material depositado a superficie 6 muito maior que na raiz. Consequentemente, os efeitos da contracgio, devido ao arrefecimento de ‘metal fundido, serio maiores A superficie que na raiz. ® ooo ‘Coaracoes © onvenot erovacaiar ple tadare Preven dt femsetes 24 - Arqueamento Este efeito nllo é tio notivel como os Sa anteriores. Corresponde 20 arqueamento do ‘ord de soldadura ao longo da junta yi Figura 7 Numa soldadura com um metro de comprimento numa chapa de 4 mm, verficou-se cexperimentalmente nas oficinas, do Centro de Formagao uma flecha da ordem dot 3.a 4 mm. ‘Esta deformagdo nada mais € do que um caso particular da deformagao longitudinal. [Recordemos 0 principio deste deformacio. ‘Como normalmente a superficie superior PRCTETEELIEG oo on ‘0 ‘zona Aquecida | Imaginemos agora que o calor € fornecido a uma chaps no topo, © racioeinio que nos conduziu deformago longitudinal leva-nos agora a esperar que a chapa presente uma deformacio semelhante& da figura. Figur 9 Podemas entdo concluir que, sempre que cxecutames une | soldadura que nio seja coincidente com o eixo de simetria da pope longitudinal on transversal) st | —> de esperar uma deformagao do tipo “arqueamento”. Figura 10 Convacctes + amoenas orovacados pele sidadare Preven das dformagice Este arqueamento seri tanto maior quanto menor fora espessura da chapa. Figura U1 2.5~ Outras eausas de deformasio Normalmente nunca eparece um s6 tipo de deformagiio, mas os vérios.tipos simultaneament: Pode, contudo, um ser mais evidente do que os outros. O c Embora tenhamos responsabilizado 0 calor pelas deformagdes anteriormente referidas, existem " outras—_ceusas, eventualmente importantes, da deformacio ‘das pogas soldadas. Destas referir-nos-emos muito brevemente 4 fixagdo das pesas, as tens6es inerentes 20 metal base eas Dropriedades do metal base Figura 12 1 Fizagio das pecas © erau de fixagao das pegas influencia a grandeza das tensBes e as consequentes deformegSes Se nio é aplicado qualquer travamento as pesas a soldar durante a soldadura e arrefecimento, estas.) deformar-se-fo livremente 0 que corresponde de certa maneira a um alivio de tensées ‘A fixacdo ou priséo das pegas durante a soldadura como meio de controlar as deformapées d. soldadura 36 so aceitiveis dentro de certos limites. Um aumento da rigidez na fixagio das pegas para além de certos limites pode levar o material depositado ou o material base a abrir fendas. Est Droblema é mais grave quando se trata material com grosses seeps. b- Tensdes inerentes 20 metal base Antes mesmo de ser soldado, o material ja apresenta tensbes. Essas tensbes silo devidas 20 Processos de fabricagio anteriores a soldadura, tais como: a laminagem, corte mecanie: (guithotina), enformagio, corte oxi-acetilénico, etc. As grandezas destas tensdes dependem da severidade do processo utlizado no trabalho anterior. O calor aplicado durante a soldadura tende aliviar 0 material destas tensdes. Algumas vezes estas tensGes somam-se as teastes da soldadura, ‘outras vezes opdem-sc. A deformagao final sera sempre o resultado destes dois tipos de deformego, ‘Conraccbes« ontencsmovocados a sldadine Preven ds dlormasios ‘Um exemplo: [Uma chapa encurvada na calandra tende a retomar @ forma plana quando as tensbes provocadas pela calandra sio aliviadss localmente pelo calor da soldadura. ce- Propriedades do metal bese Os diversos metais ttm diferentes coeficientes de dilatagio. Os diferentes valores dos cocficientes de dilatagdo do metal base © do metal de adigf0 contribuem para a maior ou menor ddeformagao do conjunto soldado. ‘Um conjunto em ago inox, por exemplo, apresenta sempre maior deformagao do que equivalente conjuato em ago macio, devido ao facto do coeficiente de dilataga0 do ago inox ser superior a0 do fo macio (para uma mesma quantidade de calor 0 ago inox dilata-se mais que o ayo macio). 3- PREVENGAO DAS DEFORMAGOES: Do sucesso na prevenlo das deforms de ua consrugo metlca depend pinipalente da monugem e dos procedinenos de soldi comets, bom assim. como da espacdade de se Superisonaro corto empreg detdas a tele e procedimentos iizados,emos ee agora algunas das recaps que deve se foradas desde o inca do projet aé a0 seabamento fi 3.1- Projecto [Numa estnatura metilica, por razBes econémicas toma-se vantajoso reduzir ao minimo o riimero e juntas e 0 seu comprimento, ‘As juntas deve ser localizadas de forma que sejam acessiveis pontas do eléctrodo. O soldador deve ser capaz de ver claramente 0 seu trabalho e de o poder completar rapidamente sem nevessidade de fornecer calor excessivo a0 material. 0 _operador deve ter sempre presente que ‘a medida que as chapas diminuem de espessura os efeitos de deformapo aumentam, Em estruturas Teves (chapa fina) & necessévio ulizar chapas conjugadas para evitar 0 uso de chapas com reforgos, LL LG vo vo Y Figua 13 3.L.1- Suntas topo a topo [Nas juntas topo a topo verificam-se normalmente todos 0s tipos de deformagdes referidos anteriommente, © tipo de chanfio utilizado desempenta um papel importante na configuragio final dda deformaglo das pegas. A deformario devida a contracgdio longitudinal é a menos influenciads pelo tipo de chanfro utiizado, pelo que nfo nos referiremos a ela. “Contacsier sont veces aa Prevengio dis dormagtes a - Contracsio transversal © valor da contracsio transversal depende fundamental mente do volume dé metal depositad + ‘no chantro e, em parte, também da existéncia ou nao de nariz na raiz. ee : ( 4 e < provers OSCE ICO aca b—Deformagio angular Qualquer junta que no seja equilibrads, é aquela que, nfo é simétrica relativamente aos planes de simetria, que passam pelo eixo neutro da junta. Relativameate ao seu eixo neutro provocara um deformagao, @ no ser que a sua lime contracgo das pegas seja impedida através de meion exteriores. Por raziies econémicas ¢ vulgar usar uma preparagio simples em chapas com espessuras ‘maximas de 13-16 mm; nestes casos a soldadura néo ser equilibrada ¢ a deformago angular, par~ uum dado mimero de cordées, esti relacionada com o tipo de chanfro uilizado, conforme se mostt 110 Quadro 1 o "Se a espessura das “ohapas € supeiior « 13-16 thin a uiiltzaglo de em duplo V ou duplo uv preferivel na medida em que se consegue proceder a uma soldadura equilibrada. ‘A preparagao deste tipo de chanfro pode ser simeétrica ou assimétrica L ><} LO J simetrica assimetrica Figura 14 “Conacbes anzenar Dovacoaay ela soNadine Preven ds dfomagtes Em soldaduras multi-passes & preferivel a preparagdo assimétrica. Neste caso, quando a soldadura é comegada do lado da abertura maior, ird provocar um aumento da abertura do lado contro. Assim, ambos os lados ficarko com secg8es praticamente igusis, tornando a soldadura EZ WQ*"S CoC COC a Chertore ae ooh —a_ — CaS COR Figura 15 Se a soldadura de um dos lados do chanfio for executada primeiro que a outra, # contracgo do metal de soldadura do outro lado teré de exercer uma forga suficientemente grande para anular a deforma causads pela soldadura no primeiro lado ‘Uma preparayio simétrica em U ou V & satisfatéria quando o primeiro cordio nfo recebe depois nenhuma abertura de canal de confimmagio, quando sio utilizadss penetragties parcisis ou quando soldadura pode ser feita simultaneamente dos dois lados, por dois soldadores, Connscabene cnnnor wovdcados a le Proven da deormayes mea 3 pas (SH mal Figura 17 Se utilizarmos soldaduras de penetrapio completa torma-se aecessirio proceder & abertura d ‘canal, para evitar 0 aparecimento de penetragiies deficientes, Se houver ume ma preparayo na montagem da junta (grande folga na raiz) mais grave serA a deficiéncia na penetragao. Este facto, toma necessirio a abertura de um canal de confirmagio mais pprofindo e por consequéncia ume soldadura mais desequilibrada 3.1.2 - Juntas sobrepostas A preperagio deste tipo de juntas nfo varia muito, O importante aqui é a dimensfo da soldsdur: sue deve Ser Teduzida 0 minim, de forma a gue ® quantdade de calor fomecida sje tambent) |) Cog ~ go ane, Figura 18 ‘Cotracoar «tas vical ela ldadapg ® Preven das detoroaes Este tipo de juntas nfo apresenta problemas de maior, além de um certo empeno que pode aparecer devido a contraceo longitudinal se utlizarmos corddes muito compridos. Se Utilizarmos uma junta duplameate soldada dimainuimos os riscos que podem aparecer, no caso de a soldadura da Junta ser simples CAG” se Figura 19 3.2- Exactidio na manufactura ‘As partes componentes de uma fabricagio devem ser correctamente manufteturadas respeitando «forma e dimenstes requeridas na montagem. Inexacidbes nas dimensbes ou nas formas sigaficam que 2s partes componente da fabricegfo ‘© serio sujeitas a consderiveis tenses para fcarem correctamente montadas. As tensGes, provoradas ‘or mefos mecdnicos, para levar as partes components a sua correta psiglo,vlo-se somar aqulas {te slo produzidas durante asoldadura RRaramente se opdem produsindo asim um agravamento na deformagio total tar deformagies a Procedimento na soldadura a fim de: ‘Sko varios os factores a considerar em soldadura com influéncia directa nas deformagoes das peyas soldadas. De entre clas, destacaimos: = Processo de soldadura; | -Tipo e dimensio do eléetrodo; = Niimero e sequéacia dos cordées; = Diimensdo do dep6sito e posiglo da soldadura; = Corrente e velocidade da soldadura; (D_ ~Sequencia e teniea de soldadura; = Temperatura inicial; _Embora muitos destes factores influenciem directamente as deformagées que se verficam, nem sempre slo tomadas em consideragio as deformagSes que provocam ou seja, sio considerads como factores secundirios selativamente is exigéncias duma soldadura s b- Processo de soldadura 'S6 muito raramente 0 processo de soldadura 4 escolhido tende como principal preocupagdo as eformagdes das peras. ‘A soldadura automatica é feta a clevada velocidade conduzindo a deformagbes mais pequenas que as obtidas por soldadura manual. Este facto, deve-se a duas razSes: 1) Na soldadura automatica ¢ depositada num s6 passe maior quantidade de material de adigfo do que na soldadure manual, reduzindo assim o nimero de cordées necessérios para uma determinada junta; ‘Gonvacaiar spans monecadar ele wdadirs u Preveordo das detagtes 2) Na soldadura automética verifice-se uma contravgo continua devida ao arrefecimento do cordio © do material base, enquanto que na soldadura manual a contracgdo se processa pe~ intervalos, de acordo com o depésito feito por cada eléctrodo. © ponto ideal da distorgao minima $6 sera conseguido quando, para um depésito de metat considerado satisfat6rio, conseguirmos a maxima velocidade de soldadura. Figura 20 © Tipo edifmetro do eléetrodo © metal de adigso deve ser depositado no mais curto espago de tempo possivel a fim d ‘inimizar a quantidade de calor forecida. F, pois, vantajoso utlizareléctrodos de grande dimetro 4 que assim, se reduz a0 minimo o nimero de cordbes necessérios a execupo da soldadura, Na muaioria dos casos 0 tipo de eléctrodo uilizado € determinado por outros factores qu. excluem normalmente a deformago das pecas. Contudo, em casos onde a deformacto € 0 principal factor a ter em consideragio, como no caso de chapas finas, € importante s escolha de um eléctrod: ue fornega a menor quantidede de calor as pegas por cada unidade de comprimento de soldadura. Para soldaduras topo a topo sem chanfto devem ser utlizados eléetrodos de grande penctragio. d-Namero ¢ sequéncia dos cordaes oO 1Nas juntas topo a topo ou em ingulo, se as pecas ndo estiverem rigidamente fixadas durante a soldadura a distoreao angular pode ser considerada dependente do niimero de cord&es dados numa determinada secgio de juntas N A YL Figura 21 Conraccoes ences orvecadar oe oltadna Preven das deforms 4 passe 3 passes ware aoe O 6 passes Shesses «278 a. 13° Lafivbacla ole nimere ae passes Figura 22, = Dimensio do depasito e posigio de soldadura |A quantidade de material depositado durante a soldedura é, dentro de certos limites, fungéo da imensio do eléetrodo e da sua natural condugdo relativa 4 posigdo utilizada. J dissemos anterior mente que um tino cordfo, em geral, causa menos distorpo do que um depésito equivalente feito por varios cordoes. “Por esta razo uma soldadura vertical causa menor deformagdo que a equivalente soldadura horizontal em identicas condigGes, porque a soldadura vertical ¢ feita com mimero menor de corddes. Também o processo de soldadura par arco submerso produz sempre menor deformagdo que fdéntica soldadura feita manualmente, porque o depésito de material no arco submerso € muito thafor em cada cord do que o depésito feito em cada corddo pela soldadura manual Tinmaccior sat Wonca ea sldairs Provence de dermagtos £- Corrente e velocidade de soldadura A comente e a velocidade de soldadura sto factores que estfo relacionados ente si e que est ppor sua vez ligados & dimensio do eléctrodo uiilizado. O uso do eléctrodo de maior diémetro possivel, uilizando a sua especifica intensidade de corrente, permite completar a soldadura no mat ccurto espaco de tempo com um minimo de cordses. Tal como vimos anteriormente esias condiga< permitem reduzir as deformapées, §- Sequencia ¢ téeniea de soldadura Deve-se sempre tentar proceder a uma soldadura equilibrada relativamente a0 eixo neutro fabricagio, Isto implica que a soldadura se desenvolva simetricamente em relagdo a este eixo, € C | ~ oO a Figura 23, esta forma ¢ bastante ttl uma técnica que consiste na utilizago simultanea de dois ow mai_ soldadores na execupo duma sequéacia de soldadura. Se os depésitos forem jguais e & mesma velocidade, de ambos os lados, a tendéncia de deformagio que se verifica dum lado & exactarment contrabalangada pelo outro, Como regra geral , a soldadura deve fazer-se do centro da bainha ou do topo para ai cextremidades em cada direcgio , empregando os métodos da soldadura alternada , expecialment za soldadura de bainhas ow topos compridos e , em que o material esteja preso e , portanto , nl ppossa deslocar-se livremente [Existem varios métodos de execugdo da soldadura alternada Destacamos os seguintes: Passo Peregrino - Neste método 0 depésito de cada cordio € executado em direosao contréria* 4a direegdo da soldadura © comprimento normal de cada passo & igual so comprimento do depésito efectuade por ut eléctrode. ‘Conacaies macro ronda ola aire Preven dae Sefermagies PASSO PEREGRINO hannte ile bee Solder cu dedoserror semis ste caso de wtrios cordies Figura 24 h-Soldadura descontfoua si vaiante da soldadura altemads €idéntica ao métado do "passo peregrine”, deixando-se Deontude une as diferentes sucessBes do depésito o espago equivalente ao comprimento do depésito de um cordio. STINT ITT Dineasto aa soldedira Figura 25 Conaacehest onsenon words ola odiva —<—= 5 revenge das defrages J Soldadura Descontinua em Juatas Sobrepostas Neste tipo de junta, o equilbrio da soldadura fuz-se soldando interpoladamente, como mostra figura seguinte: Figura 26 j-Soldadura em Bloco A sequencia da soldadura, neste caso, ¢fraccionada, sendo cada fraccio simétricarelativamente anterior de forma a equilibrar tanto quanto possivel as tensbes tesultantes, Neste tipo de soldadura existe uma enica que faz uso do "encrespamento” ou "absulainento" do remendo para compensar ¢ efeito de dilatagto devido ao calor e & posterior contracgo, O remendo é previamente abeulado de forma a que spés d soldadura veahe a fiear plano. Figura 27 © abaulamento provocado previamente & montagem é muito pequeno e sensivelmente igual & espessura da chapa do remendo. Esta téenica & pouco useda entre nés e somente em chapas fines se ppoderd aleangar o resultado desejado. No Estaleizo a preparagio das juntas ¢ a sequéncia de solda- ‘dura de remendos em chapas de navios, ao baixo (no plano horizontal), segue as recomsendagées de informagao técnica do Servigo de Soldadura da Divisio Técnica Preven ds defomanice |- Sequéncia Geral de Soldadura ~ Remendo do Tipo Rectangular Figura 28 ‘Remendo do Tipo Circular Figura 29 0 didémetro deste remendo deve ser de 10 vezes @ espessura, ¢com um minimo de 100 mn, Conaastar« ponenosroccwder oe dade " reves deformagtes -m- Sequéncia de Execucto da Soldadura de Cada Junta Bs Figura 30, 1, Soldam-se 2/3 da espessura de cada uma das juntas, seguindo a sequéncia geral indicada no) ponto 2. Concretizando, deverd ser feita a soldadura até 2/3 da espessura da junta com 0 nimero | 6a sequéncia geral. A seguir deverd ser feta a soldadura até 2/3 da espessura da junta com 0 nimero 2 dda sequéncia geral, seguindo-se o mesmo critéio para as juntas seguintes, até se completar a zona I ‘Seguir-se-8 o mesmo sistema para a zona II 2. Procede-se & abertura de canal a carvio na raiz da junta até se encontrar o metal sia e realiza- se logo a seguir a soldadura do cordio de confirmagéo, adoptando a mesma sequércia geral definids zno ponto 2, completando primeiro a zona Ie depois a zona I 3. Completa-se a soldadura da face da junta seguinte & sequéncia geral definida no ponta 2. Para qualquer dos casos, aconselha-se um pré-aquecimento de aproximadamente 100 °C. Para remendos do tipo circular ao vertical e a fim de evitar 0 aparecimento de possiveis fractures, deve considerar-se a seguinte sequéncia de soldsdura. 0 Figura 31 “Conracheseeanae orvreaior ols ialars B Proven at deleagies n- Soldaduras Simétricss Simultineas [Nas soldaduras simétricas em que os defeitos resultantes das tensdes so sensivelmente iguais & ‘vantajos0 a execugdo simulténes dos cordes de soldadura. \ Figura 32 [A soldadira simétriea simultines pode ser também execulada ullizando uma soldadure descontinua simétr Tonraastes © emoonas srovocadoe pola soldadura — 2 Proven ds dformanies 4 “TEMPERATURA INICIAL, Quando fazemos um depésito, especialmente o primeiro, fazemos transitar a pera a soldar de uma temperatura relativamente baixa, temperatura ambiente ds pega, para uma temperatura relativamente alta, temperatura de fusto do material Ora, quanto maior for a temperatura a que se encontra a pega a soldar menor seré a transigdo Dbrusca de temperature entre a inicial ea de soldadura. Assim, a homogencizagdo da temperatura ne pega soldada sera maior ¢ os riscos de formasao de tensGes intemas e consequentes deformages seguinte grifico mostra a maneira como as tensdes interaas, apés @soldadura, em percentagem, variam com a temperatura inicial da pega, Perceurneen 06 Tenses LUTERMAS APSA COU3A BURA Tempensruan 24 At (rie Be Pevsses (*C) Neste grifico podemos, por exemplo, verificar que se a temperatura iniial de soldadura se verificar 200°C, a percentagem de tenses intemas # menor em 18% se tivesse a zero ® C, ‘A temperatura inicial de soldadura & um facto a ter em considerasio em agos de alta resisténcia, especialmente se forem de grande espessura ra tratamentos térmicos este facto € aproveitado no alivio de tensées residuais Tonocciese emsoror arovocades bla lastars a Proven ds deforgtes Bibliografia Curso de Soldadura Eléetrica Manual (Lisnave nivel B) Curso de Desempeno a Calores (SETENAVE ) ico de Desempeno por Chama yrotected/band 3/k37.html Anténio Macedo Trindade Canraccien nor oversee tlds a ENFORMACAO Ei DESEMPENO ‘efeito So Enformagao ¢ Desempeno INDICE Pigs | -EFETTOS CONSEGUIDOS COM APLICACAO DE CALORES 3 2- DESEMPENO POR CALORES 8 2.1 -Desempeno de pins (antepars cstdo fund, conde) 8 22- Aplicago de raves ° 2.3 Aplin de mucaos 0 24 -Desempeno de ona do costo ” 2.5 Despite de montante 2 2.6-Suponbaros agora a sgulate deformarSo B 2.7-Vejumos agora a seguinte deformagto 1" 5 Pao a bad et 4 : 3- PRATICA DO DESEMPENO 6 1 -Desempene dom pain! ” Bibtogratia 8 Derempene Chana Exformagio ¢ Desempeno 1 -EFEITOS CONSEGUIDOS COM APLICAGAO DE CALORES ‘As chapas ¢ perfis usados 1a construgio naval, o em qualquer outra estrutura, tem configuragbes spropriadas a0 local onde estio aplicadas, configuragbes esas que teremos de dar as chapas ou pers ‘Ao provesso de darmos a forma propria (para cada estrutura) patina da chapa, ou pes, plano, chamaremos enformacio, 'No entanio, por qualquer causa acidental, (explosfo, coliso, ou outro) algum elemento, cchapa ou perfil, poderdalterar a sua forma propria, diz-se que est empenado, ‘A operagio de desempenar consiste em dar A chapa, ou pecfl, a sua forme propria [A difrenga entre enformasio © desempeno consste entfo em que, na exformagio, partimos de uma cps plan par conseguimos a forma propia enquanio que no dserpen ssa mesma chapa, ou pes, anteiomente tve js essa forma propia, © que fi alterada por qualquer cause acienal epretendemos de novo volta dara forma a esa chap, oO Podemos dizer eno, que pare exfornarmes ou desenpenarmos teremos de eterar a 7 configaragio que «chap, ot perl, tm nese momento, "Esa operafo de aterar 2 configura da chaps, 09 pel, & feita por processos Inecinoos, por inerméio de caloresTneares ot operacdoconjunta de cealores ineares e090 smocinics, © prosesto.meciico, ‘como 0 seu nome indies, ¢ cexccutado por miquias fesramentas iss como: clendra, quinadeise prensa Fsias mdquias, bastante robusta, encortran-se nomalmente fas nas oficina, nfo send portant poste a su deslocagSopuofocldetrabao, qe sem sempre 6 oem, -y © milo. endo. possivel-o.deslocameno. da : chaps, ou pest, para ofcins, como sea 0 aso “duma zona do costado dum avio, teremos eatfo de decorer 20 proceso do calves linear para obter a altro. da configuragio. da ‘chaps dandoshe assim a forma desea ‘Chuma’se. calor localzado 20 que & conseguido com o aquecmnento dame zona de determinadasupeice. Para que ese. calor produza 0 eftio desjado, € convesieate conseguir una diferenga de temperauras to grande quanto possivel entre « zona aquecda e ndo aquecida, dita fra Para estudarmos os efeitos dum calor rene atiate. esse tipo vamos parr do principio que hi ~~ ‘uma fionteira nda entre a zona quentee fra. a Desempena & Chama ZONA AQUECIOA ZONA FRIA Enformasto e Desempeno 0 calor produz, fundamentalmente, dois eftitos a que chamarenos eftito de Dilatagdo & cefeito de Contracgio. Efeito de diatagio e contraceHo Consideremot o aquerininto duma Chapa, canforme indica «figure, © equecimento da za, 5 _omensio a emo indicada provoca um aumento de \ iensio'devido 4 distal do | oueragho material dessa zone. que no caso u Ho 4 ovewre eer indpendete ts chaga SS Cl fmentain “0” volun, quer no sentido longitudinal " quer 90 setido da espeasura da chapa, Atendendo a que a restate chaps ests 36 em parte permite a dilaagzo no sentido longitudinal pelo que se desenvolvem forgas contre a 2058 quest, constrangindo © deslocamento nessa dieccto, Sendo assim toda zona quente fea sueita & compressio, compressio esta que rovocari imino transversal quando ess rea voltar a Scar 8 ‘temperatura ambiente. Pois @ ‘compressio provoca, Siimiggo de volume entre ozone quente et oa fvonteire_ent . Sentido de espessura nfo hi constrangimenta e parte do volume do material corresponente & ) cconforme represeatado na numeracdo da Gua, A ofientapzo dos tragos aquecidos € Fangio do tipo de ccurvatura do vio & esempenar. Nio & feito qualquer anrefocimento nas zonas aquecidas, podeado fazer-se um ligeiro martelamento durante 0 artefecimento, se se verificar queo cempeno excede Z ligeiramente o valor ds tolerénsiaadmiida, evitando-se assim novo aquecimento. Deverkter- se ainda em conte 0 seguinte: Desempens 8 Ohana oO Bnformagdo ¢ Desempeno ‘A orientagio dos calores seri ita consoante © empena da chapa entre os reforgas ©, assim, eremos, paralelos t08 moatantes, se 0 empeno da chapa for para um sO lado, como indieam a figura, Os calores junto aoe montantes sio dados do lado oposto a esas, seado 08 ‘estantes dados do lado conveso da curvatara da chepa, Thelinados « 45° em reagio aos montantes, seo empeno da chaps for para os dois lados ‘como se indica na figure N ae Curvatara da chapa visto do lado esquerdo © nimero de calore a aplicarseré de acordo com o empeno da chapa(quento iior for © empeno, maior seri 0 nimero de ‘allores)e, portant, conven que, apos cada faa de calores se S\ usc faga a medigdo da fecha Nowa que se fiz a medigo depois da ‘hapa estar fia. Para i 0 monador usa uma ségua eomprida cajos exttemos assenta sobre losis onde nfo hi empeno,seguidamente« com a sda duma ‘gua gradvada medio valor a ech da zona empenads No caso. de lecha ainda estar fora dos limites prevists, seri dade ume nova fiade de calores destocando-os dot refrgos para. centro da chap “No caso de sete jf chogado a0 meio da chap e esi ainda estar com empenn superior & tolernciaamitid, serio dadas aovas fadas de clores 00s itervalos dos anteriores. Como no convém fazer um areferimento forgado, (epicando at nos pontos aquecidos), ot dlesempenadores trabalardo em simultaneamente om toda zona 2 desempenar © 83 weiflenbes da fecha sO serio fetas apés tode uma pasmagem de calores na zon a desempenar. 25- Desempeno de montante ‘As deformages nos ‘ontantes provocam nestes, dom forma geral, empenos a forma de arco de cireunferéncia. O seu desempeno consiste no aproveitamento dos efeitos de Conkrsegdo provacando pela splicagSo de ealores. A zona de aplicasdo de calores no montarte {depende deforma como este apresenta a curvature Desempene & Chama Erformagio e Desempeno Suponhamos ento seguinte deformagio © desesipeno do montante consiste ma aplicaclo de ealores en forma de V na sha do ‘montante. Como a contraceio do ratesial € proporcional & dea aque> ida, Sendo esta maior na zona de maior rio do peel vetifca-se que © montane ten tendéncia a fcar ieito (sem curvatur), 2.6 - Suponhamos agora a seguinte deformasio © desempeno do montante consiste em dar calores em forma de V na alma do perfil (alores estes a toda a espestura da chapa) © ealores na aba'a toda a largura nas zonas correspondentes 08 ‘alores em V. Com os ealores distibuidos desta forma consegue-se 0 eftito de 2 perfis de comprimenio 1500 mm > 2peris e comprimento 750 mm Método operatri: Sobre a chapa soldam-se perfis conforme figura abaixe. Os pers podem ser perfil L, bobo cu outro, conforme disponibilidade, pois que o sea fundamento 6 0 de formas um min painel As soldadurss iro provocar empeno da chape pelo elsito da contracgéo inerente 20 processo de soldadura. O empeno da parte central Jo pail deveri ser mais evidenciado através de uma forga externa para que se justifique a utlizaedo de travessio, © desempeno consistré na aplicardo de ealores do tipo quinadeira na face opasta e na ireopao das soldaduras de modo 2 que se consiga © desempeno da zona exterior do pain Para a zona central dar-se-E0 calores tipo ventoss depois da aplicago do travesslo, segundo & ‘descrigdo fia sobre a utlizagao do travese, ect solace, Desempene & Cham Oo Erformagdo e Desempeno Bibliografia ‘Carvo de Soldadura Elétviea Manual (Lisnave nivel B) ‘Curso de Desempeno a Calores ( SETENAVE ) ico Enformasiio ¢ Desempeno (LISNAVE) hitp://www.twi.co.ul/professiona/protected/band_3/iK37.btm! Anténio Macedo Trindade Desenpono 4 Chane

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