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Ao corao que sofre, separado

Do teu, no exlio em que a chorar me vejo,


No basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
No me basta saber que sou amado,
Nem s desejo o teu amor: desejo
Ter nos braos teu corpo delicado,
Ter na boca a doura de teu beijo.
E as justas ambies que me consomem
No me envergonham: pois maior baixeza
No h que a terra pelo cu trocar;
E mais eleva o corao de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.
Olavo Bilac

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