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\ © domicitio no Cédigo Civil de 2002 Bre Lewicki I Introd — 2. Os conceit de omit, resident ‘rede ~ 3. Domiio das pases maarts — 4 De ‘lin necesin 5, Dnt profisinal — 6. Do Ica do agente dilantin 7 Domictn das psoas Fics “8 Domo gral dow erecta 1. totrodugio “Sempre involvel, escreveu, sobre 0 domicio, Gustave Flaubert em seu Bicone dat ideas ft, npgivelreunito Ge" mutas das opnies consideradas de bor-tom pela burgesia oatemporines” segundo romances, que rivew no séclo XIX: Com fet, em mesos daquelscentira, epoca aque se atibai ‘labora da mai dos vesbetescontidos no obra — ber da ‘erdade,snacabaa, sendo postuma a complagio — i vigam Preis areas constitucinas inclusive na Franca de Flaobert © 1 Tac e Crass Maren So Fal Nove Alea 1885, 9.38 2 Dias das tar, Sta Pu, Nv Alen 188». 3 (eco Send de ara te pats) ee eee eee ae no Brasil dos Pedros alas jf se apregoaa a involbiliacse do {Melia come io grantia fundamental dos cidadiow’ Decent que esta ndo era ma involabiidade absolts,¢ @ pels Faber i faa, a este expt, more ressalva — “To= ints a Josten plila penetsam aos domictios quando que rem", Nequelecenirio,contade, onde to bem defini encon- teavase a esremodura ete crete publica e det pivad, ers Imes so plane consttucioral que a meng ao domiciio reves hcve de caateristicas de protapao da pesos, © iderio burgués pusnva senconzar 0 eepag casio como rego kim do ho- ‘rem, onde cle encontrava paz © privacdade — 0 que gankavs Foega com 2 sepaaci, ent cada vez mais nit, entre cash © tenbao,espago prvadoe espaco pablice, Assim Michele Perrot {Tcfina sScearmodelo®daquela epoca, prdpria das inkimidades bpguests no scala XIX, “desde a Londres vitorana até Viena Frede-século wa, mais’ Leste, © corago de Berlim e So Pe- sera Forse da privy [Jy verdadero tempo das colts intima, aun € ebcto de heat interns, microcosmo percorido por flnaondaese fonts onde te deform 0 pablco eo prva- {Eo homens ¢ mulheres, pais © flo, pases © empreads, fara nos" Em Fasbere otra ver, mals propriameate na compilagio de suss comespondéncias, vamos encontrar exemplo cogente desta Tela do Homen oitocentista com ola, como demonstra Perrot: 5 Now Card 1624 pug [eo ciate ct an io lr De ae ne per ene eo pore conten Pee Te deter non nny de da ert en TITRE Sov pte metas Ce deter” ae 17,0 Gina Pinar Dart das Fas, P98 Sitti ce Mra’ ta de Vie Pra, vo 1, De Reade Frm Pics Ga, St Pi. Compa dn Ls, 2.310, 0 0 deseo de um canto pars expresa um crscante sent de Individualsme do corpo em sentiment do individu levado feos estore a6 lite do egncentismo.“E precio leche Sun pra © suas janes, curse sobre 5 prope come um ‘urge, acader um grande fogo em sua leis, pls faz Fe, rocae em seu coraio uma grande tel", sceve Flaubert Come ai podemas aranesro sol € necessro franca tds 1s elas acender olstue em nosio quarto" Em suma, come ada Goncourt, sp6s vatcinar que “vids ameaga tomatoe publica, a cae epresentava 0 efgio dos rie foe Seo Direto Pablico, como |é se referi, prceber a impor {ncia de resguardar, por mien das Constituices, inviolabiidade td domico,« prcocupagao do Direto Privad era nitidamente te outr oem, O exame do CScigo Chl brasil que vigorous pride 1917 denoa bem esta cliagera — meso porque, como Ee sabe, a cocfieagio surpida do Projeto Bevlagua “se enquadra fas grands lines doutrindrns da codificagies otcocentist", re ‘elsdose um cddige do sdculo XIX ainda que so promlgads em 1316" "Naquele Cdig,otratamentodestinado a0 domico€ volta: bo, presipuamente, para 9 perfil estutual do institu, Atual tnente, como desponta de laborsds doutrina, cada instrument Ftrice deve cer sempre estado também em seu peril funcior ‘al pols "acsrutrae a fang india anaturesa ds nstrumen- ‘os jridicos. Apesir da persirentepredominincia dss preceups. ‘hes estrturss no seis dos lists, "a perganta mas importante io € feta pra saber sesrutars do nstieto, mas im a sua fume 1 Moe Pet si, 321A pane mage de Ser oi cobide eterno Conerndc e Gt 7 cra Nae tafe 665 cos Bn Sclsge, det de ST 1 pa Steer de Anrae DCodcre cin de am conse Feet Aap Lovo ogne1987; 25 Bs so. Para que ele sere? Porque ele 4 aplicado a este reaidade? Guat su ano jseicaia™ Seva snplstaconsiderar que ausécia de ura mensio ex: prea fungio do domo represetarla ela de técnica ou de Eosdado da pure do coificador Lembre-se que 0 Cédigo Chl de 1316 centrnese na gutonomiaprivads (rectus, da vontsde) do {ncividon, a eters da grande matrir das coificagSes Uber, © ‘Code nayalednice, que “exauria a sua tutela, por um lado, 20 ‘iveitosubjetvo (ou sj sobretudo ma propiedad) ou ante, 10 Seu tala, por out ido, na ontade individual, ou sj, 00 “A doutrinacontemportnes consider que a autonomi privée covresponde 2 umn “espace de Uiberdadejurigenaatribudo, pelo [iret ts pesos, podendo defines como uma permissio gent fica de prodacio de efettosjuridicos". E peste context informs {do pels stonori, também definda em igo bela e cris como “thgito de gorernte-e conforme suas prOpras ese segundo sua propria vortade"", que o domico €trstado pelas grandes coil Eagbes cis — nat pula famosss de Messineo, 0 domicio € ‘Scolido c consituld ivemeate pelo indivi, como manifes: {octo desu vntadee eesultado ds sua autodererminayio™. Com Dercepsioapucads, Michele Perot, em sua eferia ands 0 bre ot are do stculo XIX, reproduz pensamento do indivduo, abstrate “ait de dren" que protagoniaa os Cdigos: "Ser lire €, para comes, poder escolhero sex domicio { PevoetnanNor Cmactyfl Paaa Re (haat Menezes Cadet, Traded De Cll Pragy Pare (Gol Cntr tia 198180 TMi Cea Sn de Morse Conmigo eDiret Ci Tends, ‘Sie mao eSaseade 15,0108 1 mre eo mr ha Senn (Serbs ance nies Mame Dy Ce Comers EE lnicow See Sten, Cate, 1957, p25) 16 Lemibre-se ainda que “a casa € também propriedade bjeto de investimento esabelecimeno [| Apedta€2 fra superior do putrimonio"®. Neste reid, a propa ila de domi reac fseintimamente com a de propriedade, conceto que ence mio fee de diet © projeydes patrons io bem repre Sentados no Code, que tila como pl easenial drcit abso lito da propriedade prvada © s diferentes todos da sua auisi- ‘lo sun edminsragie,sobretudo pel cefe de aml, eos eos Sous anemia ‘Um alto de dois séculs leva 20 Cédigo Civ brailiro de 2002, gue (corn cto por douteina que, em suas propria pal ‘ras, se apresentadescomprometida com “os afagos recprocot€0 ‘emo de ailades") se inpirs em movimentos legislative ul {Mapassads,repis oconceualiame que idence o dirito ci ‘ome o lcs das relages pationas, ¢ retséarado (pos busca Seu paradigna emt codiga vetastose ignora as leilages mai fecentes)e demagopc (gual “engenkeio de brs eta", are: ‘ents entendimentorconolados pela dostrina, pels taibunas€ Dela foislagieextrvagane come fossem rides novagies). Em ima, ence velo, mals leepasado inclusive do que os roe tos de recoiicago redigdos, entre ox década de 1940 e 1960, Deb indisputaa nta dos vistas brasileiro ‘Um destes legados €oprojeto asinado pela pena de Orlando Gomes, progress eantenado com 0 que se prdusia em outros Centon Hs quatro decadas, Gomes jf anotava que" consgrao Tegilatia ds conceitaseconstrugdestcnicas que a dourina ale- Ini ebboro, itteatizando-or numa Parte Geral do Direico Ci ‘il sob influencia do Sistema de Diet Romano de Sevigny’ 6 ‘ao conta com or plas enusistios que provocou em seguida SP ipeonegdo do Burreucher Gacetabuck”. Prossegue 9 este, 1 Mate Peet “Mane de Moa 308, 1 Newel hieise de Con Caste, bode Hira eo Dito my io Ps Maras Pte, 385 5 Te mig Guar Tepein, etrada og ver em epee ora 0 None Ghlge Cho Boo Gage ot Rec Ege (Ciel lee REDE, app. EN fundando aaustncis de Parte Geral no Anteprojto que eign eveidade de suplantar o qve ele chara de icovenent da ene Talsapan "Razio decisiva ado i, com efeito, para cnserar © tmétedo do Csdigovgente™. 19 timid ecoditeador do terceiro milnio, contudo, howe por beim manters Pare Geral, com poucss modieaes em sa Petarura com no eato do acanhado capttalo dow diets do peronaiadeIsprado no Projeto de Orlando Gomes e muito Poem do svtig de deyenolsimento de que tas ssuées des ‘tam no drt otal, Ouimo exemple desta crisalizgioencon- {ase no capitulo referent a0 dome, que muito pou iso om se veri com rego ao seu antecesor, 2. Oxconceitos de domi, residncia e estoda An ratarda relago da pesto com tersitro, o Digit langa mode iferntestermeseonceites"-O diet prvado, como Tid, ieeres se, sobretudo, pelo conceto do demic, ras felado dese, quando se ooup das pesous nara, tata tambérn ‘Tides de tesidecio cestada™, Para entender acifereng ere Gr termor "domico",vendéacia” ¢"estada",pode-se imaging {be numa escla crescent: 1 morada nfo implica ieia de perma tenciaaesidéacia implica eo domo peessupce apermaaénca Com imo definitive. Tsui para moredao que impor €purameate um ato, Para a carnrerizgie da residdacs, ese to j ado pescinde de wm 1s Orland Gomes, Meir uti de ert de Rfra d [SG eo Doane empresa, 1983 3p. 1445 Fone a nena se ber Puc pi inporant HARES eve dro a edn cain 8 ‘isipeaek etd, ded penone prey alton o ao Sater leone spre ite Bete abc ef Cade ole on USS fatesia i Bnte ne Cota do, 974 are 9-100, Siem le om en stad ete toe por Sn Tags Bangin Pg dBc ws a He certs elemento animico. 4.0 domo da pessos natural €°o ug ‘nde » pesos reside com eariter de permanéncn"O domictho oajugn pots, dots elemeatoe im material. o fats da residénca, fqu ¢ extern, eouco pelguice,alatengio de permancce, evides ‘Ehnente interna. Logo nem toda rsidencia ert domo, as 6 guelaem que a peri se encontre com fnimo defini. A inves ‘jac deste dni, todavia, € de improvivel sucesso, dads 38 Siroasdifiealdades gue revertem estas persuirighes interiors. Doris, doutrinseliatas mporcncia dese anal ascircuns ncn pa divi ay eventual dvds, pve “a imporcncia de (teenie end ras suas rpercusses exterscres™, chegando Cara Iho Santor coniderar esa como uma questi esencslmente de fat “gue entra no poder soberano do uid causa “ral conchsio pode parecer pradoxa, jf que, inciskente, locaizw seem ui extreme aesada, queso passirla de um to se encontrar seem determinado local (0 qu jf evo #36 3B ‘mar que a dating entre residéncia estada, "gue podemos per Festamence fer, na pitica ao tem itereste pars o Dieito"") Em um nielitermedisnio, oda cesidénca, cal fto i apereceria Conjugado ou elements animico de permanéncs ainda que ao {lo forte comno ele €exgido no outro extreme dacadea, onde etd ‘moxie de domicio — que repeseataria a junto daquce ato a {Que se alu com uma inteneso defincva de permanecer “O domicto, indscutivekmente o conceite mat importante dleotre on ada, € tide como e centro espacial da vida urd da pesion, ou set, 4 sua “ade jardin" A elena da aog4o de Fomiclio ao Dirio pode ser exemplificada de muitas form ‘apenas gusa de demonstrago,lembree que, segundo oar. 1, Sn Tigo Dantas, Fragma 188 1 Shino eStart cece. eat lo {eden Foren, 1896 9 pp. 0-21. Co er, Cai tern renin, Rd i, Er San Tage Dana, Programa, tp. 159. 2 Francs Amu Da sade, Ri de anc Reso, 1908 tum coma 2 9 ds Le de Introdusdo 20 Cédhgo Ci, [a et do pas em que for ‘Eomuelieda« pesos dermis a rgras sobre ocomego eo fim ‘de pervnaidade, o nome a capociade eas crits de fama € nde o domielo que determina o lal onde s pesto, habitual mente, ters de cumprir ses sbrigacbes (Cedigo Civil art. 327) © Tinda onde see abeta a sucesato heredita (Codigo Civil, art. TITS) Nascar doe procedimentoy,vge a reg que apoats, em principio, odomictie do eu come o foro aproprado pas propos Eire das agdes fundadas em direito pessoal em cieitos reas fee bens moves (CSdige de Proceso Civil art. 94). Nbo obs fate, o ago de cesponesilidade cil do forecedor de prodstes Serugos pode ser proposta no domiefio do autor (Cadigo de Befeoe do Consumidor, art 101, 1), e, no dibito dos Juizados Expects Cielo aitor pode optar, as agbes para reparagio de anos de qualquer naturea, pelo ses demic ou peo local do Sto ou do ato bern como pel ugar onde acbrigaio devesse ser einics ou pelo local onde ore exers svdaces profisionas Si econdoncis ou mantenhaestabeleczneato, fal, agbai,si- urs ouesertério (Let a 9.099, ar 3, Domi das pessoas naturas No que tange is pessoes naturals, o odenamento jrico ss citasgumas qustoes que merecem certaefledo — ainda que 0 legisla do CSdigu de 2002 ro tenka inovedo eepecficamente estes pect, gus seam: 4 pluraldade domialar, a auséneis Gb residencia fixes mutabilidade do omic ‘Nslurlicade domi tradicional no Direito bral, fil 4 sun erger romana. A mor parte dos autores consider, bd bastante tempo, que sera una “abstacao Infundada’escolbera- beraramente wana 16 resfénca quando a pessce naturel tens (dossou mule onde vivaatersadamente™ O pasar dos anos ample ficou estacompreento, tendo em vsta a Gesterritoralizagio ope 2 Asin ae porcine Covi gn (Cag Cid: Ede Uni 2 fe ene en Fees Se 95, 10 rade “no mundo modern, com a expansio dos neécis, com 0 incremento dor meioe de twanspore, com o desenvolvimesto das omunleagtes"®,O fenbateno da corurbario gana fogs as di {nia dominuer,tormando-se mais mals Fegbeate baver pes {us que tom diversas reidéacar,onde aleermadamente vam. “S'Ceaigo de 1916 tratav, em unico dlspstiv, da plualds: de de resdencis da pessoas da pluraldade de "centos de ocupe lo bubincais" daqula,sduzindo, no art. 32, que qualquer das ‘esidencias ou dos centres profsslonas da pesos natural poderia {er comsidendo seu domicio, J a neva codifieagio optou por Suto teen, decantando a plaralidade domiilar poisson, eaminada em euros termoe, como se Ver dante Tine que diz oma pluraldade de residtais, invagio aenhuma: "Se, porém, {Tpesta natural tver divers residencs, onde, aternadamente, ‘iva, consiera-s-§ comico seu qualquer dels" art. 71) cert, abscrvese que nfo €0 simples delocamentocons- ‘ante que birt para craters pluraldade de domicos da psos atu @ preciso que concortam, nas diferentes lcalida- esr requisites do dnime e da resdencia, Into acoerend, a pir faldade domiciia deve ser aceita, por melhor espelharsrealida- Te aftsandese idea do domicile to-somente como filo fuldics Os conestos dever submeterse ov aot, eafo 0 con is, sob pena de porpetoar nrmativa vetuta que nfo espelha a Setodade para 4 qual fo ergda,Frise-se ainda neste tema, 9 Sonrerstnca de leilagde processus! com ales substantiva, pois © ‘Codigo de Processo Civil em seu art. 94, § 1°, dispae gue [rJento mels de um domico, 0 reused demandado no foro de aqualgue dle ‘Na mesma medida em que se ocups da hipétese em que of domiediosabundar, onto ordenamento erent também opro- blems oposor como proceder na auséacia de reidénca fia? & frente que 4 peswa etand sempre em sigam lage, mas € osnvel gu ao se apresents, concomstantemente, ago que set Ee inimo em permanecer, Tal problema & lembrado no ar. 73, {ijo mandamento & explo: “Ter-se-4 por domiciio da pessoa Bene, “0 din Resa de Diet Ci 0.3, m natural, gue ato tenba residencia habitual, o lugar onde for en- contend” "0 ar 33 da primeira codificagto ciel brasileira, que equa ‘esta matena no mime anterior, ei ainda mengio pesos “ee ‘impregue via em viagens sem pont ceatal de negsios lem Adnquela que ni tenba sesdéneis habitual. J4 no novo repime, 3 Solugin pasa peso que exeria ran profiséo em lugares dver- fos srt outa, com su examinard infra Assim, a regia doar. 73, fies exchrivarsente destinada Squeles que ‘ado se Fxam em ne- hu lugar que alos estabelecers em nears Toalidade, {nlm defnitivo, om aintengio de a permanecer fi ponte Zeno Veloso, antes de arematr: “Onde forem enconre {is ado ¢exstamente a seu domietio, mas o lugar que vale como Seat domo. Onde 4 acharem € 0 seu domicio para os efeitos Tequist, Ou sca, quando s pesos € errant, desprovida do Simo Ge permaneces, entendese que o seu deslocamento izmplica tam ‘em no deslocementa do seu domiedio™. Aqui também 0 C5dig> Ge Process Civil va aa panda da norma materi, so dspor que “felendo incerta ou devsoahecda 0 domielo do éu ele seré de tmandado onde for encontrado ou no foro do domiclo do autor Gr 94,5 "Hs que se ila, anda, na mutabildade do domi, Segundo a dice do cnput da art. 74, “muda-se odemictlo, ransferinda fesidenca, com a intense manifesta de o madat™ O disposo€ = epetigio quae itera do capt do art. 24 da codices revogsd Serelhanga ests que se repets no cxame ds prigrafo dicos de da um destes dispositive; a aoema em vigor apart de janeiro ‘362002 afr que] provadaintencto resularé do que dec fat a pesca i muniialdace dos lgares, que dena, pra onde ‘ts ou a0 tas delaragSes ni ier, da propia manga, com a8 ‘rcunitncla que a seompanharen 2 Zeon Ve,“ dome’ ca 9. 2 3 Assn, Clo gan, pn gue com pes ental "ols" (Cag Cs. 9250 Come percebem os doutinadores, 1 matailidade do domici- lio ado aera fata dele ser, em ropa, fxo, "pela necessidade normal de ertablidade dat “elagdes fridias do Individuo™™. ‘Kiem do mais, nunca se oblere que €carateristieaconstittva {Go domicio nim da pessoa em permancce, com caster def sitive, negucla pga. Isto fo obstane,“[a] pessoa natural, 20 ‘ro da vida € mutes vezsatrada para lugares diferente, sedi Sls pelo gonto ds novicades,impeliga pela ncesidade ou plas Couvesigaca 2 procrar, ngueas teas, melhores condgbes de Subset ou de fortuna". ‘A mnudanga de domitio 2 que fz refertncla 0 ar. 74 & rmudangavlunidria, quando oestabelecimento de residence com Time definitive em our localidade [equiito objetivo) € gad pelo abteo de pesos (eequistorubjetto). Provaseo requlsto pj sem males vidas ou perealos, pos ele s identifica Goma peri “materilidade do transferimento™. Jaa prova da isteogdo de me € nai eivada de controversias, pois nada veds tq algm constitu etdenca em centro divers do seu domic Fetsemn vontae dealterar ete. Alm dso, 2 doutin jf rendew- fe} normalidage eotcans, percebeado que, mesmo quando bé ‘edn, a eetvamunifestaio de ul propésito 4 municipal ‘Bede onde se retin chquela pare onde se ansfere"aramente se tan vide patica™. A "intengto manifesta de eudat™ alae pelo Codigo pode ser presumida, gue ele prio prevé a hips- ee as decleragces ts munispldades io seem prestadas, de trmicando que nest can deve-se atentar paras circunsténcias {Goeacompanhano ato material da mudaaga "Avsims a mudangsfetiva cde Bastato no &imprescindve om £ bastante prs trnsferenia do domici. So circunstia- Str que scompenham o ato material de mudancs a montagem de GEAT Sguindo de bens estabelecimenco profissonal ea ligule 28. racic Amana Dire Cad cp. 233. 3 Can Mra debs Pri, tgp. 36 5 Carian Ste Pree tee p. 237 3 Site agus Di Gy So al, Sar, 197,27 a 12 dacSo de nego ntreses no lod dexado, O que nfo basta & 1 transferncia de forsna, que pode indica os peparstnos — 3 transfertnca propramente dit contude, 26 croada crn 4 mur dhanga da habtacio™. Ou sca endo em vista a mbjeividade que reve scaracterizagio da manifesta intengso de maar, o Poder Jdielirle devert, em cada caso, vestige x crcunstinla, de smodoa cericarse de que houvefxagdo de novo domico™. "Nem sempre, todavia, a muadencs de domic traduzirdspe- sas um ato de atonomia privada. A mudanca domicile pode também ser compulssea, pois a principio de que "toda pessoa fem dirs a exclber vremente domctlo” impoesre recat “salvo quando ale impse em rzio de circunstdnciaspartcul- es, Neste casos, © domicio no ql 4 pesson passa 2 ear Seda nso mais se reputaVoluntéro, mas ncesano, como se verks sui. 4, Domicio ecessirio [Na ligto de Kal Laren, assim como 0 name, 0 domico de turn pesto sere ao ordenamento, em VAn08 appectos, como ‘acteristics por individuslizalo dagulae como poato de cone “ip para at Flas juridicasAinda mals explo Joserand, ‘para quem o damico completa a idenificacie da pesos, inicieds pels stig de um nome — ou sj, do mesmo modo Gue todo Individuo tem um nome, deve também ter uma “sede legal” na ‘ual se hide consierar sempre present, sinda quando se encon {fe momentaneamenteafteado dea™ 5B New ence wars de Mara Fda Dn (Cs Ci Ata, Hid, 185 91) Amal ld Car de Day Ca rae: ure Pare Gea, Sie Wee Rean dr Ton 7 esa |S owl Cint Pace Gener, Mihi Ede, 1978.15. 2 Lane lonmrnd, Deca Ca Buenos Ae Boch, 207 Meso quanto so nome da pessoa humana, maisimediataes- te aroredo a noo de proteqso da persomlidade, ato se amols {eels de que represent spenas un "direto” daguele Inv, ‘Veise, a ext rerpito, 9 exposico de Serpa Lopes, apis aise que nome é "um mist de crete obgngso ‘Como um diet presenta um dos atibutce do pri er sonaede, rio pes qual nso pode se superac plo iresse foil elo elemento paso da saea de ebriggso. Mas, por utr Indo, ao se desconbece que, com o serum erent ‘entieadr dor incividoos na secede, hk um interes soil ‘em exitnc. Mais modernamente, Mala Celia Bodin de Moraes desenval- ‘veo mesino tema, eslarecend que oaome nfo €tutlado apenas Tomo direito, mis tamibem como “anal egal identfieador, em elas a9 mando exterior, na vida socal eno comercio Juridica" “le também um dees, 0 ever que se tem de ser identifcndo ssealinente, cmprinco angio de sina dita. Aa oa Srlevs em comsderagio€4 su fungho entiBcados do indi Gg, no ai em rego 4st mesmo, sua personalidad © Giga, mar em celago A comandade ern que se enconts inseido € a0 Etade ‘Ainda segundo aquela sora, € decorrénia desta concetua- ‘ko rome tabéan como um dever a roa mutabdade, que pes de azo sbuoluta€ bastante rigid, Sabe-te que ao we ge ‘mes rigor para que sea caracteizada a mudanga do domi, {gual prs se verfiar ago demanda alem de rm regusit objetivo [atmudanga em x) « outro subyedvo (o dnima), sendo que este Skim pode ser presumide em ace das crcanstineias. Por out 27, Cr de Dit Ci fl een, Fra Ba, 200, oy ee depen aman aR hs lado, é se examinou coma 9 Cédigo Civil cuids da hipstese da sostncis de estén fsa, 4 slugs por ele oferada€ataren- fe exemplifcativa da impordnca que 0 ordenamento stribw 20 Somicto como um dever, ou ej 3 correspondéncia que deve (hit entre cada pessoa eum domic, 20 menos —nlo se ex {Guecendo de possielicade, também sf aladica, da phralidade do- ‘cll, Ha além dis uma outs particlaidadestnente 20 domi lio que ajuda a expictar o aspect de sua natureza consubstanca de em um dever Nios imagina que, no interesse piblico, poss Se obriga alguem tliar um deteroado rome que nie sea © Seu, orginal stuido por seus pas, ow aquele que voluntariamen- te (ejusticademente, tendo em vista ga imutabilidade deste Sributo) escal paras Quando se tata do domictio, dav, {al impongf € possvel em alas esos, que se convencio- fou chamae demicitia necesito, ou seja, “a Tei fixaco inde- Dendentemence da rontade do indvidvo; por necessidade judi Gareste €cbrigado 1 estabelecere num determinado lugar (O damictlo necesirioenglobo, no que tange 40 Incapa, © omit oriinsnw — agusle que te aire a0 ascer — mas 4 ‘lense se cetringe, Sua dicplag€ dada pelo art 76 do Codigo ‘de 2002, que, neske pont, wseu politica melhor do que o see Sntecesor, condensndo em um dspostive 0 que o legisla de 916 dioperces em virtos,O caput do art. 7 esata que ‘tim omicllo necesiio 0 incapa, 9 servidor publics, 0 raitar, 0 ‘marfmo eo pres", Asim, sm da hipetese do ‘domicto de ‘Snpem, © Citgo de 2002 az quatro casos de domi lea, ov SGu ue ell dale endo da vligso do sje. Na legs coreta {Se Feancisco Amara, domi legal €o lugar onde el presume (Ques indviéve reside permanentemeat="™ ‘Betsou, o nove codificador, de esabelecerdomico neceste rio pare a mulher casa, como fea o anterior, no parigrafo ini “= Wasting de Sars Mons, Cars de Dirty Ci Parte Gea. Sha Pao Sone, 196 3ed p16 2 Diet op. co do antigo ar. 36, De qualquer mance, imperative igualdade nar os cOnies, que ganhow tntas defntivas no ordenamento ‘Stanleirs em 1988, mph uma al Iterpretagio. Coereate tents, 0 ar, 1-569 do novo Céigo Civil esabelece que “fo ‘lomiclo do casa sed excltido por ambos os corjoges, mas um e tuto podem ausentarse do dorictio conjugal pare atender ae argos pablicos, ao exericio de sua profisso, ou ainteresis par cular celeventes", fem embargo da escola reaizada ‘No que diz com 9 domictioorigitaio, como jé se alu, © recém-oncidoadguire 0 domiclio de seus pais. Os absolut ou ‘ratnemente incapazesterdo por domicllo o de seus repre ‘Entantes legis, como dispSem cap do at 76, e, nese a0, 2 Imudanga do domietio do repeeseatante importar, por Sbvo, ‘Baber na slr do domietio do representa (Os casos de damicio legal sf0 guaimenteenfrentados pelo citado capa do at. 76. A primeira dextashipteses ado servidor pblico,eajo domicile necessiio€"o lugar em que exerce per- Thanentemeate suas fongdes™ A disposiso # mas singels do que iba antecesera, 9a. 37 do Cédigo de 1916 ("Os funconérios pblicesreputatn-se domiciiadas onde exercem ss suas fungSes, fio sends temporaria, peiédies, ou de simples como, pore {que acres coos elas operam mudanca no domico anterior"), ‘hos implica smeomaideia Pr necersidades do servi publica, servidor paderd ser transerdo termporriamente; seu domic= To, contudo, continu senda local onde ele exerce sun Fangio feta” Hi ierenc também, est bem st, n0 modo como 0 CStigo de 2002 trata do domicio necessrio do malta O caput dos [38 da cosieagdovetustadeterminava que “[o}domictio dos mi- Titayes em serig avo €or onde servis", enquantoocodiic dor stu, suctamente,sdentfcoyo domo necesiro do mi- ieee ‘onde cle seri’, extance ele igado a0 Exéreno brea (Como disp caput dost. 7, senda ds Masiaha oa da Aeron 1 Ma Hes Dis, Cio Ci 9.52 {2 Aan. Min lens Dn, Cleo 3. te, seu domo necessrio ser “a sede do comand 2 que se ncontsa imedktanente subordnado"). Por dbo, hd que een ender gue interpretagio segue fendo a mes, ainda que 30 5e {Sle ma em servigo ativo” Extender, indinarente,o dome lio necesirio a0 mibtar que alo mais prea servic sto sera “ima njustifiestel excegdoo principio da iberdade ma escola do ‘domo Assim, 30 panne para a "reserva, a elelgdo do domieiio, ‘dia vols ose Fndar na sus vontade®, “Aponte eo damielo dos maftimos também ¢ legal por- que eats pests, em decocreneis da praise da fungso ue ‘ercem, fem im har obrantrio para star e pata que seam neontradat ani, spe 0 CSdigo de 2002 que 0 domictio do ‘harkimo @ loal onde 9 nasi se enconte mutricuado. Jt se observa gnc cosa tein ue onaviodee er ‘epstrad nu captaia do porta do domo de seu proprieii, ‘ou onde lhe for mais convenient, se ele uverresidenca no exte= Sor E certo que o anquadramento dos martimos no regime do ‘no aeessco fundase em importantes saaies, de dem Sprocipuamente pris, masa letura desta disposi desea um ligeiosravo que lem o det francés quando este, segundo (Caro Mano i Sa Perere,copta da determinacio do domielio| “en rant de domestica estabeleceado que os empreaados e riador de ser perdem seu pepo eadguirem, come domi lio de empresimo, 0 dos putes que servem"™ principio ete Doderiaser ssi cosicerada come urna simples prevungso le, uj efit ceosse dante dt maniferaio de wma vortade ee fl Na pritca da vid, todavia, em slguns casos de domi ne- cesifo€posivel que a constuign de um ovo domo leya- frente import, ado forosumenteacarcteodesfaziento dolar nerlor,eventulmente em eutre locaidade, e gue poder ser Contervade, Dever, ent, o pemeio ser urdicamente descon~ Sdcrado, em detrimento do segunda? Vejse a opinizo de Calo Mario da Siva Perec, em seatido diferente da que jv tou 1 Asin, Ca Sn, Cie Clo p45 En aed eres, ‘eben Grand Goma, rage tC se ner, Ee 1eTBEy oe Seo Save Vann, vee Ce sea Se a ae, 2005, 10" 28 19 Nos sistemas da unidde domi, 0 tndvidun gerd nstan- taeamenteo domicfio que antes tinh, « recebe por inposiglo Tegal o rove, que dura enquanto persis astagio que ogo Mos no nouc sistema ds pluraldade, no se verifies» pera thtomtce do anterior, Pode verificar-se, a0 cto deo indo ‘Sibeecerse com idence defi no Toca do domo Itza mas pode no ae vericr, se pesou consera ainda © tgp. o que tert como Conseqhénca 2 atitugfo de demicio Fite oe ecoregion Alea residénca com timo dfiatvo"™ Decerto que o domicio, como j se afiemou, também um dever 0 que se sbrelevs nat hipsteses de domicto necesno. A txceléncin desta ultima opiniso de Calo Miro, contudo, nfo se ands apenas na ientidade de quem a profes, mas parece, de Fito, se smoker melhor 3 aoa sstemdeen, desde que descons- ddengio di excurviade do domiclo necesiio ved caso acs, \Semade percctenee fundada cm motsos de mona. Excelente fexemplo fnarido por Zeno Veloso um fucindrio exercia fungéo em Belém, tnhe nee cade sportamencs luge e saa mulher era comerclante. Tanto ele emo ela reazavam negdcios. Nam dado moments ee fl trans: endo paso Ro de Janeiro, erborstvsse mantido em Belém fhe cash atu intereser«relagSs,vltando constantente + ‘ee Capital, Surg uma queria, erunds do inaimplemento ‘Teun obrcsio, eu tive dita om opirar qr, emboratvesse {quo funconsne demo egal Ris de Janez onde exeria ‘Xs fingtes, tinh cambim domo em Belém. Domitio vo Teneo constaide ¢ manda, not termos do at. 31 do CC [de 1916), pocendover aconado em Belem, pelos ats patiendos {pelos nein celcbrads nesta cidade"™ {3 Ze Vly obec gata dwn air oon oe earn cebu ota chs rapinae de Foner de Mond Se be ‘Seis onda sve Socio pl hte ue spon deta Ge ero [Na hipotes, manteve-se Belém como domico par ialid de espettcscelaconaa a atvidades quel vim sido praticn dls A promulgate do novo Cédigo pestis de certo moo, ste ‘ope de ermeneuris, julgar por urn inoragi tenica do capt Ineferente so domico, que Ser examinada seq. 5. Domieto profssonal (0 Cedigo de 1916 nto titra do demico profisional em Aispostiv especiic, Nos terms doantige ar. 323 pesse nat al que sree divers residencas onde alternadamente viva ou isos cents de scapagio habitus" podria ter como seu dom clo “qualquer deseer on daguelis™ J4 na nova lgisaso, cind- Farms ov regimes enquanto os écitads arts. 7071 tatam do ‘Tomei natoral no gue ange a9 etabeleciveato de esidénc, 0 tt 72 9 ocapaerpeifcamente de domi poison, dispo- {do que [e] tambern domo da pessoa natural, quanto As reas ‘es concernente profit, o lug onde esta €exercida" Mais: Purigafo daico daquele mesmo dupostivo entende gue, “se 8 peston exeritar profiesdo em lugares divesos, cada um deles onsite domictio pass relagSes que Ihe corresponderem” Ite tudo soba napiagio do at. 83 da codificago portugues, ‘como aponta Zeno Veloo, pra quem ida contida no at 726 Salaun, tendo ems rt que, eobretuda nos grandes cenros, “bi Tuite proisonais qu tr residence vvem com fara em. ede enor geramente mals alma e apeztvel, etabalham na snecrépoe iia” ‘Com aiovasio, gna importinia peeclsar qual tipo de rela- io € objeto do ename: ge ela tver por propésto o tabalbo de pesoo, agar de exercico profisional também poder ver consi let lol em md pia xa do dmc‘. Cm Sat anes este cao, eda ata pete Se SEES ceo ner crenata (0 doo cy» 22). 5 zene Vl,°O Somat’ tp. 2 ut derado gras de determina do damien, © atc intr sora € porte avo a rlgdo em are nfo dgn rpets 9 $vidade prison co indvidu, a poderioserleedoncn con tt come pons damicio Walden ode» pss tna residenc ‘Qudo sips cele msi dont raison, a solo pease ciferent agua prconiads prs plural de de esienc,porfore do ceado rage ace doar 72 Neste cao, ao se oierd lege qualqerdos domi raf nas, aseaamenteFurse neces nese ello con. Crain eel domisio pono qac Co ‘ehclona Tmasnese uma pesos oe press serio em dus ads

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