Nos termos do artigo 17. do Decreto-Lei n. 226-A/2007, de 31 de maio, a realizao
de algumas atividades nos cursos de gua detidos por particulares est sujeita a autorizao da entidade administrativa competente, sendo que o pedido de autorizao considera-se tacitamente deferido na ausncia de deciso expressa no prazo de dois meses a contar da data da sua apresentao e desde que no se verifique qualquer dos pressupostos que impusesse o indeferimento. Contudo estas condies no esto descritas em nenhum normativo. A competncia para esta conceder esta autorizao est cometida ao Presidente da Agncia Portuguesa do Ambiente, IP (APA). Antnio apresentou um requerimento, em 25 de janeiro de 2012, junto da APA solicitando autorizao para desenvolver uma dessas atividades num pequeno riacho que corre na sua quinta. Como no dia 30 de abril de 2012 ainda no tinha recebido qualquer resposta, iniciou aquela atividade, limitando-se a fazer uma comunicao prvia APA. No entanto, no dia 5 de maio de 2012, Antnio foi notificado de um ato do Presidente da APA indeferindo a sua pretenso e recusando a autorizao que havia solicitado, com fundamento na inoportunidade da realizao da atividade pretendida. Perante isto, Antnio impugnou este ato junto do prprio Presidente da APA, invocando a sua invalidade porque j se tinha formado um ato de deferimento tcito. 1. Tem razo Antnio quando invoca que se formou um ato tcito de deferimento, mesmo atendendo a que o mesmo est dependente, nos termos da lei, da no verificao dos pressupostos que impusessem o indeferimento? Qual a consequncia da norma legal no definir essas condies? 2. relevante a comunicao prvia que Antnio fez? 3. Pronuncie-se sobre a validade do ato do Presidente da APA atravs do qual indeferiu expressamente o pedido de autorizao apresentado por A, tendo em conta o fundamento invocado.