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Resenha bibliogréfica 3 O mito do desenvolvimento econémico Furtado, Celso, 0 Mito do Desenvolvimento Eeondmi: vo — Rio, Paz e Terra, 1978. Antonio Castro * 1 — Introdugio Em O Mito do Desenvolvimento Econdmico estio presentes algu mas das teses que percorrem toda a obra de Celso Furtado, como, por exemplo, a de que o subdesenvolvimento deve ser entendido como tum fenémeno historico singular. A caracterizaglo das economias sub- desenvolvidas por contraste com as centrais continua sendo seu pro- cedimento analitico bésico, Acredito, porém, que nio obstante esses elementos de continuidade, existem importantes inovacdes na mais recente obra de Furtado, £ para elas que procuro chamar a atengio nesta resenha, Fundamentalmente, a recente preocupacio de Furtado € carac. terizar a evolugio do capitalismo no posguerra ¢ reinterpretar a questo do subdesenvolvimento, Aqui, tais preoeupacdes Sto inicial- mente sumariadas ¢, a seguir analisadas criticamente Antes, porém, cabe um esclarecimento sobre o utulo da obra em exame, AAs verdadleiras razdes que explicam por que o desenvolvimento & um devem ser buscadas no segundo ensaio, “micleo teérico de todos os demais” (p. 11), onde 0 autor reconstrdi sua teoria do subdesenvolvimento, Para os espiritos mais positives e para o pibli- co em geral, existe, porém, uma explicagio anterior, mais simples e + Da Universidade Estadual de Campinas, 10 brove artigo final sobre o economista e a anilve econsamies io seri aqui ‘comentado, Pe Plan Ean, Riode 70a Ti ace de maior impacto, O desenvolvimento ¢ também um mito, por Tae es de ordem fisica: € impossivel estender os padrées de consumo dos povos hoje desenvolvidos a0 resto da humanidade, porque isso € incompativel com as disponibilidades de recussos do que Boulding chamou de a Nave Espacial Terra, Em suma, 36 agora nos damos comta (nds os passageitos de segunda classe) que no hé bilhetes de primeira dasse para todos os seres humanos, sendo “o desenvolvie co simplesmente itrealizivel” (p. 75). Essa linha de raciocinio esti imbuida do espirite do Clube de Roma? Eevidente, porém, que 0 autor nao compartitha fundamentalmen- te da visio catastrofisia daquela equipe, Nem no referente ao cres cimento populacional nem no que toca as barveiras fisicas a0 cresci= ‘mento (esgotamento) de recursos ¢ poluigio insuporsivel, jé que a accitagio desse fato levaria a prever o estancamento (ou a catdstro- fe) das proprias economias centrais® Deixemos, pois, de lado as piginas que derivam de Limits to Growth; elas parecem ser um mero expediente de que se vale 0 autor para chamar a atengZo sobre o que é realmente relevante: a ilustio do desenvolvimento. O desenvolvimento seria efetivamente um mito porque, dentre os paises subdesenvolvidos, “dezenove em vinte" (p. 74) stio exclufdos dos beneficios do crescimento, ¢ essa parcela ndo parece elevar-se de forma significativa com a industriali zagio" (p. 72). E isso no por razées fisicas: a explicagio deve ser buscada na natureza do fendmeno do “subdesenvolvimento”, Antes de ter em conta a nova concepgio de Furtado de subdesenvolvimento, ‘cabe, no entanto, apresentar sua caracterizagio do “quadro estrutu. ral” e das tendéncias recentes do capitalism. 2 Esta e outras jmplicages dos inventinios de recursos terrestres, muita. em ‘meda nos Estados Unides, slo discatidas por Rober Heilbromner: “Ecological Armageddon”, in The New York Review of Mooks (astil, 197), 8 As curvas cm °S" de The Limits to Growth ¢ 0 tamanho de suas economias indicam que a Ruropa eo Jap3o seriam os grandes consumidores marginals de recursos naturais nos préximes deeénios. Os Hstados Unidos ja se enoontram préximos & “sacuragio” do consumo per capita, Obviamente, € a este bloco de valses que corresponde, fundsmentalmente, 0 consumo predatério de xecuteos, 0 ‘qual, mantldas as cendéneias observadas (em 1970), Ievaria ao dilema do estan ‘amento. ou 20 colapso. Ver especialmente of Capitulos IL eV, in Limits to Growti, Dennis L. Meadows et ait. (A Potomac Awcciates Books, N.Y, 1972) “0 Pesquisa ¢ Planejamento Beondmnico 2 — 0 “centro” como espago econdmico unifieado, erescentemente controlado pelas grandes empresas Verificouse no pésguerra o transplante da “forma oligopélica de coordenagio de decisées” (p. 30) do Ambito das nagdes (e especial mente dos Estados Unidos) para a esfera internacional. Nese terre no, mais que em qualquer outro, “2 grande empresa leva vantagem’ (p. 33). Com efeito, 0 novo cenirio além de permitir novas econo- mias de escala dé margem a um desenvolvimento sem precedentes da capacidade da grande empresa para organizar mercados, adminis- trar pregos ¢ distribuir recursos financeiros. Conseqiientemente, as grandes empresas tornaram-se no pésguerra o verdadeiro elemento motor no plano internacional” (p. 55), A importincia disto pode ser vista levando em conta que “a estabilidade e a expansio dessas economias (centrais) dependem fundamentalmente das transagies internacionais” (p. 35) ‘Ao dinamismo da economia central somase um movimento de “homogenizagio” através do qual o$ paises menos ricos crescem mais rapidamente, tendendo todos a um patamar comum de riqueza (p. 39). A medida que se eleva a produtividade, crescem também os salitios, no havendo no centro problemas de distribuigio de renda {p- 100). Por outro lado, a auséneia total de referéncias & elevacio do coeficiente capital/produto no centro, que contrasta com suas repetidas alusdes ao problema nas economias periféricas, leva a crer que a estrutura ¢ a dindmica do capitalismo central permite evitar ese tipo de problema. Os problemas no parecem, enfim, residir no plano econtimico. A estrutura oligopélica sobre a qual essa economia se assenta cons titai “um poderoso instrumento de expansio econdmica” (p. 30), € as dificuldades parecem antes provir da superestrutura politica pre semtemente em crise, A essa superestrutura cabe “promover a ideolo- sia de integragio”, ", “velar pela inte. gridade das fromteiras” e “entender-se com o adversirio” (p. 59). 0 érmino da guetra frie colocou, no entanto, em quest@o 0 exerci cio dessa tutela até entio, direta ow indiretamente, exercida pelos Estados Unidos. A propria evolugio da politica interna norteame ricana parece indicar uma redugio da capacidade do governo de Rewsnha Bibliogrtion a exercer certas fungSes no plano internacional (p, 43). Nesas condi. Ges, € perfeitamente possivel que a xeferida superestrutura seja re constitufda “em bases mais internacionais” (p. 43). Nio hi, porém, garantias de que os esforgos nessa direcio sejam cfetivamente bem sucedidos, podendo surgir solugées nacionais dis crepantes. A posigio do autor é, no entanto, dara: a economia inter nacional ndo pode ser fragmentada e os Estados nacionais devem se acomodar 4 nova ordem sob pena de “perder em grande parte as vantagens que significa integrar 0 centro do sistema capitalisa” (p 39) Admitamos como Galbraiths Maris, Furtado © muitos outros, que a grande empresa constitui uma forma superior de estruturagio do capitals Nao resta divida, por outto lado, que as diferentes mo- dlalidades de gigantes modernos vém assumindo o controle das tran- sagées internacionais, Gabe, no entanto, perguntar: € vilide caracte. riaar a “evolugio estrutural do capitalismo” a parti desses elementos? E mais concretamente: € possivel derivar dai as atuais tendéncias do sistema? A Inglaterra é, depois dos Estados Unidos, o pais sede do maior nero de grandes empresas. Além disso, a penetracio do capitalismo norte americano na Inglaterra foi maior que em qualquer outro pais central (excetuando © Canad) Sabemos, no entanto, que a eco nmin britinica rastejou durante todo 0 pésguerta, 0 que alids € um prolongamento (melhorade) das ocorréncias nos anos 20,7 ‘jas raizes parecem encontrarse na “Grande Depressio” do fim do século XIX Observemos por um momento um setor de grande importincia na expansio ewopéia do pésguerta: a industria aulomobilistica. Essa 4 J. K. Gatbraith, The New Industrial State (New York, New American Lib, 1967). © aueor resalia ot memos atvibutos dt grande empress, prociranda anicterizar 2 neva etapa do enpitallame a partir do comportamento tipico da ‘madera corporate. 8 Para uma anilse crsier do desempenho da grande empresa (especialmente 1 norte-amesiana) ver S. Flyer eR, Rowthom, “Multinational Coxporations anid International Oligopoly. ‘The Non America Challenge", in C. Kindleberger, The Intemational Corporations (The MIT Pret, 170) 8 Ver Hymer € Rowthor, op. cit, pp. 7.9. TN. Kaldor, “Conflicts in National Eeoncmics Objectives", in The Beomomie Journal (Search 197), a Pesquisa € Planejamento Beonémico indiistria teve um comportamento mediocre na Inglaterra e apre: sentou acentuado dinamismo na Alemanha: uma elevada fragio da indtistria nos dois paises 6 contudo, propricdade das mesmas em presas norteamer Essas_e outras observagdes parecem sugerir que 0 grande ciclo expansivo do pésguerra deve ser entendido a partir de outros ele. yentos. A compreensio dos “milagres”, como da “enfermidade” bri tinica ou da "maturidade precoce” italiana, exige que se tenham em conta as condigées do mercado de trabalho europeu no pésguena, que se estudem as relagdes entre investimento e progresso téenico se examinem as politicas econdmicas dos diferentes Estados nacio- nais. So também esses Fatores que permitirio entender e contras tar o renascimento espetacular do capitalismo em nagées profunda: menie atingidas pela I Grande Guerra com a mediocre perfor- ‘mance da economia norteamericana {mormente nos anos 50). A febre de teses © estudos empiricos centrados sobre empresas multinacionais faz lembrar 0 impacto provocado pelo estudo pionei ro de Berle e Means? quando foi oficialmente reconhecido 0 peso, jd entio dominante, da grande empresa norteamericana, Aparente- ‘mente, estavam langadas as bases para uma nova interpretagio da sociedade norte-americana, Isso foi alias tentado (e com grande alar de) por James Burnham dex anos depois!” A efetiva reinterpreta ‘do do capitalismo viria, no entanto, de Keynes e de Kalecki, sendo que o primeizo se permitiu ignorar totalmente 0 fendmeno da gran de empresa ao refazer em profundidade a Teoria Econémica de sua época, © tamanho ¢ a forma de agit das empresas niio permitem, em suma, earacterizar a dindmica capi Jista quer por perlodos, quer por © A observacio € tomada de N. Kaklor, que se pergunta como & powsivel que senda “grandes segmentos da indistris Aaucomobilistca em ambos paises controlador pelas mesmas flmas americanas, Ver Causes af the Slow Rate of Economic Growth of the United Kingdom (Cambridge, 1960), p. 18, ® A.A. Berle Junior © Gartner C. Means, The Modern Corboration and Private Property. (New York: The MacMillan Co, 197) 30 James Burnham, The Managerial Revolution (N. Voth, John Day Company, 184i) Rewenha Bibtiogritica m8 nagées. Em fins do século XIX como no posguerra, em auges como em depresses, nos Estados Unidos como no Japiio, percentagens crescentes de vendas tendem a ser concentradzs em numero rela- tivamente reduzido de empresast Por outro Indo, as formas de ago da grande empresa tampouco constituem um terreno firme para a caracterizagio de etapas na evolucio do capitalismo; entre outras razdes, porque as grandes empresas tém uma grande capaci- dade de adaptagio ao meio.ambiente, sendo seu comportamento for femente afetado pelas circunstancias com que se defrontam.22 © intenso ciclo expansivo registrado no capitalismo central da rante 0 pésguerra ndo nos parece, em suma, explicivel a partir do avango © das metamorfoses da grande empresa, Além disto, no pe- riodo que agora se inicia, as grandes empresas deverio conquistar hhovas “economias de escala”, promover 0 "intercimbio teenolégico” "5 amas no se reprodusitfio as mesmas “elevadas taxas de crescimento” (associadas por Furtado a0 anterior) (p. 55). © quadro apresentado por Furtado é, na rea- lidade, 0 de uma “Idade de Ouro” promovida pelas grandes em- presas, Essa idealizagio no corresponde 4 evolugio do pésguerra € dificulta a compreensio da crise atual do capitalismo, ¢ realizar “movimentos de capitais 3 — O subdesenvolvimento e 0 consumo das elites Nao é fécil formar uma idéia clara do “micleo te6rico” (p. 1) a que Furtado se refere na Introdugio e que est contide no segundo capitulo de seu livro2# As idéias principais — dispersas e apresen 11 Obviamence no estames afirmando que este sea uum movimento constante f¢ uniform, Se tomarmos, por exemplo, certas indéstriss “imaduray” como. 2 automobilistica, 2 de aluminio, a de pecrdleo (produgio e refine) e a de pap bers (0 toxlo) um movimento de relativa “dos: concentrasio” “Compecition Poliey Towards Mult national Corporations”, ix American Economic Review (Maio cle 1974), pp. 279, 32 © que alids & realcado yepetidas veies com O Milo do Desenvolvimento Bconéinico, 31 Tiatase, segundo 0 autor, de “um novo esorso de aprexentagdo” de ideas iiamente sugeridas” no artigo contido cm EI Trimestre Heondmco (rlmero 180) © no tivo Andlise do Modelo Brasileiro (Rio de Janeiro: Civilizacio Brasileira, 1972) 7 Pesquisa © Planejamente Econdmico tadas sob diferentes prismas ao longo do ensaio — aparecem, no en. tanto, de forma concisa nas piiginas 92 € 93 do ensaio. Sigamos autor, tendo sempre presente que o texto referese, genericamente, aos pafses inegrantes da “periferia” “A divisio internacional do wabalho ... dew origem 2 um ex. cedente, © qual permitin s classes dirigentes ... ter acesso a pa Arbes diversificados de consumo” (pp. 92/98). Esse excedente no derivou da introdugio de novas téenicas ¢ sim da “realocagao de re cursos visando a obter vantagens comparativas estéticas no comér- cio internacional” (p. 78). “Em conseqiiéncia, os paises periféricos puderam elevar a taxa de exploragio sem que houvesse redugio na taxa de salario real” (p. 93)... "“Dessa forma, surgiu nos paises peri féricos um perfil de demanda caracterizado por marcada desconti nuidade” (p. 93). “A partir de certo momento ... 0 setor exportador entrou na fase de rendimentos decrescentes” (p. 98). Fra chegada a hora de “produzir para o mercado interno aquilo que se vinha importando” (p. 81). A construgio de sistemas industriais em “miniatura” en frenta, no entanto, graves problemas: “pequenez do mercado, falta de economias externas” (p. 89) ¢ a necessidade de empregar “técni ‘cas cada ver mais solisticadas”, requerendo "dotagdes crescentes de capital” (p. 88), Finalmente, o “custo crescente da tecnologia” faci lita a “penetragio das grandes empresas de agio internacional”, (p. 94) elevando “os custos em divisas estrangeiras da. producio ligada ao proprio mercado interno” (p. 92). (Os argumentos anteriores parecem amplamente suficientes para se coneluir (como em meados dos anos 60)™ pela tendéncia & estagnagio, Mas, nfo, & possivel seguir adiamte desde que: i) “as classes que se apropriam do excedente” sejam capazes de ele- var a taxa de exploragio” (p. 88);19 M_ Ver Subdesenvotvimento ¢ Estegnegdo na 4. Latina (Rig de Joneito: Civili radio Tissilira, 1986), Em O Mito ..., Purtado volta a refeitse & hipétese da ‘estagnagio ¢ indica tés saldas: a brasleia, a do tipo Hong-Kong ¢ a chinesa (p82). Naturalmente, o texto x6 desenvolve a caracteriticas do "Modelo ra silero”, 33 0 fato de que crescente relacio produto-apital ~ Ho wealgada pela tese na necesariamente ot Incrot, deve que se cleve ‘estognacionisia — no com Resenha Bibliogritica 16 ii) as subsididvias das grandes empresas internacionais assegutem a0 pats periférieo 0 “acesso ao fluxo de inovagio que esta brotando no centro” (p. 88). Este tiltimo fator € decisivo, pois © processo fica ria em questio “caso 0 fluxo de inovagdes técnicas devesse ser pago a pregos de mercado” (p. 89). Mas isso no se «i, dado que para a grande empresa “esta tecnologia esti praticamente amortizada” (p. 89), Resta apenas perguntar: © 0s “erescentes custos em divisas es trangeiras’? Aqui de novo a solugio provém da “extraordindria flexibilidade” (p. 92) da empresa estrangeira. Atraves delas os “pal- ss periféricos vaose capacitando a pagar com mfo-deobra barata os seus crescentes custos de produco em moeda estrangeira” (p. 92} Em suma, desde que continue a aumentar a taxa de exploragio © cxesca a participagio da empresa estrangeira, a minoria pode conti- rust a seguir de perto o demier cri do consumo central (p. 94). Ai estt a verdadeira razdo por que o desenvolvimento € um mito (para a maioria) e a explicagio do processo “que amplia 0 fosso entre 0 centro” ¢ a periferia (p, 68/69), A esse processo nilo cabe 0 nome de “desenvolvimento”; 0 que ha na periferia € apenas “mo. dernizagio” (p. $1). Cabe adicionar um par de caracteristicas a esse quadto sumério, A crescente escassez de recursos naturais € a descoberta das reservas de miodeobra por companhias internacionais parece oferecer cer- tas vantagens & periferia (pp. 6146). De fato, porém, no € de es perar grandes mudangas, Os recursos naturais realmente relevan- tes esto concentrados em areas escassamente povoadas ¢, portanto, as “modificag6es no conjunto da periferia sero pouco perceptiveis” (p. 65). Quanto 4 disponibilidade de mio-deobra barata surge a possibilidade da exportagio de trabalho, sendo a taxa de salirio o prego da exportagio” (p. 66). Talvez fosse mesmo possivel forcar a alta desses saldxios para elevar a receita de divisas. Nem isso, porém, levaria longe: dai resultaria 0 surgimento de uma nova aristocracia operdria ¢ como “o grau de acummulagio alcangado na economia (periférica) no permite generalizar essa taxa de saldrio, o fundo do problema do subdesenvolvimento nio se modificaria” (p. 68), 2 taxa de exploragio, havia sido apontada por M. G, Tavares J. Serra em "Alem da Evagnagio". Ver M. C. Tavares, Da Substituigde de Importgdes 00 Cepitaismo Financeiro (Rio de Janeiro: Zab, 1972), 16 Pesguite ¢ Planejamento Econénico © leitor familiarizado com a obra de Furtado terd observado que cssas suas recentes proposicies So em boa medida novas, Dentre 0s aspectos presentemente realcados por Furtado, detenhamonos, ini cialmente, sobre 0 significado da “minoria”, presente desde os pri- mérdios do subdesenvolvimento € que “no parece elevarse sig. nificativamente com a industrializagio” (p. 72)48 Furtado, a0 que tudo indica, nao se dé conta de que ao atribuir a essa parcela (diga- mos 10% a0 resto da populagio © ntvel de subsi fs seguintes aspectos: a renda de cada pais periférico, que, suposto um certo nivel de subsisténcia, sera obtida pela soma de duas parcelas, 10% da po- pulacio com renda equivalente & média nos paises centrais e 90% da populagio ao nivel de subsisténcia; 0, da populacio) uma renda similar & (média) do centro, € incia, esto determinados © crescimento dessa renda, que sera uma resultante do crescimento da renda per capita no centro e da populacio no pais subdesenvol vido; finalmente, o crescimento da renda per eapita no pais perilerico, ‘© qual, paradoxalmente, no dependeria do crescimento popula- cional ai verificado.!t © apego de Furtado hipdtese da minoria leva, assim, a uma série de determinagées altamente inconvenientes. Face a elas a trans. 26 Criticaremos aqui unicamente as implicagies da rigida esuutura de con sumo postulada por Furtedo. Uma caitiea mals peofonda deveria distin o préprio coneeita de “minoria” e sew papel na evolugio do capitalism pele. 17 As proposigies aciaa desivam das prépriag sugestées de Furtado © podem ser evidenciadas pelo seguime destobramento: Chamemos Yp « ¥"p, respect ‘vamente, 2 tenda bruta © 2 er eapita no pats pesléiga: Yee Y'e no centro; P a populagio ¢ So nivel de subsiténcin, A rena de un pate pevirka sera YpnO1 PV e+O,9.P.s, a renda per capita: 0,1. Vet oos; feu crescimento. (vantido constamte © nivel de subsisténela seri: - eae ave 7 AV p= 0,1. AY" 6 donde BP = PEA ividinds por 0,1 ¥" avy 4 aVe Ye Ye Revenha Bibliogrision ‘missio do progresso téenico pela grande empresa, sobre © qual re- pouss “o dinamismo do sistema” (p. 105), perde muita autonomia poder explicativo. Por outro lado, seu modelo fica aparentemente sobredeterminado, dado que © potencial de crescimento da economi (que parece estabelecer sua trajeiéria de Tongo prazo) é obtide (ba sicamente) a partir dos recursos reais disponiveis (p. 105), Vejamos agora 2 questio dos salérios. # bem sabido que Furtado, neste como em outros trabalhos re- centes, supée que os salirios da maioria permanegam a0 nivel de subsisténcia, Isso tem levado diferentes autores a atribuir um cardter “clissico” 4 andlise de Furtado.® Fm 0 Mito ...,mas que nas demais obras, tornase, no entanto, patente que nao é 2 oferta ilimitada de miodeobra que explica a permanéncia dos salérios a0 nivel de subsistencia, Esse fendmeno deve ser entendido (segundo Furtado) a partir da estrutura ¢ dinfmica da demanda da minoria: “O fator bé- sico que governa a distribuigdo da renda ¢, portanto, os precos rela tivos ea taxa de salirio real” ... “parece ser a pressio gerada pelo processo de modernizagio” que busca “reproduzir as formas de con- sumo em permanente mutacio, dos paises céntricos" (p. 8). Em suma, & a sucglo de recursos imposta pela permanente renovacio do. consumo da minoria que exige 0 aumento da taxa de exploragio, (p. 88) impedindo, segundo 0 autor, a elevacio dos salarios. Obser- vase, por fim, que esse tipo de explicagio (pela estrutura da de- manda) no implica negar a ocorréncia de desemprego ou subem. chamemoe 14298 cabita no pais subderevolvido, uma vet conkecdo 0 ciewchmento da renda na Capitlino central. Digamos que a relasio enite 0 siirlo no cenito © 0 da petiferia Gemelhante 30 née de sutsinncs) ja de 10 por 1 augestio de Furado, >. 60). Coneqdentemeni, a tends fer cite creweré aq aprox 1 rra0 6 independe da expanedo demogritiea, quer ao centro quer ma periteria, 12 Ver Pedro Malan ¢ John Well, “Furtado, Cel ~ Anilte do. Molo Th sikizo", Reseuha Bibliogrfica, ix Poguisa © Planriementa. Econdmieo, wl. no 2 Geaanbro de 1972), p. 445; e F. Dacha, “Sobre a Dindiiea do Cree Gimento da Economia Indestrial Subdescavolida, iv Pesquisa © Blansjnnento eondinic, vl. 3,04, (deeanbro de 1978) Pe 997 1 de 0 far determina o cexdneto da vende er smadamonte, a metate do que cece 14 (x = =t) Este, como se 18 Pesquisa @ Plonejamento beondinica prego, Haveria sobras de mao-de-obra porque os processos produtives modernos, que absorvem todo o “capital” disponivel, sio altamente poupadores de trabalho. E evidente que o raciocinio de Furtado supée 2 rigider das te icas produtivas no setor moderno — hipétese plausivel se se tem ‘em conta, entre outros elementos, 0 peso das empresas estrangeiras no setor. Admitida essa premissa, a argumentacio de Furtado pode ser atacada em dois planos. © “capital” ali esta presente como um ente abstrato, no condi- cionado pelo contexto. Na realidade, porém, 0 “capital” engloba matérias:primas, pegas ¢ equipamentos, cuja produgio. progressiva mente se transfere para 0 plano interno. A medica que isto ocorre, yaise tornando cada ver mais ilusério dissociar o “capital” do custo local do trabalho ¢ da margem interna de lueros, De fato, & medida que a produgio se interioriza, 0 custo € a produtividade do trabalho exercerio crescente influéncia sobre a determinagio dos pregos e s0- bre a propria avaliagio do “capital”. Vista numa perspectiva mais ampla, a determinagio dos sali. ios a partir do mercado de produtos esta, a nosso ver, inevitavel: mente comprometida com 9 esquema walrasiano de formagio dos pregos dos "servigos dos fatores”, a partir do mercado de bens finais (tido em conta por Wicksell, retomado ¢ aprofundado pelos moder. nos cambridgeanos) 2° Por outro lado, a9 analisar os saldries, Furtado referese unica ‘mente 20 que se passa com a producto de bens modernos que mio sio consumidos pelos trabalhadores. Ora, a determinagio dos sal rios reais s6 pocle ser estudada a partir das condigdes em que opera © setor produtor de mantimentos ¢ manufaturados de consumo po: pular? Neste setor, a produtividade © os salitios estio profunda- 419. Eidentemente, nBo estamos cem ito negando 2 margem de arbittio de que dispdem ay estruninas ao compettivas sobre a determinagio das anargens de er. ‘Knut Wiebsell, Lectures on Poltcat Economies (London: Routledge e Kegan Paul Lda), Vol. 1, pp. 9899 21 Ha pant de exame das condigies do setor produior de wagegocds que se Aleve entender, por exemplo, as marcantes diferencas salaiais existentes entre Argentina e México. Mio obstance, ambos o adrées europeus de consumo, Resenha Bibliogrifcn 1 mente vinculados, Ji no setor que produz para a minoria, a evo. lucie da produtividade no responde nem repercute (diretamente) sobre 0s salirios, constituindo um sério desafio teérico para a expli= cacio do comportamento dos precos ¢ dos Iucros (bem como o des dobramento destes em consumo de Iuxo ¢ acumulacio), (0 que acabamos de dizer tende a desocar a anilise para os sa livios, a produtividade ¢ os lucros. Isso, 20 que parece, constitui um erro para Furtado, j4 que “no estudo do subdesenvolvimente nie tem fundamento antepor a anilise ao nivel da produgio” (p. 80). Hi que fundar # anilise no imperativo sapremo: o atendimento do consumo da classe dirigente. O “consumismo” dessa camada no reflete 0 comportamento das empresas e, sin, a “dependéncia cul tural” em que se encontram, Face a essas proposigdes cabe apenas dizer que se as relacbes entire salirios, produtividade, pregos ¢ Tuaos no contam, se tudo se adapta & “regra de ouro” do consumo da elite, a economia a que se refere Furtado nZo € capitalista. Tratase de uma sociedade desprovida de dinimica interna, onde uma majoria ta uma minoria consumidora? trabalhadora € pobre sust Uma palavra final sobre 0 caso brasileiro. A economia brasileira prestase, segundo Furtado, para mostrar que “um pais pode avangar no processo de industrializagio. sem abandonar suas principais caracteristicas de subdesenvolvi (p. 95); serve, também, para mostrar como a politica ccondmica pode ajudar a eriar o “perfil de demanda” que maximiza “2 tans, (p. 106), provocando o crescimento fertncia de progresso téc acelerado do PIB. Essas proposigdes sio basicamente coerentes com 9 “niicleo teérico” proposto no segundo ensaio,% restando saber em que medida tem a ver com 0 realmente ocorrido na economia brasileira no posguerra. Por outro lado, trazem 4 tona aspectos relevantes do desenvolvimento 22 Exe & também o quadro que H. G, Wells apresenta em 4 Miguina do Tem po. No singelo pais a que chega © Vajante exstem apenas "Hoi, reduzides 2 tuna “bela futlidade”, © °MMorloks", seus “servor mecnieos". Ver H. G. Wells, The Time Machine, 29 ed. (New York: Berkeley, 1960) 21 Nio se pode dizer © mesmo do “potencial de cresimento” ... “de cexea He 6% av ano”, © qual ¢ determinado pela dsponibildade de recursos (re ‘cure naturale”, “poplacio” “nivel medio de vida” aleangada) ¢ deveria set tingido em anos “norma 730 Pesquite ¢ Planejamento Feondmice recente da economia brasileira: 0 agravamento das desigualdades so- iais © o avango das empresas estrangeiras, As (poucas) relagdes des tacadas por Furtado nio permitem, porém, caracterizar 0 padrao de desenvolvimento brasileiro. Em particular, a “estratégia” con- centradora atribuida 20 governo no é convincente, O fendmeno da concentrasio da renda, no perfodo apis 64, nfo pode ser dissocia do do combate & inflagio ¢ da sibita mudanga na relagio de forgas entre trabalhadores e empresas. A hipdtese de uma “estratégia” con. centradora produ, alids, uma falsa idéia da velagio entre o governo e a economia, A politica econdmica no tem nem 2 clatividéncia nem o alcance exigidos pela implementagio de uma tal politica de rendas. ‘A relagio positiva entre concentragio da renda pessoal e ace- leragio do crescimento, que vem sendo enfatizada por Furtado, uum fato fundamental: no caso brasileiro, pelo menos, ela foi jeada num perlodo de teativardo da economia ¢ em condigées de marcada subutilizagio da capacidade instalada no setor produtor de bens duriveis Observemos, por fim, que as hipéteses de Furtado nio permitem entender 0 boom de investimentos recentemente observado (referido pelo autor & pagina 108). Isto porque em O Mito ... (p. 108), como, também, na Andlise do Modelo Brasileiro, postulase a esta- Dilidade da relagio investimentoends, cabendo 2s variagies da re- Jagio produto-capital a explicagio das mudaneas da taxa de cres © desenvolvimento, a nosso ver, 36 constitu um “mito” quando coneebido como um caminho que leva 4 “Idade de Ouro”, Mitice, fem suma, € a imagem de um capitalismo sem problemas de distri buigio, de técnica ¢ de acurmulagio. O vigoroso processo de expansion capitalista verificado em varias economiay "subdesenvolvidas” é, pelo contréio, uma realidade imprevista ¢ contundente. Para a sua compteensfo, Furtado contribuiu enormemente em teabalhos anterio res, Resentir Bibtiograsicn vel NOTA AOS COLABORADORES DE “PESQUISA E PLANEJAMENTO ECONOMICO” A revista $6 aceita matérias inéditas, tanto no Pais ‘como no exterior © autor deve remeter apenas uma cépia_do trabalho, enderecada 20 Editor-Chefe. A revista nao devolve a cépia que Ihe é enviada. 0 trabalho deve ser datilogratado em espaco dois, dei- xando-se 8 esquerda de cada lauda uma margem’de 3 a dom, Deve-se evitar rasuras e emendas que dificul- tem a leitura e compreensio do texto. ‘As colaboragées poderao ser submetidas sob forma de [rtigo (desejavelmente contendo no minimo 20 e no ma- ximo 50 paginas), Comunicagdes (maximo de 20 paginas) e Resenha Bibliogréfica (maximo de 15 paginas). 0 Cor- o Editorial, todavia, reserva-se a faculdade de defi a que titulo e sob que forma — se como artigo, comu- nicagao ou resenha — a matéria deve ser publicada. A revista aceita originais em inglés, francés e espanhol © encarregase de sua verséo para o portugués. A tra- ducao nao é revista pelo autor. Ao sair publicada a m: téria, seré expressamente feita a ressalva: “Tradugao nao revista pelo autor”. ‘As colaboragées nao sdo remuneradas. Cada autor re- ‘ceberd, sem qualquer énus, 50 (cinqienta) separatas do seu proprio trabalho e 5 (cinco) exemplares do niimero completo da revista em que saiu publicado. Os trabalhos nao devem incluir bibliografia. As referén- Cias bibliograficas, assim como demais notas, devem ser feitas ao pé da pagina. Os autores devem cuidar para que as referéncias biblio- graficas sejam completas, contendo, no caso de livros Citados: autor(es), titulo completo, 'edigdo, local, edi- tora, ano da publicagao, nimero da pagina, série ou coleoao; no caso de artigo de periddico: autor(es), titulo completo do artigo, titulo completo do periddico, local, ndimero do volume, numero do fasciculo, nimero da pé- gina, més e ano da publicacdo, Para uma orientacao mais completa e detalhada, recomenda-se aos autores que consultem as especificagdes adotadas pela Asso- Ciagéo Brasileira de Normas Técnicas no tocante a “"Referéncia Bibliogratica”. ASSINATURAS DE “PESQUISA E PLANEJAMENTO ECONOMICO” Visando a facilitar 20s leitores 0 recebimento automatico da Revista Pesquisa e Planejamento Econémico, o IPEA resolveu instituir um sistema de assinaturas, vélido por seis (6) numeros, incluindo as edigées regulares (semestrais) © s especiais. [As assinaturas sero cobradas ao prego de capa da re- vista vigente na ocasiéo da assinatura ¢ irreajustével pelos seis (6) numeros correspondentes. Os assinantes de Pesquisa e Planejamento Econémico gozardo dos seguintes descontos na compra, diretamente a0 IPEA, de outras publicacées, durante 0 1° ano de vali- dade da assinatura: Livros editados @ partir de 1975 — 20% Livros editados entre 1973 e 1974 — 20% Livros editados entre 1971 e 1972 — 40% Os pedidos de assinaturas devem ser enderecados ao Servigo Editorial — Rua Melvin Jones, 5 — 28° andar, Rio de Janeiro, acompanhados de cheque pagavel na praca do Rio de Janeiro, no valor de Cr$ 120,00 (cento e vinte cruze ros), em nome do Instituto de Planejamento Econdmico & Social — IPEA TESES PARA PUBLICAGAO A Associaao Nacional de Centros de Pés-Graduagao — ANPEC — com a colaboracao do INPES/IPEA, publicara anualmente até trés dissertagdes, selecionadas dentre te- ses de mestrado, doutorado e livre-docéncia no campo da economia, de acordo com os seguintes critérios e requisit Inscrigdes — Estdo abertas de janeiro a marco de cada ano. Podem concorrer autores nacionais e estrangeiros. Podem ser enviados originais em inglés, francés e espanhol. A ins- crigéio é feita mediante carta dirigida & ANPEC (ver ende- reco abaixo), indicando-se na sobrecarta “TESE PARA PU- BLICACAO” e juntando-se os seguintes anexos: 1) uma co- pia da dissertacao; 2) uma sinopse da tese; 3) prova de que a dissertacdo foi aceita por uma universidade nacional ou estrangeira como requisito final para a obtengao do grau de Mestre (MSc), Doutor (Ph.D) ou Livre-Docente em econo- mia. Preferentemente as teses devem versar sobre algum tema ou t6pico relacionado com a economia brasileira. A Associacao nao devolve aos candidatos o material recebido para inscri¢ao (cépia da tese e demais anexos), ‘Selegao — Sera procedida por um Comité Editorial consti- tuido de dois Editores-Responsaveis (um representando 2 ANPEC e outro o INPES/IPEA) e um némero variavel (con- forme a quantidade, variedade ¢ complexidade dos trabalhos inscritos) de Editores-Associados. Cada tese sera apreciada por, pelo menos, um Editor-Associado, além dos dois Edito- res-Responsdveis. A escolha dos Editores-Associados seré feita de acordo com o tema de cada dissertacao e recaira sobre profissionais tigados ao ensino da economia e/ou & pesquisa econdmica na respectiva area de especializacao dda tese. 0 Comité poderd recomendar a publicagio de até {és trabalhos ou de nenhum, se nao julgar de interesse edi tar qualquer das teses inscritas num determinado ano. Publicagio — Ao recomendar a publicagao do trabalho, 0 Co- mité podera também sugerir ao autor modificagdes no texto original, inclusive sua redugéo cu ampliagao, de modo a adapté-lo convenientemente as caracteristicas de um livro, sem prejuizo contudo de seu cardter académico ou de suas, Peculiaridades de concepcao e estilo. Se o texto precisar ser traduzido, é preferivel que o préprio autor o faga. Depois, de publicado, o autor receberd, sem qualquer énus, 50 (cin. alienta) exemplares do trabalho. Para informacdes mais detalhadas os interessados de- verdo dirigirse 2'ANPEC. ASSOCIAGAO NACIONAL DE CENTROS DE POS- GRADUACAO EM ECONOMIA — ANPEC Rua Curitiba, $32 — Belo Horizonte — MG 30.000 Brasil obras publicadas pelo ipea Relatérios de Pesquisa 1 — Andlise Governamental de Pro Brasil: Procedimentos e Recomendagies — Edmar Bache @ outros. 2 — Exportagées Dinamicas Brasileiras — Carlos Von Doe! ger e outros. 3 — Eficiénoia e Custos das Escolas de Nivel Médio: Um Es- tudo-Piloto na Guanabara — Claudio de Moura Castro. 4-— Estratégia Industrial e Empresas Internacionais (Posigao Relativa da América Latina e do Brasil) — Fernando Fain- aylber. 5 — Potencial de Pesquisa Tecnolégica no Brasil — Francisco A. Biato e outros. 6 —A Industrializagdo do Nordeste — Volume | (A Economi Regional) — David Goodman e Roberto Cavalcanti de Al- buquerque. 7 — Sistema Industrial e Exportagao de Manufaturados (Andlise da Experiéneia Brasileira) — Fernando Fajnzylber. 8 — Colonizacdo Dirigida no Brasil: Suas Possibilidades na Re- gido Amazinica — Vania Porto Tavares e outros. 9 — Financiamento de Projetos Industriais no Brasil — Wilson Suzigan © outros. 10 — Ensino Técnico: Desempenho e Custos — Claudio de Moura Castro e outros. 11 — Desenvolvimento Agricola do Nordeste — George Patrick. 12 — Encargos Trabalhistas e Absorgao de Méo-de-Obra: Uma Interpretagao do Problema e seu Debate — Edmar L. Ba- cha e outros. 13 — Avaliagao do Setor Pablico na Economia Bra: Estru- tura Funcional da Despesa — Fernando Antonio Rezende da Silva. 14 — Transformagao da Estrutura das Exportagées Brasileiras: 1964/10 — Carlos Von Doellinger e outros. 15 — Desenvolvimento Regional e Irbano: Diferenciais de Pro- dutividade e Saldrios Industriai — Sergio Boisier e outros. 16 — Transferencia de Impostos aos Estados e Municipios — Aloisio B. Araujo outros. 17 — Pequenas e Médias Indistrias: Andlise dos Problemas, In- Centivos e sua Contribui¢do a0 Desenvolvimento — Frede- rico J. O. Robalinho de Barros e Rui Lyrio Modenesi, 18 — Dindmica do Setor Servicos no Brasil — Emprego @ Pra- duto — Wanderly J. M. de Almeida e Maria da Concei¢ao Silva 19 — Migragées Intemas no Brasil: Aspectos Econémicos e Dé ‘mogréficos — Milton da Mata, Eduardo Werneck R. de Car- valho € Maria Thereza L. L. de Castro e Silva. 20 — Incentivos a Industrializagao @ Desenvolvimento do Nordes- te — David Edwin Goodman e Roberto Cavalcanti de Albu- querque. 21 — Salide e Previdéncia Soci Fernando A. Rezende da I: Uma Andlise Econémica — ilva e Dennis Mahar. 22 — A Politica Brasileira de Comércio Exterior e seus Efeitos: 1987/73 — Carlos Von Doellinger, Hugo B. de Castro Faria e Leonardo Caserta Cavalcanti. 23 — Servigas e Desenvolvimento Econdmico no Brasil: Aspectos Setoriais e suas Implicagdes — Wanderly J. Manso de Almeida. 24 — Industrializagdo e Emprego no Brasil — José Almeida. 25 — Mao-de-Obra Industrial no Brasil: Mobilidade, Treinamento © Produtividade — Claudio de Moura Castro e Alberto de Mello © Souza, 26 — Grescimento Industrial no Brasil: Incentives e Desemp nho Recente — Wilson Suzigan, Regis Bonelli, Maria Hi lena T. T. Horta e Celsius A. Lodder. 27 — Financiamento Externo e Crescimento Econémico no Bra- il: 1966/73 — José Eduardo de Carvalho Pereira, Monogratias 1 — Populagao Economicamente Ativa da Guanabara — Manoel ‘Augusto Costa. 2 — Critérios Quantitativos para a Avaliagdo e Selego de Pro- jetos de Investimentos — Cldvis de Faro, 3 — Exportagao de Produtos Primérias Nao-Tradicionais (Milho, Soja, Carnes, Produtos de Madeira, Derivados de Cacau e Alimentos Processados) — Carlos Von Doellinger e outros. 4 — Exportagio de Manufaturados (Méquinas-Ferramenta, Ma- quinas de Eseritério, Derivados de Cana-de-Agucar, Produ- tos Siderdrgicos e Setores Potenciais) — Carlos Von Doe!- linger. 5 — Migragées Internas no Brasil — Manoel! Augusto Costa € outros. 6 — Restrigdes Nao-Tarifarias e seus Efeitos sobre as Exporta- Ges Brasileiras — Carlos Von Doellinger. 7 — A Transferéncia de Tecnologia no Desenvol trial do Brasil — Nuno Fidelino de Figueir 8 — Planejamento Regional: Métodos ¢ Aplicago a0 Caso Bra- sileira — Carlos Mauricio de C. Ferreira e outros. 9 — Estudos sobre uma Regiéo Agricola: Zona da Mata de Mi- nas Gerais — Stahis S. Panagides e outros. 10 — Politica do Governo e Crescimento da Economia Brasileira == 1889/1945 — Annibal Villanova Villela e Wilson Suzigan. Agricola: Zona da Mata de Mi- (11) — Euter Paniago e outros. mento em Educagéo no Brasil: Um Estudo Sécio- Econdmico de Duas Comunidades Industriais — Claudio de Moura Castro. 13 — 0 Sistema Tributério e as Desigualdades Regionals: Uma Analise da Recente Controvérsia sobre o ICM — Fernando ‘A. Rezende da Silva e Maria da Conceico Silva. 14 — 0 Imposto sobre a Renda e a Justica Fiscal — Fernando A. Rezende da Silva. 15 — Aspectos Fisca bosa de Araujo. das Areas Metropolitanas — Aloisio Bar- Série Estudos para o Planejamento 1 — Variagées Climaticas e Flutuaées da Produgio Agricola do Centro-Sul de Brasil — em equipe. 2 — Aproveitamento Atual e Potencial dos Cerrados (Vol. | — Base Fisica e Potencialidades da Regiao) — em equipe. 3 — Mercado Brasileiro de Produtos Petroquimicos — Amilcar Pereira da Silva Filho e outros, 4 — A Transteréncia de Tecnologia no Brasil — Francisco Al- meida Biato e outros. 5 — Desenvolvimento de Sistemas de Cadeias de Alimentos Fri- gorificados para o Brasil — em equipe, 6 — Desempenho do Setor Agricola: Década 1960/70 — sylvio Wanick Ribeiro, 7 — Tecnologia Moderna para a Agricultura (Vol. 1 — Defensi- vos Vegetais). 8 —A Indistria de Maquinas-Ferramenta no Brasil — Franco Vidossich. 9 — Perspectivas da indistria Petroquimica no Brasil — Amil- car Pereira da Silva Filho, Antonio Carlos da Mota Ribeiro € Francisco de Almeida Biato. 10 — Garacteristicas e Potencialidades do Pantanal Matogros- sense — Deméstenes F. Silvestre Filho e Milton Romeu. IPEA — 061-74017 Pesquisa © planejamento econémico. v.11 — no 1— jun, 1971 — Rio de Janeiro, Instituto de Planejamento Econémico @ Social, 1971 — ¥. semestral ‘Titulo anterior: Pesquisa ¢ planejamento v. 1 n.° 1 e 2 de 1971 1. Beonomla — Pesquisas — Perlédicas. 2. Planejamento econémico — Brasil — Periddicos. 1. Brasil, Instituto de Pla~ nejamento Heonimico ¢ Social CDP 330,05 EDU 33081) (05) Composio @ Impress nas licinas do Servico Grélico do IBGE - Av. Brasil 18671 - GB

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