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majestosa fbula

Por que to frgil?


Opalina dama
Em cristal se desfez
Afogou-se em lgrimas
Abatida tez
Inclume presa arfante
Sorveu em s mesma a linfa
O antdoto para tal vindita
Em seu clice luxuriante
L vem o teu algoz
Ai de ti! Ai de ti!
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Um visionrio jamais estaria aqum do seu tempo,
A tica aplicada da fantasia de que haver um futuro
Onde se concretizar tudo que dantes no passara de quimera
Um visionrio certamente no procuraria abrigo no seu tempo
A contemporaneidade o repele
Um visionrio rejeita o ordinrio
Um visionrio jamais suplicaria para ser um
O espelho onde se projeta convexo
Sara de um recinto provinciano
Para alm, para muito alm
Onde deuses e semideuses furtam as bacantes
E no restam no plano urbano mais que aspirantes
Um visionrio se despe de credos
Torna-se ctico o suficiente para lograr
Lograr deidades e s-las em baforadas narcotizantes
Um visionrio brio, e faz da sobriedade um mero detalhe...
Sempre me fora aprazvel as horas aladas que se dissipavam
absorta em histrias fantsticas dos meus dolos atemporais
Que sempre me pareceram to contemporneos...Corrijo a sentena h pouco dita...Eles nunca me foram contemporneos.
Somente eu o era , e para eles...
Sempre me fora aprazvel o pensamento do lume que se adensava
em mim. Era uma sensao delirante que me arrancava suspiros
pueris...
No me obrigo, diante do cenrio que provavelmente me intimidaria prosseguir com tantos devaneios e quimeras guardados,
ofertados a mim como belos crditos krmicos de um passado que
se evidencia...
Cadencio os passos com uma satisfao que poucos conhecero,
como se andasse sobre poas d'gua que se condensam no cho,
e se anuviam para mim!
Toda construo intimamente ritualstica...Essencialmente,
para que assim permanea perambulando pelos tempos e tempos
que se seguiro, mesmo que j no possa colher frutos...
No costuma-se dizer que h reverncia somente aos cadveres?
Ser pstumo, ou nem isso.

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