Opalina dama Em cristal se desfez Afogou-se em lgrimas Abatida tez Inclume presa arfante Sorveu em s mesma a linfa O antdoto para tal vindita Em seu clice luxuriante L vem o teu algoz Ai de ti! Ai de ti! *************************** Um visionrio jamais estaria aqum do seu tempo, A tica aplicada da fantasia de que haver um futuro Onde se concretizar tudo que dantes no passara de quimera Um visionrio certamente no procuraria abrigo no seu tempo A contemporaneidade o repele Um visionrio rejeita o ordinrio Um visionrio jamais suplicaria para ser um O espelho onde se projeta convexo Sara de um recinto provinciano Para alm, para muito alm Onde deuses e semideuses furtam as bacantes E no restam no plano urbano mais que aspirantes Um visionrio se despe de credos Torna-se ctico o suficiente para lograr Lograr deidades e s-las em baforadas narcotizantes Um visionrio brio, e faz da sobriedade um mero detalhe... Sempre me fora aprazvel as horas aladas que se dissipavam absorta em histrias fantsticas dos meus dolos atemporais Que sempre me pareceram to contemporneos...Corrijo a sentena h pouco dita...Eles nunca me foram contemporneos. Somente eu o era , e para eles... Sempre me fora aprazvel o pensamento do lume que se adensava em mim. Era uma sensao delirante que me arrancava suspiros pueris... No me obrigo, diante do cenrio que provavelmente me intimidaria prosseguir com tantos devaneios e quimeras guardados, ofertados a mim como belos crditos krmicos de um passado que se evidencia... Cadencio os passos com uma satisfao que poucos conhecero, como se andasse sobre poas d'gua que se condensam no cho, e se anuviam para mim! Toda construo intimamente ritualstica...Essencialmente, para que assim permanea perambulando pelos tempos e tempos que se seguiro, mesmo que j no possa colher frutos... No costuma-se dizer que h reverncia somente aos cadveres? Ser pstumo, ou nem isso.