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Para expressdo das suas necessidades, da sua vontade, para treca de pontos de viste, para um ‘oumento do conhecimento motuo, para fozer amigos, para @ sue realizacéo profissional, « comu- nicacéo & fotor essencial. © Ceniro de Recursos para a Incluséo Digital (CRID) do Instituto Folitécnico de Leiria & diariamente procurado por diferentes técnicos (professores, médicos, fisioteraseutas etc.) € pessoas com defi- ciéncia no sentido de aprofundarem 0 seu conhecimento na éree da Comunicacéo Aumentativa Allernativa e dos referidas tecnologias. Nesse sentido este centro pretende ndo sé ajudar, como colmatar falhas existentes a este nivel na nossa sociedade. Recorrendo para tal o ume panéplio de tecnologia que posteriormente sera descrita, como os dife- renies tipos de sofiware, nomeadamente a consirugio de materiais camo livros infantis ou tabelas de comunicagio, através do Sistema pictogrético para comunicacéo SPC. Figura 1 — Histério adoptode em SPC Segundo (Tetzchner & Martinsen, 2000, p. 16), 08 estudos apontam que 10% da humanidade apre- senio um qualquer fipo de deficiéncia. Desse grupo, cerca de 0,5% & afetada por deficiéncias ao nivel comunicotivo. Muitas pessoas néo sé0 copazes de comunicer através da fala, o que nos leva necessariamente questéo: Como é que alguém que néo fala pode comunicar? Daf, a quase obri- gacéo de nos esforcarmos por, empregando todos os meios ao nosso alcance, proporcionarmos Aqueles de enlre nés, com problemos de comunicagéo, as condigées para se poderem expressor fazer compreender pelos que os rodeiom. A comunicagéo aumeniativa e altemative, oliada & tecnologia, tem como objetivo @ oferta de métodos de ampliacéo das capacidades remanescentes de comunicacéo, ou de substituicéo, no caso do auséncia de qualquer forma de expresso comunicativa percetvel 1. Acomunicagéo Bimologicamente, a palava comunicar deriva do latim comunicare que significa “pdr em comum, enlrarem relacéo com...”. Mas a comunicagéo pode manifestar-se numa infinidade de formos. No verdede, o hogiem gerou um complexo sistema de simbolos que encerram e revelom nogoes do sve ae eres wos edestructos culurois cozinhados na fogueira dos tempos. Ai se articulam e fundem sinais caspale (orcs e escritos), sinols nGo verbais (mimica e expressGo corporal) ¢ indicodores culturais como «a indumentéria, os adornos, 0s penteados, ete © homem é um ser eminentemente social. Transporta em si potencialidades pora responder aos estimulos humamos, ciravés dé colpeténcias comunicotivas. No entanto, para os exercer necessta de interagir com uira pessoa, de ter raz6es paro © fazer, quer seja pare protestar ov aploucit Comunicar equer uma interacéo com 0 ure pressupde uma inlengBo para provocar algum efete,no Sores areuanio proceso dindmico, Como diz Orelove & Sobsey (Nunes, 2007, p. 80), comunicar & “vm prowesso complexe de roca de informacéo usado pare influenciar 0 comportamento de outros" Comu- Hee um proceseo que implica respeito, partiha e compreens6o itv. Sendo assim, podemos afmor que 0 comunicagéo esté relacionada com todas as éreos do desenvolvimento, pois requer umo complexo combinacao de skills cognitives, motores, sensoriais @ socials {A linguagem refere-se ao conjunto de sinais com o: quais os humonos comunicam @ expressom os S048 a inivvertor e idetus, No caso da linguagem oral é necess6rio conhacer palavras culo significado solo Mercebido, sendo necesséria a ariculagéo dos mosculos da leringe, da lin, entre outros. A oaulsicio te inguegem oral & reolizoda através de um processo intertivo que envolve @ ranipulagéoy combi- ocde'e infegragée des formas lingusicas © das regras que The estao subjacentes, permtindo desen- raat lode capocidades de perceber @ linguagem (linguagem compreensiva) e capocidades pare fonnuler/produzir linguagem (linguagem expressive). Este processo & determinado pela interagso entre factores ambientais, psicossociais, cognitivos e biolégicos. Criangas ov adultos que opresentam determinadas palologias, como @ deficiéncia mental ou molars, Seema @ parolisa cerebral ou outras perturbacées da linguagem, necessitam de um modo de come Sicogte nao oral oernativo ov complementar @ fala, A dlficuldade em comunicor pode acarretar conse” wacies negatives, jf que © comunicagéo 6 fundamental na interacéo social, pois ¢ olrovés dela que concretizamos aquilo que pensames e sentimos. . Comunicagée aumentativa/alternativa fala 6 formato de comunicagdo mais vsado para comunicar. No entanto, existe um elevado numero ide nesroes que extéo Impossibiitades de usor a fala, como por exemplo as pessoos com paralisc c=re- pe ee com multideficiéncia. Contudo, ne maioria dos vezes, esias possvem capacidades e neces Besos comunioagio Wénticos 8s dos pessoas que usom a fala. Quando @ fala nde constvi o vefcvlo principal para « comunicacio, ser6 necessério introduzir um sistema alternative ov aumentativo do comunicacéo. Sequnde Ferrel, Fanta, & Azaverla, 2000, 2.8 Eu, py 21. 4 senweatite proporciansy fe exelo quant osshel, um sistema altemotivo ou aumentative de comunicacdo, dado o papel que a linavagem desem- Poh no desenvolvimento cognitive e emocional e como regulador do comporiamento, pore elérn de suporte fundamental da interaéo social Segundo Tetzchner & Martinsen, 2000, p. 22, "Comunicagéo alterativa é qualquer form de cory: meneho diferente da folo e usada por um individuo em contexios de comunicacéo frente a frente, Os Tignes gestucs © gréficos, 0 cédigo Morse, 0 escrito, etc, s60 formas atemativas de comunicacse pore ingividvos que carecem do copacidade de folor", ou seja, 6 um sistema que substitvi a fola. Os mesmos sontares referer gue 0 “Comunicagée cumenttiva significa comunicagae complementar ov de apelo- {sx A palavra “aumentativa” sublinha © facto de 0 ensino das formas alternctivas de comunicacéo ter um duplo objetivo: promover e apolar a fala e garantir uma forma de comunicagao alternativa se a pessoa no aprender o falar” (Ibidem). Podemas ossim afirmor que um sistema altemativo © aumentotivo de comunicagao 6 um conjunto integrado de técnicos, ojudes, estatégias © copocidades que uma pessoa com restrig6es na comunicagéo uso para comunicar. Considero-se Comunicacéo Alternativa e Aumen- tativa, todo 0 tipo de comunicagéo que substitue, amplie ou suplemente a Fala. 2.1. Tipes de sistemas No inicio da década de 70 do século % comecaram a usor-se os sistemas de simbolos manucis habi tualmente utlizados por pessoas com deficiéncia auditiva, na intervengdo com pessoas com deficién motora, afasia, atraso intelectual e cutismo. Na segunda metade da mesma década desenvolveram-se diferentes sistemas aumentativos ov alternatives de comunicacéo, sobretudo sistemas graficos com maior ‘ou menor grav de abstracdo (Ferreira, Ponte, & Azevedo, 2000, 2.° Ed.). Atualmente existe uma grande cures ds selones cuortutvos salamotves de eomuniengfo que se podem dic em dols grand grupos: sistemas sem ajuda e com ajuda “ome 211. istemas sem ajuda a de comunicagdo sem ajuda englobam todos os formas de comunicacéo que ndo necesstom je quolaver tipo de instrumento ou ojude técnica e que apenas implicam a utilizagao de partes do corpo (cabeca, bracos, cara, etc.}, como veiculo para a transmissdo da mensagem e dividem-se nos seguintes 1 cara, etc), jensai ivi sie mm Gestos de uso comum ~ consiituem formas naturais de comunicar, como abanar a cabeco ‘em sinal de negacéo ou de ofirmacdo ou, ainda, abanar ¢ mao para dizer “adeus”. = Sistemas gestuais para néo ouvintes — sdo sistemas habituclmente utilizados por pessoas surdos, como € 0 coso de Lingua Gestual Portuguesa. m Sistemas manuais pedagégicos — surgiram a partir dos anteviores mas com diferenga que estes sistemas gestuais correspondem, « nivel sintético, & linguogem oral da comunidede onde estéo inseridos os seus utilizadores, dado que o principal objelivo com que séo utilizados & facilitar o aprendizagem da lingua oral, assim como de leitura e escrita (Rosell & Basil, 2000) Alfabeto manual é um sistema de representacéo simbélica ou icénica das letras, dos alfabetos e das linguas orais ov escritas, por meio das aos. 2.1.2. Sistemas com ajuda Os chomedos sistemas com ajuda requerem clgum tipo de assistincia exerne, insrumentos ou oludos tenicas para que a comunicacéo possa ter lugar. Por exemplo, pode necesstar-se de papel ¢ lépis, livros ou quadras de comunicacéo, maquina de escrever, computador pessoal © outras ojvdas técnicas de complexidade diverso, especialmente desenhadas segundo os necessidades especias do ullizodor Segundo Ferrero, Ponte, & Azevedo (2000) relerem, neste tipo de sistemas de comunicacdo os simbolos nao so produzidos mas selecionados pelo utilizador alravés dos mais voriades dispositivos. Segundo estes autores, podem-se encontrar as seguintes categorias de sistemas de comunicagéo com ajuda BF ‘Sistemas da comunicagéo por objetos — sd0 frequentemen'e ulilizados numo fase inicial le comunicacéo, por pessoas com um baixo nivel cognitive @ sGo consfituidos por objetos de tamanho real, miniaturas ou partes de objetos, usados como simbolos comunicativos, 3. Populacé aumentativa/alternativa de comunicagéo = Sistemas de comunic Go por imagens — sao sistemos que utilizom fotografias e desenhos. istemas de comunicacdo através de simbolos graficos — sao sistemas baseados em dese- hos, com maior ou menor esiruturacéo e com diferentes niveis de simbolismo, acompanhades pela palavra escrita. Neste grupo encontram-se os sistemas pictogréficos, constituidos essencial- mente por desenhos esqueméticos, com uma grande semelhanca com oquilo que representam. Dentro destes sistemas encontramos os Sistemas PIC, SPC, Rebus, Bliss, Sigsymbols, Picsyms, Gakland, sendo os mais conhecidos entre nés os sistemas PIC, SPC e Bliss. = Sistemas combinados ~ sdo sistemas que combinam simbolos gréficos com simbolos manusis, fem que olguns em simulténeo ullizam a fala, como é 0 caso do sistema Makaton. m Sistemas com base na escrito — séo sistemas que utilizam, como elementos de representacéo, oe simbolos do lfabeto pare formar palovras ou frases com intencdo comunicativa. E o sistema de escrita como forma de comunicacéo no oral mais utilizado em todo © mundo. im Sistemas de comunicagéo por linguagens codificadas — os sistemos mais conhecidos que utlizam a linguagem codificada s60 os sistemas Braille e Morse. O sistema Braille € composto por simbolos técieis € cada simbolo téctil representa uma letro, um algarismo ov um sinal de pontuacéo. O sistema Morse é composto por um cédigo de pontos e Tragos que correspondem a letras e o algarismos, -alvo para 0 uso de sistemas de comunicagéo ‘A populocéo-alvo pora 0 uso de um sistema aumentativo de comunicagéo pode ser dividida em ts grupos: Uso temporrio, em que serdo inseridos individuos que por diferentes motivos esto impedides de usor 6 falo durante um determinado perfodo (por exemplo, traqueotomias) m Um segundo grupo, que considere os individuos cujas dificuldades fisicos, ossociadas por vores 0 outros incapacidades, néo s6 impossibilitam o desenvolvimento da fala como modo de expressdo, como também dificulta 0 desenvolvimento da compreenséo da linguagem ¢ de outras capacidades linguisticas. Neste coso, 0 popel dos sistemas aumentativos serd o de proporcionar estratégios faciltadoras do desenvolvimento das capacidades bésicos de represen- facéo e do comportamento de comunicacéo intencional, Com 0 uso destes métodos tento-se facilitar a linguagem compreensiva, criar ov aumentar 0 desejo de comunicar progressiva- mente proporcionar um meio para interagir e comunicar com os outros. ‘= Por fim, um terceiro grupo, no qual estdo inseridos todos aqueles que tm um elevado nivel do ‘compreenséo da linguagem falada, mas que devido ds suas dificuldades motoras estéio impe- didos de comunicar de uma forma percetivel Fatores a considerar na escolha, implementagdo e uso de um sistema aumentativo/alternativo de comunicagao Dade @ complexidade ¢ 0 variedade da populacéo que pode usutruir de um sistema aumentative ou ‘olternotivo de comunicagéo, bem como a variedade de sistemas que atualmente existem, 6 necessério tender a uma série de crtérios @ fatores que poderdo determinar a escolha de um em detrimento de outros e sobretudo obter éxito ou insucesso na opgio tomado. ‘A-escolha de um sistema de comunicagéo deve ter por base uma avaliagéo compreensiva e integrado do utilizador, que determine os suas possibilidades e necessidades, mos também de quem vai ser 0 recetor da mensagem @ em que contextos o sistema vai ser utilizado. E necessério que essa aveliagéo . continue @ ser feite ao longo do processo de implementacdo @ uso do sistema. E também essencial ter em conta se o sistema fem um uso generalizado na zona ou no pais onde vail ser implementado, pois & um fator que facilila néo s6 @ comunicocéo entre iguais mas também permite que os técnicos possam continuar 0 seu trabalho quando o utilizador muda de contexio, seja ele educacional ou terapéutico (Tetzchner & Martinsen, 2000). Para Rosell & Basil (2000), « fase fundamental e mais complexa é a fase do desenho do proceso de inte- ra¢60, uilizando o sistema de comunicacdo escolhido e a selecéo de estratégias de ensino-aprendizagem apropriadas, No implementacéo do sistema escolhido devem ser tidos em conta alguns fatores: m=O uso de um sistema oumentativo ou alternative de comunicagao ndo deve ser um fotor de exclusdo social ov de direito & aprendizagem. Pelo contrério, um sistema de comunicagio 36 {er6 éxito se for implementado, utlizado e desenvolvido junto dos seus pares; | mA ponderacéo do significado social na escolha e uso do sistema de comunicacéo pode ajudar @ alterar os esteredtipos de que muitos vezes as pesso0s com deficiéncia sao vilimos; m Aselecéo do vocabulério deve ter em conta a idade cronolégica do utilizador, para que possa comunicar com os seus pares de uma forma contextualizada e o mais normal possivel; 1m E importante ter em conta os aspetos da rotina diéria, para que se possam incluir no sistema de comunicacéo e possibilitar oo ufilizador demonstiar os suas necessidades (por exemplo, pedir para ir & casa de benho), tomar opcées (por exenplo, escolha de uma refeigéo) ou fazer pedidos (por exemplo, a cor que quer vilizar para pinter um desenho); m= A aprendizagem do sistema de comunicacdo deve desenvolver-se preferencialmente « partir das rotinas diérios e no meio onde 0 utilizador normalmente atus, por proporcionarem uma grande variedade de atos comunicativos; mt O sistema de comunicagée deve proporcionar ao uillizador a interagdo com 0s outros, nos mois diversos contextos comunicativos. E importante que o comunicacéo néo se faca sistemati- camente sé com este ou aquele grupo de pessoas (pois, tecnicos, professores), para permitir diversificor 0 tipo de interacéo comunicativa e, desta forma, enriquecé-la; m £ necessério que 0 utilizador jé tenho adquirido as competéncias exigidas para o uso do sislema de comunicagéo escolhido antes de 0 comecor a usar; = Uma pessoa falante nao utiliza s6 a linguagem oral pare comunicor. Uiiliza os gestos, 0 expresséo corporal, a escrita, 0 olhar, etc., ¢ adapla-o ao destinatério. Uma pessoa que néo ufiliza a linguagem oral deve ter néo s6 0 oportunidade de utlizar mois do que uma forma de comu- nicar, mas também a oportunidade de alterar o tipo de comunicacdo de acordo com quem estabelece 0 ato comunicativo, sobretudo quando o sisema aumentalivo ou altemativo utiizado no & conhecido por todos aqueles com quem o utilizador interage; 1m Muitas vezes, & impossivel incluir desde 0 inicio todos os simbolos necessérios para a pessoa comunicar. Os simbolos inicicis devem represenior as mensagens que © processo de avaliacéo tenha determinado, e que j6 estéo o ser enviadas por uma via menos funcional, permitindo ao uliizador dizer algo que id esté motivado para fazer e ser compreendido com mais facilidode; = © &xito do utilizagéo de um sistema aumentativo ov cliernative de comunicacdo depende, em grande parte, do envolvimento em todo proceso, dos pais ou de outros membros que tenham a seu corgo 0 utilizador do sistema de comunicacéo. Antes de mais, é necessério que 1 implementacdo de um sistema néo se restrinja somente o criar oportunidades para se usor no contexto onde esté a ser desenvolvido, mos que se dé oportunidade para que os pais 0 + utilizem em contexto familias. £ importante estabelecer um contacto positive € continuo com possibilidade de transmitir @ mensagem, como suportarem eficazmente o proceso de interagéio/comuni- Caco’ cém 0 ambiente, consftuinde um opoio fundamental pare o proceso de ensino/aprendizagem Segundo (Ferreira, Ponte, & Azevedo, 2000, 2.° Ed.), quando se concebe, adapta ou seleciona um produto de apoio, © objetivo principal deve ser que esse insirumento se odeqde ds capacidades @ neces- Sidades da pessoa com deficiéncia, pelo que devemos ter sempre presentes as seguinles interrogacdes = Confo, quando e onde vai ser utlizado 0 produto de apoio? m1 Quais sé0 as capocidades cognitives do utilizador? m Quois so as expetativas desse ulilizador? m@ Qte tipo de mensagens devem estar disponiveis? ‘A preocupacéo com estas questées condicionardo a escolha da ajuda a ulilizar, quer em contexto peda- gégico, quer em qualquer outro contexto que seja parte integrante do ambiente onde a crianca se vai inserir, Assim, podem considerar-se as sequintes técnicas de selectio de simbolos: & Selegdo directo; m Selecdo por varrimento (Scanning). Ferreira, Ponte, & Azevedo (2000, 2." Ed.) referem que na selegdo direta, o utilizador ponte ov toca diretamenie no simbolo selecionado, com 0 dedo, por exemplo, ou com qualquer outra parle do corpo (selecdo direta sem ajuda). Fixar o olhar num simbolo durante um certo periodo de tempo & tombém uma técnica direta sem ojuda. Contudo, para a utilizagdo desta técnica, 6 necessdrio recorrer a tabuleiros tronsparentes ov em vinil, que permitam a um parceiro distinguir o simbolo selecionado. No eventualidade de tal néo ser possivel, pode-se selecionar o simbolo através do recurso a um dispo- sitivo, que pode sor um apontador de cabeca (Figura 2], ov um ponteiro luminoso, por exemplo, que voi servir de interface entre 0 uiilizador e o suporie de simbolos (selecdo direta com ajuda) Figura 2~ Apontedor de cobeco A selecéo por varrimento é um método usado por ulilizadores cujos incapacidades motoros os impos- sibiitam de uilizar um método de selegdo direta. Nesta selecéo 0 ulilizador tem a possibilidade de esco- Iher simbolos sequencialmente, mediante um sinal pré-determinado. A selegéo por varrimento pode ser efetuade recorrendo co varrimento manual, como foi referido anteriormente: © parceiro aponta para os simbolos disponiveis, af6 que o ullizador transmita um sinal de que o simbolo que escolheu foi alcan- ado. Esta técnica tem a desvantagem de o ullizador sé poder comunicar se 0 seu parceiro Ihe oferecer escolhas e além disso, é uma técnica lente que condiciona a velocidade da comunicagéo ‘A técnica de varrimento mais simples o técnica de varrimento linear em que 0 cursor se move sucessi- vamente, simbolo @ simbolo, da esquerda para a direita, ao longo de virias linhas. Esta técnica tem a vantagem de ser bastante previsfvel e de requerer apenas um Unico movimento para ativar ou desativar 9 cursor. Um uilizador capa de seguir um cursor com movimento répido e que possua uma répida resposta motora poderé usar esta técnica eficientemente, Podem ser utilizedos diferentes tipos de varrimento consoante a: copacidades do ulilizador. A vantagem dos técnicas eletrénicas por varrimento & a de permitir uma selecéo mais eficiente dos simbolos ¢ viliza- dores com incopacidedes motoras significativas, Uma vez identilicado 0 comportamento apropriade do uiiizador 6 necessério selecionor o melhor tipo de botdo para a sua captagio. Ferreira, Ponte, & Azevedo (2000, 2.° Ed., p. 51) mencionam que as tecnologias de apoio mais util zodas nas actividades pedagagicas das criangos so os tabulsiros de comunicacéo. Estes tabuleiros podem ser: manuais, como & 0 caso dos brinquedos adoptados (Figura 3) ~ “os criangas com defi- ciéncias motoras groves, necessitam também elas de oportunidades de participar em atividades Iidicas, recorrendo @ brinquedos que sejam opropriodos ds suas idades"; elétricos, como € 0 caso do “Relégio indicador”, que € 0 suporie de simbolos circular que permite a escolha de simbolos ou objetos por varri- mento, através de um ponteiro que gira com uma velocidade pré-determinada e que atua por um mani- pulo acionado pelo uilizedor; eletrénicos, como & 0 caso de alguns digitolizadores de fala (Figura 4), ou alguns computadores. Figura 3 ~ Brinquedo adapiado Figura 4 — Digitalizador Port Os mesmos autores referem que todos os dispositives eletrénicos que permitem a gravacéo e emisséo de fala au sons incluem-se num grupo designado por digitalizadores. A “fola digitalizada” pode ser defi- nida como 0 gravagéo de mensagens ou sons em dispositivos eletrénicos. Os digitalizadores conservam ‘98 sons assim gravados na meméria, permitindo o acesso e emissdo instanténea desses sons em qualquer ocasiée posterior. Contrariamente dos gravodores analégicos, « gravacdo nao é magnética, mas sim digital, icando as mensagens gravadas na meméria eletrénica do dispositivo (solid state), 0 que permite © acesso praticamente instanténeo, pelo uilizador, a essas mensagens 6.1. Interfaces para acesso ao computador ‘As criangas/jovens com graves problemas neuromotores ou cognitivos apresentam muitos vezes dificul- dade em aceder ao computador através das interfaces mais vslgares ~ 0 rato e 0 teclado -, tendo muitas que recorrer o diferentes solucées: = Alternotivas a0 roto; m Allemotivas ao teclado; = Manipulos; m Acesso pelo olhar, As alternativas ao rato permitem aceder ao computador usando outro tipo de interface, como por exemplo 0 Tracker Pro, que permite que uma pessoa sem controle dos membros superiores ou inferiores posse mover os ponieiros do rato com movimentos de cabeca muito ligeiros. Apoiodo sobre o monitor do computador, este dispositive segue o movimento de um pequeno relletor (autocolante) colocado no desenrola ao longo da vide de um individuo, que lidede de vida, o uso da tecnologia deve proporcionar-he ume mento opresentanda-se como recursos e servigos que ido diéria das pessoas com deficiéncia Tendo em conta que @ incluso é um processo que SF tem como objetive a melhorie de sua qual melhorio das condigées de participagéo e envolvi Visam facilitar 0 desenvolvimento de atividades da vi A tecnologia & uma érea do conhecimento com caractersics interdisiptinares €ve engloba produtos, recursos, melodologias, estratégias, prdticas e servigos e tem como principal objetivo promover a funcio- reo es, nelecionoda’ com otividade e paricipagdo dos pessoas com deficiéncia, Incapacidades ov aos eie raduzide, visondo sua outonomia, independéncia, melhoria da quolidade de vida e incluso social. Conclusdo [A comunicagéo & vital pora 0 desenvolvimento de qualquer ser humano, Mas para que esto se psso eemenice ie forma adequada & necessério criar oportunidades comunicativas que lever oo desejo sreeeesidade de comunicar. A interagéo verbal & 0 meio mais eloborado € privilegiado da interoce aaeeeeitive, A comunicagéo aumentativa e alfernotiva (CAA) oliada @ tecnologia, permite colmatar essa

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