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O capitalismo unifica mundo Francisco José Calazans Falcon ‘rofenr Tir de Hite Maden Comers (Unie eal Famiense Nos Eo cAPTALSHO s+ divi sampoco 0 ono rind docom- sui para a elaboragio deste texto. Diividas tanto teéricas eso quo acer wear A ian, tel atone cose! «mn xg cn reson ps ino coda espns Se}. neente ao capitalisma” no curso da qual a visio de Mars [este particular] fo core bea Histria desmentiy tas reflendes. A época em que 'sformulou, a "Nova Orden” nai fascia parc vitorons © I, ancorada na vitoriosa. Mats uma vex proclama-se © ia” €0 “Triunfo do capitalismo™. 5 tome, prem, a histria que se segue como sendoaconsagra- o econhecimento de tl “triunfo. Quer assim odesjem ou a Histéiacominua, eet tabalb constitu uma apesta, na natureza hitrica do eaptalamo — da maneita exes ‘mais de meio suo, ITRODUGKO: CONCEITOS,ESPAGOSE TEMPOS dor mercado" enguano componente fundamental os ordnges substantvas, cu antopoloicay da economi tas variedadesccompexidades dos mereados, basta-nos aqui co mercado em sua scepgio moderna, assoiada 3 histria europe dade Media, Nesta acepgio especie, 9 merado, como centro das oes, af “comercio” significa a “roca real 20 2 (dinbeio) € "meio que permite ou facia esa toca. aor, comércio e moeds,constatase que ocomércio € deter- wfprepor"(expresion em valores monctiros),enquant este, feome “fungSo do mercado" sho resulantes das relags que s¢ wr cada paseo, etre as ofrat eas demandas de quantiades jd bens eservgon (Polanyi e Arensberg, 1975) fo generico & eno algo como um “sistema” de dimensbes jue articula odo um conjumo de mercadosconcrefos, de produtos ua novos nego, ou de fares de produ ts- Seri no entant, qu tl mercado se epresenta como 2) Osconeeitos 'Nossotrabalho seria muito mas simples caso as palaa pssusem sempre tum significado caro e dst, ou sj, se suas elagbes com a ost fossem tniora¢imutivei, Nee caso conveahamos fo hava maocs vida ‘com palaras como “captalamo”, "mercado", "mundo" cc. Bastara 20 lee ‘orlerqualger uma dls pra, medatamene, apreenderths a signfiasi, ‘Todavia como sabemon, si muitos ox problemas existence nes ef: ra. elago entre as plavas ea coisa éaleatria ena verde, a pale ‘ak Femetem 8 outas pars, endo propramente de cosas ex i Além “zo, quando precismos dar com os concltor, orion que os eignam ‘corresponds atin gras absratas que comdensim e organisa ape ‘os miliplos de objets de reflect segundo os pressuposostebrcos de ‘quem elabora ese concitos. Explictaro serio de ermos de cre cone ital implica, portato, algum tip de comprometineno tera “Tai problemas até que poderiam sr denados de lado neste texto no fora aercunstnca de peciamente os conceitos de “eaptalimo” ¢ "mer «ado consiirem hoje em i, os disores de Aguas entre a “novasabor- ‘agers ea mas “antias", 4 lsicay, como logo itemos vex ‘Comeceno, etd pela ea de “merado", E claro que todos nos conhecemos um mercado: trata-se de um lat ‘onde se elzam comprascvendss, Noso didi ent epleto de alse ‘aiadstpos de mereados, ques do poato devia de suas espcialidades — de peice, de hortiransrs, de automsveis et, quer das sas dimensbes ‘minercados,supermercado,hipermercados et. Enteant, também es ‘mos acostumados iia de mercados cj “Tuga” s€ que existe como tah € indfnido: mercado financiro, mercado imobiirio, mercado de a5 ‘mercado cambial,etanton outros. Temos neste ako algo asim como ui ‘campo de atvdades, mais ov menos institacionalizadas,dsribudas pot variados tempos elo gare, segundo objivoseregras acs por todos ‘gues que dla paricpam,A novidade, no cao, €trodsnida quando © ‘Amite, como premissa, que 0 Tanclonamento do mercado consi UI ‘péce de mecanismo automo e independent das abe ites dot indviduos qu dele partcipam. mica “linia, 0 concn de mercado presupe 0 Jor Sra asim que pda expla por que a5 otras econ, de milion indvioos, como ou yendedores em busca tengo do maior lo a menor do depeoram run edadeir aos mat, 0 COME, pro ‘0 vtaior Reni posi para maior numero" A te funcionamento pereto impreviael, que lembra 0 ie gto mel darn a cso ctos age aor, «natures deal means el do seu eomatsno ura cca quo feta fe continu dc pIntret om im, elimtarHstoreament no tempo — sexsi de um mereadoatemacioal™- fairs dov histoiadores, no minimo problemiica a a exntacn,do slo XV so XIX, de um verdadero ¢ amo 3 mercado suo-eplado, anda qc somente no Ambo earopes. pce um conjunc de meas dsiats or mis roximos, ltaniados do "neon atotegsldor” exemplo o mer Pra ot mai prox. Pesuamerte nee paso gues tora ncesra uma alusto ds sss novasabordgens,produidas na década de 1970, tabatham com 1 hipéese de que se esturou, jf no séulo XVI, uma *economia-mund ‘uropéia” (Braue, 19760 “sistema mundial modeno"(Wallestein, 1974) ras iidamente “eaptaliar™ A admitiae al ipGese nos tatacg de ae agai masse a istria da “contigo do merado interac nal” mas, quando muito, de seu dseaolvimento, do culo XVI a0 XIK ‘Nocntanto, ém lao ao conceit de “epitaliomo” que os problemas Para que se postam compreender as bases impliagBes trices dessa novasabordagens,devese trem Vague of seus ators, como Walle: tein, ab apresentam como bandas em Mark De fo, hi slg texto de Marx que, & primeira vista, parecem compativeis com tais abordagens,, «como, por exemple: in da conmsigo do mea itermacoal om sid a+ Sees moun proces gu nlc Eade mode S cnmens (xmas vc reer wns Us out ee ston rormeratrefaceror retard explora clonal conforme a dn potest mecntiiar comin ss tion: Result dea concepgto dos color Bmore que anecdeam Revel ndowal lo irri go mec ternal &dominsd, clon, pelo copia comercial endo, eds formaeso ca ncn urd ate teins cont ona dade ine pec, co vp, com eaters es st meno cn eso culo priv capital. sia do mercado internacional abordada em eros da ani ‘mundial moderno", capita e europe parte da constii- isem principios da Era Moderna eseu objetivo €a “at mercado, de virios modo de produgio”, on sei, formas dile- recrutar¢remuserat a mio-de-obra" tis como oesravismo, fa encomienda, a parceri, 0 arendamento o asslariamento portato, hi smene ma tofaldade — o mercado mu (Qe integra hirarquizaregidese modos de produto dis ifs ronat on locox centro, perferae semiperferia. Tem, apenas uc ans, precsamenteaguela que dew (culo XVM}; a acumulacso € um process nico, em (Prank, 1977}; ¢ Revolugo Industrial ecaptalismo sto coi No hi vid de ge a grande evo dos sclos XV, XV, gue a decaberaspeogrficasprovocavam po cme «que impulionsva ode ‘envolvimento rid do cpa merce consitoe um aor enema, ee do aceado « pasagem do modo de prods fda 20 modo expsalita® (Le Capit, 3 "Se bom que o princi sboos da produ capita esha e ead dee cedo em alums cidade do Medereo, ea captalt dat some te dostelo XVILe Capa, 3,586) ‘Assim, desconeatualzada tomas a0 pé da ler, eta otras pase sagensparecem insinaarefetvamente a existéncia do “captalismo” e 0 “mereado mundial” (capitals) ja no século XVI — 0 “sistema mundial caitlin europeu” de Wallerstein, Nese caso, ado & apenas angio de *Capalisn comercial” que se leptima teorcamente, mat oconeeto me smo de capitalismo como "modo de produgso™ qu et em ogo, Substui do este limo, remos edo o capialismo come “prods pa . ‘mercado” ou, sid, a “busca ea realizado do lcro através da comercial ago de mercadois” ~ Chegando agoa 20 que realmente nos interessa aqui, vejamos, rapid mente, as prinipais plier posses deste divergincias conceal penta wos expose tempos {ue costumamos ler em muitos compéndios, centradas na nada nor dim da exséncia de outros “mundos" ou civil por exemplo, do mundo europeu medieval. 0 peso Ede tl monta que tendemos a absorver ariticamente descobrimentor, “descoberas” ec. Als, embalados pelo mt, sequer nos lembramos de que a propria idéia de recente ehistoriamenteconstrido 7 uma lnta penetra dois em dite A egies sul-aa- eno esudoeste, Quanto 20 restate do “coninemte negro", um ribs, rina © impériox,fzendo-see desfazendo-se em tas Para ete, oldico eo subcontinent iniano — uma economia~ fe articladaenvolvendo arabes, pera, indanos e malaios —, 3. Em 1526, o Sulanato de Dé (Del oi substiuido {Grfo-Mogol, um pode islimico em gral tleante para como je evi presen, até primeira meade do sulo XVII, assinala ie grande prosperiadee paz reltiva, Mas aan, 0 reinos do ‘como 0 SiZo, mas princpalmente a hegemonia de uma |= Mala — estratepcamentestuadae favoreendo a da Inslindia — Sumatra, Java, Celebes, Banda, Moluas Mindanao ao sul das futrasFlipias). A disolugo do hindu, no arguiélago que vrs ser a Indondsia rie outros centos de poser isis em termos politics eral ais diane, China, o Clete Impéio, onde, desde 1368, via liuidado ojugo mongol. Uma China qu inorporou 2 Cora ao atl Vietd, como tibuiros do poder impe- economia mundo, n verdade deixando de lado a maior pare da Africa ea toraidade da 0 do século XVI ts grandes impéroa — rar uma economia-mundo— no Indico —, 20s quai se 4 Moscévia (Rissa) império em répido proceso de © erieae (Shia) e para 0 sul — a expensas dos dominios stein que chumamos de “Earope” consitfam, par 0 babiatesmedera macomunidadeepral —actandae — ey pels insides e agentes ja Cala Romana e cheida flo pap 5S Ip conta face viel da Clade de Dt, ots, bem era a Cidade do Homens, goveraats por polere sore mda iva, Divide dus pelo Grande Cama do Ociens (1066), qe op Ta do peso Beano, sediado em Contaminol reps do Ang Imp Romano do Occ, a citandade defends, at us fone nna da ncurtes dor exvleiros mong e mags 2 paso qe Irons ocientais, rina rts inrcosdavam proseuinesto 8 crumada da Recon, conde em 1492 com «conga do rag ‘mourico de Granada Para além de es mites, a criandade conver, dade 0 sso Vy com os muculmanos. Convivnsa dif, maradn por Sos on desconfane ¢21 de ambos aos asta or inte rear comer cl Fas de um eremo a outro do Medterrinca. Piatra guts, comes tae sobreredo, cm proven de venerianoy genovesee comercante us cidade ants ou do. A expansto do trcon oem, 0 lng do seul XIV aceeousenos dos rule seine ecru em iced tundade range mural do impéioOromanocongustado de Conta nop (145), dor poor do Levante (Sia gi}, «em avango conan pela penn alednica, ro a Viens, Aras de elton de isnt abs, oud arava de alguns cr pews qe avam angi o Orc cruzando at expe panos morta {or da Asa Central como fora o cso de Marco Polo culo Xl oct ‘os posslam vags nogiea «rope ds exstécia de outros pov proprlamente inf, como ox euiores de Mace, a cea op (8 penton. Maso dexconbeciment quate ol propia sen sok imaging, fot navel de ites maavhoaspergn asco Levaramos muito tempo cso qisnemosacompanhar os pesos des «rion mundo afore,“ ecobrindo” econquiandoconqutandoc expe Tanda, do éclo Vo XIX. Imaginemoe portant goal iid a aod tm exten que houvee egal ao noo planeta no fin do sal XV ou comego do XVI. Hai, clr, a “Europa cit ¢oimpéio Te ‘muse alm dle? Caso otal marino observe ocmtnnt can, Pt ‘emp, pceberia asa pate sentronl, dominios mics, o Ei famanho eda riguza dessesimpérios, ou economias-mun- tndo europea” compreeadia apenas as egies que se cosas do Mar Oceano (Alantca) 0 Elba ou, 0 msi, 20 sul-nort els se extend do tora do Mediertineo 30 pares do Bac. Rots tertestrese martimasligavam entre feondmicos de endo: o centronorte da Ilia e os Pases Nene, Genova, Broges¢ Anup do mercado internacional els europeus teve como poa- nso espacial mas nlo se esgoou ai, Para realmente recisatos dimersion’latemporaimente. Este dimensions: {compreende a dlitago de perfodos ea caracterzagio conjunaras. ‘ended 4 motivo dition, mas mbm em fan de rade ef asset taal dvd om has grands dpocas a pr-capaanag ‘capitan. Tas epoca ua etaySoconolgea preci Sobre, Booges em eros de forma oct concen) et, pa onder pcp os sclos XVXVI a0 XM cpu Taso salon XIX eX " Ao tratar de periods no ier desas pcs dispomos,éc das tadcionais dives refrdas 4 hegemonia sucesivas dav grandey dais marfinas. Enea, hoe cm ia pefernis ream soe 2 conntrs com wots alterna de periods de promperidae ee ft ea aeqiad Tce, ao noon ojos "fim de comprecdeans melhor ea perspec conutura nee sro lmbrar que a arias conjntras depend 8 FlagSe en tovimentosdemogrificose os da p Conve snd ter presents a iferengs ene oF dos cos" chamados, por E-Labroie, de “amigo” ¢ "novo", ov contenpor co; valida pt-cpalicaeapala, espcvament ‘ “amigo regime ecndmco™ poe carseat err be case.um mecanamo open de dnencadeament-e popaggio da a ‘ss. Como carats, observe: 1. Predomita da oper 2 rstedade dos traporte 3 adr Ons de ona A eporce ir devia da acuta se erica de divers mane as de 80% dy porulaio vv mis dcs ras, a rode ail sper en alc a! ops nda, a prodvidad apicla basa ee cakivam basianene ‘rei forages. Ox trampores so cars cific, po ea So pouas ema comdradan, endo mpratsves 20 inven, sobeadb ‘0 tanto de earoqs- Ro, ago e mare ofeecem menos problemas ma ‘ho resale a images devi & lento, bana capaciade de carga € Seren ere inion nin, di dade aga rou sobretuo aigos dexinador 30 veri, consi ati gros. As manulturay, concetadas ov dps apesa de imports ‘io fogen 3 repra do predomin abot do bene de consumo. ‘Ofmreanimo responsive elo deencadeameno propaga das ck sex nse “antigo regime econdmico"obdece, em eral sum meso eS tu uma suet de mis colbasredusdanicament produ Se r3% € elev rapidement opreso do plo a "re ds subsites" oma doa fore, agora piemic. A moralidade amen, 5 cidads ich os refunds das res ura a ordem publica €amengada evlias, protests contra os agambarcadores ete. Active To campo cidade na medida em que ocomércio decline ru atvidades, ao meso tempo que as autridade ¢ esse eponal mais ov eno een ecco de repo tamer: pita Ar cones an naan an usr nent a Gu am ugar pars oo A droid aces ware seminar poucon, com oor dss boss clbetar¢& Teens cea do cntgete emo ime exnfmico, conemporine, tipo do capitaliamo i cond cara ; Predominoda prod. eee ors cnr « Si emda prepon- She noir lever on org, ra liad mga so ainda domina- adh ver ay ples cxpciade ect es do qu rsa prin wifesqio do mec epic» ner, cm nivel monday de meteados a conssicnte peels J prodgio ~ “dato me. 3.0 mca ds ces peas we mies, esi debi gra Sine Se aperp™ “sto na orgem de dverso ips de faaagso ou ‘aries geraram viris clasificagbes edenomina- 3 dtinguen eo ciclo longos eos euros, dos quas 05 para a hstra econdmica s4o os movimentos de longa 3, dtos movimentos Kondratil, que Fragois imiand fase": A grorperidade) eB (Sepresso) Teramos, assim: )— fase By rise do final da Made Média 0 — fase A; vrevlugfo comercial” e dos pesos. 1720/30 — fase B; “rise dost. XVI". ABIO/I7 — fase A; “prosperdade do Setecentos” 18SOVS1 — fase B crise de pasagem do “antigo” 20 “novo £1850051-1873 — fase A; prosperidade da primeira industrialist, ig) 1873-1896 — fase B “grande deressio do sculo XD 7 —B)1896-1929/30 — fase A; prosperidade “fim de clo", a & cig 1929 Bouvie, 1961). as de perpetias foram, 08 tem sido, mais evidenes em jerondmico soil, polio eo cultural Sconimica¢scial da expansso fn:0u pl por muito tempo, Stipologia dos empreendimentoscolonias ea énfaseno car seas colonia. No primeiro cas, preponderam os inven- entre a *colGniae propeament dias” eos enclaves” ris, entrepostos, possesses teritoriasresitas a epi a hoje “clssca", entre a colnias de povoamento eas de ae panto oe de mineragS0. No Segundo caso ands da cio do “antigo sistema colonial” enfatizao carter lado para fora da economia colonial io 6, 0 pape deci metzbplecoldnia no Ambiro do “capitalinmo comercial” Weadas, no entano, no somente vim sendo relatvzadas mento” ¢“exploragSo" come, prncipallmente, ead pesquisa, exudos debates que questionam ou clan implicagdes a tori tradicional do sistema colonial quer de produgiocoloniais", ques sobreudo, a respito do a0 papel nor nécles urbanos, 3 importincia feontabandos © o peso wco-conbmico dos grands comer- et de ecravos colonia. Na Asia, por outro lad, vem sen- ja importncia dos cries mecanti eionas para os nego europe, 3 exemplo do country trade indiana. da expansi, soperando as crénics das ages milia- Gilmer, vols separa dois pcos as formas de eis de coopagao ov interpenetrag8o socal. Ressténcia dos nase negro: sobrerudo mas também decoloaos;coopta- Feloniis em funsio de ineesses comune. O quasesléacio variadas de ressécia, sim como a radiconal dcotomia versus sociedade (elites colonias),fiaram para tris. 8 Aeic Asa, novasabordagensequestonamentos modi- mente a visio ¢o conhecimento da natureza de suas fe sociais «das suas attudes diane dos comercianes hia de comérco, etpectva de uma expansio pasivamente “sofrida”™ Deseshados, portant, ot grandes contorot dos espagor mundiase «tos os mecanismosconjunturais,acomecar pela cronologia da pros de e depress, podemos agora pasar & hstéria ds unifiagSo do pelo capicalismo. €) Ahistorografia da expansio [primeira vita, alex o tema do presente resto posse clasifcado ‘ehistria econdmica. Na raldade, ele € muito mais abrangent. Abod ‘apenas do ponto de vita econdaico seria algo bastante reducinit ee brecedor. De fato, a histria da constuiao do mercado internacional en vee artcula economist, pola e clara em tomo de m eixo com ‘qual se podera chamar, de mancira simpiieada, a "expaneioeuropéia™ ‘comercial e colonial. 7 ‘Anogio de “expansdo europa” soa hoje em dia como um ober iogrfico algo “dato. Com eo, sua histriografiaaracteri-e( lo XIX e peimeia metade do XX) plas narrativas de viagens econquia vicissitudes dos estabelecimentoscuropeus "fora da Europa”. Avent ger, deciso caracerizam as personalidades eas dos hers “i ‘do em face do desconhecdo representado por paisagens e sere“ ‘os, birbaros ou nfo, mas, sobreudo, diferentes. Embora varie, co sme a épaca que se consider, os argumentos epretextos europe, 0 10" ou “deve” da conquista colonzasio sto vstos em geal como“ ‘is eneesrosecapazes de benecnecolonzadorer ecolonaados. (© processo de descolonizaco afroasitics, aps a Segunda G “Mundial, fer eur no exquccimento as autigas“bistrias da coloniagS0" subtituidas por histrias de eis e pases hors Ewope. Historadore © denise afeorasidicos ampliaram as pexqusas sobre a histria “antes ‘europeus";0 perido colonial, encarado como una espécedeinterregnoy ined em bs ds perpesivas component ds cao pelos no-eropeu cosa do pssdo. Tal magi htoriogrfa a thal preptvel ees ds Batra clara. aul com eta ep Dastou a er encirada 0 boda sti das metaldade da inletal ou das ids, tanto do ponto devia dos oropess somo. Calrasulramarinas As “vss do ovo" er deren pocas ec “cas, especialmente na cultura europea, cupam lugar de des Iinoriogaia recente, marando os “enontonedsenonton de e iiiagoes" "Apens par exemplify, ejamox a mutago gu opera nas att smeoti cuopéia em ela nda ¢China por vo de 1800, ou se foes em que chepam a termina o“stigo sistem colonial” ea ra do taliamo comer No caro da nd sus institu, poplrizada por Rayna, comoya se subsidy precise negates dor inde donde dca, or ‘umes “birbaros, A pobre ea ignorinca so stbuidas lpi bi no momento meso em qu Revolt Inria ingles dearly lesan prodago indian de tsdor de loo para export. ‘Quanto 3 Chins, melo de monarqia eas pars o soon Irae ua revista 20s cena leva tes sios a substiurem niga admiacto pla civizagio dos mandarins por uma crescent pac icin owing date do “mobile” esas da Chima, Seas POR Celanas, ch chinese ecantavam or european ma on chiens dr ‘am os produto odes — apenas pata Ie interenva, A China tm pganeco mercado poencil para ands em expansio ma Eu porque nio "abi" ao comer e clizagho? PARTE!— AERA DO CAPTAL(SMO) COMERCIAL ‘Conhecida também como a época do surgimento do “capitalism moder ‘o",esta€ aera marcada elo dominio do capital meant, 5 POLINCOS SOCAISE CULTURAS Teal ao mova, save da cera do Ode ibaa) desta concenraoem nics Jeu ne prrrmdo pela scesso herd eto Rr cons dor poderes judi Td cl, a “domesicapio™ da aritocrca sts impo sronoias manips on nnrumenos dco formant denatrea ol ode cake prio: pono, po prince, em nome open crcl, do eo monopolo faa, juioe Poder ibrar tana Ivrenente stn, por 8 be. onl o wo dav smas-—-viga © puny como pc el Gs enor, sancxmene, em fongio da sua dak fauna ce waa favored em eal aie fo erate mafreo porno, a expansso Ss Mo fin © 20 cbo, a dfcdads cadaver eae fs pepsin c neces conrad on da roca © so Etado sbvoluiga atoa Revougho Liberal sbzolucistas como as “Replicas” — anigas, ou ueba- 1 Génova, ou *moderias", como as Provincia Unidas [= empenharamse, em maior ou menor grat, no estabelc- os ercant lonconquists terri em epibes Ea XVI a0 XVI Tas empreendimenos foram realizados, dos casos, por companhias de comercio organizadas, quase ‘com asa patcpagio Financera em mas delas, 2 (monopélios e sengSesfiscas)concedids a ess compress mercani. Decorem de ais aac las dss ‘car maipcsdochamao “Aig Sena Cole”, a comers {Stes vino aoe interes dies dor gover absctisas ‘epablcano, no av lands Compreeerse4 atm pr ge exp ‘iisSna, comercial «colo, lem de econ ¢tambe pall Csarem ca envelids comers militares, buccatar¢miionron, 2. As etuturas sci Designs em geal como Antigo Regime socidade da mois do ses earopeusanerior 3 Revoloio, Tal dsianas, produ Revolagto Frances por agile gue qucriam jament qui, ndg um tipo de sociedad onde imperavam a desiguldade eo prvi. Ug Soctlaecja repress te basen em noes oo st de “ead ¢ "orden ou seu socedade diviida em eam orden fend fem via deers edieios dirs de acordo com o nascent, funging Pongo hierirguca de cada um no seu grupo soil, Ness sociedad, Bd ‘ma linha qu separa o nobre do plebeu outa que marca as deena ob ‘etc ene ex grupos deters de sgu ipo de privleio e sa totalmente desiuidon Poles, claro, suDinar as ictenan entre "sok did ural” "urbana",ou dict, como ji fo moda, a "reidade” oad dovesamentos clase soci Ata, ees ular o once de “Sociedade de Cone" (Bs, 1967) nu media em qu alguns iodo ovsieram bem mais rei para desert expla a arate am das aciga dias e rita. Tl € 0 cao, por exemplo, das polticas sts “tardias" dos Estados abla perifios, como Portugal, ‘Austria, Pri, Ris, 4 épca do "depois excarecdo” o8 usrado, Em eros naa pontuas, pods observa asbrev- da das companhis de comérco priviepadas ingles e francesa € 2a rectaglo", como no caso portupus, entre outros. (O mercado interacional do séulo XVIII deseavolveu-se em fungio princpalmente das dapat anglofranceae, js cenitondecisivs foram {i América a India, envolvendo colin, entepostos comer, rotas€ trsicos. ‘Até 1748, osinglesslgraram poucosavangos na América do Norte (n0 Canad) enguanto qu, nadia, as duas companhis, a inglesa ea frances, ltenaram vitéia deers. As dispta concetravase, endo, as “fa {ia Ocidentas™(Anthas eno comico ieroamercano. Apesa da pos ‘francesa na Espanha ser preponderante, 0 comeriantesingeseshaviamn Conseguido contrat do asento (ornecimento de exravoraianos dt olin esparolas) eo mavio de permiso (um aavio ingles podia aportar a ‘ada ano em Cartagena). Ao mesmo tempo, em porgio vantajosa em Portugal, gagas 0 Tratado de Methven (1703), os comercianes ingleses provetaramse da Conia do Sacramento, devolvida aos portuguese, para ' partie dal contrabandearem sas mereadoria para Buenos Ares © @ Alo er, obtendo assim a pratanecesiiatransagoes no Oriente, Nessa mes- sma época, ais, boa pate do ouro e diamants das minasbraeiras uia puta Londres, detamente ou nfo, eforgando a posigSo dor b ‘Aexpansio do coméreio com sb Antiaslevou a uma auténtica “amer canizagao do comércio francis”, pari de Marsela, Saint-Malo, Nantes € Bord. Asica ca esravos, mas também indigo ealgodio, so rexpor tados para todo o Mediterineo, Holanda, cdades hansei prospeidade das colniasfrancesas — S. Domingos (Hai), Martnica e Guadalupe — fra fortuna de empresrioseplamtadores. ‘iris rota correspondem enti &intensficagso do chamado “comér- cio wianglar™: Europ Arcs (esravon)-Antiha esrvor por aga) Ea {u, Afsica-Brail- Europa); hava também o comércio diet: Ant ThasBeasi-Kca-AntihasBrsil a colbnias inglesss da América do Norte ‘amen comercavam com as Anas e, aos poucos,partiipavam do wi 0 de escravos (Bergeron, 1983) 1 lado inglés, Bristol, Whichavene sobredo Liverpool slo os gran- es portosdeimporeaao e eexporagso de agar, tabscoy caf além de Parcipagio no tifico de excavon.Barbador, Jamaica, Tobago e Gran Ho as grandes produtoras de agicare cafe, enquano tabacoe arc prow ‘sham das colnias do sul da América do Nort (Virginia, Maryland) Da ihas um ativo comézcio de contabando com a Tera Firme as careava para o Banco da Inglatera as precioas pas ‘do sels no comércio com a China. Antes mesmo da , at mercadovas inca jé penetravam nos mercados via mettpoles ov sravs de contraband e asin se paga- ingleas de mterias de constragso naval importados da bom terms presente o grande cescimento do comércio esas da Armiica da Norte. As do sul exportadoras de pro- consumidoras de manuaturas e ecravos, esavam igadas 13 Gri-Brecnha. As da Nova Inglaterra e do centro comercia- Aaihas Africa — asia, melo, rum, ecravos —e import rinicas em toca de agica,navios madeirs. Navios ram exe comércio da Antihat 20 contri do que oco 121763, 4 Grd-Bretana no somente consegu expulsar [América do Nore (Canad, Louisiana, Fla) eexpandirse mas Dominic, S. Vicente, Granada e Tobago — como, principalmen- jas manobras de Duplex (da companhia francesa , evetualmen fs partidrios do Mago em Pasey (1757), frances e ali (1760) ¢ Pondichery (1761). Sob o comando de Clive, a East fassumiu o controle sobre Bengal eo De, dando inicio § expan rial na India. Desde 1740, por sinal era a India, e no mals 0 simbolo da rigueza para os eropeus (Bergeron, 1983) 1s compankias de comércio européias, desde o século XVI, os a adi envoliam ts stores hisicos: cis de algo (eceies reas rua) chi (da China) expecirias da Talli). Aten- 'que logo se tornou uma prtica dominante, fia de “asiatizar™ 0 rad comécio regional, isto & deixar cada vex mas aos elementos rotas merantis, centralizando em Caleutd, Madkas, Surat, f Cochin as operager de compra evenda. Tecids de algodio, © pimenta circulavam de um lar para outo,assegrando 4 edo nos Iucros pars or ngeses mas dexando suas migalhas a mer- Arabs, indiana, arménios malsce, competind entre si. A pata fem grandes quanidades 3 adi, especialmente para comprar © anti, 0 qual, em parte, era wsado na compra deespecirias, 20 cid indianos, da lnaulinda. As conexBes entre os comerlantes deus de Londres, Amstrdi e Hamburgofaciitavam o fornecimento ‘rata de que a compania da India Oriental ncessava. A maior pare, ‘Fm, tanto do cha como dos tecidr indianos era consumida na lnglte Franga e Alemanka setestrinal, se bem gue, 20 qve rad indica, a8 mais fina indiana feassem no Oriente Médioe na Ivulnda, A part 1730, comesaocomério do 6pionalsulindiae, 6s 1750, os ingles ‘am sua venda em Cantio,em subsiuiglo& peat, conforme a East Co. estabelece seu monopéli sobre a principal repo produtora de pio Bikar (nda). Cobre, extanho esalize slo também imporcanes rene comércio “inte-indiano”, que envlva o apo, Malisia ea nda ‘Até 1780, pelo menos, as exporagesbritnicas em pata e otro para tia foram consderiveis as inportagdes de mercadorias indiana ‘ais superavam as exportages. Os lucros, enorme, provnham do Inra-indiano e de Canto, onde 0 numero de embareagdesanglo-ndi superava o dat bina (Bue, 1983). Esta descrigio do mercado internacional no século XVI, apesar de "tani simpliada,evidencia a existncia de cnexdes mereant finance «que ulrapasavar em muito os espagos region. Trata-eeetvamente tuma economis-mundo eujos centro se encontram na Europa. Ao met ‘tempo esse quado permite-os pereber nat suaeentelihas creas pr rmercantseapazes de relaiviarem em parte nota noges habitual do mercantlismo ais como, por exemplo, a de “exclsiva", “metalimo% “companhias de comércio", quando analisamos, também, 0 comécio, Oriente” 3, para comeyar, 0 “excusvo", pep fundamental do “antigo tema”. Bem, os portgueses até que tentaram impé-lo a0 comércio| Indias ferro fgo, mas sua vablidade logo se revel impose. Ni basta, porém,acusar os competidoresearopeus po esse fracas. Na se, cscs concorrentes,holandessengleses, perceberam a imensa compl dade das relagbescomerciis exinentesno Indico, na Masia, Inslindia fos mares da China. Assim, em verde coils, prefeiram tar delas maior proveto posive, ora parcpando dietament, ors organizando fuxos de mercadorias para seus entepostoscomercii. Em segundo lugar, o "metalsmo”, que alguns manuaisassociam, hoje a *natureza” ou “esséncia™ do mercantlismo. Ora, se asim ‘como eno expla, por exemplo,o Galdo de Acapulco, transport, ‘p6s ano, seus carregamentos de pata mexicana para Manila (lipins} a pat 0 oro carreads par fads ¢ a China pela comp esac, sbreado, pla East nda Co? timo, a compains Je comico. Na Asi, 0 conti das so ieaas, ti companies deviam, em pea, abserse de con- entra ep enerona poiicamentecompladt. Na pe ifernceNa Invlind,» companhia olanessenro em confor om wlanaton “chlo host, apolndo ox “am Feeadendo cada vee mas sees dominios trios em nus ependendo ores eco fiance las anglo francs pels entepsoncomeciaicderam 2 le delay (157 oor da compa incre em Bengals a segir Desc sim, poucoa pou, ete, Do comério pasouse adminintagio fica e deta ca its eines, as cocirmos es princi pare, vl brat al una ora expansio copia no culo XVI — das grande ges don marine relzador por navegadore ingles ances ad francs, mis amovo fr Bougaivl que fer a voka so mun- para oes (176-6, reconbsendo Tat “Nova Gera" 08 (Novas Hebrides Sslondo, jf dscobertas pelos Bolandese, 90 pels ingles Was e Career no XVIL A diferenga, por, lato de Bougainville “Voyage autour monde (1771) leyou um erusemado Dir a cater um Soplementoa Wage ena leur floca de orca frets da ‘Outro vst, La Perouse, desaparecea msterosamente em (1788, ior ising o mainte fo James Cook par Pla Royal Soyo quem ua rs vans, ee 1768 ¢ 177, © oral oral da Austria craaouo este de Tre, pela er depos 164 anos da sua decobera (1606), conserved em span; decors a Nov Caled, o etre etre at dias Nova Zelinia exes de Cook a thas Hava, onde mores ‘de natives Pay, 1959). acescntarmos a cat viges a coma eexpedgbeson “vngens emprendsas no continents serena como asd La Conde. de Von Hmbol, ma amber agus ptrociadas plas Acad Gltcias de Lisbon de Made teremos uma vis do qoato = Exropa ustradaprocurou ampliaroconhecimento ea clssifiapo da reza dos paises exiicos, de acordo com perpestiaecenicas Difendida amplament através de livros com grande wacesso de pbc leer, algmas desis narearivasinfluizam muito, 30 que tao india, soe ar mentalidades eras de ent, Obras filowias ede igo apropiaam Se dessasinfrmagbes e sobre elas ciaram mundos maraihosos ou et ‘hos tipos humanos moral ov intelectualmente superiors. Swift Stevenson, Rouseaue Voltaire, Diderot e Rayna, em claves muito divers So somente alguns exemplon destasfomadat de conscinca das diversi es cultura, através de uma geoprata que, a0 poco, tra consigo oF pro blemas de uma nova anropologa J transportando, da Afica para as Américas, miles de eserves. ma tradiio hisorogrfica howe por bem desgnar 0 conjunto como "Antigo Sistema Colonial”, embora a andlises deta sis epiquem com mais perinéocia as Américas do que i atividades na Asi. Seja como for, parece iniseuivel qu ese “Antigo fo rest 3 crise ederocada do "Ancien Régime” europeu 80 culo XVII, tanco asin que, nas antiga histrias da colonzasto os empreendmentoseuropeus, britniossobretudo,ésurgiam 90 IX como o "Novo Sistema Colonial”. erturacto do Antigo Regime politico, sxal¢econdimic rea so dura "dupa revlucio” (Hobsbawm, 1977): econdmica — gio Industrial — politica, sociale ideoldgica — a Revolugso revolugdes democritico-barguesas —, eujo carrorchele € a Frances (1789-1815). lug Industria, ecveno ings, nado nas Ukimasdécaas do pou a arancada do “capitalism industrial”, iso & da peo- is: A pari da, a ind. striaiza5o pasa ao primero plano das das burgusiasnaionais continental, uma ver que a miquina, emblematic da nova ordem econdmica nascent, que concen ategbes empresa polieas. Maravlba Suprema, ou , € 4 miqina gv produz 0 “vapor do dbo", que sabe 0s i ds farce provers ents e condenses. esacorrentado™ (Landes, 1954) dsencadela tansformagbes 3 tempo desman easutam. Capital —miguinas — fbn 4 econtole do wabalho, Desintegramse as corporages ar para oanteso independence. O trabalhador € agora um 0, mendo na fica durante 12 14, 16 hors, submetdo args ado, cronomrado— times money. Amquina a vapor libera a “servi hid: agra, as fbrias se muliplcam nas azaem leva leas de operitos, cus moradias mises PARTE — A ERA DO CAPTALSMO INDUSTRIAL wwrnopucko Nalhiséria gerald desavovinent do captain) ¢ habia consider se osclo XIX como o periods em gue a produ capitalist energy ai tmow-seeexpadse mundo afora, «partir Dascamente de alguns pales ropes, poi entrada o cniio mundial de nova poses como Estados Unidos € 0 Jao, 0 ae veri realmente natin dcada Jo Otceenos Tor varios motivo, costume também disc es hii do cap limo oitocenisa em das fais ou pros: I~ do final do sculo XV aut mais ou meno 1870, 2—de 170 31914. Enguano 3 prime core onderapropeamest a denominajio de Eradocapalinmo nds" Segunda se alia em geal a deignagio de “Era do capitalism monopoi {ne imperalisa” Tas denominaybes os, como € sabi, teorcame as posi. Logo, serio a Das Cade” (sac, muito plo contri. Tavs, dscatre os pesos neem ese despa, ov am, erocament ‘eon alg fora de copitayo nex paso do os0 to. comes da rs captlta ~e ds scedade Hier, brguesa— "Vel cane, expresses maiores da sua supremacia enol, pe como en tempo novo econo, um tespo qu tte ses a iia as europe congubtaro domino dos aceanose mates, coma tam seus adver, Como eto tempo nov, tle fonalea entepostos comers nas cons alcanas eatin 0 ena dil comtrugio deuna sisade rene cm io arse dos terns american, dimandocesraando ss populyies nda sobreive da anerioe ~ascidade do “amigo regime” or casos de inutsiaizagtsfrutradas aid, oi expan rato extencuopéa quanto irecopéia eo queries. react em manuaiseconpéndin toma inconprensives eis Edo earopes no wel XX (ref 198) fis clad uc pees shintopaia do lo XIX 6006 proceso hic em comprtmenton espeizadose co acs coos poli, col ida clr, sem ao o rages ntenacionas-—lnchindose nese quaten tomes epoca dingo cate“ ea” rod dase read so vibes unless slo de exempo, a manera mais comum de historar © Yam pend denominado"RexauragioeRevolSo" (1815-50) ean ¢Naconalivmo™ (1850-1919) Protos dor iorad apr o guns so chivas a conjtara de ra (165. (1889 73), depresto (1873-96) ¢ de expats (1896: um cso conor eo our; onde fam etre © pos evi, mentaliads, covets arian vides de mando? eompreensva uc hero recente vena subverted ie la crave de propa cetad cm nove borage aro etemos ow ober ta gordon. on nora decree Gri ma petty cn Iihas grasa caacercs Se uma sce Ire Enador ngs gu oor pets du expanso copia tr js poe arrmos dx noo de qo ma “nor oc iar aor pons em fang “dpa Revoigo™ enso- om en, agama craters polis des nova soci vo pol espe tums oma abe. ese aversros da “Revluio™ debate, «parc de 1815, io ou atures itedad e uaa, ov somente «pea? Ea a “Uerade be ete” ar sscinger ee alae ci ¢“anarui, Ninguem melhor gue Toure sain 1997) elo ce demas ineees»Hoerala eJemocracia rpc pese sda gona pom ae do xi XD € od iberdade qc se dessa, Tstava-e a de congistl, 08 conta sus edveriris tadloalias rexlonsios. Como Primordial tam o liberate por una conmigo ma gual jam fou posta, ietor Werden, Ape de fe [Na esfera intelectual e arisen, o Romantismo ou, melhor, os romantisn cexpressam o desgst, a insatfago, dante da madangas em curs ed ideas i nostalgia que sentem por "Um mundo que perdemos" (Lasley 1969), Noplano elitco social, velasforeseiatersss uta praca ‘aro posse da antiga ordem em nome da “radio” (Mayer, 1987) *Ordem” ¢ “movimento, “tao” e“reolusto", autordade anarqui ei af algumas das oposgdes dicotémicascomuns nesa ép Posterormente, histories socdlogo tenderam a associa 20 "campo 1s populaoesrurais, as forga attaesrevstentes x madangas, em ops ‘$404 cidade", epicentro da "modernidade”. Dai» oposga,tornada Sica, enre “cidade” e “campo” como expresses antinmias de “moderna versus “tradicional” ou “areaico" (Giddens, 1991). Apesat das muita ri ‘25d dgidas a ese modelo, observa anda hoje sua sobrevida “Muito mais interessante do que esas divotomias poblemsicas vem ‘ses, neseperodo,o proceso de tomada de conscigcia da modenidade _partc da asimlag da nova idéa de Historia — como “singular colevo" de sua temporaizasio, tomas evidene para muitos que a Histria uma realidade existente por si mesma, em process de constant aceerasio [Nao hi mais o “tempo” como algo dsinto da "Histon". A sucesso dot aconteimentos a rupura com o passa, condazem a0 progresivo exe ‘mento do “espago da experiéncia", ou Sea, da fungio da histria como “mestra da vida". Em compensasto, slargas¢ 0 “horzonte de expectativas™ «0 futuro se torn algo a ser vvido no proprio presente. A “Revolugio™ ‘ada ver mas, um horzonte inten propria Histria (Kseleck, 1985) [AV PRESSUPOSTOS POLITICS, SOCAN CULTURA DA EXPANSKO ‘Acxpanso capital no seul XIX ¢iseparivl das determinase real ‘antes do faco dese watar de um proceso vnculado erevtament exit ‘a de wma constelago ou sistema de Estadow-naées, Algunsdeses Eta realizaram sua propria industalizado, outros nfo, mesmo na Europs. (Cada industilizadoteve sua expciicidades e bedecea a itmos propre slgumas condurram a um “desenvolvimento auto-sustentad™, outras fet ‘am no meio do caminho, Do nosso ponto de vista, teresa sobretudo a5 ‘ndustializagbeshem-scediae, uma ver que os tespectivs Estados sig ot que lderam a expansio colonial e financeira do capital. Mas tabla no os caosdeindustrializagbesfustadas ou adiadas, pois expan fa tant exes européa quanto ina-européia eo eaquecme ims, freee em manvaisecompéndioy, tora incompreensvls de inuitos Estados europess no skculo XIX (Dreyus, 1983). ifuldades qo apresenta ahistorografia do seul XIX £0 cos- Ji proceso hstrco em compartments especalizados nco- aqui a exnomia, alta polica, scold a socidade ea clara, sem {aos rele internacional — incuindo-se nesta as “quesbes Ao mesno troy a velba dingo etre “ftor” eis” produ 0 resultados vss unatersi, ncompletas. ‘titulo de exemplo, a manera mais comum de historiar 0 am pti denominado "Reseauragsoe Revlugio" (1815-80) Realisto € Nacionalismo” (1850-1914). Protests dos histriado- para os quais so dechivas as conunturas: de crise (1815- ade (1853-73), depresto (1873-86) ¢ de expansto (1896- ea mum cao, economia no outro; onde iam alas estaturas os sociis, mentalidades,cortentes artistas, visbes de mundo? omprecnsivl que a htoriografia recente venha subveendo qua- so através Je proposascetradas em novas abordagens na pro- eros ou abjetos até agu ignorados. orem, ado temoe a tarefa de escrever ess histia, masuni- ar et lnhasgeras as caractersticas de uma socedade rd Extador aces que sS0 or agentes da expansto capitals. ue sea possivel pares da nogio de que uma "nova sace- consis a poucos em fungso da “dupla Revolugdo™jémencio~ os, eto lgumascaractersicas plicas dessa nova scieda- bor o politica sia sempre também social como se sabe, joes eadversirios da “Revolugdo" debatem, a partir de 1815, doo naturez:liberdadee guldade, ov soment «primera? E a de “Uberdade hem entendida” e das associages entre igualdadelde- anarguia™, Ninguém melhor que Tooqueile Jasmin, 1997) eaptarentio or dlemasinerenes a liberalismo edemocracia ‘implies pode x admir que na primiea pate do século XIX, € to da liberdade que se detaa. Tratav-se aide conquistéla, Ou a, contra seus adversros wadclonalistase recionsios. Como Primordial, lstam of libris por uma consiugo na qual seam 0s, ou “postvados" dizeitoseHberdades indvidais. Apesar de dife- Na exer ineectal eats, o Remansimo ou, melhor, 0 roman expresiam 0 desgosto,aiasatisfaso, dante das madangas em euro Fédeas 3 nostalgia que stem por “Um mundo que perdemos" (La 1969]. No plan politico e soc velhas frgas interes lutam para co ‘ar pose da antiga ondem em nome da “tradiGo” (Mayes, 1987), "Orden" e “movimento”, “tradigio” e“revoluglo" autoridade anarquia, ei af algumas da oposigdes dicottmicas comune nesa Ep Posteriorment,historadores esocidlogostenderam a associat a0 "campo ‘as populages uri, as fora atzudesresintentes 34 madangat, em op ‘0a cidade” epicento da “modenidade”. Dai a oposigi, tornada Sica enre “cidade” e “campo” como express antnbmias de “modemo ‘versus “teadicional” ou "arcaio" (Giddens, 1991). Apesar das muita ei jf dcgdas a ese modo, observase ainda hoje sua sobrevida. “Muito mais interesante do que esas dicotomias problematicas vem sez, nese periodo, 0 proceso de toma de consciéncia da modernidade _ pats daasimilagSo da nova én de Histra — como "singular cleo © de sua temporaizarSo, tena evdente para muitos que a Histria ‘uma realidae exitente por 3 mesma, em proceso de constant aera [io hi mais o “tempo” como algo distinc da "Histria”- A suceso scontecimentos, a raprura com o pasado, condazem a0 progressvo eter mento do “espago da experéncia®, ou Sj, da funcio da hsteia coma “meses da vida" Em compensgioy algae 0 “horizon de expctativas" ‘0 faturo se torn algo a er vind no rp presente. A “Revolugio”& ‘ada ver mais, um horionte ineente& propria Histria(Kosleck, 1985). AVPRESSUPOSTOS POLITICO, SOCIAE CULTURA DA EXPANSAO ‘Acxpansiocaptalisa no sfculo XIX ¢ inseparivl das determinages res ‘anes do fato dese ata de um process vinculado estritamente exit ‘ade uma constelago ou sistema de Estados-nages. guns deses Extado realizram sua propria industalizao, outos nfo, mesmo na Europ (Cada indusilzagao tee sua expecicidades e bedeceuaitmos prope gumnas condusiram a um "desenvolvimento auto-susenado™, outs ft am no meio do caminho, Do noso ponto de vista, interessam tobretudo a Indutializagbes bem-sucedidas, ua ver que o®tespectivs Estados $0 of ‘ve lderam a expansdo colonial efinanceiea do capital. Mas também not renga quanto as relagdes entre os "poderes”, hava um relatvo con ‘quanto 4 necesidade de garatas contra o poder arbitririo através de a {a forma de “representaga0™ da Nagio, eet e permanente, Noetant, ‘efnic quem senam of “edadios” cletorese egies, os liberais fav ‘xigécias de tl order Qué Somente uma minoiapodia participar do p onais consituiam portanto uma ameaga deta 3 exo politico 3c alguns dos mais poderoos Estados exopeus, bem man ‘Agueles que no preenchiam exes requis “censtr0s”, que co moines eras, pb, e com eso “compromi> tuiam a maioia, evar margializados, como “cdadios de segunda ori Quate por ods part, porém,“iberas adias” loam pela ‘de detodon ox idadosagitando a bandeira do “suftigio universal” ( lino), Tratava-s af da exigénca de democraca (politica) qual seus ave Bessa palioe arenes eacamlbbonres Katana pare sirios contestavam com os perigos do "jacobinism0” dos desordeito scuigoes liberais, a partir de 1870, se entendermos © vei que "nada possulam de seu", ou sea as “clases perigosas ignon #1850:70 com wma espe de passgem da “bre evolucion tex que preciavam se vigadas econtoladas plas autoridades. explo alto", ov &ertalizario de epimesiberis ens ’ industrializago avangavarapiamente desestruturando corpora Sy scouécinentos de 1248-50 ans com bern: ofcnas artesanas, podusindo lease levas de “peoletrios” a se act Sino isis deco: squce no qual es borgucis Woe larem nos centosurbanos, em condiessubumanas de existéci. A ite Se endear deve ld “evobosby as mn ‘ura romntica or primeios ngurtos “socolgicos", oconhecido texto fa storava, cada vez mais uma ameaga 8 order Bargoesa 20 Engels (1884) construe estemunhas da progresivatomada de concn eee att ee ee Aiea ‘buruesa da exiténcia de uma grave “questi soil”. Ness mesma {anos 20:30) mulplicam-se a propos dos chamados “socials up cos", objet das crits de Marte Engels no Manifesto Comnita, de set "Europa romantica” da primeiea meade do Oitocentos fo tam uma Europa apitada pelos movimentor ncionas. Teat-se de movimen ‘jo denominador comam é a lata em prot da afiemagioe libertad todas as “mages” europa, di exintr sempre um componente poltico ‘sccado a0 cultural. politico conti de cereo modo una extensio nat fal do credo liberal, se bem que a eeiproca nem sempre fone verdade pois hava *naconalits” aniiberas. Com eft, se muitos, como Mi Zin, entendem “nagio como produto de uma vontadecoletiva, con portato, hi aqueles que ideniicam a "naglo” como ser organic, txinténcin prpriae independents de vontades e conscincassobjetivas — 4 ago, neste cao, € maior que «sma dos indviduos que aintgram.O pro! blema era ainda mais complicado,porém, tanto culrual como policame fe, Culuralmentecompliado, pos em virios casos, ra peo restaurar# lingua nacional, esata uma Iteratira — ow prods, recpera acl ‘popula ea histra nacional. Mas também poiscamene, pois, conto de “wniicarpoicamente” a nag dviida entre visios na, lia — 08 de emancparnagbes dominadas por um = non impérios da Austria, Risia © Oromano —, ou por 5 das revoluges de 1848 — a frustrad “primavera dos pa de cabeascoroadas,& bom notre. Salvo nos cats fran- ca) € sug, os Estados europeussio monarquis constitucio- em lado as parlamentos. Aiea de “epiblca” ai sa muitos liberals, a0 paseo que a monarguiarepreseaava a cata a teadigio heredina. Monarquas palamentares, “liberis" ou *conservadores”,alernamsen0 pode, embo- aie, se observe o rpidoerescimento dos parids social- filados i Il nrernacional Socialist, Os debates politicos giam ampliagio dado de voto, das Uberdadessindeas, comesan- lieito de grevec, em alguns pases, da conquista de “dicecos de sega perg30), ngs existent ere as instuiges potas dos Estados euro- m derengas servis em termos de epresentasio politica etle- mercado intemacional, relatvizando a prépria nogto de “hege- ©, aptalina barges, pos de foo, € sempre necessiio ca de qual 4 “Europa” que se tm em mente ‘inca para com os dissidents. A represenasSo& ainda limita por vi ‘estes legase priias eletorais corrupts elu contolada pelo dete tesdo pode. A toleincia€ambigus: ral quando se trata de setores i fiat de “direc, contérios 4 democracia ou & “secularizagio" 20 "i talismo” do iberalismo burgésinexstenteem relado a “exquerda” tudo quanto ao anarquismo,anarconindalismo, feminism, assim como, ‘elagdo aos nacioalisas contiros 20s “naionalismos oii”. "Nessa Europa “fim de séulo" 0 nacionslsmo expansion ou imp “alist exacerba a xenofobiaejstica a “paz armada’ O “cao Dreyf ‘exemplar em viriorsentidor tz &tonaoant-emitismo present rm ‘ts setores soci, sobretudo na Europa Centro-Orenal. Em pena evfor ‘ausada pelos ripidos progressos cence etcnolicos,o cient dominant, eivado de darwinismo socal, produ também tors geopo ‘averacstas que jusifcam o imperialmo e a superieidade europtia lnénica e rerospectvamente, o pensameno conservadoresaudosnta ho ‘or bem chamar de “Belle Epoque” a esa época da culursoxdentl “Hrabituados como estamos a pensar esa Europa capitalist ib ‘como “burguess, ars vezes nos damos conta das suas enormes dif Inj lissic, sobre a expansio da burgusia capitalists européia efcalo XIX, isticlado Les bourgeois conquérants (taduzido 2 comps do mud), Cates Moraé (1965) tagou 0 ra do planta por uma burgusiaempreendedoraesuma- dada a competéacia que revelou para colocar ao seu sev os capitals eo instrumental cetco erenalgico blinhado, em temo precios, 4 importincia historia des congustadors” conar dois exemplos ou casos ipicos, Espana e Risa, to distantes si geografcamente! Em ambos, problems fundro terra campos toma grande questo no resolv. (© termo “burguesia", nog etrnamentevaga, nada nos di, nem ac adasburpuesias dos paises capitalists nem tampouco do sea peso nudes 0 econdmico e polio em pases ainda dominados pla vlha aris sie eceiia depndes potion deter, Aina Eton Cal (Oriental € em vastas zoaas do Mediterrineo, « “aptagio” principal localiza nos campos, aos movimenton do campsinao, em ses afr smentos com as foraspolicas eo grupos paramiltaresarmados pelos pro prietiios.E ainda esses pass (Earopa Oriental) que as suoridads cut vam 0 anti-semitsmo difso das mass rurais eo avivam periodic ‘om os pogroms. sas alsbes bastante umérias scaratristicas politics, soca ‘tuaisda “Europa” oitaceniatveram apenas a finldade de nods ‘tema da “expansdocapitalita", em conexo com o exam das novasc Sa a apne decane gc nor ar parm Erp omic da 9 captalsa ao longo do sculo XIX pode sr interpreada, em econtnuidade, quer de rupara em relagio & expansio dos anteriores. Contnuaeo de um proceso jamais interompido, ca das “guerra dn Revolagso edo Império", esa expansio Ds poUCos, nova caracteiias do pont de vet do obe- fe motivagtes que a comandam, Todavia, as caractriicat ram uifores nos espagose tempos do Ooceatos,jstifcando pare pelo menos, a wadiconal partic dessa expansio em dois arados por uma espéie de corte, ou mutagio, stuado em torno 7.8 divisio da expansio em dois peviods, antes aps 1870-80, apre- uns problemas em que pesem suas vantages didias, Um primeico problema reside nos presiupososteeios que a embasam, ‘concepeto de “captalimo” ede sua histra enquant consiuida de d fares a do capitalsmo liberal oda lve concorénca, 3 do capitals monopolist, ou imperil e protcionisa, Tl interpeta;30, 3 fem qu ficou asociada 20 maraismo, solreu incessantes cic € com Ges de fora do campo marisa, agravads, na lima dada, pla imp do “socialsmo real" eo subseqeneagravameno da “erie do mares ' pono de, na atualidae,o proprio termo “imperialism” ser conse _pormuito haxoradores como "pre hitico™ ‘Um segundo problema, bem mais elevate para nés, € difcldade gy ‘enfrentao istorador da expansio 20 tenaretaeleerdistinges ‘entre o “antes” eo “apis” 1870-80. Quer se tat de objeivos, métodos. ‘motvagdes, salvo, tale, quanto a aspects mais ou menos porta, alo ‘como desceversedferenga qualativas profundss ene as duas “epoca (© ques pode observa, na realidad, € a acelerasio do proeso ex nist em dversos sentido, em conexdo,proavelmente, com ds fares: -fcts da “grande depressio™ (1873-96) do século XIX; a entrada em ‘de novas potécias — Alemanha, Belg, Ilia, Japso, Estados Unidos ‘mesmo a Resia — subverendosnsramente or didos de uma compet Ate ento quaseexclasivamente anglo-fancesa, Sea como fo esa expansio proporciona ao historador a vio de um ‘cendro de densio panera em cjo palo contracenamalgans tips dd ores bem defindos exploradores, mstoninis, litres eempresiis. (Ox exploradores,mistura de aventuciose lems, internam-se cm repidesprticamente desconhecidas cata de conhcimentos geogrfiom botinices,zoolgicoseenogrficos. Em hgar ds viagent maritimas tips ‘dos séeulos anteriores, preponderam agora as expedgOes terrestres, sobre ‘do plo contnenteaficano, deste da Asia e Amica do Sul. Alm do valet ‘de seus achadoscientfios, esas expedigiesfoneceram importantes subs ‘ios a alguns overnos em terms do mapeamento de teritros Sociedade ‘Genta ingles, norte americana e slems Rinaneiaram nao poucas des ss expedigese, por outro ldo, gragas 8 importnca da impresa peri ‘a, muitos exploradore aventurcrostoraramse "noticia", conqustando notoriedad eprestigio. ‘A aslo dos issionirios karlicos e protestants, bem menos sesacio- nal, fi no entanto muito mas amplae perssente. Tanto Roma como a8 “organaagdes protestants sediadas na Gra-Bretanha, Fang e Estados de ours, empenharam-e em arecada fundos desinados i Gas populages africana, asdicase da Oceania. As vols inescrupelosos, militares pragmsticse, sobreto, com 8 ie chefs ees das Sreas excolhidas,eses misiondriosconst- rar, motivo ou prtexto para intervenes dplomatiasemil- ea sentam zesponsives por sua seurangaeliberda- ina", China, Japlo eis da Oceania, rata mai adiant; final de cota, a histris dx Dales curopeus nada mais si, num certo sentido, do que fiton bélicos e adminisrativos de grandes “hers colonais™ as “estes chara” og "selvagens” organizaram uma abrzam camino & =civilizagGo” € 20 “progresso”- os Erpresirie, Grandes ou pequenos, ces esti sempre presea- ‘E26 #8005 plondlros,agueles que chegaram primeio es€ com seus negsios,comprandoevendendo aos “naivos. Em chepam com os militares ou Buscam Gira provito do traba- ‘Os mais rico, porem,rentam negociar detente com os forecendo-hes ras, munigbes, navos cempréimes, fs vere, de “concesses” ou conratosvantajosos. Sass conexdes fe inancciras na "me pétia”asseguramles a aslo de lobbies patlamentose na imprenss, Mobilar a opinido pba, a forgasarmadas, se ncesirio, es como fecha endo 0 c= 3 colonia (Gallaune, 1974). sion, ong fa qu adguieundade ¢ conc em funglo de uma ia ei niece be cas poor pores atid Em nome do “progres coal wm mista” eum “acho felis + Sipcompresnso™ de muitos dor was beneclior so oad do homem branco” aque fers Kipling, smo ¢anticoloniaismo 15, em Viena, Gr: Bretanha és grande vencedora senhora dos ocea mares, dona de todos osteitis colonia fro assicos, antlhanos « subamericanos (Gulanas). Genros, ela devolve uma parte desss teri ‘os a seus antgos dos em roca do reconhecimento de seus eo 0 ‘anos sobre a outta parte. Maor poténia colonial a Gr-Beetana nto ‘ompetidores; nem a Fraigl, nem a Holanda, muito menos Portugal Espana, sia concorrentes de peso em matéra de dominios colonia. Ihegemonia britnic caraceriat, na verdad, boa pate do siculo XIX. ‘Avitéria martima e colonial ni preduzit, no entanto, entre os liberal britinicos, maifestagGes de euforia, muito pelo contro, 0 liberalisma Inglés proclamos epreeonizon, como dostrina «como plc, o acolo flalsmo”- Surg asim a ideolopa que consti a expresio ofa da pol ‘ie bina até alm da década de 1880, Una ideologa bastante cures pois a0 mesmo tempo que ocula um nio-dt,€negada a pr ‘0 “anicolonalsm”brrinicorevulou da combinago de agumenton te6rieo pritcos com preocupases cas. Tericamente desde Adam Smith (08 economists da “escola csnsiea” do pensamentoecondmico (Bentham, ‘Ricard, Mill vaham rican a posse de colnias como contra racio. aalidade econdmica e manifetagdotpia dos pressupostos eroneor nor Auais se baseava o "Sistema Mercantil” (mercaniismo). Na pritics, of ‘exemploshstricos do seu seid da eolonizagio no flava: a indepen: ‘enca das Treze Colbnas, a rebelido negra em S. Domingos (Hat), 08 ‘movimento astonomistas das coldniasbero-amercana,Simulaneament, politicos radieaise asocagesreligiosa ltavam contra a escravidio nat olbnias (abolida, nas Brienicas, em 1833-34) eo trfico transatlinico (proibido a0 norte do Equado, em 1815), empenhando-se, ainda em proj tos de retono de eseravs a Aiea — orgem de Sera Leos mas are, da Libera. (0s partidisios do ansicolonalismo fzeram muito baralho através de sssociagbe, mais e debates parlamenares, até meados do seul, propug- nando Sempre a “devolusio" de coldnias ou “abstengio” de nova con- ‘uisas. Antes de aborda suas contadioes, valea pena explorar um pouco - seus afoditon, A lierdade de comércioentepovosenajes —o chamado bio® — consttia eno a principal bandera do anscolonialismo $a ive _ciculaglo de mereadorias«captais aia reais beneicos a todos os evo ‘dos, vendedors ecompradores,fazendo prvalece, no mercado inter nal a tacionalidade ds “divi nternacinal da erabalho". Abr ox por tos (mercados)€ um objetivo necesiioelegitimo que interessa a toda 3 = Contra certs resrgGespolticasetaifasalfandegiias ecessrio negociar ratados de “ive-comércio" entre as Fora da Europa, porém,além da liberdade comercial Tamm dos mssioniror — através da obengio de garan- raplicaglo de ranger no caso de ameagas ou vilasbes pessoas ou interesseseuropens. iit, porém, que a seguranga e o empenho bitnicos em rssentavam-e na propria hepemonia econdmica da ot sa, no fato de que, por muito tempo ainda, simpesmen- oem havera,concorenescapazes de ameayat a supremacia ra emaraa btn, ie procamava aberzamente que a restéacias 3 “abertura”™ garantia ou decra de rd da Coroae de seus bens, assim ros ds capitalists londnos lgtimavam a wizagio sabre os ealctrantes:o poder de fogo das canhoaciras de tropas, cm ima instnci, sempre em easter “empors- sae melhor organizar nota exposgfo da expansio colonial vamos, iid em fngio de ses respectivos “ceniios"gropoli sul saarions, 39 regis asics 8 sl eg, em ed ao cee ene os onon ios de colonzagiogeralmenteenglo- de “comin de explorag30"y al iacluos os prottorados Entretato, nfo desaremos de sublnhar algumas das deve “imperialismo dolivecémbio™ (Semel, 1970), governs “iberais" qu, no caso Bitnico, mais paticaram. )0lpécio Oromano — a “Sublime Porta”, como entio st mui hava perdido agile poderio militar que o havi caract- seulo XV ao XVII, © que emeara na erisandade um constante dor“ perigo arco", O que agora exisia era um Estado em fan '30 gual Togo or dilomatasewropeus passaram a se refri homem doene da Europa” Enmbora “doen, Imptio Otomano compreendia ainda tes imenton ede grande niportncla eratépic: dos Bate Peniowula A ‘¢ Mesopotimia Vraque; da aualTurguae Sia setentronal 3 frontira ‘Marrces, incuindo portant Egto,Tripolidnia (iba), Tunisia € Enende- enti por que a chanesarasexropeias ocuparam's a0 a “Questo do Oriente” (designagfo dada aos problemas do Im (romano) aranterdo osécalo XIX, pois ela envoliaconsideragées eas interesss colonia. Politicamente, do ponto de vista britinico,apoiado geralmente p 1 “integridade” do Império Otomano consitua prisipio Ai — pasos con nvesimenoy ra conse snr Scania aapetgn ne capa igs ef A do Canal Sur (185469) pea companhiaogaizada por ps re npr rcs cb ay Sepetrn lis Darcy ascpndse m0 anc, compos ad anal on pt decd“ a BE 176 a sano de tana do rear ep eoa Ge sateen un de “condomino” sobre a bleed aqua o pagent da dia oer Sn ta ci conics ¢ sos de metal 8reapto Me coronds, como Arabian, howl aon erangero soa engl tence fou spe de deembare de {I98180, jae a roms pceria aber Vendo os acinar eis» opi de todo yoy em se. nc fo snaneae como “tempore aecesia Er df dat “psu bes exangerm. O “emporio” emancrcmino urate angioma at 190, ted con an “sn an teste, Havia porém um complicader formidive © dominio treo sobre populagdes criss dos sles. A afniadesesmpatias ruses pelos “im ‘lavore ortodoxos”inguictavam ingleses fences, obigando-os, proerorado sobre o Fito farrativa do caso epipciojustifica-se por se tratar de um dos pressvos de colonialism em plena época de “anticolonia Mar cu caster exemplar no termina ai. Os mézodos wis Bret eFranga ao Exitos tipicos da expansiocolonilis- econbmica,faciidadesnaneeta, demonstagBes naval | micas ene as poncny, 8 revelia dos maior interes FAs dierengas ere elias propriamente dias, pro” tinham menos ver com arealdade colonia com as sutlezas do ogo dislmdico entre as potéciaseuropias 1983; Easton, 1964), ‘Se bem que ahistria dessa Questo do Oriente tenha quase edo a ‘om a expanso clonalita do eaptalismo europe, ‘so estado a apenas dois casos: Epi e Arg 21 Bo GGovernandoo Fito em nome do slo, como pad, Mohamet-Al (1805 promoveso ini de ura *modernizagao™apoiada em téenicose emprés ‘os anglofranceses. A tenativa de incorporar a Sila deflagrou at" ‘egicias” (1832-33 e 1839-40), com imervengbes russas ang francesa ‘minando, em 1840, nas “demonstragSes" das eanhoneras do com apis, qe frgaram o pax a um uo defining e param em pci ‘eto ranco-brinca O endidaento ces cada Yer ais 208 OF cide Ages domino doImpéio romano, consi outro exemplo de cloialismo, Sob alguns aspects sua sri record a do sob outor ada Acad Sel como tenes ver dante z Aconguista francesa de Argel em 1830, justificada como uma. e polcia” conta a prataria, ami deveria ser “tempor”. Alguns ‘epois i s falava em "ocupago resi

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