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O perodo conhecido como Os trinta gloriosos tem incio logo

aps a segunda guerra mundial e vai at aproximadamente o incio da


dcada de 1980. Tal perodo, onde Estados Unidos e pases aliados
tentavam fugir da crise ps-guerra, marcado pelo Fordismo, um conjunto
de mtodos de racionalizao da produo elaborado pelo industrial norteamericano Henry Ford, e tambm pelo Keynesianismo, que contrapunha-se
s ideias liberais e defendia a interveno do Estado na economia.
Combinados estes modelos constiruram-se como uma srie de polticas
estatais e investimentos objetivando cobrir riscos sociais como o
desemprego, a velhice, a doena e etc. Foi criado na estrutura estatal uma
srie de servios com a finalidade de garantir populao condies
adequadas de moradia, sade, educao e formao profissional, alm de
aumentar a mdia salarial da populao afim de transformar a massa
operria em massa de consumidores.
Ao fazer uma correlao deste perodo com o vivenciado pelo
Brasil entre 2005 e 2012 repleto de polticas pblicas de favorecimento do
consumo, aumento do crdito, programas de distribuio de renda e etc.,
vejo muito mais traos do Keynesianismo, conhecido como o Estado de
Bem-Estar Social, do que do Fordismo propriamente dito. Entretanto, de
acordo com o keynesianismo, para que houvesse desenvolvimento seria
necessria a eliminao da pobreza, principalmente atravs do
emprego. O Estado deveria dar garantias de salrio, sade, etc. para o
trabalhador para que houvesse este desenvolvimento (FERNANDES, 2013).
No Brasil, por sua vez, o que percebemos uma supervalorizao dos
benefcios sociais, como o bolsa famlia, em detrimento de outras carncias
da populao. O que nos leva a indagar o real objetivo de tais medidas,
tendo em vista que o Brasil j comea a enfrentar uma grave crise
econmica novamente.
Referncias
FERNANDES, V. D. Dos trinta gloriosos ao projeto de
desenvolvimento sustentvel: a emergncia da introduo de
espcies nativas no mercado o caso do Buti. In: Simpsio Nacional
de Histria, 27., 2013, Natal. Anais... Conhecimento histrico e dilogo
social, 2013. p.1-15.

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