o processo de instalao do pensamento cristo no ocidente medieval.

Nas linhas seguintes deste trabalho pretendemos realizar uma anlise a

respeito da instalao e do desenvolver do pensamento cristo no ocidente
medieval, a partir de acontecimentos como o incio da implantao da
religio no imprio romano, a fora que o pensamento cristo fora
adquirindo em contraposio ao paganismo, o longo processo de
miscigenao entre vrias culturas, as do imprio romano e as dos
invasores do imprio, a identidade predominante da cristandade como
legitimadora de um novo modo de pensar e finalmente a criao de um
modo cristianizado de enxergar o cosmos, uma viso sacralizada da
natureza e dos homens.
Uma vez instalado o pensamento cristo e seu modo de entender o mundo,
falaremos de uma mentalidade espremida entre a utopia da Jerusalm
celeste e a insegurana da fome, peste, revoltas e infidelidades, mostrando
como resultado da cristianizao do pensamento ocidental no entendimento
de uma natureza simblica como verdadeira linguagem de Deus, um cdigo
velado do mundo celeste de traos platnicos no sculo XII at o sculo
XIII com a verdadeira revoluo do aristotelismo e a potencia de Deus de
So Toms de Aquino. Focalizaremos ento at perodo do sculo XIII para
mostrar como a mentalidade crist se instaurara fortemente no ocidente
gerando toda uma nova cosmogonia e cosmologia. Apontaremos
primeiramente o processo de cortes e miscigenaes culturais, econmicas
e polticas entre Roma e os ditos povos brbaros, a fuso entre paganismo e
cristianismo e o aparar de arestas que a religio da cristandade fora
desenvolvendo chegando expresso mxima de uma nova viso de
mundo sacralizado at os debates e contravenes da maior produo
intelectual e literria do sculo XIII. Destarte, o enfoque de nosso texto a

partir destas etapas, explanar a respeito do processo de cristianizao do

antigo mundo e a criao de uma nova mentalidade, o que medievalistas
como Hilrio Franco e Jacques Le Goff apontaram como mentalidade
medieval.
Falemos ento do processo inicial de instaurao do cristianismo no
imprio romano.