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-s/histOria, ela quer que eu Ela sabe que ela precisa €0 tempo que o pai bom, ¢ela sabe disso. Ela smaito infeliz e precatio, Exme lembro que meu ‘com 0s amigos dele. Ai, pai. que estava na hora ‘Sire pai estava sentado na cerveja, ¢ eu ficava com es tinha um medo de tanto de cerveja que ele Ascrian¢as hoje podem sveem tio (in)felizes que ‘esti Literatura 6 isso, é pra frente. Texto bom, Agora, se é infantil, se ‘que a gente tem com contar tudo que voce reservadamente, Vocé St aqui, por ter ouvido "pee partilhar este instante pelo gosto de descobrir também nossos. Acho Hqee vocts oferecem a este Bartolomeu estava di- nesse sentido, Vocé de alguma forma a ©€ preciso amenizar um de alegtia, nao € Pra que sdo raros, sim, mas Garante tanto tempo, ¢ ‘pequenas alegrias. Obri- Joao, 20 Bartolomeu, & CELIA ABICALIL BELMIRO FRANCISCA IzapeL PEREIRA MACcIEL Intropugio ONDE A LITERATURA? ONDE 0S LEITORES? ONDE A LEITURA? ‘A menina apenas ganhava palidez © 0 seu respirar era ode um Dassatinho)é se preparavam as finas despedidas quando oirmao Zeca Zondo rouxe wm pape uma canta Voulhe mostrar omar, ‘maninha. Todos pensaram queelciradesenhar ooceano. Que iris {zular 0 papel eno meio da cor ira pintar uns peines. Eo Sol em ima, como velaem bolo de aniversiri, Mas n Zonze apenas Tabiscou com letra gorda a pala “mar’ Apenas iso: plavre itera e por extenso, 0 betjo da palavrinha ‘Mia Couto © Pronome interrogativo que originou 0 IX Jogo do Livro e 0 IMI Forum Ibero-Americano de Letramentos ¢ Aprendizagens, 0 onde, nos remete a uma questi fundamental posta pela contern, Poraneidade, que é 0 sentido do lugar construido pelas noses as06s que constituem nossas referéncias, de onde partem hoses anilises ¢ a partir do qual compreendemos o mundo em que vi- ‘Femos € 20 qual damos sentido. Nos tempos atuais, temos muito inals a Petguntar do que oferecer respostas. Esse onde, portanto, inclul uma interrogagio acerca do sentido de identidede e de ertencimento do individuo e da coletividade, cujas producdes so 0 retrato de sua cultura, A ideia de buscar um onde como forma de enraizamento provém da necessidade de compreendermos nossas falas, nos situarmos frente a0 momento contemporaneo de fragmentac: de distopia, de quebra de valores que antes construiram certa ‘maneira de olhar o mundo. Nesse rastro, pensar @ literatura e a leitura literéria como um caminho sempre por ser feito e refeito ilumina ¢ incorpora novos procedimentos ao inusitado movimento que re-anima a arte. Consequentemente, tendéncias que se alimentam por uma tensio, uitas vezes paradoxal, produzem uma rica discussio a respeito do fazer literério, sua natureza, suas razdes de ser. Por outro lado, novamente esse onde nos impulsiona a nos situarmos num espago tebrico, social, educacional/cultural, tendo ‘como ponto de partida e de chegada o texto literdrio e suas leituras. Seria, entao, um espago a ser construfdo por miiltiplas vias, sem ‘mao e contramio, mas por um cruzamento de trilhas caminhos. A grande discussio que se instaurou em anos recentes a respeito a natureza do texto literdrio sinaliza 0 ineémodo diante de uma possivel perda da especificidade da linguagem literdria:a literatura perde que lugar? A linguagem literdria deixa de ser literatura e comporta-se como mais uma midia absorvida pelo facil consumo? Oatravessamento que ela ver sofrendo por outras midias diluiria © que de préprio a difere das demais linguagens? Ou o seu lugar vem se deslocando para outros espagos que a miscigenam ea Tbidem, p.237. «Ver, por exemplo, os tabalhos de David Hockney, que insere fotografia e design agrifico e resulta em pintura » NIKOLATEVA, 2010, p. 38 © SALISBURY; STYLES, 2012, p. 7. > However sits audience andits each widen, and we se the art of picturebook- ‘making increasingly crossing over with the books arts, a new understanding ofthis hybrid art form will perhaps begin to emerge. © BECKETT, 2012, p. + Although crossover fiction is now widely recognized as a distinct literature form and marketing category by etic, publishers, booksellers, writers, and readers, the term “crossover” is stil often used only to refer to children's and ‘Young adults novels read by adult (...) The almost complet lack of attention paid to picturebooks within the discussion of crossover literature in most ountries is particulary surprising since, more than any other genre, they can ‘genuinely be books forall ages. © Entrevista apresentada na seco “Bate-papo” deste ivr, Entrevista apresentada na seco “Bate-papo" deste livro, 1» Ricardo Azevedo trata da distingio entre literatura para criangas e literatura infantil eassinala a importincia da arte (eda ficgHo) para a manutengio do caritrficeional dalinguagem, mesmo com as mais variadas emdticas, desde ‘que scjam vistas “pelo angulo da fes0, da subjetividade, da poesia’ Ver Livros Dara criangas literate infantil convergenciasedissondncias. Dispontvel em: ‘cwirwericardoazevedo.com.bo> a REFERENCIAS BECKETT, Sandra, Crossover Pcturebooks: A Genre for All Ages. New Yorks Oxon: Routledge, 2012. ‘CARRASCOZA, Jodo Anzanello. Entrevista para o evento Jogo do Livro ¢ IL Férum Ibero-Americano de Letramentos e Aprendizagens, COUTO, Mia. O Beijo da palavrinha, Hustragdes de Malangatana, Rio de Janeiro: Lingua Geral, 2006. MACHADO FILHO, Ayres da Mata. Inquietasdo ¢ rebeldia. Belo Horizonte: Iatiaia, 1983, RAMOS, G. Caetés Séo Paulo: Martins, 1965, p. 176-184, SALISBURY, Martin; STYLES, Morag, Children’s Picturebooks: The Art of Visual Storytelling. London: Laurence King Publishing, 2012. QUEIROS, Bartotomen Campos de. Entrevista para o evento Jogo dolivzo e IIL Forum Ibero-Americano de Letramentos e Aprendizagens. QUINTANA, M. Poesia completa, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p. 535. NIKOLAJEVA, Maria, Livro ilustrado: palavras e imagens. Sio Paulo: Cosae Naify, 2010. ” O LU MU

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