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94 «mer Margor20%4 Fundamentos para o HSM em construcao - Parte 1 Certamente, muitos Ieitores jd ouviram falar sobre usinagem a aita velocidade e Clin alguns até executam 0 processo nas suas fabricas. ‘Mas outros desconhecem completamente 0 processo. Porlanto, apesar de parecer defasada para aqueles que jé praticam o conceito, esta discussdo é indispensivel cae beta on < it ‘aos que desejam revigorar eg = seus fundamentos ou ‘mesmo conhecer finalmente fo assunto, Ausinagem a alta velocidade, tam! es dtr Figura 1 ~Comportamento da temperatura em funcéo davelocidade de corte” conhecida por HSM e HSC sua grande maioria pergunta é: uma elevada (do inglés high speea ‘melalicos, sob elevada velocidade de corte é aquela ‘machining e high speed velocidade de corte entre a na qual a temperatura na culling, respectivamente) no ferramenta e a peca. formacéo do cavaco € uma descoberia recente. Neste momento, surge a __apresenta uma inilexao no E atribuida a pesquisadores _—_pergunta inicial do leitor: "0 __-seu comportamento ‘alemaes da década de 1930, que seria uma elevada tradicional crescente, @ que conseguiram realizar a velocidade de corte?" A medida que se aumenta a usinagem de materiais, em resposta adequada para esta _velocidade peritérica > ‘ant margo/z014» 95, relativa entre a lerramenta ©.a pega, Para ilustrar a resposta a esta pergunta tem-se a figura 1 (pag. 04) que faz parte dos fundamentos do HSM mesmo que ndo se conhega exatamente as condigdes em que a welocidade de corte foi aplicada Isto signitica que: nés sabemos que a figura 1 é verdade, mas ndo sabemos exatamente os detathes do processo realizado que resultou na figura, Porém, certo alirmar que, ao elevar a velocidade a valores considerados clovados sem a aplicagao de outros conceitos, 0 colapso da ferramenta seré visto antes mesmo que se possa observar a reducéo nna temperatura Para possbilitar que velocidades elevadas scjam aplicadas, deve-se reduzira profundidade de corte aa largura de corte a, Inevitavelmonte. Pos a aplicagao de elevadas velocidades nem sempre permite que a mesma drea de corte seja usinada Com isto, 0 leitor realize outra pergunta: “a diminuigéo da profundidade e da largura hndo tornam a usinagem menos eliciente?”, A resposta € sim para a usinagem convencional ¢ nngo para HSM. A explicagdo do “sim” e do “nGo" deve ser feita com base na equagao que mede a produtividade direta de um proceso de usinagem, que € a taxa de remogéio (Qou MRR), Q=MRR Ao reduzir a, a. sem elevar proporcionalmente a velocidade de avanco v, a taxa de remogao diminui € 0 proceso lorna-se menos eficiente. Mas, por outro lado, ao se elevar v, de maneira a manter a mesma taxa de remocao, ou até mesmo elevar o seu valor, observa-se que o proceso se torna mals eficiente. A quantidade de material removido na unidade de tempo aumenta, mesmo ocorrendo a redugéo explicada. Uma hipétese que Justitica a possibilidade do comportamento ilustrado nna figura 1 reside primelramente na redugdo do tempo de contato entre a ferramenta ea peca, & medida que se reduz a, Ao reduzir a, isoladamente, do hé diminuigdo no tempo de contato, mas sim «0 reduzir a. Além disso, hd um aumento no tempo fora de contato da aresta de corte em relagdo & pega, que pode ser considerada a etapa de refrigeragdo da aresta. » Py Tela Nossa solucao ‘CAM/CAD iré conquista-to ' Redugo do tempo de programosto ‘cusiagem = Glentes no Brasil redusran mals de 60% dotempo de vinager + Ps processadoresdesenvolvidos ‘chomologndas = Aunts da vidal da ferramenta = Equipe nica esuporte no Bast cI = OPEN MIND IMPORTANTE doped de cogs vo Bat anette porerains pra esas ds bts pres ra. lpopste wasn tetmetee Grease = —<— CC eee Rebaixadores - Escariadores eee Nr heed 96 «em Marga/2014 A figura 2 apresenta a ccondigio de contato no qual se observa a largura de corte 4, ea grandeza j, que éo complemento da a, em relagio ao didmetzo da ferramenta. Ainda na ‘mesma figura, é possivel ver 0 dngulo de contato & Quando j igual a zero, a, & igual ao diémetro da ferramenta. O vator de} ‘umenta & medida que se desloca 0 centro de rotagao da ferramenta para fora da pega até que 0 arco de contato AB tenca a zero, Existem duas interpretagdes que podem serdiseutidas a partir da diminuigao da targura cde corte em relagdo a lemperatura na usinagem a alta velocidade. O primeiro aspecto esié relacionado ao tempo de contato entre a aresia de corte e a peca, eo segundo, ao volume removido pela aresta. A figura 3 (pag. 97) ‘presenta uma deserigao «rética do tempo de contato a duas velocidades de corte distintas (200 e 1.000 mimi}, © compuimento de contato & 0 ‘mesmo, uma vez que este valor depende da geometria © nao da cinemética envolvida ina operagéio. E possivel alirmar que, & medida que a Jargura diminui, o tempo de contato também dliminui e se toma infinitesimal, conforme se aumenta a velocidad de corte. Figura 2 tdenticaggo dlargurade corte 3, © comportamento equivale a atirmar que, apesar de gerar calor na penetragdo da aresta no momento do cisalhamento interno do material, durante o atrito na entrada do corte, 0 tempo para transferéncia de calor & infinitesimal tanto para 0 interior da pega quanto ara a aresta de corte. Alem disso, 0 tempo fora do corte é ainda maior do que © tempo imerso no material, Esta etapa em que a ferramenta esté fora da peca produz a refrigeragao por convecgtio entre o meio e a aresta, uxiliando na redugdo do desgasle, mesmo com uma pequena elevagéo da amplitude do ciclo térmico. Ainda assim, a massa que estd sendo removida oxidaré tapidamente pois, ‘er marga/2014) 97 gia denave ‘ioura 5~Comprimento de contato.e tempo «de contato em funtao do angui de contato além de reduzide, nda este 6 um pré-requisito consegue tansteriea que. labricante da fenergia térmica em vitude _ferramenta de corte do curto tempo de contato. __everd especiticar, mas 0 Logo, ndo é uma surpresa —_concelto valida nesta quea pega em usinagem a _dacussdo (que sent, ae velocidade nao aquega —_complementada nas trés durante o cote. E que 0 edigbes posterores), é que ‘cavaco retire tado calor, a largura de corte & re... presorvand, dessa forme, a normolments muito menor % fresta de corte dos diverses no caso da usinagem HSM G cenrst eps Imecanismos de desgaste- de materiaisferrosos, ‘que sao normalmente quando comparada com a | es fcentuados polo aumento _usinagem convencionat ee de temperate Mon naohé pene a O tettor nao deve deixar de produitvidade. = de perceber que 0 tempo a (ieocms transcorre em iilissegundos na figura 3, e que 0 dngulo de contato de 180° & somente realizado na usinagem de rasgos em cheio, condigao do adequada para HSM. eifective way of madrn fdlcier se gesiab lend cuting. International valores percentuais ‘Wentshop CA Sratems and abaixo de 10% do Techmologis, 2002 ‘didmetro da fresa para 0 2 Schult, H. The history of valor adequado da largura —__‘afspeed machining. Revista td eae cais certo de Ciencia & Tenologia, 1990. Referéncias enna 1] Pasko, R Praybylski,L Slodki, Bs High speed ‘machining (ASM) ~the 140 «emer avn20%4 Em continuagao ‘0s fundamentos da usinagem a alia velocidade (HSM), iniciados na edigao anterior, a coluna deste més aborda a influéneia da geometria da ferramenta de corte na formagao do cavaco, Fundamentos para o HSM em construcao - Parte II “a ferramenta para HSM possui uma geometria especitica?”. A resposta é sim Antes de justificar que ‘a geometria de corte para HSM é diferente de uma geometria convencional, sugiro que néo realize qualquer tentative além do eleito que 0 material apresenta ao ser usinado com elevadas taxas de deformagao no plano de cisathamento interno. Coniorme a primeira parte desta apresentagéo, inicialmente 6 indispensével indo esquecer que, ao aumentar ‘a velocidade de corte v.€ reduzir a protundidade de corte q, € @ largura de corte 4a, ocorreré: menor tempo de contato entre a ferramenta e a peca, e também menor volume de cavaco. Com isso, © tempo para a transferéncta de calor ¢ reduzido. No entanto, permanece ‘@ geragéo de calor ao longo Figura 1 Detalhes do contato centre ferramenta e pega do plano de cisalhamento interno, o que também gera atrito entre a superticie de saida e o dorso do cavaco & entre a superficie de flanco da ferramenta e a pega usinada Isso significa que as fontes de geragéo de calor ainda esto presentes e que os éngulos de saiday, de folga we de cunha 8, além da preparagao da aresta de corte, devem ser adequados para o corte @ alla velocidade. A figura 1 presenta 0 contato entre a ferramenta e a peca. Neste momento, o leitor Jaz sua primeira pergunta: de utilizagdo de uma geometria convencional para uso com HSM. Atentativa serd um racasso e oferece riscos significatives de quebra da erramenta e, com isso, uma série de danos decorrentes, A adequagao das condigdes geométricas para finalizar um bom projeto busca reduairo atrito superficial, a tensdo para penetragdo da aresta de coite e, finalmente, a tenstio proporcionada no corte que deverd cisalhar internamente ‘0 material, Isso ocorre na usinagem a alta velocidade tanto na indiistria de moldes ‘e matrizes, no Iresamento ‘TREFILAGAO E LAMINACAO EM ACO INOX ARRAS PeRrs Ceuta ate [ARAMES, FOS E FITAS Perlis Uno specs “Feo Pokdo Dao Mole Raat Cane TuB0s Especiasaon ites res ce recess (om! Sem cose Conura renoece rer 55 140724222 | 4067-4222 comerial@dedcompany com br www dedcompanycombr D&D ZZ WIDIA 142 cose abry2014 de materiais de durezas elevadas (até entao usinacos or processos abrasives (ou por eletroezosdo) ‘quanto na remogao de ‘altos volumes de cavaco na indiisria aerondutica, Com base nestes objetivos, 0 Angulo de saida y deve ser maximo, ois, dessa forma, 0 atrito superticial entre 0 dorso do cavaco e a superticie de saida possui menor forga normal intermitente que causa maior forca de attito sobre a regido de contato na superticie de saida da lerramenta. Outro beneticio ao se elevar 0 valor do dngulo de saida seré a redugdo da tensdo de penetragéio da ferramenta na pega. Para @usinagem do aluminio a alta velocidade, tal efeito ¢ poueo perceptivel devido & dureza reduaida do material. Porém, & facilmente percebido na usinagem de ‘materiais endurecidos, uma ver que a maior eapacidade de penetragdo devido ao ‘maior angulo de sada reduz «a fenséo no inicio do corte. Ao elevar 0 Angulo de salda, ‘ocorteré mator capacidade instantdnea tle penetragdo, independentemente da esttatégia de corte ‘esvolhida, Além disso, a fensaio necesséiria para ‘ocurvamento do cavaco fambém é alterada. Com 4sso, ocorrerd menor tensao e maior controle na forma ‘macrosedpica do cavaco e também do direcionamento de seu Mluxo em remocéo. Outro aspecto. importante relacionado @ alteragdo do dngulo de saida ¢.a tensdo de cisalhamento proporcionada ao longo do plano de cisalhamento MN. Como aumento, a tensdo proporcionada pela erramenta e decomposta nna diregdo elsalhante entre ‘as adjacéncias do plano de cisaihamento (dreas Ae A’) sori menor. Esse valor, ‘pesar de menor, supera o limite de resistencia aos efeitos combinados entre tensdo normal (compressdo ‘ou tragdo) e a propria tenséo de cisalhamento do material Em outras palavras, a tensdo produzida é menor e suficiente para cisalhar 0 ‘material, lato que explica que, apesar de cortar materiais com resisténcia elevada, seja pela dureza superficial ou pelo valor do limite de resistencia, em HSM deve-se adequar © ypara superar 0 cisalhamento interno. Caso esta fensao nao seja superada, aumenta o isco de quebra da ferramenta, Ao alteraro valor do Angulo de folga 0, também se observa at redugdo do calor gerado pelo atrto centre a superticie de Hlanco e a pega usinada, moors Nitrion\=ea 00 BRAS|t O BRASIL * Injogdo de pléstico; = Roscas Sr = Elementos de quinas; acabamento final da pega. cunha serd sempre resultante Tees en melhor ou pior acabamento influéncia direta na tenséo + de um projeto que utiliza corte. Com base na descricao i © tempo em maquina ‘saida, ao reduzir o valor de e jitretacao a Gas (GN) regularidade do acabamento —_penetragdo bem como no "= Elementos de maquinas; produzido e a redugdo das cisalhamento interno. Este = Transmissdes (engrenagens). HSM, 0 Gngulo de ponta B chaniro entre as superticies ee ee conn 88 CK) a +B + y= 90° é inevitdvel. cisalhamento sdo mantidas. = Componentes hidrdulicos; Olleitor pode fazer a Ferramentas de corte = Elementos de méquinas. méximos de oe ynao deve E importante salientar que a resisténcia da ferramenta da regido de contato é = Componentes hidrdulicos.

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