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eS Ministério Publico do Estado de Mato G Promotoria de Justica de Varzea Grande/MT_ EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PLANTONISTA DA COMARCA DE VARZEA GRANDE ~ ESTADO DE MATO GROSSO. URGENTE O MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO. no uso de suas fungdes legais, por intermédio da Promotora de Justiga Plantonista que a esta subscreve. comparece 4 digna presenga de Vossa Exceléncia. legitimado nos termos dos ar 127, caput, ¢ 129, Ie Ill, da Constituigéo Federal, bem como, com fundamento nos artigos 74. ineisos Ile VIL, e’e art. 43, ncisos Le III, e art. $3, todos do Estatuto do Idoso (Lei 10.74 1/2003), e baseado nos documentos em anexo, para propor a presente ACAO CIVIL PUBLICA °OM PEDIDO DE ANTECIPAC. 0 DE TUTELA em desfavor do ESTADO DE MATO GROSSO, pessoa juridica de direito publica interno, inscrito no CNPJ sob n® 17415/0001-44, com enderego no Centro Politico Administrativo ~ Palacio Paiaguais, em Cuiaba/MT, CEP Geral do Estado, a ser citado na sede da Procuradoria Geral do Estado, localizada no Centro 050-970, representado judicialmente pelo Procurador Politico Administrativo, em Cuiaba/MT, pelos motivos narrados a seguir 1 DOS FATOS eS Ministério Piblico do Estado de Mato Gross Promotoria de Justica de Varzea Grande/MT_ sundo informagdes contidas no termo de declara es prestado pela Sra. Lh Médica emitida pelo Dr Cyro Jorge C. Bi angela Suely Costa, filha do idoso, na data de hoje, durante o plantéo, na Prescrigao evra ~ CRM 4479 (anexo ~ juntada do original), 0 idoso OSVALDO ALVES DA COSTA, nascido em 03.04.1948, com 64 (sessenta e quatro) anos de vida, encontra-se hospitalizado no Hospital Pronto Socorro de Viirzea Grande/MY, desde o dia (03.03.2013, por ter sido encontrado por vizinhos desacordado, apresentanda quadro de DIABETES AVANCADO, PNEUMONIA, INFECCAO GENERALIZADA. além da pres diagnosticado INSUFICENCIA RENAL, sendo por isto, prescrito ao paciente a necessidade de do Medica). rigéo medica ter ser transferido a UTI. em carater de URGENCIA (conforme Preser Verifica-se que embora 0 médico tenha recomendado aos familiares a solicitagdo de intenagdo junto 4 UTL em carater de URGENCLA, no dia 08,03,2013. 4 Registra-se. ainda, que o paciente encontra-se em risco de vida, sendo que o Dr Cyro Jorge C. Rezerra~ CRM 4479, médico, ao emitir 0 Preserigdo Medica prescreveu a necessidade de internagio junto a UTI, ja que © mesmo encontra-se respondendo somente a res stimula doloroso. Todavia, apesar da urgéncia do caso, idoso ainda nao foi transferido para a UTI e PERMANECE HOSPITALIZADO SEM RECURSOS NECESSARIOS, em razio i alternativa nao resta, sendo o ajuizamento da presente demanda la negligéncia do Estado de Mato Grosso em proceder ao tratamento, ¢ por isso mesmo, outra A- Da Legitin idade do Ministério Public: Inicialmente, cumpre observar que © Ministerio Publico, dado a sua finalidade institucional, podera atuar nos casos em que os idosos se encontrem em situagao de risco. prineipalmente, em razio da sua condigio pessoal ou pela omissio do Poder Publico, concedendo a i eS stério Publico do Estado de Mato Gr de Justi¢a de Varzea Grande/MT Min Promotori Constiuigao Federal atribuigio para a defesa de interesse individual indisponivel rt, 127. O Ministerio Pablico é instituigao permanente, essencial a funcio jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem juridica, do regime democrittico ¢ dos interesses sociais ¢ individuais ddisponiveis.” Como preceitua a Lei 10741/2006, o idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes & pessoa humana, sem prejuizo da protegao integral de que trata esta Lei assegurando-se-Ihe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades ¢ facilidades, para preservagao de sua satide fisica ¢ mental ¢ seu aperfeicoamento moral, intelectual. espiritual ¢ social, em condigdes de liberdade e dignidade. Por outro turno, 6 mesmo Estatuto do Idoso leciona Art. 3° E obrigacio da familia, da comunidade, da sociedade e do Poder Pablico assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivagio do direito a vida, satide, cidadania, a alimentagao, & educa liberdade, a dignidade, ao respeito e 4 con (0, cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, ivéncia familiar € comunitar Art. 40 Nenhum idoso sera objeto de qualquer tipo de negligéncia, discriminagao, violéncia, erueldade ou opressio, ¢ todo atentado aos seus direitos, por aco ou omissio, sera punido na forma da lei § 1o E dever de todos prevenir a ameaga ou violagio aos direitos do idoso. ( Os artigos 45 e 74, inciso I, da Lei Federal n° [0 741/03, salientam que verificada qualquer situagao, das hipoteses previstas no artigo 43 da referida Lei, que importe em situagio de risco ao idoso, 0 Ministério Piblico tera legitimidade para atuar, inclusive, « 0 ubstituto processual, ‘Também o artigo 81, inciso I, da referida Lei, reza que pa a as agdes civeis fundadas em interesses difusos, coletivos, individuais indisponiveis ou homogéneos, d Mm eS Ministério Piblico do Estado de Mato Gross Promotoria de Justica de Varzea Grande/MT_ Vetifica-se, pois, que diivida nio ha quanto 4 legitimidade do autor da presente demanda Sobretudo, quanto ao dircito a sauide, ¢ hipdtese inquestionavel, ja que a norma insculpida na Lei 10741/2003, reproduzindo importante direito fundamental assegurado constitucionalmente, € de natureza cristalina, insofismavel, B - Da Legitimidade Passiva do Réu A legitimidade passiva do reu ~ Estado de Mato Grosso - decorre. inicialmente, da Constituigio Federal ntido t, 196, A snide € direito de todos ¢ dever do Estado, gar 4 reducao do risco de doenca e de outros se econdmicas que vise mediante politicas so agravos € a0 acesso universal igualitirio as agdes e servicos para sua promocao, protecdo ¢ recuperagio". A Lei n° 8.080/90, por sua vez, disciplina a organizagao, diregao ¢ gestdo do Sistema Unico de Satide, nos seguintes moldes “Art. 9° - A diregio do Sistema Unico de Saiide (SUS) é dnica, de acordo com 0 inciso I do artigo 198 da Constituigao Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes drgio: 1 - no Ambito da Unido, pelo Ministério da Saude: I~ no Ambito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saude ou érgio equivalente; & IIL - no mbito dos Municipios, pela respectiva Secretaria de Saiide ou ‘rgio equivalente.” Depreende-se, destarte, que o Sistema Unico de Satide ramifica-se sem, contudo, perder sua unicidade, de modo que de qualquer de seus gestores podem‘devem ser exigidas as “agdes e servigos” necessarios a promogao. protegiio e recuperago da sauide pitblica eS stério Publico do Estado de Mato Gr de Justi¢a de Varzea Grande/MT Min Promotori Da jurisprudéncia, sobre o dever imposto a cada um dos entes federativos de garantir e promover a satide, extrai-se “O preceitu do artigo 196 da Carta da Repibliea, de eficicia imediata, revela que ‘a side & direito de todos ¢ dever do Estado, garantido mediante politicus sociais econdmicay que visem a redugdo do risco de doenca ¢ de outros agravoy € ao acesso universal € igualitirio as acdes ¢ servigos para a sua promocdo, protecdo ¢ recuperacdo’. A referéncia, contida no preceito, « “Estado” mostra-ve abrangente, a alcancar a Unido Federal, os Estados propriamente ditos, 0 Distrito Federal ¢ ox Municipios. (..)” (Voto do Min, Mareo Aurétio, proferido no RE 271,286-8-RS). 0 réu, portanto, como integrante e gestor do Sistema Unieo de Saide. fi sua respectiva esfera juridiea cura como parte passiva legitima, uma vez que a decisto postulada projetara efeitos diretos sobre C = Do dever do Estado de Mato Grosso de oferecer assisténcia integral A satide Na exata ligio de Pedro Lenza: “e direito @ vida, previsto de forma genéricu no art. 5*, caput, abrange tanto o direito de niio ser morto, privado da vida, portanto, 0 direito de continuar vivo, como também o direito de ter uma vida digna.” Com efeito, 0 dircito a uma vida digna compreende a garantia das necessidades vitais basicas do ser humano em cujo rol podemos incluir o direito a satide. Irrefutavel ¢ a assertiva de que cabe aos entes federativas reduzir ‘0s de doengas ravos e, ainda garantir 0 acesso universal ¢ igualitario as ages e servigos, promovendo a protegdo e recuperagio de moléstias (art. 196 CR/88), essencialmente se a dloenga requisitar altas somas mensais para o tratamento A Lei Organica da Saude (8.080190) ¢ incisiva a0 estabelecer a responsabilidade dos entes piilicos no trato da sauide, de acordo com o que vaticina o excerto legal abaixo transcrito eS stério Publico do Estado de Mato Gr de Justi¢a de Varzea Grande/MT Min Promotori mental do ser humano, devendo 0 Art. 2°. A saiide € um direito fun :stado prover as condigdes indispensaveis ao seu pleno exercicio. § 1°. O dever do Estado de ga execugio de politicas econdmicas e soci rantir a saiide consiste na reformulagao € is que visem A reducio de riscos de doencas ¢ de outros agravos € no estabelecimento de condigdes que assegurem o acesso universal e ig ages € aos servigos para sua promocio, protecao e recuperacio. jas ainda no campo de atuacio do Sistema Uni (a) VI ~ a formulacio da politica de medicamentos, equipamentos, imunoldgicos ¢ outros insumos de interesse para a saiide e a participagao na sua producto: Ademais, idosos merecem tratamento especial, como se depreende do Estatuto do Idoso~ Lei n® 10.7403 Art. 15, E assegurada a atencio integral a saiide do idoso, po intermédio do Sistema Unico de Satide - SUS, garantindo-Ihe o acesso universal ¢ igualitirio, em conjunto articulado e continuo das agdes e servigos, para a prevencAo, promocAo, protecao & recuperacio da saiide, incluindo a atengao especial as doengas que afetam preferencialmente os § IA prevengio ¢ a manutengio da satide do idoso serio efetivadas de: por mei or 1 cadastrame 10 da populagao idosa em base terr I~ aten imento gerisitrico e gerontolégico em ambulaté 85 IIL ~ unidades geriatricas de referéncia, com pessoal especializado nas ‘reas de geriatria e gerontologia social: IV ~ atendimento domiciliar, incluindo a internago, para a populagio que dele necessitar ¢ esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos abrigados € acolhidos por instituigées piiblicas, filantrépieas ou sem fins lucrativos ¢ eventualmente conveniadas com 0 Poder Piblico, nos meios urbane e rural; ve eabil agio ori ‘ada pela geriatria ¢ gerontologia, para reducao das seqiielas decorrentes do agravo da saide. vr eS tério Ptiblico do Estado de Mato Grosso ‘a de Varzea Grande/MT Min Promotoria de Justi E evidente, portanto, que as normas supra transcritas inibem a omissio do ente pablico, no caso 0 ESTADO DE MATO GROSSO, em garantir 0 efetivo tratamento médico a pessoa portadora de algum tipo de enfermidade “TRATAMENTO MEDICO - ACAO PROPOSTA CONTRA O ESTADO - DECISAO MANTIDA. Inexiste veda deferimento da tutela antecipada contra o Estado quando presentes os fio legal para o requisitos que a autorizam, A agio tendente a tornar efetivo 0 contetido do comando constitucional traduzida na expressio “saiide é direito de todos ¢ dever do Estado” - CF art, 196 - PODE SER DIRIGIDA CONTRA = QUALQUER) = DOS-—ENTES—_ESTATAIS. INDIVIDUALMENTE, OU CONTRA TODOS OS QUE TIVEREM, NOS TRES NiVEIS DA ADMINISTRACAO PUBLICA, A ATRIBLICAO DE PROVER A SAUDE PUBLICA, POR FORCA DA SOLIDARIEDADE EXISTENTE ENTRE OS MESMOS - CF art. 23, IL--. Nao fere a independéncia dos paderes - CF art. 2° -, nem mesmo 0 a decisi rio da administ poder diser ‘io pitblic judicial que determina atendimento médico e hospitalar de urgénci gravemente enferma.” (TJMT ~ Recurso de Agravo de Instrumento, N." 336542004 - Classe I - 15 - Comarca Capital, 1. Camara Civel, D4: 2401/2005, Rel, Des. José Mauro Bianchini Fernandes) Por pertinente, destaca-se trechos do julgamento do Recurso Extraordinario 482.611/SC realizado em 23.03.2010, da relatoria do preclaro Ministro Celso de Mello. o vento dar crianga e do nivel sitwagdo ele wi Let mente) tivo persee inte, em tema dle protecdo ao d tract fi -se-d como cen cionalidade por amussie imputivel ao Poder Publica, ainda mois se se ver presente g ria, ta grama a ser ecess cas piiblicas consegientes e responsaiveis nesser ina fo pres implenientaclo mediante adogito de pc } ‘enho para mim, desse mado. presente tal cas) ndo poderao demitir-se co mandate eon uexto, que os Municipios (6 semethanca das demais ucional. juridicamente vinculante, que thes caput”, da Constinuicde. € que representa fator de limitagao de isirativa do Poder Priblico. cujas opedes, wraiuindo-se de protec & ‘cente. ndo podem ser exercidas de mexto « comproneter. com apoio em jizo de Jo art divericionn crianga © a vil eS Ministério Publico do Estado de Mato Gr Promotoria de Justica de Varzea Grande/MT_ simples conveméncia ou de mera oportumdade. a eficécia desse direito basico de indole so fd 0. questiondvel J estatal em fornar efetivas ax imposigdes constitucionais iraduz imaceitivel gesto de desprezo pela Constiicdo e configura com incomprecnsivel sentinento d oridlade, pelo vaior e pelo reveste a Canstitugiio ds Repri Nuwlr mais nocive, perigaso e tlegitime do gue elaborar wma Constisnigii sem or vont Ja cumprir integratmente. ou, entdi. de dsite subalterno dle sorns somente nos panios que se mosiraren convenientes ax designios dos governamtes, em detr interesses mi oo O dexprestigin da Constituigdo ~ por inercia de orgdios meramente constituilos ~ representa um dos mais graves aspectos da patologia constitucional, pois reflete inaceitivel desprezo. por parte das instinigdes governanemais. da autoridade suprema co Lei Bundamenial do Estado od Asso significa, por portamento gue revela stm significado de gue se le ce faze errs execntiela com 0 pre rat vento dos to, que a ineficiéneia administrativa, o descaso governamental com direitos nisicos da pessoa, a incapacidade de gerir os recursos pidblicos, a fala de visdo politica nu justa percepeao, pelo administrador, do enorme significato social de que xe reveste u protect @ crianca ¢ wo adolescente, inoperincia funcional dos gestorespiiblicos na concretizacde day _imposicdes _ onstitucionais ndv podem nem devem representar obsticulos @ execucdo, pelo Poder Piiblico, orm inscritu no art. 227, “caput”, da Constituicdo da Repiblica, que traduz e impée, ao Estado, um dever inafastivel. sob pena de a ilegitimidade dessa inuceitével omissdo governamental importar em grave_ vulneracdo a um direito fundamental ¢ yue é. no contexto ora examinado, a protecdo integral da crianca edo adolescente, Destarte, ¢ inaceitavel que o ESTADO DE MATO GROSSO recuse ‘ou retarde em providenciar o tratamento de satide que OSVALDO ALVES DA COSTA necessita, uma vez que lhe compete proporcionar uma vida saudavel e harmoniosa a paciente LLDA ANTECIPACAO DA TUTELA O direito a assisténcia e & satide, bem como seu efetivo atendimento sio impostergaveis, inderrogaveis, irrenunciaveis, indisponiveis e urgentes, porque deles dependem a propria existéncia humana com dignidade. por isso as ages e servigos de satide sao tratados no texto constitucional como de relevancia publica Ao persistir essa situagio, viola-se o direito fundamental do homem, que ¢ 0 direito a vida ¢ climina-se a relevancia das ages ¢ servigos de saiide pela falta de politica publica adequada no que se refere a prestagao de servigos médicos aos hipossuticientes, que no dlispdem de recursos para executi-los a sua propria subsisténcia vit eS stério Publico do Estado de Mato Gr de Justi¢a de Varzea Grande/MT Min Promotori Com efeito, se a tutela pretendida for postergada para o final da lide quando da prolagio da sentenga, o dano 4 satide do idoso OSVALDO ALVES DA COSTA poderi ser irreversivel Atento a mencionada situagio. 0 Cédigo de Processo Civil, em seu art 273, caput e§ 1.°, autoriza 0 Magistrado a antecipar, total ou parcialmente os efeitos da tutela pretendida sempre que exista prova inequivoca, verosimilhanga da alegagao e haja fundado receio dle dano irreparavel ou de dificil reparagao De modo semelhante, 0 art. 461, § 3° do CPC ¢ art 2 Estatuto da Crianga ¢ do Adolescente dispde acerca da concessao liminar da tutela. A prova inequivoca do fato evidencia-se na indie: ‘0 cientifica que o paciente esta morrendo @ mingua num leito hospitalar sem perspectiva de transferéncia para tratamento em unidade hospitalar adequada, que disponha de UTI A. verossimilhanga da alegagdo deriva das observag que cemonstram, inadequagao entre o comando legal, inclusive em sede constitucional ¢ a posigaio do gestor piiblico 0 dano irreparavel ou de dificil reparagdo se consubstancia na medida em que o paciente esta sendo tratado de forma inadequada, ante a auséncia de atendimento médieo especializado para Ihe garantir uma minima chance de sobreviveneia Estabelecida acima a configuragdo das circunstincias fiticas © juridicas relativas ao caso em tela, denota-se estarem claramente presentes no mesmo os requisites autorizativos necessarios para o deferimento do pedido de antecipagio de tutela que devera recait nesta demanda, consoante o disposto no artigo 273 do Codigo de Processo Civil patrio. Com efeito, existe plena prova documental da existéncia da doenga do atendimento especializado nee ario ao seu tratamento € a demorainegativa de se fornecer 0 Ix eS ério Publico do Estado de Mato Gros Promotoria de Justica de Varzea Grande/MT_ Mi pilblico demandado que, alids, nfo ter prejuizos decorrentes da mesmo prontamente pelo org concessio da tutela antecipada em epigrafe, porque nao se pode considerar como perda proporcionar satide a seus cidadios V PEDIDE A vista do exposto, requer-se a) a concessao de antecipagdo da tutela, em carater “iandita altera pars”, impondo ao Estado de Mato Grosso __a_obrigacjo de fazer, consistente_na_IMEDIATA TRANSFERENCIA do idoso OSVALDO ALVES DA COSTA para_unidade & sob pena de multa didria, no valor de RS 10.000,00 (dez mil reais) a ser imposta contra o Estado de Mato Grosso ¢ a gestor estadual (Secretario Estadual de Satide); b)a citagao do Requerido, para, querendo, apresente resposta no prazo legal, sob pena de revelia ©) requer-se que a presente ago tenha sua regular tramitagdo de acordo com a lei e que ao final da mesma seja prolatada sentenga, onde se condene definitivamente o requerido a fomecer, em conformidade com g indicacdo médica_o tratamento indispensivel 4 satide do idoso OSVALDO. ALVES DA COSTA, sob pena de multa didria, no valor de RS 10.000,00 (dez mil reais) a ser revertida ao Fundo de Assisténcia de que trata a Lei 7 347/85: ) que sejam produzidas ao longo deste proceso todas as provas necessiias ao deslinde da causa, eS Ministério Piblico do Estado de Mato Gross Promotoria de Justica de Varzea Grande/MT_ como a realizagio de oitiva de testemunhas, a serem arroladas no momento processual oportune, bem como juntada posterior de documentos, inclusive pericias que forem eventualmente necessarias. ©) finalmente, que se ordene ao st. Oficial de Justiga designado para atuar neste processo que proceds as diligéncias e comunicagdo dos atos processuais, se for necessiio, em horirio e dias em que nfo houver expediente forense, inclusive fins de semana e Feriados, em conformidade com 0 artigo 172, parégrafo 2°, do Codigo de Processo Civil (mil reais), para efeitos do artigo 262 Da+se a presente o valor de RS |,000,¢ do CPC, requerendo, ainda, a intimagao do Ministério Publico a rua Desembargador Elon de Carvalho, n° 95, Bairro Costa Verde, nesta cidade de Varzea Grande-MT Varzea Grande/MT, 10 de Marco de 2013. Dr*, VIVIEN THOMAZ ILITY Promotora de Justica Plantonista

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