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Modelo de Projeto de Pesquisa n° 2° ANTONIO TORRE MEDINA” A Forga da Lingua nas atividades profissionais de Aaninistrayo,GeréciaeSeeretaiad Exeotvo Uma proposta de anélise a luz da Linguistica Dinamica e Integrativa. Recife, 2007 Sumario Pig. Tema Caracterizacao do Problema .. Objetivos... Justificativa dos Campos Justficativa da Linha de Pesquisa Pressupostos Teéricos ‘Nogdes Fundamentais Em debate: Outras questdes terminolégicas .... Procedimentos Metodologicos .. 0. Etapas do Projeto 1" Btapa (2007) 2* Etapa (2008) 11,Cronograma de Atividades de Primeira Etapa ... 12, Cronograma de Atividades da Segunda Etapa ... 13.Financiamento 14,Orgamento 15. Bibliografia 1, Tema © Projeto trata sobre 0 tema A Forga da Lingua no exercicio das e Secretariado Palavras chave: Forya, Lingua. Efi dade. Atividade Profissional. Administragao. Geréncia. Secretariado Executivo. Resumo: 0 Projeto vai verificar a hipdtese de que a Lingua tem a capacidade de produzir forgas para o desenvolvimento das habilidades lingiiisticas dos profissionais, ¢ para o incremento da eficécia e da produtividade nas atividades administrativas, gerenciais ¢ executivas, 2. Caracterizacao do problema Ha dois milénios © meio que existe uma grande polémica que se repete ciclicamente ao longo de toda a histéria da Cigncia da Lingua entre duas correntes de pensamento, entre uma corrente que defendeu a idéia de que a lingua era «ergon» e «signon, *e outra que postula que & «enérgeian. © «Ergon» é um termo grego que significa “produto”. Assim, para esta corrente de pensamento, a Lingua foi entendida como o “produto” dos sistemas verbais e signicos, o “conjunto” das palavras, frases, formas, estruturas, atos de fala, conversagdes, discursos ¢ textos, produzindo sentidos ¢ significados. ‘«Enérgeiay € outro termo grego que significa “atividade”, “energia”, “fora”, “vitalidade” e “poténcia”. Para esta outra corrente, a Lingua nao é somente um produto ou instrumento, ¢ sim também Atividade, Energia, Forga, Vitalidade c Poténcia Enquanto que na corrente do «ergon» prevaleceu uma visio estitica ow semi-estética © reducionista, na corrente da «enérgeiay consttdi-se uma visio dindmica, multidimensional ¢ integrativa. A lingua foi entendida pela primeira corrente como um sistema s6, ou um sistema inico, para expressar sentidos € significados, ou como um instrumento para descrever um estado de coisas, ou um instrumento de informagio c comunicacao; porém, os dados atualmente disponiveis mostram que essa visio & parcial, unilateral e reducionista, enquanto que € muito mais completa proveitosa uma visio altemativa que entende que a Lingua é a unio integrada do «ergo» e da «enérgeiay, pois é uma capacidade humana e um sistema produtor no somente de sentidos € significados, como também de valores, energias, forgas de ago © reacio, efeitos, eficacia, competéncia, competitividade, produtividade e poder. So varios os aspectos que se relacionam e se integram na visto te6rica, deste Projeto, pois entende que: a) A Lingua é considerada como uma Capacidade Humana, no pleno sentido do termo, aspecto que tem implicagdes consideriveis para a teoria Linguistica: b) A Lingua & também «ergon», ou seja, 0 “produto” dos sistemas verbais © signicos, 0 “conjunto” das palavras, oragdes, formas, estruturas, sintagmas, atos de fala, conversagdes, discursos, textos © obras, que silo pegas ou engrenagens do sistema lingdistico, que funciona como um sistema para expressar sentidos e significados, como um instrumento para descrever algum estado de coisas, como um insirumento de informago e comunicagio; 5 Apu Arens (1975), vol. 1p. 2627 66; € 33-34 “Humboldt: Fd Fiter, «signo», sentido e significado; b) Confirmar a hipétese de que os atos de fala, conversagdes, discursos textos podem produzir forgas de eficécia ¢ produtividade no émbito profissional e empresarial com maior ou menor poténcia dependendo de varios fatores e variéveis; ©) Identificar, caracterizar © descrever as energias © forgas lingitisticas produzidas pelos atos administrativos, gerenciais © executives (que sio atos de fala, conversagdes, discursos, ou textos emitidos ou produzidos no exercicio das atividades e funcdes administrativas, gerenciais e executivas): 4) Pesquisar a estrutura de composigio ¢ sistema de funcionamento dos sistemas dindmicos e energéticos da lingua nos ambitos da administragao e da geréncia, e as suas formas de uso mais eficazes; ©) Pela aplicacio dos principios da Lingtistica Dinimica ¢ Integrativa, 0 objetivo final ou meta é dar novos passos para a constituigio de uma nova especialidade na rea lingtiistica, denominada Lingtiistica Administrativa, Gerencial e Executiva. 4.3. Objetivos especificos So virios os objetivos especificos do Projeto: 4) Identificar as formas de uso da lingua mais adequadas ¢ eficazes para o incremento da produtividade nas atividades e fungdes da Administragio, da Geréncia ¢ do Secretariado Executive. +) Contribuir para o aperfeigoamento da formagao lingiistica e da capacitagio profissional dos estudantes dos cursos de administragao e geréncia, pelo conhecimento, exercitagio ¢ treinamento das formas de uso da Lingua mais cficazes no exercicio das suas atividades pro ©) Pesquisar a relevincia do desenvolvimento das habilidades lingiiisticas, como por exemplo, as habilidades da argumentagio, da persuasiio, da sedugdo, da oratéria, da retérica, da ordem ¢ do mando, em fungao do aumento da eficécia ¢ da produtividade dos administradores, gerentes e executivos da empresa. 4) Pesquisar o papel que exercem os sistemas energéticos da lingua na formagio, no desenvolvimento pessoal € na capacitagao profissional dos estudantes dos cursos de Administragao, Geréncia e Secretariado Executive. €)_ Pesquisar e identificar os sistemas |i eeficécia; 1) Descobrir quais as formas de uso mais efetivas no exercicio das fungdes administrativas, gerenciais e executivas; 2) Quais as formas de uso que criam maiores forgas lingiisticas para_a produgo dos efeitos administrativos em prol da eficécia, competéncia, ccompettividade e produatividace da empress; hh) Quais as habilidades lingisticas que produzem maior eficdcia administrativa € profissional?; i) Abrir novos campos de temas interessantes para o estudo a partir do ponto de vista da Lingtistica Dindmica ¢ Integrativa ¢ da Lingtiistica Administrativa, Gerencial e Executiva, entre os quais podemos destacar 0s seguintes siistieos que operam com maior forga ‘+ A Lingitistica Dindmica e o papel da lingua na Gestio de Eventos ‘+A Lingilistica Dinamica e a forca da lingua no Mercado de Trabalho. A Lingaistica Dindmica e os fatores lingbisticos do Carisma. A Lingtfstica Dinamica ¢ os fatores lingiisticos da produtividade administrativa, gerencial ¢ executiva, ‘A Lingtistica Dindmica ¢ as capacidades / habilidades lingdisticas diferenciais que impulsionam a Lideranga dos homens mais competentes nas stas atividades profissionais. * A Lingtiistica Dinémica ¢ as habilidades lingtisticas que colocam na Diregdo das Empresas os homens MAIS COMPETITIVOS E. CAPAZES de alcangarem maior eficdcia e produtividade nas atividades profissionais e empresariais. 5. Justificativa dos campos Tem-se observado que, quando o administrador, gerente ou exccutivo, fala fou escreve no exercicio das suas fungdes (administrativas, gerenciais ou executivas), realiza a sua ago comunicativa de uma maneira diferente do que os trabalhadores e funciondrios normais e correntes da empresa: Fala de uma forma diferente quando di. uma ordem aos empregados ¢ funciondrios do que quando conversa com os administrativos, gerentes e executivos de outras empresas € realiza negdcios ou acordos com eles: Escothe palavras diferentes, combina as palavras de uma maneira vor divers. Parece existir uma diferenga significativa nas formas como os administradores, gerentes e executivos usam a lingua em relaglo as formas de uso dos demais trabalhadores e funcionérios da empresa, Entender essa diferenga 6 fundamental para a sua capacitagio profissional c empresarial E preciso indagar em que consistem tais diferengas em termos lingbisticos? Quais as formas de uso ¢ os sistemas lingiisticos que funciona e operam com maior forsa e eficacia no exercicio das fungdes administrativas, gerenciais e executivas, para ineremento da produtividade empresarial? a) Em que consiste a forga administrativa dos atos de fala, discursos & textos?; b) Quais as implicagdes lingtisticas desses fatos observados ¢ observiveis?; ©) Quais os efeitos, resultados ou consegiiéncias que o bom uso da lingua gera ou pode gerar para a produtividade profissional e empresarial?; d) Quais 0s fatores linglisticos que dio autoridade e eficacia as. palavras’ do administrador?; e) Por que as palavras do administrador, gerente ou exccutivo tém ou geram mais forga administrativa do que as palavras dos demais funciondrios © empregados?; 1) Qual a fungio da lingua na formagio administrativa, gerencial ¢ executiva?; g) Quais as formas de uso da lingua mais eficazes para 0 exercicio das distintas fungdes administrativas, gerenciais © executivas, nos distintos contextos da sua atuaglo profissional, como por exemplo: 1) Quando 0 gerente ou executive se dirige aos trabalhadores funciondrios da empresa; 2) Quando trata ¢ conversa de negécios ¢ acordos com 0s gerentes ¢ executives das outras empresas”; 3) Quando fala com os clientes, fomecedores, amigos e parceiros? listinta, faz uma entoagio ou modulagdo da frase ¢ da Sao varios os aspectos que podem ser analisados. A observacdo dos fatos mostra indicios de que & preciso levar em conta que no sempre é a voz de mando ou a forma imperativa que consegue maiores € melhores efeitos. As vezes, uma palavra de agrado, empatia ou simpatia, produz ou pode produzir maiores ¢ melhores resultados. No fundo da questao, é preciso verificar se, quem manda com maior éxito © oficdcia, © tem mais sucesso nos negécios, é quem gera mais forea e poténcia lingtiistica com as palavras, atos de fala, conversagdes, discursos € textos, influenciando os distintos setores de dentro e de fora da empresa: Uma forga lingtifstica de persuasdo e sedug0, ou de empatia ¢ simpatia, ou de conquista, lideranga e carisma, ou de valor simbélico, ou de forga no mando. A palavra do administrador, gerente e executivo, para ter éxito ¢ eficécia, precisa ter forga administrativa para produzir determinados efeitos: Forga para influenciar, para perstiadir, para convencer e para argumentar com eficécia Assim 0 Projeto se justifica pelo objetivo de pesquisar a mancira como funciona a lingua nas atividades © fungdes administrativas, gerenciais executivas; ¢ como transformar esse conhecimento cientifico ¢ tecnoldgico em instrumentos ou procedimentos eficazes para o desenvolvimento das habilidades lingtiisticas e da capacitagdo nas atividades administrativas, gerenciais executivas. A proposta de pesquisa dos campos interdisciplinares do Projeto justific se porgue tais campos fazem parte do campo de atuagio do docente (autor) no curso de Secretariado no Departamento de Ciéncias da Administragao da UFPE: 1) Duas sio as razdes pelas quais a area do Secretariado Executivo é inchuida neste Projeto: a) Porque o docente é professor de lingua espanhola no Curso de Secretariado da UFPE; ¢ b) Porque, conforme as orientagdes da Coordenagao do Curso, ministra as aulas com uma linha de trabalho, docéncia © conteiidos voltados para o desenvolvimento das novas perspectivas que 0 mercado de trabalho exige para a categoria do Seeretariado Executivo. 3) As areas da Administragio e da Geréncia sio inchuidas porque as novas perspectivas abertas pelo mercado de trabalho para os profissionais do Secretariado Executivo estio diretamente relacionadas com as fungdes do Admninistrador, do Gerente e do Executive. 6. Justificativa da linha de pesquisa A linha de pesquisa do Projeto justifica-se pelas seguintes razdes: ) Pela importincia que os paradigmas dindmicos e energéticos adquirem no século XI para a investigago da Lingua, da Linguagem do Fendmeno Lingtistico, bem como para o desenvolvimento das Especialidades Dinamicas e Energéticas da lingitistica; b) Pela necessidade de verificar © comprovar a hipétese de que a lingua contém sistemas produtores de forgas de agio, reagio, efeitos, eficd produtividade nas atividades profissionais e empresariais; ©) Pela relevancia da identificacdo e caracterizacdo dos sistemas lingtisticos produtores de forgas de agao, reagdo e efeitos mais eficazes nos atos de fala, discursos e textos das dreas administrativa gerencial e executiva; 4) Pela importincia eo valor destes campos ¢ aspectos para a formago, capacitagao e desenvolvimento pessoal dos estudantes, nas categorias de administradores, gerentes, executivos e secretirios executivos. 9 7. Pressupostos Tedricos A lingua em uso é também Acéo, Atividade, Energia e Forga: Humboldt, Austin, Searle e Malinowski Aigumas frases em destaque: HUMBOLDT (1767-1857) “La lengua no es un producto «ergony, sino una actividad — energia vital, «enérgeia» — (..) es, pues, ef trabajo del espiritu repetido eternamente para hacer capaz el sonido articulado de expresar el pensamiento”. (Tradugao de Hans Arens) “EI lenguaje (..) no es un producto «ergon», sino una potencia, «enérgeiar. Su verdadera definicién silo puede ser genética. Es la labor, permanentemente renovada, del espiritu, para hacer el sonido articulado capaz de la expresin del pensamiento”. (Tradugdo de Andrés Sinchez Pascual). AUSTIN (1962) “Se pueden hallar expresiones en las que (..) et acto de expresar la oracién es realizar una accién. o parte de ella”. “Distinguimos asi (..) el acto ilocucionario, que posee una cierta fuerza al decir algo; y el acto perlocucionario, que consiste en lograr ciertas efectos por (el hecho de) decir algo”. MALINOWSKI (1923) “Las palabras son (..) fuerzas activas, dan un dominio esencial sobre la realidad (..)” La palabra, entonces, tiene un poder que le es propio, es un ‘modo de efectuar las cosas, es un manejo de actos y objetos”. SEARLE (1969) “(.) Alli donde ciertos modelos preferidos de explicacién no logran dar cuenta de ciertos conceptos, son los modelos los que deben eliminarse, no los conceptos’ Situamo-nos neste Projeto na perspectiva da Lingitistica Dinémica Integrativa, seguindo as linhas teéricas formuladas cumulativamente por Malinowski, Austin, Searle e Humboldt. ° Podemos explicar este ponto com algumas citas dos autores. Conforme a linha teériea de BRONISLAU MALINOWSKI, partimos da suposigio de que AS PALAVRAS SAO FORCAS ATIVAS que tém um poder que Ihes ¢ proprio, dio um dominio essencial sobre a realidade, e sio sistemas que oferecem um médio eficaz para efetuar as coisas e exercer uma influéncia sobre pessoas, objetos ou agdes. ° No corpo dos fundamentos deste Projeto, entendemos ou postulamos que as palavras s8o elementos constitutivos © operativos da lingua, € portanto, neste sentido, postular que as palavras sto FORCAS ATIVAS significa postular e defender que a lingua é um SISTEMA PRODUTOR DE FORGAS ATIVAS. Malinowski apresenta esta idgia nos seguintes termos: "As palavras sdo (..) forcas ativas, dao-the um dominio essencial sobre a realidade, oferecem-the um médio eficaz para mover, airair e repelir as coisas exteriores e para produzir cémbios em tudo 0 que & importame oe A palayra_tem um poder que the & priprio, & um modo de efetwar as coisas (..)”.* “A palavra dé poder, permite exercer uma influéncia sobre um objeto ow uma acao"? * asandlises hermenéuticas das bres desis quatro autores em que se fundamentao Projet, ea pesquisa sobre as vincalagics exstentesenre a visio humboliana ea pragma, foram realimdas no Dowtorada fem Linguistica pola Universidade de Harcelons: A Tese Doutoral, "La nocion de fuerza vocutiva en fa ‘obra “Como hacor cosas con palabras’ de Austin” (2004), €0 tabalho "La «Enérgeias humboldtana on tos perspectsa pragmstica”, Departamento de Lingistica Geral da Universidade de Bareslon, pins 4138, " MALINOWSKI, Bronsiaw, (1923) “EI problem del significa en lar lenguas primitivas", em (OGDEN y RICHARDS (1923) £1 signfcado de significado; tad. Eduardo Prieto, Bucnos Aites, Psidos, 1954, pig. 310-352, 0 suplemento de Malinosi foi publiado em 1923, aoximadament, a um séeulo «a obra humboldiana (1767-1833, e sete anos depois da obra postuma sausreana, Curso de Lingistica Geral (1916). Quando a andlise hemenutica do Suplemento € realizada sobre & versio espunhola, & (rato € nos, *Malinowsle, idem, 336, * dem, p37 ° om, p. 338, Em 1962, foi publicada a obra austiniana How To do Things with Words, traduzida ao castelhano como Palabras y acciones: Cémo hacer cosas con palabras (1971), € a0 portugués como Qtiando dizer & fazer: Palavras ¢ acdo (1990) "°, que causa uma verdadeira revolucdo no pensamento lingtistico, " canalizando-o na perspectiva da pragmética, Austin observou e destacou na sua primeira conferéncia que, ao emitir-se um enunciado em determinados usos © contextos, realiza-se uma agdo, ¢ isso significa defender que o ato de fala nado equivale sempre a dizer algo ou a expressar sentidos ou pensamentos, '? pois, em determinados usos ¢ contextos, equivale a fazer algo. '° No inicio da segunda conferéncia repete a mesma idéia: “Nosso objetivo era analisar alguns casos e sentidos (..) nos quais dizer algo ¢ fazer algo, ou nos quais, porque dizemos algo, ou ao dizer algo, fazemos algo”. Mais na frente, na introducdo da VIII conferencia, insiste na idéia: “Comegamos distinguindo um grupo de sentidos de ‘fazer algo’, todos os quais so incluidos na afirmacao obvia de que dizer algo é, em sentido normal e pleno, fazer algo”. "° Com 0 seu trabalho de pesquisa, Austin observou a existéncia de tés tipos de atos de fila, que designou como ATOS LOCUCIONARIOS, ATOS ILOCUCIONARIOS E ATOS PERLOCUCIONARIOS, afirmando: “Distinguimos assim 0 ato locucionério (..), que tem a caracteristica de possuir significado; 0 ato ilocuciondrio, que possui uma certa forca ao dizer algo; ¢ 0 ato perlocuciondrio, que consiste em alcancar certos efeitos pelo fato de dizer algo Deste modo, sem negar a idéia tradicional de que, em determinados usos € contextos, a fungao da lingua e da fala & expressar ou produzir sentidos significados (aspecto considerado por ele na nocdo dos atos locucionérios), Austin acrescenta a observagio da existéncia de atos de fala que manifestam a caracteristica de possuirem forga ao dizerem algo, ¢ atos de fala que consistem em lograr efeitos pelo fato de dizer algo. Ao mesmo tempo, realiza uma distingao clara ¢ explicita entre a categoria da FORA ILOCUTIVA ¢ a categoria do SIGNIFICADO, assim como entre a Teoria da Agao € a Teoria do Significado, ¢ Quand a anne hermenGutic ds brs ¢realrada sobre a verso csanhol, a tadugo é nossa "Revol do pensaneto lingo no snide de nudang de paradigna, confirma perpestiva de Thomas Kun (1970), austin, ob. cl vs, bras 1990, p28, * ans cit vets. es 1998, 8, % Aum ees. 1998 p83 © lem 138 Asti bt, vers esp 1996 pp 165; ve tabi 138-167 12 observa que, em determinados usos € contextos, os atos de fala manifestam ow produzem forgas ¢ efeitos.” Assim, ele analisa ¢ explica: ‘E certo que também podemos falar de ‘significado* para referirmo-nos forca ilocucionaria: «as suas palavras tem o significado de uma ordem», ‘etc. Porém, desejo distinguir forca e significado, entendendo por este iiltimo compreende sentido e referéncia, tal como chegou a ser essencial distinguir sentido e referencia dentro do significado.” Assim, seguindo a linha tedrica de JOHN AUSTIN, o Projeto fundamenta- se na hipdtese de que, EM DETERMINADOS USOS E CONTEXTOS, 0 ATO DE FALA E ACAO, ou parte de uma ago, que ¢ capaz de produzir forgas © efeitos. O ato de fala & um sistema operativo de superficie da lingua; portanto, quando Austin afirma que o ato de fala € uma ag30 ou parte de uma aco, significa postular implicitamente que, em tais usos ¢ contextos, a lingua em uso & uma ago, ou um sistema pragmatico de ago, pois no existe ato de fala sem lingua, nem lingua sem ato de fala desde os primérdios da espécie falante € na atualidade; e, portanto, o ato de fala ¢ a lingua esto mutuamente implicados no fenémeno lingtiistico. Este Projeto fundamenta-se também na perspectiva dinémica ¢ energética de WILLIAM VON HUMBOLDT (1767-1857) que, com as suas observagdes sobre numerosas linguas de vérios continentes ¢ paises, reforgou a hipdtese da corrente da «Fnergeian, que postulou que a lingua ¢ “ATIVIDADE”, “ENERGIA”, “FORGA”, VITALIDADE”, “POTENCIA”, Humboldt atualizou para os tempos modemos a clissica idéia grega postulando que a lingua é «Energeia, “atividade, energia, forea, vitalidade, poténcia, 0 trabalho do espirito para fazer capaz 0 sonido articulado de expressar 0 pensamento”,” Sao varios os autores que tém comentado ¢ desenvolvido os escritos de Humboldt, como José Maria Valverde (1955, 1991), Charlotte Evans (1967), Peter Berglar (1970), Roberta Graber Ross (1970), Ole Hansen-Love (1972), Steinthal, Volker Heeschen (1972), Michael Bohler (1973), Tilman Borsche (1981), Jtrgen Traband (1985). "Austin 0b. eit, wer, bras, 1990, p, 21-28; Austin, ob it. vers. esp. 1998, p. 44-535 66; 107; 138; 162, Isto fi analzado amplamente na Tess Doutoral de Antonio Tore Medina “La nocion de Fuerza ocutiva em la obra "Cm hacer cosas com Palabras” de Austin” 9p. 77-172. Austin, Oct. Vers esp P14 As andlisehermenéatica da ob bunboldtiana € realizada solxe a verso espanhols 8 tradugso 30 ertazis nos Ed, Finer-Giel, ig. 418; Escrito sobre el fenguaye. 1991: 13; Arens, 195: 276-277, As publiagaes umboldtianas foram de 1806, 1810/1811 1811, 18123, [812h, 1812-1814, 1820, 1920-21, 1N2Ia, 1822, 1925-26, 1827, 1884, 1030-35, 1949, 1965, 1975-76 Em resumo, seguindo ¢ integrando os fundamentos malinowskianos, austinianos, searleanos e humboldtianos, partimos da suposigdo de que a lingua em uso, ou 0 ato de fala em determinados usos e contextos, € UMA ACAO, ou PARTE DE UMA ACAO, € pode produzir diferentes tipos de FORCAS E EFEITOS. Partimos também da idéia de que a lingua é UM MODO DE. ATIVIDADE, UM SISTEMA PRODUTOR DE ENERGIAS © FORGAS: capazes de causarem varios tipos de EFEITOS e MUDANCAS na interagao, no pensamento, na mente, na conscigncia, na agdo, no comportamento © na sociedade, com maior ou menor FORGA, INTENSIDADE, EFICACIA e POTENCIA dependendo de miiltiplos fatores e varidveis do contexto de situagao, das circunstancias, das conjunturas, das fungdes, das intengdes, das estratégias de ago, das inteligéncias ¢ dos carismas. Porque, como defende Searle, nos pontos ‘ow campos emt que os modelos tedricos vigentes ou preferidos por algumas escolas no conseguem explicar determinados conceitos ¢ dados observados e observiveis do fenémeno lingtiistico, sao 0s modelos que devem ser eliminados ‘ou mudados, e nao os dados nem 0s conceitos. Ao mesmo tempo em que partimos destes fundamentos ou pressupostos, & preciso verificar se tais pressupostos se confirmam ¢ verificam pela andlise empirica ¢ analitica dos dados ¢ fatos do fendmeno lingtistico. Nogées fundamentais Explicagao preliminar: Toda e qualquer terminologia cientfica é sempre relativa ao enfogue ou ponto de vista assumitlo, ao campo expecifico abordado © aos_paradigmas aplicados, em todas as especialidades da cigncia, igualmente na fisica que na biologia ¢ a lingtistica A Lingtistica Dinimica e Integrativa fundamenta-se numa concepgao que coloca a terminologia de WILLIAM VON HUMBOLDT como micleo central do corpo terminolégico, levando em conta que, ao assumir uma visio integrativa, no nega nem desconsidera o valor e a relevincia cientifica das terminologias de John Austin, John Searle, Malinowski, € outras como as de Saussure, do Esiruturalismo Formalista, da Gramética Transformacional e da Gramética Tradicional nos seus respectives campos e pontos de vista, pois considera que sdo complementares € mutuamente se enriquecem, designando, caracterizando € descrevendo distintos aspectos e dimensdes do fenémeno. 2°) Searle. deta de habla: Ensayo de filosofc de lengnaje, Madi, Panela, 1980; Vers. Port. Os atos de fata. Ensaio de flosofia da linguagem. ted, Carlos Vogt, Aimed, Coimbra, 1990, Quando a anslise hermengutic da obra seareana & realizada sobre a versio espenola radugo ao portugués& nossa. “4 Com relativa freqiléncia, o objeto lingdistico pesquisado por varias escolas é praticamente 0 mesmo, porém a partir de pontos de vista distintos, ¢ por isso, descrevem sistemas ou aspectos distintos, Por esta razio, é plausivel justificar que utilizem terminologias diferentes. Assim, por exemplo, © objeto lingiistico que os estudos tradicionais da Lingua chamaram de FRASE, foi denominado de ATO DE FALA pela Pragmatica. Se formos analisar e comparar objetivamente 0s elementos, podemos perceber que, na maioria das vezes, 0 objeto lingtistico que a Pragmética chama de ATO DE FALA, € 0 mesmo objeto lingdistico que a tradigo denominou de FRASE, apenas analisado a partir de um ponto de vista distinto. Por isso, 2 “guerra” das terminologias entre as distintas escolas é, com freqténcia, fruto de um equivoco teérico © uma confusdo terminolégica sem fundamento real na objetividade da ciéncia, fruto de algumas questies ideoldgicas irrelevantes, e as vezes, totalmente arbitrérias. Deste modo, pelos fundamentos e pressupostos do Projeto, as distintas terminologias das escolas podem integrar-se_em determinados campos, momentos ou aspectos do trabalho, porque designam ¢ caracterizam aspectos distintos dos mesmos sistemas lingtisticos, que funcionam juntos e integrados. Assim, 0 Projeto relaciona e integra normalmente as nogdes de Palavra, Frase € Graco da Gramética Tradicional, com as nogdes de Forma ¢ Estrutura de Saussure ¢ o Estruturalismo Formalista, com as nogdes de Déiticos, Assimetria, Ato de Fala, Conversaedo, Discurso, Texto e Obra de preferéncia da Pragmatica, com as nogdes de Niveis de Significagio Semidtica, Légica e Simbélica da corrente Semistica Para formular as nogdes de Energia, Forga e Poténcia lingdisticas a partir dos dados observados do fenémeno lingiiistico, Humboldt constituiu a Teoria da Energia ou «Enérgeia», também denominada Teoria Energética ou Teoria dos Sistemas Lingtiisticos Energéticos, cujos fundamentos foram utilizados como base primeira para a consirugio da teoria ¢ da terminologia da Lingdistica Dindmica ¢ Integrativa, pela aplicagio de paradigmas dindmicos © energéticos. Deste modo, constituimos uma teoria e especialidade nova ou inovadora cuja fungdo & a descrigao da nogao de Lingua como «Enérgeia». A Lingdistica Dindmica, assume como prioridade (no exclusividade) a tarefa de pesquisar a Lingua buscando identificar e caracterizar os Sistemas Lingiiisticos produtores de energias, forgas de ago, reacdo, efeitos, competéncia, competitividade, produtividade e poder nas esferas da interago, da cidadania, da profissio, da administragao piblica e privada, da economia, da politica, da cultura, sistemas lingdisticos que sio formalmente distintos dos. Sistemas Signicos da comunicacao, e parcialmente distintos dos Sistemas Lingtifsticos da Acio pragmatica, Todos os sistemas funcionam juntos e integrados nos atos de fala, nas conversagdes, nos discursos, nos textos e nas obras, porém, é preciso distingui-los e separa-los formalmente nas suas respectivas ESPECIALIDADES: Porém, & preciso considera-los implicita ou explicitamente integrados ou integréveis nos planos da LINGUISTICA GERAL ¢ da NOCAO DE LINGUA. 7.1 NOGOES DE LINGUA PARCIAIS E REDUCIONISTAS Em discussi O presente Projeto parte das seguintes posigdes tedricas: A nogdo de Lingua da Gramética Tradicional, que considerou a Lingua como Estitica e como Signo € parcial e reducionista, pois somente designa e descreve uma parte dos sistemas lingtisticos nas suas Especialidades, ¢ no 0 conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operatives da mesma, pois somente trata dos sistemas verbais e signicos estaticos das palavras e das oragdes a partir do ponto de vista do falante 2) A nogio de Lingua de Ferdinand de Saussure ¢ do Estruturalismo Formalista é também parcial ¢ reducionista, pois somente descreve ‘uma parte dos sistemas lingtlisticos nas suas Especialidades, e nao 0 conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operatives da mesma: Pesquisa e descreve 0 conjunto dos sistemas verbais ¢ signicos estaticos das formas ¢ das estruturas a partir do ponto de vista do ouvinte. 3) A vistio sobre a Lingua da Semidtica é também parcial, como corresponde a uma Especialidade ou conjunto de Especialidades, pois somente trata de uma parte dos sistemas da Lingua, 0 conjunto dos Sistemas Semiéticos, Légicos e Simbélicos, que produzem sentidos, significados € significagdes pelos de significagao semiética, logica e simbélica. 4) A Pragmitica nao formulou propriamente nenhuma nogao de Lingua, porque delimitou 0 seu campo de pesquisa ao ato de fala, a conversagdo, a0 discurso, a0 texto € a obra. Porm, os setores dicotémicos da Pragmética mantiveram a separagdo dicotomica radical saussureana entre Lingua e Fala, e consideram a Lingua como Estatica, Deste modo, a visdo lingiiistica dos setores dicotémicos da pragmitica é adequada nos campos das suas Especialidades, porém, é PARCIAL E REDUCIONISTA nos campos da LINGUISTICA GERAL 5) Cada uma das escolas acima destacadas pesquisou, identificou, caracterizou ou descreveu UMA PARTE DOS SISTEMAS DA LINGUA, compreendidos nos campos das suas respectivas ESPECIALIDADES, algo assim como acontece, para entender 16 melhor esta idéia, na Biologia Humana, na qual a especialidade da Cardiologia somente trata uma parte dos sistemas organicos do ser humano; a especialidade da Pneumologia, somente trata de outra parte dos sistemas organicos; a especialidade da Neurologia somente trata de uma parte dos sistemas orgénicos. Nenhum biélogo se ofende porque expliquemos isso, porque eles entendem que isso & a verdade da ciéncia nos campos das Especialidades. Por isso, nenhum grupo de bidlogos pretende converter a sua Especialidade numa BIOLOGIA GERAL a ser imposta a todos os setores ¢ escolas dessa cigncia, como acontece com frequléncia nos campos da Linguistica, porque todo © mundo consideraria que essa pretensio seria um equivoco, um erro tedtico e cientifico na biologia. 6) O presente Projeto defende uma nogio de LINGUA DINAMICA, INTEGRATIVA E MULTIDIMENSIONAL, que compreende, ou pode compreender potencialmente, todos os elementos e sistemas lingdfsticos pesquisados, caracterizados e descritos por todas as escolas dignas de mengao desde os inicios da histiria desta ciéncia, de forma especial, desde 0 periodo grego clissico, quando se aleangou uma descrigdo relativamente adequada de numerosos campos e varias ESPECIALIDADES LINGUISTICS. 7.2 ANOGAO DE LINGUA Sao varias as dimensdes que nos preocupam ao formularmos a nogao de Lingua?: a) Qual é a sua natureza?; b) Como é a sua estrutura. de composigao; c) Como € o seu sistema de funcionamento; d) Quais as formas de uso mais eficazes? Constituigao Estrutural e Operativa da Lingua Pelo plano estrutural ¢ operativo, a Lingua é, ¢ pode ser definida como, um Sistema de Sistemas constituido pela unio. integrada de SISTEMAS ESTATICOS, MODELARES, DINAMICOS (Grifico 1), SISTEMAS SIGNICOS, PRAGMATICOS, ENERGETICOS (Grifico 2), SISTEMAS. VERBAIS E SISTEMAS NAO-VERBAIS OU TRANSVERBAIS, (Grifico 3) SISTEMAS ESTATICOS sto 0s sistemas lingiisticos que funcionam como principios da identificagao dos sistemas verbais, e foram amplamente pesquisados, caracterizados e descritos pelas Fspecialidades da Gramatica Tradicional, da Teoria Estruturalista e da Gramatica Transformacional; SISTEMAS MODELARES sio 0s sistemas lingUisticos que funcionam como principios da variagao no estilo e nas formas de construgao do ato de fala, da conversagdo, do discurso, do texto € da obra, © foram amplamente pesquisados, identificados e caracterizados por varias Especialidades da Teoria & Critica Literéria, da Filologia, da Semistica, da Andlise do Discurso, da Conversagaio ¢ do Texto ¢ da Pragmatica; SISTEMAS DINAMICOS sao os sistemas lingilisticos que funcionam como principios e razdo de ser das dimensdes dindmicas, energéticas, cinéticas, gerativas, inatas, genéticas, cognitivas, etc. da Lingua. Ulgumas partes dos sistemas dindmicos da Lingua foram pesquisada e tratadas pela Filologia, pela Teoria e Critica Literdria, pela Gramética Historica, pela Semidtica e pela Pragmatica; porém, ha grandes LACUNAS na pesquisa deste conjunto ao longo da histéria desta cigncia, especialmente, podemos destacar a LACUNA do conjunto dos sistemas dinémicos e energéticos. E dos sistemas dinamicos energéticos que tratamos principalmente neste Projeto. SISTEMAS SIGNICOS sido os sistemas lingilisticos produtores de sentidos, significados e significagdes, ¢ foram amplamente pesquisados pelas teorias do Signo: pela Gramatica, por Saussure, pelo Estruturalismo Formalista, por Chomsky, por Johns Lyons, pela Semidtica, pela Semantica, e por numerosas outras Especialidades; SISTEMAS PRAGMATICOS sio os sistemas lingiisticos responsavei pela agdo pragmitica, e foram pesquisados pelos Estoicos no periodo grego clissico e pelos pragmaticos na segunda metade do século XX; SISTEMAS ENERGETICOS sao os sistemas lingitisticos produtores de energias, forgas, efeitos ¢ poder. Foram pesquisados ¢ apontados por algumas escolas ¢ correntes de pensamento, especialmente, pela Corrente da «Fnergeian, por William Von Humboldt ¢ a escola humboldtiana, bem como pela sociolog a psicologia e alguns setores da filosofia, Constituem um conjunto de sistemas lingiifsticos potencialmente infinito que, pelas implicagdes dos seus paradigmas, foi desconsiderado © negado como inexistente pelas escolas maiores ou vigentes da lingaistica e da gramética a0 longo de muitos séculos, porém so os sistemas linguisticos mais importantes para 0 desenvolvimento das habilidades lingUfsticas da eficicia, da competéncia e da produtividade profissional. Este € 0 objeto principal deste Projeto, 18 SISTEMAS VERBAIS sdo 0s sistemas lingiisticos que operam no plano verbal, como o fonema, a letra, a silaba, o morfema, a palavra, a frase, a ora, a forma a estrutura, o sintagma, a estrutura seméntica; SISTEMAS NAO-VERBAIS ou TRANSVERBAIS sao os sistemas lingiifsticos que operam pelos niveis de significagao semidtica, ldgica ¢ simbélica € pelos fatores do contexto, da circunstincia, do tempo, do lugar, da funcio, da interagdo, da intengdo, da estratégia, do carisma, et, ao mesmo tempo em que participam na producao de sentidos, significados, valores, energias e forgas nos atos de fala, nas conversagdes, nos discursos, nos textos e nas obras. GRAFICO 1 Constituigao Estrutu Ida Lingua jicos Torre Medina (2005): A lingua € um sistema de sistem constituido pela unido integrada de sistemas estaticos, sistemas ‘modelares € sistemas dinamicos. Por isso, a lingistiea precisa utilizar paradigmas distintos dependendo das. especialidades: ‘Assim, a pesquisa dos sistemas estiticos requer paradigmas ‘stiticos; a dos sistemas modelares, paradigmas modelares: © a dos sistemas dinimicos, paradigmas dindmicos. A Lingua tem trés conjuntos de sistemas operativos, que podemos destacar: os Signicos, os Pragmaticos e os Energéticos: a) _ SISTEMAS SIGNICOS sao os sistemas lingiisticos que expressam ou produzem sentidos, significados ¢ significagdes; b) _ SISTEMAS PRAGMATICOS sio os sistemas linglisticos que produzem ‘ou realizam agdes ou partes de uma acdo; 19 ©) SISTEMAS ENERGETICS sao os sistemas lingbisticos que produzem cenergias, forgas ¢ efeitos. (Grifico 2) GRAFICO 2 Constituigao Operativa da Lingua Torre Medina (2005): No plano operative, @ lingua esté Jconstituida por tés tipos ou conjuntos de sistemas: a) Os Sistemas Signicos, que expressam sentidos e significados; b) Os: Sistemas Pragméticos, responsiveis pela apo pragmética; ¢e) Os Sistomas Energéticos, produtores de energias, forgas c efeitos. So igualmente essenciais os Sistemas Dindmicos que os Estiticos ¢ os Modelares; © igualmente os Sistemas Energéticos que os Signicos © os Pragmaticos; ¢ os Sistemas Nao-verbais que os Verbais. Além disso, & preciso destacar nesta hora que os dados mostram que a Lingua opera, normalmente, quatro Signos ou quatro tipos de Sistemas Os Semanticos, os Semiéticos, os Légicos e os Simbélicos. Por isso, podemos afirmar que a Lingua nao ¢ um Signo s6, tinico ¢ univeco, e sim a unido integrada de quatro Signos. © SIGNO SEMANTICO € 0 sistema lingiistico que produz. sentidos & significados pelos mecanismos da Estrutura Seméntica, como no exemplo “A ‘mesa é de madeira”, no seu sentido normal e mais corrente. (© SIGNO SEMIOTICO ¢ 0 sistema linglistico que produz sentidos, significados e significagdes pelos niveis de significado semistica, como por exemplo “Casa de ferreiro espeto de pat © SIGNO LOGICO € 0 sistema lingiistico que produz sentidos ¢ significados pelos niveis de significagao logica, como na operagao matematica 20 “Dois mais dois é igual a quatro”, ou “Duas baratas mais duas formigas no sio quatro pessoas humanas”. SIGNO SIMBOLICO é 0 sistema lingtistico que funciona pelos niveis de significacio simbdlica, como por exemplo, a expresso “Deus ¢ brasileiro”, no Brasil, “Deus salve América”, dos americanos do norte, ou “Quando olhei a terra ardendo qual fogucira de Sio Joao”, um verdadeiro simbolo da cultura do Sertio pemambucano ¢ nordestino, ou “Voltei Recife” nos camavais pernambucanos, & também a expressio “A mesa branca” entre os espiritas. Normalmente, ou com relativa frequéncia, os Signos Simbélicos produzem forgas de maior impacto psiquico do que os Signos Semidticos ¢ os Seminticos, GRAFICO 2 Constituicao da Lingua, pelas formas de manifestacao dos sistemas SISTEMAS VERBAIS SISTEMAS NAO - VERBAIS, Torre Medina @003): Pelas formas de manifestagao dos sistemas, @ Lingua esta constituida pela unio integrada de SISTEMAS VERBAIS F SISTEMAS NAO-VERBAIS OU TRANSVERBAIS. Esta ¢ uma observagdo _amplamente ‘constatada ¢ desenvolvida pela Semiética, A tradigao gramatical e 0 estruturalismo formalista somente viram os sistemas verbais; porém, 0s semidticos ¢ os pragmédticos mostraram na segunda metade do século XX, que a Lingua tem também Sistemas Nao-verbais, 2 Sistema de Funcionamento Todos esses conjuntos de sistemas lingitisticos, pesquisados, identificados, caracterizados ou descritos por tantas ¢ tao distintas escolas ao longo de toda a historia desta ciéncia, funcionaram sempre, ou funcionam normalmente, juntos ¢ integrados no ato de fala, na conversagdo, no discurso, no texto e na obra, no pasado & no presente, € pode-se prever que acontecerd dessa mesma forma também nos séculos vindouros. Portanto, a separacdo entre eles é somente formal nas suas respectivas Especialidades, e nao é adequado separa-los radicalmente por dicotomias absolutas, como se fossem contradit6rios ¢ irreconcilidveis, nos campos da Lingiistica Geral e da nocao de Lingua. Por uma comparago entre duas ciéncias, podemos dizer e explicar que se constata que acontece na lingua algo assim como no organismo humano, no qual todos os sistemas funcionam juntos e integrados, a pesar de que so pesquisados ¢ tratados por Especialidades bem distintas, com paradigmas ¢ procedimentos diferentes. Porém, seria um absurdo cientifico inominavel se um grupo de cardiologistas defendesse que somente 0 coragio € o sistema citculatério & 0 “homem”, que 0 resto ¢ 0 “hominideo”, e que todas as demais Especialidades da Biologia Humana nao tém carater cientifico porque nado aplicam procedimentos ¢ paradigmas cardiolégicos. Pois bem, um absurdo cientifico semelhante foi cometido por determinados setores da mal denominada “Lingitistica Geral”, que separaram radicalmente a lingua ¢ a fala (considcrando a lingua estatica ¢ a fala dinamica), como se fosse possivel existir fala sem lingua, ou lingua sem fala, € como se todas as propriedades e qualidades da fala, nao fossem também qualidades © propriedades da lingua no pleno sentido do termo. Ao mesmo tempo, com relativa freqiiéncia, as escolas maiores do ambito lingtistico, a cada século ou periodo, defendem a capa e espada, como se fosse a mais pura ¢ absoluta verdade da ciéncia, que somente a sua Especialidade tem cardter cientifico, ¢ que os sistemas das demais Especialidades (das escolas menores) sio acidentais, acessérios ou subjetives, porque “ndo tém objetividade nem cardter cientifico”, Esse € um absurdo cientifico que foi cometido no ambito lingdistico durante décadas € séculos, e continua sendo cometido por determinados setores nos inicios do século XXI, tal vez, por desconhecimento das implicagdes negativas para a ciéncia do fato de uma escola grande ou setor querer impor a todos © equiveco de tomar a parte dos sistemas lingiisticos das suas Especialidades como se constituisse o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Lingua. Neste mesmo contexto, é preciso entender também, como defende Benedetto Croce, que todas as Especialidades Lingiisticas, Gramaticais Literérias, fazem, ou deveriam fazer, parte integrante da verdadeira LINGUISTICA GERAL de espitito dinémico, integrativo, multidimensional ¢ aberto, sem que nenhum grupo, setor ou escola se considerasse como dono senhor absoluto da verdade universal da ciéncia ou de todas as Especialidades da Ciéncia da Lingua A Lingua 6, ao mesmo tempo, ou funciona ao mesmo tempo, como: © Linguagem, Agdo e Sistema de Forgas # Sentido, Ago Energia; © Meio de Expresso de Signi DE FORGA E PODER; * Instrumento de Comunicago © Informagio ¢ Sistema Produtor de Forgas e Efeitos; «As vezes, é sistema de informagao ¢ de explicagao das coisas ou de descrigaio dos fatos; porém, noutros usos © contextos, ¢ sistema de camuflagem, de engano, de desinformagao e de confusto das mentes € dos, Instrumento de Ago ¢ SISTEMA das consciéncias dos ouvintes ou interlocutores individuais, grupais coletivos, ou sistema de imposigio; +E também sistema de sedugio e de persuasto: + Dependendo de como é usada, 0 uso da lingua funciona como Oratéria elegante para o agrado e a conquista do ouvinte ou publico, ou como insirumento de RetGrica contundente para o ataque verbal de alguém, ‘a0 mesmo tempo em que se busca agradar e conquistar & maior parte dos ouvintes, do piiblico ou de pove. * Na macro-estrutura social, econdmica e politica, € sistema potente de Forga ¢ Poder. Outras nogdes FORGA LINGUISTICA & a forga da lingua que se manifesta em determinados usos ¢ contextos das palavras, frases, enunciagdes, atos de fala, conversagdes, discursos, textos ¢ obras, pelos efeitos que causa ou produz no ouvinte ou interlocutor individual, grupal ou coletivo. E uma FORCA REAL no pleno sentido do termo, que produz ou pode produzir efeitos © mudangas Portanto, NAO E UM SIGNIFICADO, nem pode ser entendida ou descrita como dependente da categoria do SIGNIFICADO, nem da categoria de ESTRUTURA SEMANTICA (entendida tal como a tradi¢go € 0 século XX), € no pode ser pesquisada, identificada ou descrita pela Teoria do Signo, pela Teoria do Significado nem pela Teoria da Significago. Por isso, para pesquisar, identificar e caracterizar o ato ilocucionirio, a forca ilocutiva ¢ os efeitos perlocucionarios, John Austin criou © formulou a Teoria da Agdo, em oposigdo & Teoria do 2B Significado.”” De forma semethante Humboldt formulou a TEORIA DA «ENERGEIAy, OU ENERGIA LINGUISTICA, que & distinta da Teoria do Significado e da Teoria da ESTRUTURA SEMANTICA, tal como entendida até agora, embora também a Estrutura Semantica produz ou é capaz de produzir forcas de ago, reagio, efeitos ¢ poder, como por exemplo, os imperativos dos verbos produzem forgas imperativas ou exortativas. Normalmente, na interagio entre os falantes © os seus interlocutores existem forgas lingtisticas em processo de ag2o e reagtlo que atuam no seio de um campo de forcas maior ou menor, funcionam nos atos de fala, nas conversagdes © nos discursos. As forgas lingtisticas dos distintos interlocutores podem funcionar, em determinados usos e contextos, como sistemas de cooperacio ¢ colabora¢do mitua; porém, 3s vezes, ou freqlientemente, funciona como forcas em confrontacao dialética. Por isso, quando as forcas lingiisticas do falante “A” so mais potentes do que as do interlocutor “B”, as do primeiro podem neutralizar, eliminar ou inverter os efeitos que esperaria produzir ou alcangar 0 segundo; este & 0 sentido mais profundo da ASSIMETRIA LINGUISTICA. Pode acontecer também a inversa quando as forgas linghisticas do interlocutor “B” so mais potentes do que as do falante “A”. Assim, a lingua em uso produz, ou pode produzir em determinados usos € contextos vérios tipos de forgas € varios tipos de efeitos, conseqiiéncias e mudangas. ENERGIA LINGUISTICA ¢ a energia da Lingua, ou produzida pela Lingua. Manifesta-se, cm determinados usos ¢ contextos, na emissio. das palavras, frases, enunciagdes, atos de fala, conversagdes, discursos, textos ¢ obras pelos efeitos que produz. F uma ENERGIA REAL que pode ser definida a partir de varios pontos de vista complementares: a) Pode ser definida como 0 conjunto das ENERGIAS E FORCAS da Lingua que produzem energias e forgas psiquicas, _mentais, comportamentais, interativas, sociais em determinados usos © contextos, por meio de palavras, frases, enunciagdes ou atos de fala, conversagdes, discursos, textos e obras, causando diversos tipos de efeitos. b) Como o conjunto dos SISTEMAS LINGUISTICOS produtores de energias © forgas psiquicas, mentais € comportamentais no ouvinte © interlocutor, no individuo, grupo ou coletividade; ©) Como 0 conjunto dos SISTEMAS LINGUISTICOS produtores de energias e forgas de aco, reagio e efeitos na interagao social e nos Ambitos da cidadania, da profissdo, da administracao publica e privada, da economia, da religido, da politica e do poder; As nogdes de FORGA LINGUISTICA ¢ de ENERGIA LINGUISTICA sto correlativas e complementares, ¢ estio profundamente implicadas entre si, de tal maneira que, em determinados campos e andlises, podem ser utilizadas como termos sindnimos, equivalentes ou equiparados Isto fi expecificamente amalisaclo ma Tese Doatoral de Antonio Tore Mena “La oct de ferza Socutivaen ta obra “Cima hacer cosas con palabras’ de Austin 4 Por isso, para pesquisar, identificar, caracterizar e descrever as nocdes de Energia, Forga e Poténeia na lingua e no fenémeno lingtiistico, William von Humboldt formulou a Teoria da Energia, também denominada de Teoria Energética, ou Teoria dos Sistemas Lingitisticos Energéticos, que € a teoria cuja funcdo & a descrigio da nordo de Lingua como «Energeia», bem como a pesquisa, identificagdo, caracterizagdo e descrigdo dos Sistemas Linguisticos Energéticos, produtores de Forgas de acai, reacao e efeitos na interacto, E conveniente deixar claro, por principio, que a Teoria da Energia de Humboldt & formalmente distinta da Teoria do. Significado tradicional ow estruturalista, e da Teoria da Agdo pragmética de John Austin, porém, sio teorias complementares em numerosos pontos, pois mutuamente sc completam ¢ enriquecem. A Lingua produz normalmente virios tipos de forgas, que podem ser definidas: FORCAS PERSUASIVAS sto as forgas que a lingua produz no ato, discurso ou texto persuasivo, causando efeitos persuasivos; FORCAS ARGUMENTATIVAS sao as foreas que a lingua produz no ato, discurso ou texto argumentativo, causando efeitos argumentativos; FORCAS ADMINISTRATIVAS sio as forcas que a lingua produz no ato, discurso ou texto administrative, causando efeitos administrativos; FORCAS COMERCIAIS sio as forgas que a lingua produz no ato, discurso ou texto comercial, no marketing € na publicidade, causando efeitos FORCAS ECONOMICAS so as forgas que a lingua produz nos atos econdmicos, nos discursos ¢ textos da economia, causando efeitos econémicos; FORCAS IMPERATIVAS sio as forgas que a lingua produ na ordem, no ato de comando ou no ato da imposigo de algo sobre alguém, causando efeitos ‘imperativos; FORCAS SEDUTIVAS sao as forgas que a lingua produz no ato da sedugo, bem como no discurso e no texto sedutivo, causando efeitos sedutivos; FORGAS VALORATIVAS so as forgas que a lingua produz pelo ato valorative, pela escala de valores ¢ pelo juizo de valor, cansando efeitos valorativos; FORCAS LUDICAS sdo as forgas de agrado, prazer € atragdo que a lingua produz no poema e na obra literdria, bem como no ato de fala, na conversagao, na piada, lorota, graca, gracejo e estéria, e no discurso cémico ou hilariante, causando efeitos Kidicos; FORCAS RETORICAS sio as forgas que a lingua produz no ato, no discurso € no texto retdrico, casando efeitos retéricos; FORCAS JURIDICAS sao as forcas que a lingua produz no ato, no discurso © no texto juridico, indistintamente, no ambito juridico € no Processo Judicial, causando efeitos juridicos; FORCAS POLITICAS sio 8 forcas que a lingua produz pelo ato, pelo discurso € pelo texto politico, causando efeitos politicos; 25 FORCAS RELIGIOSAS sto as forgas que a lingua produz pelos ritos, atos, discursos ¢ textos religiosos, causando efeitos religiosos. Algum dia scr possivel provar cientificamente, pelos procedimentos da Lingiistica Dinémica e Integrativa, que, humanamente falando, a forca das religides é fundamentalmente © fruto ou o efeito da forga e do poder da palavra, da lingua, da pregagio no discurso religioso e social, uma hipdtese que se encontra implicitamente presente na Biblia e numa longa tradicdo crista, da qual podemos destacar como exemplo ilustrative, 0 autor conhecido como Santo Agostinho (354-430). Ha fatores lingtlisticos da maxima importancia na forga das religides. # pelos efeitos que a natureza das forgas se percebe. Para identificar os tipos de FORCAS que a Lingua produz, a primeira operagio ¢ analisar_ OS TIPOS DE EFEITOS que produzem. Por esta razio, 0s TIPOS DE EFEITOS. sio os elementos distintivos fundamentais para a identificagao dos tipos de Sistemas Lingiisticos Energsticos, © PODER DA LINGUA na Politica é a capacidade da lingua em uso de produzir poder ou forgas de poder. O PODER DA LINGUA no Ambito Juridico ¢ a capacidade da lingua em uso de produzir forcas de ago, reagdo e efeitos que funcionam como forgas juridicas no mundo do Direito © nas varias fases do Proceso Judicial, como por exemplo: a) A forga da Retética Juridica do promotor na acusagto, ou do advogado de defesa na defesa do réu; b) A forga das palavras no julgamento do Juiz ou do Tribunal do Jiri, declarando a culpabilidade ou a inocéncia do réu, julgamento que é um ato de fala ou um texto: c) A forea das palavras no ato da sentenga com o qual 0 Juiz condena o réu; d) A forga das palavras no ato da imposicio da pena para a execugio ¢ cumprimento da sentenga. 0 PODER DA LINGUA no Ambito Administrative, Gerencial ¢ Executivo é a capacidade da lingua de produzir foreas administrativas, gerenciais © executivas, ou com outras palavras, a capacidade de produzir forgas de aco, reagio ¢ efeitos nas varias fases da acdo administrativa, gcrencial ou exccutiva © PODER DA LINGUA no Ambito da Categoria de Letras ¢ a capacidade que a lingua tem de produzir forgas de ago, reagio e efeitos no Ambito da atuagdo profissional de Letras. © PODER DA LINGUA no Ambito Literério é a capacidade que a lingua tem de produzir foreas de acto, reago € efeitos no poema e na obra literiria, igualmente, no momento da sua produgo, como nos atos da sua leitura, representago ou declamacio em POTENCIA LINGUISTICA ¢ a capacidade que a Lingua tem de produzir energias, forcas e efeitos na ago ou na interacao com maior ou menor grau de intensidade, com diferentes niveis de produgao de efeitos, segundo 0 caso, de nivel extraordinario, alto, médio ou baixo. 26 Em debate: Outras questées terminolégicas Os dados ¢ andlises mostram que é preciso superar nos inicios do século XXI, alguns equivocos teéricos eriados na lingiistica do século XX pelos setores dicotémicos radicais do Estruturalismo Formalista ¢ da Pragmética Dicotémica, E preciso fazer_noséculo XXI uma REENGENHARIA das teorias ¢ terminologias lingitisticas hendadas do século XX. Vamos apontar para alguns problemas tedricos existentes: A separagio (relativa) entre a LINGUA ¢ a FALA é um principio ou paradigma fundamental importante para algumas Especialidades, em fungao da pesquisa especifica e separada dos sistemas da FALA. Essa opcio é legitima no campo das Especialidades, Porem, a DICOTOMIA RADICAL E ABSOLUTA, que separa radicalmente a LINGUA © a FALA como se fossem coisas totalmente dstintas e contradit6rias nos campos da “LINGUISTICA GERAL” da NOGAO DE LINGUA, ¢ um EQUIVOCO TEORICO, um SOFISMA ideol6gico sem fundamento na ciéneia, por virias razdes: | 1+) Porque, no Fendmeno Lingitistico, no ha FALA sem LINGUA, nem LINGUA. sem FALA: 2") Porque a LINGUA 0 SISTEMA INTEGRAL constituido pela unido intograda de TODOS OS SISTEMAS LINGUISTICOS do Plano de Superficie © do Plano Profundo, do Plano da Expressio e do Plano do Conteiido, da Fala e da Eserita 3%) Porque a FALA ¢ 0 CONJUNTO PARCIAL dos Sistemas de Superficie da LINGUA, desde o ponto de vista da oralidade, do falante e do ouvinte; 4°) Porque a ESCRITA & 0 CONIUNTO PARCIAL dos Sistemas de Superficie da LINGUA desde o ponto de vista do sistema grifico da escritura, do eseritor ¢ do Ieitor, sendo que a ESCRITA & um sistema tecnolégico de representagdo grifica da FALA. 5") Porque a INTERPRETACAO & 0 CONJUNTO PARCIAL dos Sistemas Profundos da LINGUA, desde o ponto de vista do OUVINTE E DO INTERLOCUTOR. 6") Porque todas as propriedades, caracteristicas e qualidades da FALA, da ESCRITA, da INTERACAO ¢ da INTERPRETACAO — sto propricdades, caracteristicas e qualidades da LINGUA no pleno sentido do termo. Por isso, no ha LINGUA. sem alguma forma de INTERAGAO E INTERPRETACAO, como também nio hi INTERACAO E INTERPRETACAO LINGUISTICA sem LINGUA. E preciso superar os equivocos ou sofismas da dicotomia radical positivista e absoluta eriada por alguns setores do Estruturalismo Formalista a partir da interpretagdo da obra péstuma sausureana. Assim, por exemplo, & preciso levar em conta que, conforme a Teoria Gerativa chomskiana, a LINGUA tem um PLANO DE SUPERFICIE E UM PLANO PROFUNDO, idéia também ” defendida e desenvolvida nos séculos XVIII e XIX por William Von Humboldt & por Herder, ¢ se remonta também a DESCARTES ¢ a PLATAO. Por outro lado, também nao ha dicotomia radical entre a LINGUA a PALAVRA, 0 ATO DE FALA, a CONVERSAGAO, o DISCURSO, 0 TEXTO e 2 OBRA, como equivocadamente postulou ¢ defendeu o setor dicotdmico da Pragmatica no final do século XX, pelas seguintes razbes: I) A LINGUA ¢ 0 SISTEMA INTEGRAL de todos os sistemas lingdisticos do Plano de Superficie e do Plano Profundo, do Plano da Expressdo e do Plano do Conteiido, da FALA ¢ da ESCRITA, enguanto que a PALAVRA € uma pega, unidade ou sistema operativo da LINGUA, de tal mancira que a PALAVRA ORALMENTE PRONUNCIADA é uma peca ou sistema operative da FALA (oralidade) e da LINGUA. Além disso, A PALAVRA NO TEXTO € uma pega ou sistema operative da ESCRITA e da LINGUA. Todo aquilo que é daFALA ¢ da ESCRITA ¢ parte integrante da LINGUA, no pleno sentido do termo, A PALAVRA nao se reduz a sua forma (¢ muito menos & sua forma extema), pois esti constituida pela unio integrada do Plano da Expressio ¢ do Plano do Contetido, do Plano de Superficie (a forma) © do Plano Profundo (0 conjunto dos contetidos constituido pela unido dos sentidos, significados, valores, ago, energias e forgas). A LINGUA nao tem somente sentidos e significados, pois produz também valores, cnergias, foreas ¢ efeitos © ENUNCIADO, ou ENUNCIACAQ, é uma unidade do Plano da Expressio ¢ do Plano de Superficie da Lingua, igualmente na PALA © na ESCRITA. © ATO DE FALA é uma unidade complexa da LINGUA, pripria da oralidade, com Plano de Superficic, Plano Profundo, Plano da Expressio ¢ Plano do Conteido, (Alguns autores utilizam o termo tanto na FALA como na ESCRITA). E uma unidade operativa da conversagao ¢ do discurso, Foi um termo introduzido por John Austin © amplamente utilizado pela Pragmédtica na segunda metade do século XX. A FRASE é uma unidade complexa de uso da LINGUA, com Plano de Superficie, Plano Profundo, Plano de Expresséo ¢ Plano de Contetido, tanto na FALA como na ESCRITA. Foi um termo amplamente utilizado pela Gramética € por toda a tradicZo, Assim, a nogao de FRASE no uso esti presente al longo de toda a tradigdo, Para os estudos da tradigto, 0 termo FRASE correspondente ao ATO DE FALA da Pragmitica, Na imensa maioria das vezes, 0 OBJETO LINGUISTICO que os Pragmaticos chamaram de ATO DE FALA é 0 mesmo objeto de pesquisa que os estudos tradicionais chamaram de FRASE. Assim, por exemplo, a expressio “Hoje fiz bom tempo”, emitida ou pronunciada por um falante em um determinado contexto ou circunstincia, foi denominada de ATO DE FALA pelos Pragmiticos, ¢ de FRASE para os estudos linguisticos da tradigao. 28 E inverdade histérica a idéia disseminada por determinados setores que os estudos da lingua da tradig’o no levaram em conta o contexto, as circunstancias, a intengao, a interagdo, etc, Todos esses elementos estavam implicitos ma’ nogio de FRASE. Isso preciso destaca-lo sem negar que esse aspecto foi melhor trabalhado ¢ tratado, de uma maneira mais objetiva ¢ precisa, pelas teorias pragmaticas do que pelos estudos da tradigto. A ORACAO ¢ uma unidade complexa da LINGUA no plano gramatical (ou contexto zero), © tem Plano de Superficie ¢ Plano Profundo, Plano de Expressio e Plano de Contetdo, igualmente na FALA como na ESCRITA. Hi uma diferenga clara e precisa entre as nogdes de FRASE ¢ de ORACAO nos estucos lingiisticos da tradigao. Recapitulando. Jd vimos que a FRASE ¢ uma unidade lingiistica que se situa no plano do USO num determinado contexto de situagao e em determinadas circunstincias, enquanto que a ORACAO. é uma unidade lingiistica que se situa no plano da Gramética (ou seja no contexto de situacao zero). Deste modo, conforme os estudos tradicionais, a FRASE esti afetada pelo contexto, pelas circunstincias, pela intengto e pela interagio, de forma parecida a como acontece com o ATO DE FALA. A CONVERSAGAO é uma forma de manifestagao oral da LINGUA, no pleno sentido do termo, com varios tumos de fala, com plano de superficie © plano profundo, plano de expressao ¢ plano de conteiido, © DISCURSO ¢ outra forma de manifestagao oral da LINGUA. Alguns autores atribuem o nome de discurso também a textos com unidade de intengées € conteiido ideoldgico. Tem plano de superficie e plano profundo, plano de expressio ¢ plano de contetide. A tradigio utilizou frequentemente os termos de ORATORIA ¢ RETORICA para designar as manifestagdes lingtisticas que os positivistas, formalistas, estruturalistas ¢ pragmatics do século XX denominaram de DISCURSO. © TEXTO € uma forma de manifestagao escrita da LINGUA, que tem unidade © coeréncia, tem plano de superficie e plano profundo, plano de expressiio ¢ plano de contetido, A OBRA é uma forma de manifestagdo escrita supercomplexa da LINGUA, que tem plano de superficie ¢ plano profundo, plano de expresso € plano de conteido. Por tanto, seguindo uma perspectiva integrativa, multidimensional aberta, a Linglistica Dindmica pode utilizar nos sus respectivos campos, as nodes de PALAVRA, FRASE, ORACAO, FORMA, ESTRUTURA, ATO DE FALA, CONVERSACAO, DISCURSO E TEXTO sem nenhum problema tedrico ou terminolégico. Sao objetos lingiisticos distintos, assumidos a partir de pontos de vista diferentes, porém, designam elementos ou sistemas lingtisticos que funcionam juntos e integrados no fendmeno lingiistico: Essas terminologias 29 completam-se ese enriquecem mutuamente no plano da _verdadeira LINGUISTICA GERAL. Assim como o organismo humano esta constituido pela unio integrada de numerosos sistemas organicos, com umas partes visiveis ¢ outras ocultas, de forma semelhante, também a LINGUA. esti constituida pela unio integrada de numerosos sistemas lingUisticos, alguns do Plano de Superficie e outros do Plano Profundo, 9. Procedimentos Metodolégicos Seriio_utilizados neste Projeto os procedimentos metodoligicos da Linghistica Dinamica ¢ Integrativa, entre os quais podemos destacar os seguintes: SELECAO E ANALISE DE CORPUS; 1 2. PROCEDIMENTOS EMPiRICOS: 3, PROCEDIMENTOS ANALITICOS; 4, PROCEDIMENTOS DE EXPERIMENTAGAO LINGUISTICA; 5. PROCEDIMENTOS HERMENFUTICOS, EPISTEMOLOGICOS E HEURISTICOS; 6. PROCEDIMENTOS EPISTEMOLOGICOS COMPARATIVOS; 7. PROCEDIMENTOS INTEGRATIVOS. Algumas explicagdes sobre os Procedimentos: |. SELECAO E ANALISE DE CORPUS a) Corpus, constituidos por Atos de Fala, Conversagdes, Discursos e/ou Textos das reas profissionais da Administrago, da Geréncia e do Seeretariado Executive, para a pesquisa ¢ descriclo das energias ¢ foreas lingiisticas, administrativas, gerenciais e executivas que geram, emanam ou operam, € 0 efeitos que produzem ou causar b) Corpus, constituidos por Textos u por Obras que tratam e desenvolvem os temas e campos profissionais da Administragio, da Geréncia e do Secretariado Fxecutivo, 2. PROCEDIMENTOS EMPIRICOS para a observago empirica dos efeitos que produzem os enunciados dos Corpus em determinados usos ¢ contextos. 30 3. PROCEDIMENTOS ANALITICOS para a andlise dos dados percebidos pela observagiio empfrica dos Corpus, naquilo que se refere & capacidade dos atos de fala, conversagdes, discursos e textos para produzirem energias, forgas © efeitos nos mbitos. profissionais da Administrago, da Gerencia e do Secretariado Executivo, com os objetivos de identificar, caracterizar ¢ descrever 0s Sistemas Lingiisticos que os produzem. 4. PROCEDIMENTOS DE EXPERIMENTAGAO LINGUISTICA sobre os Corpus selecionados. E preciso explicar que existem trés grados de complexidade nos Procedimentos sobre 0s atos e fatos lingilisticos: a) A complexidade minima dos procedimentos empiricos, como utilizados pela Gramética Tradicional; b) A complexidade média dos procedimentos analiticos, como os utilizados por John Austin para fazer a distingdo entre os Atos Locuciondrios, os Atos Hocucionérios © os Atos Perlocuciondrios; c) A complexidade alta ou maxima dos Procedimentos da Experimentagio Lingiiisica, nos campos da Lingiistica Dinamica, para a pesquisa, identificagao ¢ caracterizacao dos distintos tipos de Forgas e Sistemas Lingiisticos que podem ser produzidos pelo enunciado de um mesmo Corpus dependendo das varidveis dos contextos de situagdo, das circunstancias, das fungdes, das intengdes e dos carismas. 5 PROCEDIMENTOS HERMENFUTICOS E EPISTEMOLOGICOS para 2 anilise das obras e a explicitagao das visdes lingUisticas de Malinowski, Austin, Scarle © Humboldt, bem como de autores das referidas areas profissionais. 6. PROCEDIMENTO HERMENEUTICO COMPARATIVO, _ para explicitagao das vinculagdes existentes entre a visio lingiistica dinamica de William von Humboldt ¢ a visio pragmatica de Malinowski, de Austin e de Searle, 7, PROCEDIMENTOS INTEGRATIVOS, para relacionar os. distintos enfoques dinimicos humboldtianos com os enfoques pragméticos austinianos, searleanos € malinowskianos, buscando alcangar os objetivos previstos 8. PROCEDIMENTOS TECNOLOGICOS, para aplicagdo dos prineipios € conhecimentos alcangados em cada uma das reas pesquisadas, em fung30 da criagio de materiais pedagdgicos para 0 desenvolvimento das habilidades lingtifsticas buscando estimular 0 ineremento da eficdcia e da produtividade profissional e empresarial 10. 31 Etapas do Projeto ‘Sao as seguintes as etapas, passos e procedimentos: a) Selegio de Corpus: Atos administrativos, gerenciais € executivos, experiéncias, entrevistas, discursos, textos, em lingua portuguesa ou lingua espanhola, para a observagio andlise das ENERGIAS E FORGAS lingiifsticas que funcionam no exereicio das atividades| profissionais das categorias de Administragdo, Geréncia © Secretariado Executivo, bem como no estudo e anilise das obras das referidas reas que abrem perspectivas para esta nova linha de pesquisa € desenvolvimento do campo pela aplicagao dos fundamentos ¢ procedimentos sugeridos ¢ propostos. b) Identificagao e caracterizagao, pelo critério dos efeitos que causam, 05 tipos de ENERGIAS E FORCAS lingiifsticas que se manifestam nas atividades profissionais das referidas categorias; E plausivel supor, pelos dados, que se encontrarao varios tipos’ de forcas lingiisticas pela pesquisa sobre 0 excrcicio das atividades: administrativas, gerenciais ¢ executivas, como por exemplo: ‘© Foreas de ondem, de mando direcdo (pela autoridade © a fangdo do administrativo, do gerente ¢ do executivo) ‘+ Forcas Persuasivas (pelos mecanismos da persuasio) ‘+ Foreas Sedutivas (pelos mecanismos da sedugio para aleangar © envolvimento e empenho nas atividades produtivas dos funcionérios e trabalhadores da empresa) Forgas Argumentativas (pelos mecanismos da argumentagio) Forgas Valorativas (pelo impacto dos valores) Forgas Retéricas (pelas habilidades retGricas no discurso © no embate com os concorrentes). ‘© Foreas Oratérias (pela importincia da boa oratéria para o estimulo © entusiasmo do auditério, os trabalhadores e funcionarios, em busca do aumento da produtividade ¢ do controle de qualidade) ‘© Foreas de Lideranca (pela necessidade de exercer lideranca ante os subordinados, funciondrios e trabalhadores, ante os gerentes, executivos ¢ administrativos de outras empresas); ‘+ Forgas de Negociacio (pela necessidade de aleangar vantagem para a empresa nas negociagdes). © Forcas de Fmpatia, Simpatia, Agrado Psiquico e Conquista dos clientes, fornecedores ¢ executivos de outras empresas. Etc. ©) 4) ° 2) hy i) i 32 Classificagdo das Bnergias ¢ Forgas Lingtisticas que se manifestam| no exercicio das atividades profissionais destas categorias; Aplicagao A anilise dos Corpus, dos seguintes Procedimentos integrados: ‘© Procedimentos empiricos; ‘+ Procedimentos analiticos; ‘© Procedimentos da Experimentagao Lingtistica, Descrigao sistematica dos procedimentos empiricos, analiticos © de experimentacio lingtifstica, aplicados © aplicaveis aos campos das atividades profissionais das categorias do Secretariado Executivo, da Administragao © da Geréncia, conforme os princfpios, paradigmas e procedimentos da Lingtiistica Administrativa, Gerencial ¢ Executiva, € da Lingiistica Dinimica e Integrativa; Procedimentos de Anilise e Interpretagio Hermenéutica das obras| ¢ teorias dos distintos autores c escolas destas areas profissionais; Identifieagdo das formas de uso mais eficazes dos sistemas| lingiisticos energéticos, ¢ das habilidades lingiisticas, para | incremento da eficicia e da produtividade nas atividades profissionais: destas categorias to importantes para o crescimento ¢ éxito da’ empresa, Desenvolvimento dos conhecimentos cientificos sobre as formas de uso mais eficazes dos sistemas lingtisticos dinamicos e energéticos & das habilidades lingtisticas, para o incremento da cficécia, da competéncia ¢ da produtividade nas atividades profissionais destas categorias do Secretariado Executive, da Administracio e da Geréncia Procedimentos tecnolégicos para a aplicagiio dos conhecimentos cientificos aleangados pela pesquisa e pelo desenvolvimento da Lingiifstica Administrativa, Gerencial e Executiva, ao proceso de formagio © capacitagio destas categorias, ¢ para a claboragio de materiais pedagégicos. Sistematizagio das conclusdes das duas etapas, de 2007 e 2008, para’ a elaboragio € publicacdo de duas obras em busca da transmissio e' divulgacio dos resultados, uma obra em fungao dos conhecimentos| alcangados para a area de Letras, e outra, para as dreas conjuntas do’ Sceretariado Executivo, da Administragao © da Geréncia 12. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES. 1._Tnicio do Projeto: Datas de realizagio 3 2. Selegio de Corpus: Aios administrativos, gerenciais ¢ executivos, experiéneias, entrevistas, discursos e textos, em lingua espanhola ou lingua portuguesa, para a pesquisa das Energias ¢ Forgas linglisticas que funcionam no exercicio das atividades profissionais da Administragio, da Geréncia e do Secretariado Executivo. 3. Selec de Corpus: Obras e partes de obras destas freas que abrem perspectivas para esta nova linha dinamica de pesquisa. 4. Aplicagao dos Procedimenios Empiricos. 5._Aplicagio dos Procedimentos Analiticos. 6. Aplicagio dos procedimentos da Experimentagdo Lingtiistica: 7. Deserigao sistemitiea dos procedimentos empiricos, analiticos e de experimentagao lingtifstica nos campos das atividades profissionais do Secretariado Executivo, da Administragao e da Geréncia 8, Procedimentos de Andlise e Interpretagio Hermenéutica das obras ¢ teorias das ércas. 9. Identificagio, earacterizagio e tipologia das Energias ¢ Forgas Linguisticas que se manifestam nas atividades profissionais do Secretario/a Executivo/a, do Administrador e do Gerente. 10. Identificagio, descri¢o e tipologia dos Sistemas Linglisticos que produzem forgas lingiisticas ¢ efeitos nas atividades profissionais destas categorias, 1. Definigdo das nogdes das Energias, Forgas € Sistemas LingQisticos que se manifestas nas atividades profissionais destas categoria. 12, Identifieagdo das formas de uso mais eficazes dos sistemas linghisticos energéticos e das habilidades lingtisticas para o incremento da produtividade nas atividades profissionais destas categorias, 13. Procedimentos tecnolégicos para a aplicaga0 dos conhecimentos a formacao dos estudantes dos cursos do Secretariado Executivo, da Administragio e da Geréncia, ¢ para a criagtio de materiais pedagégicos 34 14, Relatério Final: Sistematizagio dos resultados ¢ conclusdes. 15. Envio do Relatério Final ¢ Prestacio de contas 13. FINANCIAMENTO (de acordo com o Edital) financiamento requerido conforme os termos do Edital ney € eM funcio das seguintes finalidades, 1 CUSTEIO: ‘© Para material de consumo: M. CAPITAL: Equipamentos ¢ material permanente, 12. QO ORCAMENTO Com fregiiéncia, para a aprovagio de um Projeto de Pesquisa, os pareceristas exigem a apresentagao de um Orgamento, embora, as vezes, resulta ser por mera formalidade. 15. Bibliografia 1 1. ARENS, Hans. (1975). La lingiistia: Sus textos y su evolueién desde ta antigitedad hhasta muestros dias, (2 vol), Madrid, Gredos ARISTOTELES (384-322 A. c.) Aristotelis Ars Rhetorica. Tradugio, prologo & aparato critico de Antonio Tovar. 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