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Trfico de escravos - sc.

XVIII
As plantaes de cana-de-acar e, mais tarde, a descoberta de ouro no Brasil
originaram uma grande necessidade de mo-de-obra escrava africana. Os ndios
brasileiros, habituados a viverem da caa e da recoleo, no se adaptaram aos
trabalhos duros das plantaes de acar.
A sua fraca constituio fsica e o facto de no resistirem s doenas europeias,
transmitidas pelos colonos, foi outro motivo da no adaptao. Da costa africana
partiram,

ento,

milhares

de

escravos

em

direo

ao

Brasil.

Os escravos podiam ser comprados a chefes locais, prisioneiros de guerra ou


capturados pelos traficantes. Eram depois marcados com um ferro em brasa e
levados para armazns, ou prises, at serem transportados para o seu destino.
Nos navios que os transportavam os navios negreiros as condies eram ainda
piores. Mal alimentados, mal agasalhados e vivendo num ambiente de grande
sujidade, as doenas propagavam-se com rapidez. O nmero de mortes em cada
viagem era sempre muito elevado.
Ao chegarem ao Brasil, eram separados e vendidos. Forados s mais duras
tarefas e aos constantes maus tratos, tentavam muitas vezes fugir para o interior e
esconderem-se ou comear uma nova vida em liberdade.
Por isso, os colonos ricos tinham vigilantes encarregues de capturar os
fugitivos capites do mato.
A libertao dos escravos era difcil. Podia, no entanto, ser feita atravs de uma
carta de alforria dada pelo dono como recompensa de qualquer servio
excecional ou, em casos muito raros, comprada pelo prprio escravo, se
conseguisse juntar dinheiro. Como o seu trabalho s era pago em roupa e comida,
podes imaginar que foram muito poucos os que o conseguiram fazer.

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