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sobre a disuse tumitagso do prt na Assembla Conse wa ‘Abert Veneo Flo, Dae Als Bases 150 a de Ess rs ro Br, 197, pte 2 cing dor primes arcs juris no palabras no * xp dete taba, © sobre o tno dos refers poets wa Roque Spencer, A Tht. pp eat ® sobre o desenlvimento do pensamanio baslero a respeito dain de universidade va Roque Spencer = op. at Segun Parte: A Universidade Mi legrada eo Triunfo do Ensing Lie «Lair Anteio Cunha, Untrse Timor © Ensno Superior dr Caf Vga, 1990. > Sobre opin do Minto Pain Scares de Sona voja Roque Specs ope pp 8 op. dtp 4 Op. cit 7, © Veja Roque Spencer, tae Cap. * sobre 0 conto dinates do prj de Homem de Melo veje Rae Spencer « op et pp 3038, Redo Beats opt 8 Op ct 7.9, 0 poeta de Hamer de Meloni tev aosagio no meio politics, conse: rl txresivamentecentralznder Pde Inperi,»unswersdade basis ‘io se tnmow realdade, Data de 199 prime snivertdade ope a de Manaus slid en 192, Vj Lae AMBo Cana Op. ct xp Th © foram encontrado fragmenos deo sets a longo do ano de 158. © Ducat também no ano a segue gusto: "Subst as precogais dlacomersantemtrcalade gue daa exc da espectva prose? Ale Ade agonse setae de 1888 © o paints nic alae give na at manus Capitulo IV © IAB e a escravidao no Brasil A excravidio no Brasil foi tema que suscitou importantes trabar those discusses no Instituto dos Advogados Brasileiros durante © Império. Questbes de interpretagdo da legislagdo entdo vigente foram debatidas, mas, sem divida, deve-se dar maior énfase aos cestudos que debatiam as possibilidades de se aboir a escravidio. Nesta linha, dois nomes se destacaram através de suas pro postas: Caetano Alberto Soares e Agostino Marques Perdigio Ma- Ihiro. Ambos, em momentos diferentes do processo abolicionst, © primeito na década de 40 ¢ o seguro nos anos 60 do século pasado, analisaram com profundidade a situaglo da poptlagio fscrva, com © intuito de discutir os caminhes de uma possivel abl. A primeira manifestagéo do Instituto A7 de setembro de 1845, segunco aniversivio do TAB, Caetano Alberto apeesentou, em sessio solene, meméria intitulada Melo ‘nonenos da Sorte dos Escewos no Bra, publcada postriormente ina Revista do Instituto em seu primeiro volume, Nesta época a abolicdo estava longe de se concretizar. O'mo vimento abolicionista ainda nlo havia tomado as proporgbes que assumiu mas tarde, nem contagiado a soiedade com a intensidade ‘que se verficou na déeada de 1880. Apenae vosesisoladas erguiamn 4 bandeira da extinglo total da escravature, “Aqui e 1é um espiito ‘nuisindependente publicava um enssio sabre a8 vantagene do ta: batho livre. Um parlamentar apresentava um projeto visando me- ‘hora stuagho dos escravos, um poeta lamentava os sofrimentos dos eszraves. O ensaio era ignorado: 0 projeto, engavetado; eo ‘poem, esquscido." (0 Estado braseito, por sua ver, no dava neni pasto con- ‘reto neste sentido, A Lai de 183, por exemplo, que cansiderava res 8 afrcence que entrassem no Brasil ape eta data, cara spenas no papel, Frto da pressdo ingest, que em 1825, por oca- ‘Sto da renovacie des tatados comerciais de 1810? impusera a0 Govern Brasileiro uma eldusla pela qual este se comprometia & ‘decrtar a aboligio do tifco em trés anos, ona pri, simples mente ignorada: O que se observou, contrariande as expectativas fla Inglaterra, fei um aumento substancial de ndmero de aficanos ‘gue entraram no Bras como escravos, de 1831 até a promulgagto Ga Let Eusdbio de Queiroz em 1850: Ete fatorefletia, em ttima instinei, a falta de interesse das lites agrérias brasleiras pela abcliao, elites estas extremamente ‘Gepentientes do brag esravo, tanto as des tradicimis engentos de agar como as da nascentecafeicultura ‘A sociedad agritia esravitne seus defensoresexoravamn-se fem toda ums ideologia Baseada na inferoridade da "raga negra", 1 qual, segundo esta ideologia, nacessitava de orientagio para ci Villzase A socidadeocidental estaria, portant, fazeeo um bern 20 introduzir ao trabalho toda aguela populate Allados a ea visto estavam 0 dito de propriadade previsto 1a Constitugio do Império e a nogio de que a economia brasira ‘no funcionara sem o rabslho esravo, Estes elmentcesstefavamm © dliscurso que cracterzava a esravido como um mal necesio ¢ (que previa, pra um fturo remoto, a sua extinglo, apart, € caro, eum proceso leno de subaiigio de mode-cra Assim, até a Inglaterra intensificar uma agio canta 0 tifico, ‘s excraviddo beara permaneceu sem ameagas. lsborado neste contxto trabalho de Caetano Alberto sobre © assunto nfo touxe proposta de liquidag total da excravidio, “Embora se ocupem autos em propalar elas teorae de total © prontaaboligfo da escravatur, meu deseo & mais humilde'! de arou 9 autor na abertura do aba. Camo o préprio ttle ‘ea (Melhoramentos da Sorte dos Esraves), fazia algunas cors- deragbes quanto a0 estado no gual se encontrava aquela pepulasio, ‘sgetindo algumas medidas imediaas. Nada, porém, que asus lass os proprctrios. NNo entanto, utilizando-se de liguagem muito cuidadosa € sem radialsmo, propose a celoar em Xeque a Tegitimidade da- ‘quel inetitigso, ‘Assim, a0 conceituar a esravidio refutou a idéia de que era ‘rn mal natural, ou sea, inerente einsepardvel da natareza hums a, como muitos proclamaram. Segundo sun visio, embora a exravidio tenha estado presente nas diveras culturas desde a antiguided, fora, em compensacio, bola por muitas nagbes moderns, evidenciando ni ser cond ‘fo necesirin de sociedade. Astin, afirmava: "Verdade & que ot omens nfo recebem todos da matter igiais dotes pertelgSes, quer do corpo, quer do espitto, nen a capacidade fisea, nem a ‘apscidade intelectual & para todos medida pela mesma rascurs: ‘ns dai apenas se pode seguir que os homens foram destinados pra viverem em sociedade, onde uns governassem, outzos obede= sem ande a graduagio,¢respetiv importancia das oxdens do ‘sada, tudo, mantivease em mitua esucesiva dependéncia, coad- jwagio, e harmonia. Quem quiser des desigualdade inegével Concha « escravidio, vai decerto csr no sofisma, trando uma ‘onseqiéncia que e milo contém nos principios. A escravido por tanto ao tem a sua origem na atuteza do homem, ainda mczoo ‘considerado em sociedade’? ‘Mas, por outro lado, recorzendo da mesina forma A histiia os poves antigos, apresentou a idea de que ‘a escravidio seri, jlo ara vez, de veiculo de civlizagioeadiantamento" Segundo seu raciocnio, a eseravido servi a este fim da Provide lesapareeia quando j nto puder [Notase que hi um limite tue ente 2 sua ergumentagio e a flosfiapropelads pelos escavstas desde o period colonial até 9 séeulo XIX, convencides cle estar cumprindo mh papel civilizaor em relag & populagio afdcane,intoduzindodhes ao mundo cristo Tolerando a “ftalidade’ da escravidio na hiséria humana, Caetano Albert, com ambigiidede, quis demonstrat ser tal inst ‘uigio injustiicivel. Recorreu 20 Antigo Teslamento, pars afirmar {que a eseravidio nto era dad pela religiia como dirito, Para cle 8 desigualdlade de condighes fez no estabelecmenta das scciedades ‘qe, para sempre, uns trabalhem para outros, mas, segundo sts concepei, isto nia justifeava a exeravidio pita, Segundo seu Pensamento, em mitas condigies © creurstincias, entretant, a tscravidio forgada era descupsvel, como no eto dos portuguesss expannéis na America E finlizou: "(.) esta nacesidade, filha s6 das crcunstincias, penis poders jusidcar a tolerncia da exravido, nunea & mesma ‘seravidio"® Se em seu discurso Caetano Alberto quis questionar a leit midade 9 condenou, explcitamente a visio de que tal instituigio ppdese ser eters. Nao conderav, portant, as bases sstentado ‘asda sociedad brasileira, formadar a pattda submnisso cle ine dios e negros, nem rompla com 9 pensamento de grande parte dos polices da epoca, que pregavam a emareipucSo 8 longo prazo Caetano Alberto nfo hesitou em afirmar que ".) a aboligio| total da esravidio, fit de chore e forgadamente entre nds, tain inevtavelmente consigo a destrugio de todas as fortunas, rina dda agrcultura, e 0 regresso mesmo na estradn da civilizngio'? CConseqlentemente no poupou ertcas aor abolicionistay, 80s ‘quis se referia come “ilantropos eneaveccos™™ Compt se port de vita apresentando sa pasciagio com saa 4 sue se sibetera a poplagio eta ap 9 Ss iertago:-A ami ode, € verdad «9 homanine eer ram as seguintes as medidas: 1) Que se "inculeasse not fezeneirs (sem estar previsto em le) a idsia de que os propees esravesjlgasem seus seelhantes fats 2) Que um mapstrado fuse incumbido de conhecer as ques dos exces; 5) Que 0 escravo maltratado fosse vendo a outro senor, fo ppodendo retornar a0 45 Que lgislgio dese cabo dos grandes castigo apliados sos escrevor por peguenasfalhas 5) Que foe Intuldo um curadorgerl dos excravos em cada tmunifpo ou freguss, para protege e apoiar Sues ucts; 6 Que lowe rads um pc do Sass comogaran por bora servos, © qual receberin com antics de sn curado 7) Que alt previsse a educayio malian © moral dos escravos stravs da catequese dada pelos pes. Reconacdas os suas prceupagies humans, nfo se pode lear de saline st propos de Caetano Alter cn Us Belo de enrentar ax proposes ai rains ede polaris exetnca da tntodeobr exam, sttaindrn da socedade aria bra Freocupavecessbretudo em protegers orm vgs compacta do como dacro ie alas a slug do grave pti © trabalho de Perdigao Malheiro ‘Completando @ primeiro ano de sua prosidincia no Instituto dos Advogadas Brasieires, Perdigio Malhero profri. um discur- {0 na semto magna de 7 de setembro de 1862, 19 aniversirio da tentidade. Dente outros atsuntostratadas ™ ocupourse com a ‘ravidio,fazandoalgumasconsideractes sobre algilastovigente tno Brasil a rexpeito da matria. [No ano seguinte em nova ses comemorativa do aniversirio do Instituto, Perdigio Malheizo voltou ao toma, desta vez com ‘maior profindidade. O dscurso que entho pronucies tonouee, lrmenteo preficio de sua obra consagrads, A Ecravao no [Brass vate clebradn pelos eraneipaconisia’™ [Naqueles anos 0 panorama da sociedade bras comecava 1 apresontar importantes alteragbes. Conforme jf tado ant= riormente, a escravidio tvera seu primelro grande abalo em 1850 ‘com a promulgacio da Lal Eusébio de Queraz. Ao con‘rtio do ‘que ccorrera em I8G1, desta vez howve empenio por parte das ‘toridades na fiscalizag30. ‘Mas, 0 que acontecera para que ocorrese uana mudangs #80 signifcaiva? Dorante of 19 anos que se pasaram desde 181 st 1850, a Inglaterra no debxou de invesir contra 0 comérco ica” Porém, com facilidade, os traficantes de escravos conseguiam cscapar dos persiguidore britnicos «das autoridades brassiras, ‘tas tltimas coniventes, em multos casos, com o contraband. Por butte lad, os interessaos no tric de esravoseram hbels er rmaniptlar @ opinido pail conta os inglses,explorando ser- Limentos nacionalista ealegando que 4 ate da Inglaterra rep resenfava um desrespeto thon ¢ 3 autonomia nacional, CChegada © momento de redisutr os tatados comerciais de 1826 com a Inglaterra as tensbes aumentaram. O Brasil insistia x ever as tarfas ee importagio, uma de suas prineipais fontes de recursos, 0 que desagradava aos ingles que queriam manter a posigso privileginds adquirida no pasado. Foi um incentivo para que a Inglaterra, em represli,reabrisse a questio do tfico de escravos sem as mesma disposigiesan- {erires rolativas a0 comério 0 novo acode manteve a causa 9 respeito do fim do tllice de negros. Foi quando, em 185, 0 Parlamento bitinico aprovou 0 "il Aberdeen", medida que considerave lito © apresamenta de qual= ‘quer embarcagio empregada no tific, conforme a propesta do Ministto do Exterior do pais, © Conde Aberdeen. A partir de 18, ‘95 naviog ingleses passram 3 ivadir os rose portos braileios para. captura de navies negeiros2® Alem disso, a Inglaterra pas- Sou subvencionar publicsbes aboiconiste com 0 intuits de texercer preasio sobre’© Governo, Chegou, inclusive, a ameagar © pais com um bloqueia comercial, Diante desta situagto, em 18500 Parlamento brasileiro decid cenfrentar 3 questio, O Governo empenhowse pela aprovagio de “uma nova lel que impaseste penas mais severas aos contrabandis- tas, a Lai Eusdbio Queiroz” [Neste ano 23.00 esravos entraram no Beas Eat 1851 0 ni ‘mero belxou pars 3000 e-no ano seguinte pare 700, Estava sob controle o contabando de excravoe, Sem desconsiderar 0 poder da presse inglsa 20 Brasil a historiografiaespecilizada também stribui esta mucange deat tude do governobraseizo em relagio & questo ace seguintes ppectos um deles dai respite no domo Sesto nas trontelees ‘meridionas. Havia uma ameaga de guerra ne aul do pris caso © Rio Grande do Sul fasse realmente invadido por Ovioe © Roses, ‘como se desconfava. O apoio inglés era fundamental ao Brasil reste possvel confit?" Agr ss, a sito interna do pat via sealterado Segundo Suely R. Reis de Quer, a partir de 1811, a acidade brass fol se conscentzando de que mais cedo ou mais tarde fico realmente scabaria Apesir de o comério ter continsace apa Ie, sta legit _midade fora questions. "Muito fazendelrs, ra inia Ge assegra- rem miode-chra para suas lavourss, compraram saves « utes exorbitant.) Quando as safas nko compersavasn ea compraens, 508, chegava aalnardhes as propriedades(-) Assi, « nome pro- priedade senforal a pasando’ da mio dos agitres pura oa ex peculadorsetraficanes.” Para Sérgio Buse de Holla, al fat scabou por levar os fazandelros a verem na abolio do ilo tm miclo mais ripido de valorizagSo de suas propeedaes® Aprovade 2 lel sus conseqiéncias logo foram sentidas pela ‘sociedade brasileira. * ‘Um dos primero efeitos foi a alta das proses dos excravos, que atingiw mais agudamente as zonas de aio demanda, Em [Pouco tempo os prsos dabraram, elevando-e vempre até adécada Se 18802" Data preocupagio dos prop tivas ao problema de miorde-obra trios com as posses alterna- ‘A imigrasio foi uma das opgbes estsdadas. Alguns fazzndi- ros, sobretudo do centro-cute paulists, chegaram a ingesir na mio-de-bra imigrante, através da firma Vergueire e Cia® No en tanto, sslfculdaces encontradas por ambos ss partes as colon reclamando dos maustratos ¢ das dificeis condigSes para se ce- Senvolver eos fazendeires acusarco-es de nao respeltirem os t= mos do contratoe de serem pregugosos e deserdeircs ~ gerou © racasso da iniciaiva © tfico inter ¢ intraprovncal fi 0 substitutivo do tiico afrcano. Muito fazendeies do Nordeste,safrendo a5 conse las da balsa dos preg do agicar e do algodiéo no mercado in- ternaclonal, vim com difcldades de eompetir com 5 egies do centrosul do pais, ue podiam pagar mais pela mio-dowbr ‘excrava. Dato fato de os trafcantesterem concentado seus nege- los nas zonas pioneiras do Oeste Paulista. Por outro lado taxa de cracimento da popular esrava apr: sentava uma constant queda at se estagnar, enquanto a popula livre creca sbidamente2” Concerta, sobrtudo, ras gerdles lx vouras do centr-stl do pis (MG, SP e R), especialmente nas Seas dda agrcaltara de exporagio, a mass de eseraves encontou na Pox pulagio urbana, menos dependente do trabalho seri, os maior de- encores da aboligio, que 8 cada din ganhava mais adeptos, |J6 em 1851, 0 Depatado Silva Guimaries propés na Cimara ddos Deputacos a ibentade as nasciturose suger ques proibisse 1 separagto das cénugesescravon. Outros projtos foram apresen- tadas, como o de Sivera da Motta que, entre 1857 e186, sugeria 8 Cimara que se vette a venda de eseravos sob regio em lade, fa separagio de matido e mulher e pais e flhos meneres de 15 fanos. Os projetos de Silveira da Motta levaram, no entano,nove fnos para serem aprovacon. Apesar desta inciferengs da Cimara e do Senado, o nimero de infereseados na queso da aboigio cresela, como nas mestra ‘onimero de obras literrias que exploravam o tema em 1846 Gon- falves Dis pubicow A escny Joné de Alencar, em 1856, revelou, ‘Rama coma de costumes, O donori fai, os hSbitos das ca: ‘made supecares do Rio de Janel e demunciow oe maleici da escravidi; Joaquim Manuel de Macedo publicou VRinas e Alone fem 1869, um drama da escravidio, escrtores nordestines,Juvenal Galen, Trijno Calvo de Carvalho, Francisco Leite Bittencourt Sampaio e nquim Serra, inclufam o negro eo exravo como per- sonagens em sas obras, , princpalmente, Casto Alves tomou-te fo mais ardoreso porta-voz dos erates Foi neste contento que Perdigso Malheio apresentou seu dis ‘curso, que tinka © objetivo de rlutar as das dog escravistas de fensores do creito de propriedade sobre o eravo.® Fundamentot seu pensamento nos seguintes pontos ilegiimidade éa proprieds- de constitulda sobre o escravo; a naturza deta propriedade © a jsga e conveniéneia da aboligio da esravatur, [Numa linguagem bastante clara Perigo Malheio argumen- tou ebetivamente pels ilegitimidace da propriedade escrava, Um dos seus suportes era a flsofia cist. Racorreu religifo pera afirmar".) a escraviedo & contra a natureza, por destrt a Petsonaldade do homem, isto, elemento mais nobre do seu fer, aquele pelo qual nos revela a Religio, que Deus 0 fez & sua Imagem’ Portant, para Perdigio, atenar conta a natureza hit ‘mana 6 atetar contra Devs Recorres também 3 histrin da humanidade para mostrar que a escravidio, desde a Grécla Antiga, acabava por ser desconsie ‘ada, eliminada, ou, no-minimo, aefecid com a melhora cas can- dighes das exravos. No entanto, atibuiu 3 cabiga do. homer 0 ressurgiment, jf no séeulo XV, desta instuigio, principalmente, sobre as “ass! negra india. E condenow os paises da América ‘do Sul, que ainda no século XOX, no Hnhum abolido a esceavidio| como fizeram as outs nagbes do mundo, através dos principios de igualdade do crisis, Suas palaveas coneluem: "A escravidio no & um principio. 6 um fata’ Em relagio 8 “natureza de tal propriedade,caracterizou a es- " Sendo assim, nio tendo ela proprie- dade fundamento ale atural,"(.) pode ser modicada e extin- ‘ud, cbedecendo & ei mais pocerosa, do autor da raturza’. Finalmente, sobre a jstiga e corveniéncia da Aboligfo, sua proposta no fo radia. Sugeru que © Parlamento brasileto apo: Waste lel que declarava lies os flhos de eseravos, come, segundo suas palavras, ‘Portugal abaiu em 16 de janeiro de 1773; () De tretasse 0 nostolgislador uma le semelhante, deelrasse que nin~ fguém mais nasceriaeszavo, eo Brasl,asociandose a0 grande ‘rovimentointelectil e moral clo século XIX, tert avangado de séeulos na vereda da cvizagio (..)-22 No entanto, sabia que sera impossvel superar este mal, sem (que a sociedade tveseslgum 6nus.“Ainda quando alguma tem- Doriia redugio softs 0 Estaclo na riquera pub ¢ privada, ‘io seria razio para coninuar 0 mal muito malor a escravidto; ¢ ‘menos para se mane, como legitimo, um principio eprevado. O ‘mul é grave eprofurdo;s gua extirpagio deve necessariamente Ser Aoloross. Aos Poderes do Estado, porém, incumbisia feat as pro- vidéneias conducentes a que se conseguisse Ho louvdve e justo fim, com o mence aba e prejuzo."! Nos anos soguinte de ss gst, Pstigho Mithsiro tentow spre prs nto tas pres desu taba, cas Shue tr ato no latte Histo « Copies Braleoena ‘toler algune capt a seg parte, Segundo 3 de et Antnio de Atsteo Casto Cteve rcepttdade no IAB “endo constantemante dati dada pee cclega co imarem gue 0 trabalho sobre ce etcane podria “esi tia vrtade august’ Sb conga mcr lecura de pare A tratho sees exravio igre Anda asi, seguir g Ses autor conse "dns Com que a mest Tinea senda acompnha’ endo nteranepeas” Por este fato, fea uma duvida em rlagio ao ree inieresse do Instituto pela solugio do problema de escravicio. Fsteve sempre fem sintonia com a soeiedade e govero, fcando a idéin de que 6 tempenho de Perdigio Malheiro em aprofundar a questto repre senlava apenas sim esforgo pessoal.” At 0 13 de maio, 0 IAB esteve por mais tés vanes dante do tema, Em 1870, na presidéncia de Nabuco de Araujo, manifestouse pela causa emancipacionista, através de correspondncia envioda 40 Conde d’Bu,felctando-o pela campanha na Guerra do Pare” ‘ua. Dizia « mensagem:"(.)a carta assinads, pela qual Vosse Alteza conseguiu do governo provisério do Paraguai a abOligao. dda escravidio nessa terra, inspiron desi, e incivisivel ext. ‘Sasmo a0 Instituto, que pela voz dos seus presidentes fem sem "ee Fvpagrao pla cts da emaniocaus ante Ji em 28 de mao ce 1876 Istituto abstevese ce deliberar em regio uma tese apresentada em sesdo™ sobre a manuimisio do escravo que assentou praca, mas perdendo dos tribunals a especie Onve anos depois, apesar de alguns votos contrérios, 0 Tt tuto aprovou o Relatério de Silva Coes, Das relies juris des sito conic de sere, especiimente aa promulgagho de Let? 3.270, de 28 de stembro de 1885, no qual consderava que 0 escravo era, partir de eno, um "estado livre” Eta texminologia, do di ‘ito romano, defini "estado livre” como “aguee cuja Lberdade é subeleida ¢ determinada preenchide o pazo ou condigio'** [Nesta época, 0 movimento abolconiste js havia contagiado srande parcela de populagao. O fim da escravidto acabaria acon~ fecando, mais cedo ot mas tarde. ‘Todas as transformagtes pelas quis passa a sociedad apés ‘Lei de 1850 contrinuieam para a polileragto deste sentimento. Por sua vez, o stor politico nfo estava imune As transformabes acai. A coniliaggo de liberase conservadores,ap6s a paciicagho os praeiros, em 1848, tonava-se cada vez mais cific com o eres tcmento da pelémica em torno da esravidi, ‘As alas extremists de cada partido dessfiavam a coesio ine terna, jf preciia. Foi no seio dos conservadores que se deu a pe smelra cio importante. Polices da orem de Nabuco de ArsGjo @ Zacarias de Gées e Vasconcelos, dette outos, romperam com ‘eu partido, juntandovse a liberals para ciara Liga Progressista, fr favor de dias emancipacionists, Angumentavam que "em vez de lutar contra a corrente democetia,o homem de Estado devia ‘guia de forma a que esta no comprometesseo futuro ca Nagio" (3s projetos ent apresentados, que versavam scbre medidas cemancipaconistas ou de metharia no tatamento do eseravo, en ‘ontrarumy no entanto, resisténca da maior parte do Paslamento, ‘que protelava ao maximo a volaglo. Outro aspecto importante no avange do movimanto abolicion sta fol a promo externa que aumentara na década de 1860. (s apelos da Junta Francesa pela Emancipago, © impacto da Guerre de Secessto nos Estados Unidos, que pe fim estravidio ‘aquele pais, contribiram enormemente para sustentar a iddia de aque a escravido ora uma insiugao ultapassada, acacasimbalo cdo frase. Todas a6 nies cvilizadas tinkamna conden ‘Aveste panorama deve-s acrescontar a Gueres do Paagusi ‘que colocara abertamente 9 problema da emancipacte. O gave oncedera liberdade nor esrvos designados pass 9 =rvgo do Exército,estendendo ese beneicio 3s sas mulheres. Assim, a década de 70 do século passado forsinauguraéa sun «lima de apreersto por parte dos proprietirios,e de entwtasmo pelos que Iutavam pela emancpasio, Jem 1871, 2 promulgigio da Lei do Ventre Livre pelo Mi- ristrio de Rio Brance® demonstrava que os politicos perceseran 4 necessdade de tomar alguma providencia i fato de ser Interpretada como um meio. de demonstra, exatament, que as iias abclicionistas garcavam er eno a cada dia, ota tendéncia aumentou com os amplos debates que se si cederam em toro da le, pela imprensa, mobilizands © opiniio Publica. Muitos grupos abalionistas foram organizades Na de ada de 80, as sees dos jorrais revistas e clubes abeiioristas, tornaram-se ponto dos infeletuns eprofssionaislberss em gra. Ser a favor da emaneipagio dos escraves, naguele moment, 2 ‘2a favor do progress e cls civlizngto. O Brasil ers 0 nico pie ‘do Ocidente qe mantinhs 4 instituigio escravista ‘Mas os grandes proprietirioscontinuavam resistente 8 ida a aboligi. Apesar clas outas oportunidades de investments srgidas « parts de 1850 (oencos, estadas, companiias de seguro, hitlas da vida publica, ete) a liberaco de mionde-obra a pars do neo ‘de mecanizagio; da construgh dis vin frvens; doe alla preys dos (eeravos;e dos projets imigantstas, os proprettios tenlam a om sivels conseqéncis da aboligic: abandons do tabalho pelos ex ‘ecravcs © perda do capital empatado, A idéin de imigragso per ‘mane, sind, mals como uma esperang, do que como uma Fe Tidade* © crescimento da preseto aboicionisa levou 3 reabertura da questo no Parlamento na eésada de 8). embate entre escravist3s, ‘que consideravam que 3 Lei do Ventre Live pusera firm 3 questio & (Gs ablicioniste movidos pas dae esertimentos cistios Blan ttipics,intersicow o movimento pela Ubesasio dos escravos, ge- sarido muitos ator de violencia de ambas as partes Segundo Jox- {uim Nabuco, os abelicioistas em ago nas anos 80 era mevidos pela convicgio de que a esravidio “assim como aruina economics ‘rete o pals, imposslita 9 sea progreso material, corrompelhe © Castes, desmoralizn The os elementos conse, raThe 4 ener 9 resoigi, méaisa a pica; habitus 20 serilsmo, impede a Inigragio, desonra © tabalho manusl eta a apariio das inis+ {eas promove a borcarota, desta os cepitss do se curso natural, fata ss miquinas, excita 0 écio entre as dasses,produz uma aps ‘inca iuria de orem, berivesar eriqaera, a qual encobre os abis- ‘mon de anarguia moral, de mista e dasouite que do Norte a0 Sul rmargelam todo o nosso futuro" [Neste cantexo, a Lei dos Sexagentrins fot aprovada em 1885, ‘plo Ministévio Cotegipe,apés algumss modificagbes na versio ori- [Binal em favor dos propeetiios,demerstrando, assim, o intuit {de frear 0 proceseaaboliconista, A pati dato movimento se intensifio ainda mais. Em 1887 0 lnnperatir a Princesa deram apcio aos abolicoristas. Neste mesmo tne os militares pein dispers ca trea de persegule 05 escraves Figivos, que aunentava constaniement,provecanco rebelices nos seruales, ponte culminate do movimento sbaiconst Apesar ds oposigéo de muitos fazendits,principalmente da provincia do Rio de Janeiro que, em decadénca tinkam nos esc vos uma fonte de riqueza,a Lei Aurea fi assinada em 13 de malo {de 1888, sem indenizagio sos proprietécos, (Os representantes dos fazendeiras das regides do Ceste Novo Paulista no Parlamento, em grande parte, somente foram capszes de aderir & abolicie, no memento em que perceberam & possi fade de substituir 4 mio-de-ra exerava, com o iavestimeno de Governo, principalmente «partir de meados da déceda de 1880, 1 imigragio européia. Bm 7 de junho de 1888 o Instituto dos Advogados Brazos {fox conetar em ata seis vos pela aprovacio da le Alguns meses apés a Absligfo,o Instituto recebeu vias cor sultas de antigos proptitris sore os diets. de indevizagio, ‘Apés algumas ciscustes votow o relatério de Siva Cost ue regava fal direto aos antigos danas de escravos. Em 2 de sgceto de 1885, apesar do voto coneiio de Lulz Alvarez, 0 ratéeo foi aprovada. Notas * enn Vt Cota. Ati, 1982, 97. 2 Ox tated coerce 181 a Interes frace fos a ads doe ps3 tantra Se Cre Fert pra 0 Bs em 288 Pe eg 1 nglterr untrande pulps no omar com @ Beas ge 9 ae ‘andes lvores qo recor ama tenn de pret gs 0 tread trai Ao mean tren nlatra ose «fel co syn a a soir ses pprrocincera mance denon eves com agra de oe resent {nu indonsncao de cas de dou mies dros tering. Pam rota {rou promere o gear tenis reces » empress ao eed reais caro ino uma prea que se tender a fa do Orgran tof pled prac go try te 0 aunts srs ator prtrmente sind nek pe * Road tt die Alpe Bae =o 1, ja ema, 1862~ 195. 5 opt p28. op. it p15. 7 op ct p20 * opt. p28. * opt p.210 "Opie * Op cit pp 207208 op. cin p20. 3 Nee Cap ~ Ferg Mek # Nsbueo de Aral: momentos de ° Form a segines plans de Peto Nalco: "Que faa sees les dh escrvido no Brat Estoque que enhurm teres pops gu ‘eles es css, inlzmnc nopoe umeost da oss sade ‘hej do dito rma edo pros respec @ sao qu legis ‘modera do Impécioquse mao tm del cud, ‘Un pry slittanese wtdoroSenado Brae, gona dlrs on ‘open ainda noe do sade ena alga sa hms ‘Bolo da prides cnc dor dls em no fora deo amie yore fe servos.” Os ecu he 0 megane Prec ten im ni eed Ing fore dat as dos ems So qos uma craturs Ramana qo aka 9 io de defenders plemmerts doe pando (eas ss) cmp pps 2 eo ‘legac ce, quanta ars xan, ats no ago € no eid, ‘Bermado sue alguns spine forts spear de wierom no xo ND ede prc reli dt Crt, no omen er mo esr nso ma ‘Snes om nil uit sect, pron share oo rom de que o econo € ai a rtaresn€ apenas repo por {on feo diy qe suc fe ela es da omer dare mtr, Gar ee semdads a0 eto auld sce 0 nc em ge iver, sr rane eotumes dole tempor oH agosto Mares Perigo Man rs en Campana, MG, en 184 Formas pata Esa de Ori de Fk am 199s eo mynd m9 dean oem Sto Paul. 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Rose do aie fo Aap Ero Toe Me, 187, pp 13D. sega Ena Vit da Coto Mino fr a ices iia de forma ars eit sie aaah Aah pe Asai 9 et Plow eo to de scrves su cesar ps sua date Roa ev poner dec hee qui ene cigars ric lor ss sce eet [os Nets snde posers o proper oar or engin Ee tesa adenine «WED oy po mln at ade fe ance Neste caso fara fre (ing sla deme xa ps8 fl sgn ates mer Sst iso peste m perpetus dope seri fe elo Mee. tie dae ede ie * brie os pee ening no beanie Em goa ons pie riestvnae pes enn or prspeoe ple cinta da erie “Genes eam conte em ome da sic ou cons. A imprensa crv «antec com senesced. Os Sh. lice condenses mer dow sede ot erates re Soe ‘von A see ea polpoada osu Nate Osan, 185, p57 Capitulo A atuagée do IAB na Primeira Republica

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