Como planejado, continuo na etapa de reconhecimento e confiana. Por pedido dos alunos, na semana passada, uma professora me deixou assistir a uma de suas aulas com os mesmos. Nessa, pude perceber que, quanto mais confiana e segurana o aluno sente no professor, mais participativo ele se torna e, consequentemente, se entrega mais facilmente ao aprendizado. Por isso, estou dedicando o primeiro bimestre para a construo desse lao, pois, sem ele, por mais que o professor pea uma atividade aos alunos, esses no o faro. Principalmente se no receberem nota pela mesma, como no meu caso. No encontro de hoje, tratamos da msica. Escolhi comear com esse tema, pois todos despertaram interesse quando a mencionei e, um deles, Vitor Hugo, revelou querer seguir carreira de msico, mas ele faltou nesse dia, fazendo com que a aula no tivesse tanto efeito. Comeamos com a pergunta: O que msica? e partimos para outras como: Barulho msica? Todo barulho pode virar msica? entre outras. Nessa parte, todos se mostraram bem participativos. Matheus, que at ento no mostrou grande interesse nos demais assuntos, geralmente saindo da sala, ficou ali dentro o tempo todo, participando, assim como Wagner e Mailon. Depois, tentei ensinar o conceito de ritmo, tempo e compasso, presente em todas as msicas, mas acho que acabei mais confundindo, que esclarecendo. Por isso, tentei fazer uma dinmica com eles: divididos de 3 em 3, cada grupo fazia um som diferente. Alguns bateram com as rguas no caderno; outros, com canetas, nos cadernos, ou na carteira; outros, com as mos, nas cadeiras. A inteno era fazer com que consegussemos uma harmonia com os sons, e, partindo da, eu cantaria uma msica, acompanhando com o violo.
Porm, por uma m administrao do tempo, o sinal bateu quando acabamos de
organizar os sons, no nos permitindo comear a cano. Apesar disso, no acho que tivemos grandes baixas, alis, acredito exatamente o oposto. Vejo como certo progresso, por manter trs alunos, que nunca ficaram o encontro todo, dentro da sala. E mais, participando.