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Hans RoBERrr JAUSS "21300097504 A HISTORIA DA LITERATURA COMO PROVOCAGAO A TEORIA LITERARIA ‘ToBa. :94379 _ i Sérgio Tellarolt Feta soit original Lienenogechich © Univenitserelg Konstane Gob, Ko Sumdrio 1S@N #508 04631 6 199 Todo x dist rca Baitora Arica S.A Rus Baro de guape, 110 — CEP 01507-900 Mel: (PABX) 278.9522 — Caixa Pous 8656 Beh Teeetio Bostins= Pex 011) 27-146 - Sto Paso (SP) Anexo: Os horizontes do ler A \inia ds terse cn cog oe a oe Se ane hnid dom eae inequivocamente trlhado o caminko da decadéncia constant Todos os seus fios culminantes datam do século XIX. A épocay de Gervinus e Scherer, de De Sancts € Lanson, exerever' hi tia de uma literatura nacional era considerado o apogeu da eae ta de um filélogo. Os patriarcas da histria da Titeracara tina como meta suptema apresentar, por intermédio da histria das obras ceria aidia da individualidade nacional a camino de foje es aspirasio suprema constitu ja uma lem- distant, Em nossa vida intelectual contempordnes ise ‘ria da literatura, em sua forma eradicional, vive tio-somemte tuma ensténcia nada mais que miservel, tendo se reservado ape- nas na qualidade de uma exigencia caduca do regulamento dos «xames ofcais. Como matéra obrigatéria do eurriculo do ensi- no secundrio ela jé quase desapareceu na Alemanha, No historias da literatura podem ainda ser encontradasy ‘muito, nas estantes de ios da burguesia instruidas ta que, na falta de um diciondrio de literatura mais consulta principalmente para solucionar charadas foesde nas universidadc, a hirin da Fe setesendo, HA tempos ja nso conti fimar que os fidloges de minha gerasao ont Sees Hd or nacional por cursos vols fur um ene Be arose problemas hints expec Receuum quatro rermelhante a mprcan Pein naforma de mancaisenciclopsisc volumes ing Seite rena mee cr carn ersten — deja abs daca Bee eponss sie Sigiicatvament, eis cok Be ramen resulta ds inicaiva de ome derma. cm ger 31a de alum ctor empren Bete rape date yrs vex enone A rmians epccalizadss, pauiando Mts gerosa dos mesos cienico-itersic Betas daeminica, da postica eda hiss Depts doe tates dox ners Por cet, tabem avi Nests cpecoadas em fologia encontrar (pm itera. Seus aor, pore Mme dl crea. Da ica das diiplinas vi Hg lerancam aber ou veladarmente, quali eins dessa: cr Prec anign. Tamponco a crc oiunda de we ecmascompacnecnse lo. Talcrica tem 2 ober is Se late nrarra que cla apenas se pretend una formada is hisria, mas na verdad, nove se numa cera exteriot histéricae 20 fx, fla igualmente na fundam nda, em gran ma aborda xpostos a problemas os de pseudo ber pura es Cumpreeslarecer essa critica. A hisria da fms forma mais habitual, costuma equivarsedo pe Pde uma enumeragao meramente cronogica dos fats one segundo tendéncias gras, géncros ¢ “outs a= or ca A biografa dos autores 2 de sua obra surgem ai em passagen ale dra diessivas. 3 mancia de um elefnte bran, O3, ean tae a Ineracua ondena seu ntateial deforma unl mri x ronelogia dos pundes autores apreiando-os eon ee da e obra’ — os autores menores fica al re hseridos nos inervals entre os andes), €. PA ve enwolvimento dos géneros vss; asim, inedtavelents Pe ge Fata dena modalidade de hse da ltrataa 6 reese soberudo ao none dos auores da Ansigtidade i aecjcomtsase com maior freqaéneia has iteraias eae sedeftontam com a dificukiade —crexente Re “Truc aroximam do presente —de ter de fier smal aide aoe aZrc de autres cobras co conjuno mal s€ conse denne ar do. uma deserigdo da literarita que segue ui €880= iv al precaclecido ¢ simplemente enfileita vida e obra Fe oe ore cm seqencia cronol6gica no constitul — Come be. Garvinus hist algunas mal chege a ser 0 quelle ‘Do mesma modo, nen historiador tomaria ra apresentario da litratra segundo sts gEREIOS ido madangas de uma obra para a Out pexsiga aS 1 da lirica, do drama e do ae emuldure o todo inexplicado com uma observagio de ie vomada emprestada 3 histria — sobre Jencias politica do periodo. Por outro lado, no ancamente malvsto, que tm historiador da Tos qualitaivos acerca de obras de €pocas utritio, o historiador costuma, antes sbjetividade da historiogafia & qual cabe ou coisas efetoamenteacontecerim. Sua abe cia etcticafunda-se em boas raz6es. final, a qualidade ea scegora de uma obra litertia no resultam nem das eondigdes hisoricas ou biogrificas de su nascimento, nem tio-somente de Jeu posicionamento no contesto sucess6rio do desenvolvimento) dlcum géncro, mas sim dos crtérios da recep, do efito” prO= Ae Winkie yor “ina bo dea elt oe lane alu de pages ea eg eh Sp gs ea aches cease lemais se, comprometido ca Mo bisibriador da ierarus limitase S208 ae * eae aes Seer pores ee eee Secon ema escort Feecrn cer dsipre rir po coma Be erecrrarlonse, sim, na consructo de seu jutso om, I cccenc scene i iabeepeirtn arent cere Saher aliieliresens Regs pnen = ada quese Gpsemcl a wns fnte do mais nbre cnerezenr i: Il AA snags oto connicven spares ane i a tt enfin Els poem mb ema a ae ter iando denonseu qi=tan aaa rae nana revel ifn, que Pe rereatao a perpuns ede suelo A repos desea forges colocols em su aula auger he niviad one 26 de aio de 1789-— We binder de dct mon Univerageih?\0 ac sii eam P= post otal hits univ) ta pe do modo de comprende «hide do ean Se tat iguamentecucacia no ques penta ric wolado pane nade soma tad kena do clo competes am fa perl, buscou desncambicae da os gaa a icin da sti]Ao mesmo tempo, da oe peat e porque nado otal do conbedmenea deus acca eccuiamec de oodles onelaa shel de hana d eu Gervinus pode nce srr (el eae an Dele ¢nio somes princra expec ceaiiaaaam Gach de petichen Namal et oats en dos aleres}(1835-1842), comy rene (anc) stad de crn Nia de ie ine Oe ea rts do hires age cin vo Fumble Grn der Hong Meni da hs] consti ure cri a gu i pre, emibao cam 2 grand cael Meri his dali, oracles ston dy ett moro de fro quando inv ‘rears somente 5 de Faro = rabjem,caconesequcls iia fundamental gue a De A rneamdraoncinnt domo Frere par Schiller sainda no Pac oligo ger que nos perme compreendr Bee rmemo da hina univeral da huranidade, figura jg Mee prac em mnifesaces vlads da iia da individ Pacers Quando, ent, Gervinus se apropria dea oem held epliceraistra, cle, imperceptivelmente, ole oot erie de Humbolde a servic da ideologin nacional Ge gue forma edi ena n44 nado amaniade — die pare gual rf pecai ideo ales sempre sender dapor ns’, Aida universal df «a hist esgregese na mulilcidade da hisra dualidades Raconaiyafuilandorc, por fim, no mito li doo ‘erdaditossucesores dos gregos — ¢ 1s dia que somento alm reveavr-se pt densa pure Eze proceso, vorado visivel a partir do excmplo de eens cea inte split (Geiegecicne| no século XIX. Uma vez endo.a | col histéicadesacreditado 0 modclo telcoligico da filosoia da hist, da esultou também uma implicagao met tan para ahisria da literatura quanto para coda & a-hisdrica a solugio da filo sofa da hisra dese compeender a marcha dos acontecim= aaa de um meta de um apogen ideal da in mun Trees se pia coo, tender eapresentar nex dis re gs jamal ve evla em wa tocalidade? Conforme demons re TG Gadamer o ideal da hséra universal transform= ein nam embarago para investiga hist Oito= ular excreveu Gervinus — pode somente pretender presena reetince nacional. Contudo, seu desenvolvimento posteriog & (o.oo inl Gna, inegavelmente, de wazer de volo velba aad periodo passion, como se se tata de real edo Estado! «0 da hist, 0 hstoriador do historcismo paresia estar quae oc lhe Vinal” e descoverem aun plenitude propia ue dels resultou, Assim, a hist como pa ia tender plenamente até ao ideal metodo Jualidade nacional no mas the basta com id vor, historia da trata alinhav mass outs in baas. A reg fonda menta da esr hie 0 jisoriader deve anularse ante sew objet permisndo qu cle apreentecom total bjtvidade',deaavacs ilar melhor através desseenfoque por épocasjcomo tdossige nifcativos apartadoseiolados. uns dos outs, Sea ‘total obje= tividade” demanda que o historiadorabstaia do ponto de wsta de seu presente, eno 0 valor eo significado de uma époea pase \deser cognoscives independentemente do mks céldbres palavras de Ranke, de spe peulado wa Fundamentacto colic seis dpcesapresencam-seimediata Devs, Pip maa gue del ou se is Mpipte sana pst 8 PTEUNE ea de pro eonccito de “progres” na histéria dest Mares de tuma nova teodicti: na medida em i resenta cada dps com algo vdlido em sce SPeus pean filosfiaprogressisa da his, emna mers estipios para a eracio seguint, Medion uma peimaria da lima €, portant, uma te Enirexanto,a solugio de Ranke para o proble i Plowha da hiscdria foi obtida 2 custa de um Be eae lign o posado 20 presente — iso & 2 ép0cy Mis Cetvamente foi", aquilo que “dela resulrou Ndaflosofia ds hiseéria do Ihuminismo, o historic fou nde apenas modelo tcleoldgico da hstria uni Homa também o principio merodol6gico que, acima de Megando Schiller, marca historiador universal e seu pro Gnclar 0 pasado ao presente” — wm conecimento ‘apenas supostamente expect qual a esco ‘nfo podia impunemente desconsiderar alii, o ulterior desenvolvimento n0 can (Radia daira teria do século XIX apoiou-e na con fde que a idéa da individualdade na a a pare rade cde que esa ida vrnariareprsentivel a hindre® trem a parc de uma seqéncia de obras {Havendo desaparecdo tal convicdo, tinha de perderse fidosacomtecimentos,fazendo-se incvrive que ite jeapresente se apartassem una da outa em esers bem como que a escolha, decerminasio € liters se rornasem problemicias. A gvinie foi determinada primordialmente por ta acrediava estar fazen- ——C 13 das cidnciasexaas O resultado ¢ bastante coed: aplietsao ao da hisedria da filosofia,conforme esta se reflete na literature Tilia neutaliza a prixis vital da hist6ria, na medida em gle pusca » ponto crucial do saber na origem ou na continuidade Supnatemporal da adigio, eno na atvalidadeesingulatidade de vin fendmeno literirio". © conhecimento daquilo que petsiste ‘in mero i mmadanga constante desobriga-nos do esforgo da com= "obra monumental de Emnst Robert gio de epigonos pes {ds topica —, 2 continuidade da heranga da Anti= 8 ia 3 condigio de idéia suprema, figura sob a forma: fa tensio historicamence no mediada, imanente’& tadigho lite= riria, entre ctlagao © imitagio, poesia elevada © mera literatura, {Um classcismo stemporal das obras primas leva-se acima daque Jo que Curtius chama “a irrompivel cada tradicional da medion cridade’”, deixando a histia atris de si como terme incognita yc pcs, plop wad pu aa tone sao resendoroumeeauem | a Beem Ce oo a Bi eecictmenec a ra cpocs aes snippet ae ins apena a literxara do periodo humanista dy sien os eomence dann kel Ds orcona dct ssc Tbe rola com a masini ME etic cncgeics da cols marca caste gee csentie 0 pore con tcp hind cic oc de meu Til vis, bem como & merafsica etéica da histia fos opostos,ambas tentaram resolver @ 1 compreender a sucesso histica das obras Titerrias como o-nexo da iterator € ambas mergulharams por urs cm seu expelhamento da reaidae Jecrmo-nos aq nos resultados grata teria patcada elo mat que jamais se canwou de faze deriva ditetamente alguns favresecondmicos econstlagdes de clases da “in ur Cilade dos fendmenosltertios. Um ait tas eleva «marist aleangou nos momentos da icratura enguanto lement® So determinagio socal do homes lta também dos atos pasado de que liga @ mn paseo eps pre pai fio este que fendmeno ‘Com base nessa premissa cumpre agora responder 8 pet= guna acerca de como se podria hoje fundamentar met ‘Camente reescrever a histéria da literatura. esbogo que se Segue foi dividido em sete ress (VI-XIN), cada uma das qualsseré ‘por mim discuida separadament. Lime remvvapio da istria da literatura de aaiz x precncit do objetivo his. Merwe as eicascradicionss da prods ¢ de Ga exten da epee edo cit. A hisriidade Teepe nae coat de Yas teri” exabelcis poset tum, mas no experiencia dinmico da obra i D Mess Ltrs Ena moma reli diligica cons emblm da bisa de liters. E iso porgu Peompreendereclasificr uma obra, 0 hisortador Tew sempre de novemensefazerse cle priprio, leit “paleo ee tom de ser espa de fundamentars Vormendo cm conta tu psigioprcnte na sirichirics aa ce enti sei Jorn dade, R. G, Collingwood estabeleceu para a hiso “sory ismoing but the re-enaciment of past thought ‘mind’ — aplicase em ainda maior medida § ra. concepsiopostvsa da histria como ide uma sequéncia de acontecimentos num ala tanto no que se refere a cariterartitco Bo que rexprita 3 sua hisorcidade espe fa, A obra Iineriia no €um objet que ea por ss fe: fea ea obervadr em cada Gpoca um mesmo Spon condo fara de um monumento a reelar monologieaette Nie voor El antes, como wma partiura voltada para sera sempre renovads da leivura,Hibertande o Seto re jas paves conferindolhe existecia ata para sen mame temps gle I pare ek um ios Ie ie reuendre. fesse criter dildo da obra teres queey ‘ rae num saber acerca de fro O saber flolleo Perma Tae inculad 8 inerpretaga, esta precisa tt or me seidamente ao conhecimento de we objet, reflec © Ses paralelgnauma;io desseconhecimento como moment de Hm nova compreensio. hipaa da literatura €um processo de fecepetO & prot ho estdtica que se salzagio dos textos Iterdtios Por Cree do letor que os reccbe, do estitor, que se fx naam tester. cdo ctco, que sobre ele reflte/ A sofma— Giese seauénciasjncviives e incidentas, «poss expla como evens tovccve content hstrico no qu na bs ra ape ‘sce ndo consorur uma sealénca factual de Gosumenteexsents independensemente de um obsenada O Perceval worna-se aconcecimento literirio wnicamente pata seu lei= tor, que lees obra detradeira de Chréven tendo na lembranga do autor, perebe-Ihe a sngularidade em com Je ourras obras jf conhecidasc adquire, axim, eito para a avaliagdo de obras future sdoacontecimento politico, oliteritio nio pow impeioas, que sgsem exis por is day gerario posterior poderi mais escapar. Fle lp fo seu feito na medida em que sa recep Ss farurs ov sci por eas reromada ga oYAMEnIe s¢apzopricm yu desjem imité-a, sobrepui la ou {como acontecimento- cumpre-se primor dese horizonte de expectativs depender, Bildade de compreender e apresentat 4 hisiora da Vil Bee ore fare a neta ques po coer fa da thon rent deo pri de gnc, da forma de ier me dope coat mado abr peace de Rend Well oi eg ITA Richards quant poblidds ce alan to estético chegar aalcancat a esfera de significagio de uma obra, litera, em verde, em suas tentativas, result, na melhor das hipéteses,simplesmente numa sociologia do gosto, Welle angie menta ndo ser possvel, por meios empiricos, determinar im: «estado da consciéncia quer sao individual — uma vex que este ‘nceraem si algo de momentineo eexclsivanaent pessoal —y quer scja ocoletivo — que J. Mukarovsky supde sero feito da chia de artes, Roman Jakobson precendeu substi ead I csi i nin ii ta oy BE tide iaseis imperciae see rela De fae ora 0 Sabet de MEER ieesos ques dea parc dequedadocn Secs do corms: 0 chive dean, itetrerminade pablice. Hi, enceann Bes gts be 80 perso — dase Dierapr dor gets race bso nce Dees eas evn: pongo ene sue ame BU pets quae a comprecnsosbjctvs do lee tsk xpos ra, também na experitnc Meer gicdi sconce pla pris vex us obs cn Rs Mater perio, cl proprio um moment Bie epettncis, com base no qual 0 novo de que womamos Neeser aja. eel, por asim hee cpcicac™. Aderais|s obra que sre ek gen Sore os ee ices, predipte sox pico par rce RN ieeacanee Sida le deperaslembran He dal, elo de inicio cxpecaiva quan ame e Res decrninada posers crocional «com tcc geal dacompreensio vinul Re aietiepedesentso —c nso antes di locar a Se jeciidade da iverprcxaco do gost dos Be oecastasde lor | eet paras objerivato desis sistcmashistrco fib de txfestacis 40 daquelas obras que, primeiramente Bars alts convencio do gener, do elo oud forma, evo eum marca horizonce de expectativas citores para, depois, destrui-lo passo a passo — proce: seine ror tie ma los peticos. Assim ¢ que Cervantes ft da Ieinura do Dom Quixote, resulre 0 horixoote de vs dos antigos¢ to populares romances de cavalo, w seu kin alo pate eambém que Diderot ‘pio de fatale. © lie sviger, bem come 8 CONVERSE ahetites ovidéncia que the ie ibrar aca psi, fends Pe nce de vagem de amor Uma a casi eguidarentco cater mension da ORE a, combina € mist sonydmn Neral, em suas Chimere fa oda uma snc fares ov 3 liso i desconhecido na medida em ado mito pri val do Bain, c a mda tm em ss sbem em que se xompe a let da informagio fernada expressiva adquire uma fungio poetica : Mas x possbilidade da objetivasd nectuivaherifica-se também em obras historicamente MeBOs BEES isso porque, na auséncia de sinais explicitos, a pre dlsposigo espeffica do pablico coma qual um autor conta pata partie de erés ddeterminada obra pode ser igualmente obti farores que, de um modo geval se podem pressuporsem primel ro lugat a partir de normas con da podtica imanente go gencro: ent segundo, da relacio implicita_ com obras onhecidas do contexto histrico-liverdrio; e, em cerceira lugat 4 oposigio entre Ficgio realidade, entre a fungio poética ea fungio pritica da linguag sin, oposigao esta que, para o leitor que reflec, faz-se sempre presente durantealetura, como Pose sibildade de-comparacio, Esse terceiro fator inclu ainda a Possbilidade deo leit perceber uma nova ob a nova obra tanto a partir do horizonte mais restrito de sua expectativa litera, quanto’ sais orplo de sua exprincia de vids. Vor, fio dos horizontese 2 sua possivelobjernaee 'de pergunta e resposta quando shor fo entre literatura c vida (ver tese XI}. Vill © brio depen de ma or que asi fe oa pote deerminar eu carter arise a partir "Tmo de gh segundo equal la produ seu ef sobre wm oe minendese dni tes auc ie inediaoureo berizont de expecta preexisente ea sparigiode irs no ld dane se por termed da nega aise iéncias ccidas ou da conscientizagao de outrasy Jamais express, pode ter por conseqiencia wma “mudanga de hori= site tal ditnca enon dees objeinarhistoicamente ma ced ui derbi (ceo eon ‘ejecdo ou choque, ato isolados de aprovacio, compneen= ‘do gradual ou tardia). A once pla ul uma rs ee shies deta puten das concep Spies ds idesogia de seu pdbico; ou no fato deo sucesso lie Ppestpor urn lio “que exprima aquilo que o grupo espe lio que revela20 grupo sua propria imagem’. A socio erature nio etd contemplando seu objeto de form iletica 20 definir com tamanha cstcter dé formado porescricor, obra e pblico™. Tal defi dyentida: hi obras quc, no momento de sua publ » cago, no podem ser relacionadas a nenhum pico «spect, cee vapeny io completamente 0 horizonte conhecido de re ais literdrias que se pblico somente comesa a feat sere poucns, Quando, entSo, 0 novo horzonte de expeetaGas ura validade mais geal, © poder do novo fevir arevelarse no fato deo pblico passa nvelhecidas as obras a6 ent de sucesso, recusan= T somente tendo em visa essa mudanga de fit liertia adeneraa dimensio de da literatura escrita peo eto, a8 cavas estat porcionam conhecimento histrio. pode servis uma sensagio liter ‘amente com 0 Madame Bovary de Thubert romance que, de I para ef tomnou-se mundialmen= i publicado o hoje exquecido Fanny, de seu ami bora o romance de Flaubert tenha aearretado um ‘ao da moral pblica, Madame Bowary fis 8 ysado pelo romance de Feydeat: em Um aN, ancou tezeedigbese, assim um sucesso que Paris 80 > nl de Chateaubriand. Do ponto de vista temétio, omancesacendiam 4 expectativa de um novo pablice de Baudelaire, abjurara todo e qualquer romani ‘vente burgues ou proviniano. Contos revives detalhes das cons erticas, ambos os movida pla convengao. Langatam uma nova i sido cme, invertendo a esperada eae sion Peydeau fa o overs amante da mibora tendo satisfitos 0s ses deseo fet ci de sua amada scumbir ante es ormentosa Siaagoy alert eas adultos da exposa do médico de pro= inc aduleérios estes que Baudelie interpreta como mia founa sublime do dandjome — desfecho surpreendents, a Rei Jaci que ¢ preciamente a figura sidicula do marido enganad, Charles Bovary, que, a0 final do romance, assume tragos Subi= Ret 2s gc acon se nes cond amo Fewny quanto Mademe Bovary como produtos aye Petals hal aca de nga ado crest tare se mene et Secon priatensintimabeapel MIM heraon scapes do rate ee rspredabeieaniahalamreeltaa ete mee exis ot din de Saree RU etelocnbers quedo do cir ec rte A Ines formalde Ranke Briar inpeon™ Ce tmpocitie ue Sage Shay sien gs. pen ya a tren cc to locas Bee Retin Fatben),sia de chor ayuce ens Saeco prove sony pe’ Ree pete oe romance only “Ademsis,incomporados is descrigdes de Feylea, 3 pibica pide Identificaridesis ds moda e desejos fracassados die uma camad Sacal dominance, podendo deleitar-selivremente com a lascva fenacalminante na qual Fanny (sem desconfiar de que seu aman fea observa da sacada) sedur o marido — afinal ji a reagio da deaforuunada testemunha desobrigava « a indignasio ‘moral Quando, port, Madame Bovery, compreendido de int. Kio somente por um pequeno ciclo de conhecedores e conse ado um marco ma histéria do, romance, tornou-se um suceso Aundial 0 piblico leitor de romances por ele formado sanco Boi © now cinone de expectativas,rornando insup debildades de Feydeau — seu estilo flore cfitos da mo. td, seus clichés lirico-confessionais —e fazend Him bet sellerdo passado as piginas de Fanny xX mura de hrizente deeper wb 0 gual idan pase pest, prota lad ie ne asim, a mnelra pele al a ears comprenide «ob Tal aberdeen ef centre opin da poe, Aen da ea compre pasada a pre her bindrs de at a a plaoncane de metic fleligien «sper oleae « pecia encoin se ened eel texto liter seh signifeade objeto, eunbad deforma deft O orto da tice a oreo comprcensio da literatura pertencente 20 passado remoten Quando nio se conhece o autor de uma obra, quando sua inen= Gio nfo se encontra atestada e sua relagio com suas Fontes € ‘modelos s6 pode ser investigada indiretamente, a questo filolé= ca acerca de como, “verdadeiramente, se deve entender 0 fo — ou sea, de como entendé-o "da perspectiva de sua feet deracando-o do pane de fang Peseta que de expice ou impliciamen, presnpune Teer Sahatmen do public seu contemporinen Open Meera conta, por cael, cm gu curs Jeter osc icon Hess prces ens chron de or) ancdoran om ver tes ep eVrngit que Bi de cis do que a Berar pers Cocaos wo cmos wie de HBr em func dso qu se cxpica nio cm poaca maida Ep votes de pblico,ulrapassndo cm muito as fronts da Haves des obra que sf rapidamence famosa foi a prime faa asumie psig consi a oda liter x ent dominanie Ds intesescs Bloligica ignorou longumente a intengio Spiga satis da obra medieval Reine Fuse, comie Uses aicotidice da acho eon sara lo porque, deste Jacob Grins cts romns dep ponisuas sD afr preci um gun RD es derianns—— poerscia unbin, Rees pea cpa ances dnd tere Bae en oper —v aa Beep acrears nao disicanpundoa a tpidate dare care» parce co todo Peet crs cris afin Seu chvimo ie Tittico evidentemence nso coloca 9 mé:odo flspico-ctie & epee uc, jlgandns eno, ceva seu prop : Betti eco condi de nova incon Sercirdamenecoscnid do exo antigo, Quem fmcomseltnca unicamcntc de cu merguln 09 fs Stempordimene verdalcio” de uma poss fae deforma isda pena a0 inp 4 Por assim dizer, extcriormente 3 historia e acimade poe" de seus predecessorese da recepsio hist rica — *escamoreia © emaranhado da histria do efeite Tivirbonpenehiche) no qual se enconea enredada a propria tormcienis Nir Anuele eas pens til ole oer mae balzam sua propria compreensio logsande aa i somenteaparentar uma objetividade qv, "88 t= ‘ie dcpende da legmidade de seus quesionamentos esos und Medbode (Verdade e modo, Hans Tots realidad da historia no propio aro da compreensio® sn uma aplicago da We de perguntaeresposta tal Go hinorics Leando adiantea tese de Collingwood, segundo wuaunta pars «qual ele consi uma tespost, Gadamet siircado por aqle de nosso presente: *O entendimenta () Proce de fuso de ais horizons supostamente ex rene poss mesmos®. A perganea histria no pode existe POF senna em de transformarse na pergunta “que a radio eons alm, nao se tra, por sua simples nega, abide sim por dance: “The shaped ti ‘hadow the uniform flow of ime. Any sine asa misnre of events Iitrial period whi ri Nao esti en qui se tal diagndstico implica uma nifcando, portante, que @ sta sempre, € apenas retospectivae ‘omogencizadora do historiador cal duvidar da “raxdo histériea? — que coeréncia da hist mente, da visio sig pluralismo de lapsos cronolégicns © mor= de até a antinomia bésica do eral edo Jemonstra ser hoje de fat filosoficae 2 universal, No que concerne, porém 3 Csfera da literatura, pode-se dizer que a percepeao de Kraeaseeda coenstncia do simultineo c do no-simultineo?™ loge de mento histérico a uma apora, toma vse a sibildade de descortinaro cardterhistrico da nico de corte sineronicos. Decor, afin dessa percepgao uc ficgio cronolégica do momento que marea todos (0s fendmenos simulcineos corresponde em tio poucs medida a0 conccito do hisérico quanto a feo morfolégica de umasérieli> terriahomogénca, na qual todos os fenémenos, em sa sucess bedecem apenas lcs imanentes. A comtemplagso diacrdnica — por mais conclusivamente que es nas dos neo, oe explicar maifcaybes segundo age necettidade e P ar, problene volucto S dimensio verdadciramente historia quand Epessedsiconfionca « obra inna ete [elie convencionss, do géncro c alem dea PRecieaterarsrelacSo dessa obra com o context lng Heo giadks an lado de ouras obras de ouros gncron, tn tees A hari da Ueerura reves juste te ee etree poste omar aprcensivelo oriconc he Deets deerminado moment hiswrico soba forma daguce Pe teico com merc 20 gual a licratra qu emer Be aesear pide scr diacronicamenterecida sogunda re. Messed estes, ca obra psn como sa Inco cones i ol ltrapasada See ieaale errata qu surge simleancamcrte dcompoese Fe pempecivn da eteica da produc ms eee as cbraswaradeapot Speomedtos distinens do “shaped time” de sc com Wesekad spaentcmente ata desinegr-s¢ sonoma De pete sparen elas mais diversas distinciascemporis Ppa plc, qu perce como obra di ss ald ea “elaciona umas com 2s ourras, tal multiplicida. pom de vie da entice recpcional —r fomum e significative expect titer Bigs cada sicemasincrdnico rem de cone repel ese: furaro, na condio de ements idedeerminado momento histsrico implica ne~ feats cores no antes e no depois da dar Edabansogamence oo que ocorre na histia da in feomitantere vardves, os quais se dcixam loclizar o sistema, iso porque também a litera Bisdepramitica ou sincax, apresentando fixas:0 conjunto dos yéneros,estilos ef lembrangas fe passa pela pro i a «on io-cnonizaon, 0 a 36 re ret a ca mas vardel — a das mas entre He iterdias. Pr iso, segundos a ote ia amenberg, para a histéria da fi fial®’, rman a ara g eta Pe forma substancalista, como “cransformagao” aed ances funcional eo co orzone de perganias © f ep concn OE fos ems car noe deinen un Seapine quan do crt oe a rar nas enc A tion aren deca! om nO PS si elspa de uma cole a ais da produ era pee Em rican baando psa an ge See es ec continidade doy acontcments 2s cas eradicionais terms e conte : jpacao” de posi poses sande salto histsrco, isto € que ssja descorinada BO Sts sede Teal plenamenteanalsivel do sistema lterario sinesinlea age peneguida cm novos cores. Em principio; tl SBR: ‘aa Ts Ineraura na sucessio histrica de seus sistemas ea poise a parr de uma série qualquer de pontos de iments Povarade ela somence cumpriré a verdadeiratarefa de toda iis toviogaa se encontrar rouse 3 luz pontos de intersess0 gu ariculem historicamence o catiter processual da "evolgao lis tira’, em suas cesuras entre uma época € OWtra — PONTDS Se ads, cujaescolha nao ¢ decidida nem pela estatitica nem ela ontade subjtiva do historiador da literatura, sas pela histétig do efeto: por “aquilo que resultou do acontesimento- hs dene nr quando Meet apne cpa inn «connie ee mics as vin reborn price tae chit Tle no ogee Detter ona ns is «some ean nmin na ee cpl dees pda gow EE ae irae orion de xpcsativa de a Sees pefermandeccredinens do nd wai, ree Greenport I fcr cov ics cst 'pela sociologia tradicional da liceratura com base limites de um método que, de um modo apenas s {© principio clissico da imizaio narurae pla ‘qual a literatura seria representagio de uma ique, por isxo mesmo, cinha de elvar um wvineulado a uma época espeifica — 0 “ealir KIX — i condicio de categoria literria por xce também o “estruturlismo” das tendénciasini 1e Claude Lévi-Strauss, hoje em moda ‘atv dessa estévia fundamental cnt lsc da representa ede seus esquemasmos doe amen upcaan Na mei em que ep Athan da ingitica eda ici itera estat como scree antopeldgicasacaicas, evestidas do mito tere corso ro sent loa ee om au de uma eid oa Pract dos vextos 0 excuuralsmo red xin «ee porum ado, «erutuas de rma nature socal prime eri, por ous, a expresso mitica ou smb dessas tetas constants. Ignora, assim precisamente a fungSo forma met socal, to 6 salment contain da ieee crm rauratalsmo litera — tanto quant, antes del age ve tia formalist ea marsivta — nose pergunta de que for cia curs “mara, ea propria concepsio de sociedad que sa Tango do proceno hisic, Asim formulou Gerhard Fcc tm sus plestra sobre Das Bild dr Geselichaf in der fe aoe irentur [A imagem da sociedade na literatura rane i954) problema ainda em abert do estabelesimento deur sihealo ents historia dalicracura a sociologia mostrande qe vifterar francesa, no curso de seu desenvolvimento feentes trode svinicar pass primazia na desert de eras es iia socal’, Minka tentativa de, do ponto de vist estos “epcional, responder & pergunta acerea da fungso scialmsie cerstratva da literatura pode partir do faro de ques desde Kal Manni, 0 conctte de boizont de expecaiva fei: tao anerionment por mim na interpreta histrico itera Egor desenvolvido metodologicamente — encontr-s preset fe timbein na aiomtia da sociologia. Tal concsito enconti-se igualmente no centro de um ensaio metodolégice de Karl Re Popper sobre Lets narumisesitemas tebics esaio ete aie P= rene ancorara eonstrucao da teora cientlfica ma experiencia PRE | ‘Gentfca da pris existencal, desenvolvendo a parte da prem Sa de um “horizonte de expecatvas”o problema dao foferecendo, assim, uma base de comparagdo para met definir a contribuigio especifca da literatura no P construcio da experiéncia e de delimiar essa relagio a outras formas de comportament _ See Pee cc oan Seeds name Settee nye once a ee ertecnagee hes contre. asim. oer Bt arse regen da can qian para oaann Araprinca de vide fxge que se choca com um o ‘Gendia Gries 20 defaudamcnte Tomamor contr civ com 2 realidad Icon constitu a experiencia posi da eal Geicre,te modelo ue econo femente0 proceso de construs ford conta do sentido produivo da snares cpt le te pongos, ante 0 (hipottico)nao-eito de pars permanecermos na imagem to prec primeiramente fo, adguitir uma nova exper aleiara logra libero das ops isde vida, a medida em que aa ninas. 0 horizon de expectativ a uel da pdx histrica pelo fi pestis vvids, mas tam Gretiadas, expandir cspago limitado sumo a novos descos, pretenses cob os caminhos pars aexperiénca Futura ‘A pré-orientaio de nossa experienc poder eriativo dalicraurarepousa 3 icra tite, que, através de uma forma nova, romper ‘ausomatismo da percepsio cotidiana. A torn apenas ‘percebids em contraposcio 2 pn ‘Por outras obras de arte © mediante associ ‘Chklovsk 5 tm ratio nessa su famosa str a0 ceme do credo formalista®, quando seins Bette, descobrindo anim s eng uposigdes, nds de oferecido pertencente ‘omtra 0 pre lascios, que definiao belo como harmon rscentemente, rei ota o> “ecundéra de conformar um conte predete ra surge. pore. no apenas para subsiuie ‘mais ariel capa amber de das coisas préformando 0 conte lo primeiramente sob forma ier Ietor pode atlas ante na pote entica, qt so para & no desafio a eflexdo moral" A not or outras formas artistes, quanto I deve ser apreendi modalidades sob cujo sige to historico, stetica pode possuir mtr palaveas, de que "uma questio moral o maior eft 50 lemonsesa da maneira mals processo movido con 2 publicagia da obra na Revue de brigou 0 pablico de nal da “abu desgastada? fol © ‘on desinteresado),vineulado a0 ‘curso indireto live’, manejado coeréncia no tratamiento do fo iso significa a partir de ula extremamente imoral pelo procutar A passagem segues, no FOmancey de Emma ea apeesentaolhando-se ‘ton de 30 vig sds 3 noi, 0 dune le a = 0 procuador roms cx i romeo em 5 0 ee = [Sa — aac das ree nr ra Seer ee exatidio fotogrifica’, segundo 0 juizo da época —. mas 0s com- ‘amis ama estan insegurana dojo Una ver que rompen com wma veh conven a dene ds peor avait ase resp ‘eformmlaeperguntas cone. Tong do julgamiento, dlc x plan o pretext nil da acing mente lasiv. A questo por itermédio da ea conta sociedad js apresenta do que a pee vince: crates da erg dame Bevaryonentase 0 sb a ale oe en. sear’ A que insinca seh de sre, more publi, bom sam par juli" as pega de modo algum ma ie ies moaizador da pare do or neo insperad ft roe iis que fo’ apa de, mediante ma vrs chr trancar leitor de Madame “ea jut moral « que eansformon nove Bowary da cervera de erm aber uma questo ji previamente fax Asim, diante do desposto de, prgaty stil impel aver Flaubert ofercilo ne ara pig dsc ONS 0d img. do autor 0 nal agit coerentemente absolvendg tcomoretnermasconerando 2. ol itr pre ee epents— ote me eae oproceimenaae Bobo de que ainda nto se cinhs regi: BE ord y's pos pen jovde code <2, Be, di gests des posorn sion de pec: uu" PO espero bee 9 0 POS thdane ol 0! 09 Ges oeoes eleven fos emer deco Wipe bes nersia pode pois, mediante einai, rompers expectativs de Sy ctloces dante de uma quest {enctonada pela rit ou po Estado fi Tiger de outros exemplos, melhor élembrar frente Bre, masjéouminismo, 0 princi Teeso de conconracia ene 2 literatucs [Arar entre outros, Friedrich Schiller, [mente para texto burgués que a Ii dp (pine ofeadesleismindanas, Conc. 30 Geenbéan ey na histria da ieratar, cl pos fitaanowsa moderidade mas recente — 10 Derpintae respon e, através da arte, confor tima relidade nov, “opaca, a qual no ma der a pats de wm horizonte de expectaivs ‘Asim, 0 mais recente género romaneso. po ist mowsean oman, surge como wna for ‘maque—ns formulacio de Edgar Wind o 4 onl vendo, Em lamar ate iad ria pode lasiocnte jetrminada arte modet= apresenta 0 caso pe ‘adoxal em que "a soluco esté dada, mas abre-se mio do proble ee a ie de ae a do oka een ed sr Jui-se que se deve buscar a contribuigso oe on oe i che noel oa Focalzando- rare quando a histrada iterator no e Timi simples catty devel age ung Yee Sime. wae qu coube ert ee - Se, em fi ‘dessa tarefa, vale a pena ao estudioso da lite Ee Si gue mae am gue tec Fs ss soament oe — eta * nm pic. eget! He Des tal Windia de ira, cone or pie petit de Page, 19369173 eetapetti tas Grd ce BetimiColbniiMains, 1965, U. Leo, D> eb” (199), i See ad Wl be Das Reus, “Liererpeschichte as gsc in 4 Ha hy sim RW so “Grande der sine Wek nf Bnd 95h rit and ‘indie vie hivophichn Hermen 350), i 85205, pine p 187: "papa scl Rea ge mit en ae "Come hi de arraniar = a SS. oa nga nen is eer 0 spe Besa ena as ae seat So eerie iplexengta ee ee Sam (pages faite ond Mesencr ies (compe vm pore Bee as, potn.[-} spor es [gem ele ois da bua Farin cals pci br Poa an pris 10 pe Caos 3 Spero dings —- 0 ei ww. Ke spar do cxemplo de ER Sem Ht gc ar ag mums no ¢ co pomanecu cat Jo imeeree 0. Merguad is ‘ eon las pens demands Emp ater, Bea, 1948 pA Coen eps avr Desde : ai CSpeete pl ins ecompreenrs mes Fun ou como © pos ee ener is, nied po W banc sequen be ine Teele snd Theos: Pi i Lumut oid ps 5 Bp 528, CE p 526 esse ga Sci oe Kens acorn volume | telco ‘inde nivel poems da ode rus feet br ua ists evel 70 pipe pocens decree : 2 sonjeciche Litermurwisenschat in jung Zeit ne, Sui ‘Neve Tendemen und doe 0 hiriador nicl (0959) p. 47-71, € W. Oda Dolasonen * Phlphiche Runde 91960 de mundo rumo rige das acer que tveram wma ina 0 er marisachen Anes fda mando otal em squids, cle rvoros pelo ca si. Be so on Se ar Fes teseten tn er Lire, Pri, 1967 eee pees ce re a tare neta ten cin ting Secor een Tpektip105-18) Foes ial, conta eo 1921 por VC See ik "HDi Zac de Mize! de Sens NPI cals pr eB. ithe Faces oda ocean er gore” \6F 8 ue Feta dace abe 2 ba” ls him "Berar Welk, 1565. p39 5, tbe, o. i. 47. orcas}. Tyan, Das i PEmcn Dees iri’ ve Probleme der Li B) Tyinnor, Die lnerrichen Kut ide cera’ ma condo de conc I ds colo erties” como coecuo bisico da veh histia da er ARIA nti xc piped ca por E ti Siero dcr his, Monevise, 1958 in Stadion Genre, 7,9. 3213.0 200 ol pri Ereemtbsineno htico. bus numa sie Se penn pr deli: Quin dir, Cc 9) vm pi in i he ve que ec re uel trate iP ede a cc ew on eee ‘on ofr naman Me ane ins toe oe Bi oo ee es 7 een fr dial if ‘tine him back only produces aoe hat we oes use mow from history, tis knowl fe i riser fer Sig ag » mela sal robe eri a on ace ie Sa pomnaemieh ae ee cpio min hae ida 197, 196,92), SG fiom i ei do modo dest Sign oe Tien Ca del ae Toss dun ve “hime ye eae re Val. "Ca Fda di poe tore ‘Com Sond sls Ee ns Hiei i fad pe -Nie hea ea seers ction ues Joni dose oem que Precda ge Telford kao ncn co deer toe dr coon eet somane eps dene rina cinco ue dea ogo Cam Be eicicai Mand i nome sere © Um ebro gue apliaebn ) Sror 16, Be sprnclanent tapes sconce nde a ea 1986.6: Bop 192 cdo por WENA. 1936.7. 179 oy age sre dei Moe Hed, 1963 Sn 8 Petr Wo Boe Grepcitemne nc Peer alle wn Kae, 5 7 Pike eae cmc he lass vr. Bush Gap hee pelo agi x cocinic ds ico, Ee pernen Peak ond Herm Diese mab chines Kise SP Mnige. Con cso ade“ dormer riety Sct ‘vcore cs de eee eR Bere Be tah wd der “Canalo 1981 primer i Pi Pa 950, p16 A osha ep opti ps ce ae seeking spend Mce conus ce Bcc pone ieee |.) Baca pox coi -oapereiselae ‘ a cede oral ncn bg 1k H Bender “Konig nd Vaal 2 pcr de ie rp as saeco de. tara romanichen da Les Mee Tiga do te tima_comsidegio 1 Winch mos abl mcd emp 030 Fore nga lea do papel lebere Ocres comple Ed de a dete ended oie Philip ie tener exci parle demain 2 coun on fie Cone i abana vi nla brew qu de iio seuss, def «vrei do prose TE de a Pade, Pati, 1951, ¥. EEE Tr Badin 0,796 1/0 dt dpe Bn siti vom or ee ane ee ates cme e eer ere ers bi me pe ema ses me Fane Ho cg roenn ter ou se Mont Beste ete caren be So pares miter oh ede pre Ege rd or cmp pics don Hoar Lamina mbm con em deat wba Dee a = Dekalb rd, Pico. 1995.4 Ns - Poin 190 efron Vile Dan rhe Metin "Zar Wea cheno in Dandy onc fir ican Aap. 750 rene Wi Choir, 1967 ; 8 er 6 rapt H.R. Joos, Unies re. Tanking Taing 1959, opcciamercp 1 8c BA Viarer, “Al vecherhe ue possi in: Cobley [Grin Mire 21099), p16 (6 H.G Gala, Wabi wad es 45, eid, p23. Sid, 352 hid 289. bid 7 356 1936 p18, 1965p. 20-2 1965.20. ~ i cl Se ee io. de Choa cag de V. Ea op n elbcadaenteemsad ge ver de pcos eel a eo erie 37-60) programs € apse oman J Se, le 6 pat wy pei, VI pitino quand wana far como ao ngatv quad 1a" U. Matar, cad pot ‘Webs, 1965, Ve opin V. Eh Ai oma pp 2 HL Blamenber, in: Pc und Hermenuie vr no 59) p. 9s See Stet cr= or eed Mage cones ai pceaeere = ison oe . eee et or Secs nc > ge cc elaine era, - eee esc es etree en alae rates eres a mopar es stay pte 0 prot aa tees ces a ee MjiTypianer GR Jalobson, Probleme der Literatur und Spractfrchang Uae inka Sy 9 oops Sr ese fomibisls owl nd Resp” hilepiche ve im Die Lg dr rd lagi ene eg gt dt ve 1 nena diferencias portamento ape eat rts conden Sea span vento cientlco eefletiday fo vide pin, eno 0 pexgusador gin” «compare, aes, 2 Meese fram quesionaon A capes tepcictecs esto cms, os PSs amon tes ur fio Mpesesoen cee prose Tb 0 a faspemern explana do proceimene a Dictate A eat orem — co Gece perder 0 procoien Sede princes 8" (Po Mp. 28 ero Wiha, Orr Ede Pde Pai 199 Name pref, ce promi Me petie me rapt Vou meio”. Templar uct cll VBE Auchach, Mimesic Dergeelie Wirth Lae, Ber, 1946p. 430 (No Bras dale hrs cde So Po. Peres 1.717 (hades pair do agen ibid mene Ana rac, Slr Asa cea aplicago de frm en Tindall Pott nd Hermenei 1 (sr nota 99), p93 ANEXO Os horizontes do ler* Hans Rober Jas fla sobre A biti da teat car provocago a tora literdria Peas sine an cam vo ue reno de min ala in ene p pra que Abi de nein eave nr ba desde no encod ot ora, Imagine coloa-me na stage de wih a ec aque, prsdovalmene chamam opal aa ca mesmo tempo, esponsabiiza Pot a ara rpercundo se paradxo fi ainda mas it drama da cepco eventemente prtence Aqua t= fn qucapescmands um novo ustonament impoemese tom aan ito ques eps, ora dill eompreende oF herano san problemas tora sigur dia consideradosprble: Tine ie fl pine allicate cm bab rain Algncve AE) om 1 Beste elicies propor form erent cones 0, Iie chee! minha formulae sono Pears tes cm gu Bete be Hesdcoer quanto Bie Marcel Pour, dediqucre aon cx REE Dee otieralicas, Rober | Balst, haviam See eas cocmunidade cettica — Ievanado ctr Cermentisico da obstrucio do aces a una licratwa quesrns Be Ace arcinica de Guieuccstno mene RMR Atenins qual Bulstresurnin as suas Bedrnien ke Pipes (Ronderagses de um Gtogo|: “ext algum jamin, Be hls elnterprcad Flologicamerc por dopa Ber cas ples que me BO vender a forma co sentido da obra ei BE ee etenparacto.com aqucasfoncs que os flog ee eect ocr as uzs, mas sim da eronsntan Rea os etores contemporincos 1 obra ede enforce mish dg eet Nao wu um tdrco into; sempre chou & cone ; Hib premisss de minha atvidade a pare pret mene da conremplacsohistica c extsics. Ader, um im a feescnecenro para que cu encontraneodninn BR seeded minha propria cri. Seu primero eho “Sue parodiando Scilr,ostntavao elo “O que éecom Spe fim estadahistria da iterasra” (1967) — deve seu de stn tim outro poerovo oponene: a cicada INacondigio de “ciencia edencora" da déada de que hoje se aiguraespancors ela domino ida fundasao da Universidade de Conscana. No prog 2 antigasfilologia haviam sido substildas ‘dscplnas da lingistica. Sobre itera nem {como objeto de uma ciéncia autdnoma, iprimeirameneserimposta por aqua que it ide Constance. du apena, abathel come 6 uma die tados sobre iuiette © Walther lependentemente um do outro, e prow arama tema des” Reinecke Fuchs no ee onl eit eke da de 70, Por iy aso nose even wnicamente ink di ands oe Unidos), mas também, com certs, 8 eSB teary nos Esser ecesse 0 leitor como uma terecira insti ro op dr compenan ic ede pores Se cao o coheimen ise «cme ae esrtor ico como instnca dale da comune “Tatas do volume m* 418 de sic Eton Suhshamp, polio ex 1970 en tale Litratrgshiche as Provohaon (A iti da rata €5m6 floral Alem dotted A hina de rate come posse ae Tt pad cm 1967 cm o ao Laer a Proton de Trwaewerfi nisin sng comer“ aciahe Tea lpgemaigs ewssin der Moderns” [Tradgo eae conse ata ‘S'mdemnde, "Schlegel nd Schilers Replicas iQue des Ante ‘de Madea [Apia de Selo! Sculer3 "Quctele den Ancient des Mada 0m Ene der Kunsterne~ Apt der achen Revlon Hin go und Senha” (0 fn da ane — spec sr Hee, Hap «Seal «Gute dr Ku nd Hine tee hisoriografis). (NT) bap Sra em tink cpei, ao empire cep do poricame gore Ae Ben ne reine “Mo origem aos campos opostos da teors Inert S245: de Ree rece eies hese ho longamcotsieniaos rma set o8 8c. Pita ltertura como provocecio teorialnennig en Pit Term actbosc panes devisees Nt eonremplciohisiic cos para + form Cen (rp prs. iss) dance gunn lojra dfrad ne Aleman ay Bie lara atria “argue? Ag escrinicachonron 0 fro de cuter ide ne on (Stieambas ar fers — vino por ans com urn tgs” Ils Mas confess com rae (com Bieaolinn de seo) uc to pe Pests mess opostors martes Para mim ween een Weer Kruse seu Liercigesiie al scebcnan eMedia a Vicars come vac, histeccluont Bispars ios geracto, consti o manic de depeaes i sorta do expirio da intcrprcacio clear a (se O manasa liberal Werner Kraus fo 0 primciro om oa Bala omperoencano ds cra ortodoxs do cen, grand valabordagers de seu estado solve o luminimo,lerar 2 Petals de amb a rents do dla nacional de um das Ess alemio aussctone, tcinserindo-o no comer do Miariniamo europe. J4prosene em sea escrito progeamdco Utes encontrse 0 conceito de funsio constiuva da eetateonconativa des normas, conecto cic que postr Beatie Mantis idcléyio-ctica ene eatin fsaformiade ou em desconformidade com o sem, cu fou descumpridora das normas ‘O neomarismo da gerico de G8, por ost lado, eou {im igoroo reduionismo, explicando la prod: eh pide desrminanis conics e xa de ‘© abismo ene © contemplagge EU, posi me ncia de meu di = = xe da lane dominante pretendendo revear em 1 i connec ac ie in + ideolégico-critica. Contudo, 0 inesperado: 2 ies oe acon me mad de rao, abana iirc ie imeo de Man an os models ofercetos pelo joven Mars, Maree fenjamin «Adorno. anda 0 debate crtico aclarado a qoca de deusa- ma pleases idcalistas da teoria materialise eas defi Se da teora idealista-burguesa —, desnecessée puta. Depois disso, a nova on- cis materials outr lado shies da redep- ee Mento de expectativacexperigncia o horizonte de sigai- Geos inaliteriio, implicito na obra, e © mundano, provide io lenor de determinada époc revo dos comparatistas em Innsbruck, ditgi lado a lado com fio ferse0 pros (ddas hist {odo problema da recepsio. Po Para mim, a reconciliagdo ev ndo, em 1979, no con recep lteriria’. Nossa segio sais intensa aflugncia € onfrontou-nos com perto de uma centena de trabalhos, Emi lencio, crescerainacrediavelmence © niimero de adepts do no: vo paradigma! Se eo nese eco mundial, regisrado em traducbes para deneie 12s lingua, uma gensina mi panadigma ou wma conjune tuna favriveldererminada pelo modicmo? A maim me parece que, no campo da literatura eda teora estéica, wma coisa ndo tem ne= cesariamente de excluir a outra. Primein cs iro, & necessirio que © ‘modismo arrefea; somente entio se pode verificar se uma nova Perpectiva foi capar de estabelecer-se— se ni lidade d se no na qualidade de 'um método cientfico, pelo menos na condigéo de uma diregSo investgativaFecunda mibém a longo prazo. Ao Ambito do moe smo pertence o fato de o conceito “horizonte de expectativa™ *er sido acolhido pelo uso comum da lingua (chegando-atéa te ee : i Ou ainda de a palavra frame ti” 40s ty Ao vcsbilio eps da ans" 6 por fim, © fato de os n as tex one nomes Jauss ¢ Isr Pei Madura concn i ig eee

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