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Prof.: Rosana Bustamante ANO 2014 ARZENO, Psicodiagnéstico Clinico Recs eran 1, O PSICODIAGNOSTICO CLINICO NA ATUALIDADE. Arzeno sustenta que um bom diagnéstico clinico esté na base de orientago vocacional e profissional, do lrabalto comma peritos forenses ou trabaihistas, entre outros. Existe uma diferenga entre diagndstica clinico e psicodiagnéstico, pols 0 Giimo implica na adminisiragzo ecessariamente de testes, nem sempre convenientes. Freud, em “A iniciagdo do trataments" falava da importncia da otapa diagnéstica para o tratamento. Considerava vantajosa, tanto para 0 paciente, quanto para o profissional, que teria condigées de aveliar se Podera cu no chegar a uma conclusae oositva, Arzeno desaconselna 0 profissional a dedicar muita tempo no diagnostico, a fim de que no se estabeleca uma relacdo traneferencial, Um diagnéstico psicolégico ¢ imprescindival, portanto: + para saber o que ocorre e suas causas a fim de responder a damanda da consulta; + para iniciar um tratamento (indicagao terapéulica), com o conhecimento de qual o problema a ser considerado; + proteger © psicélogo (compromisso ético ¢ clinica). 0 processo psicodiegnéstico configura uma situacdo com papsis bem definides e com um contrato no qual uma pessoa pede que a ajudem © oulra aceita © pedido e se compromete a satisfaréa na medida de suas possibilidades. E uma situagao: + bipessoal; © duragao limitada: + objetivo é conseguir uma descrigéo © compreenséo da personalidade total do paciente ou grupo famitar; ‘+ investigagao de algum aspecto particular; + incui aspectos passados, presentes (diagnéstico) e futuro (progndstico) da personalidade, + use de téonicas : entrevistas: teonicas projetivas (testes) ¢ entrevista de devolugao. DIAGNOSTICO PSICOLOGICO_-X_PSICODIAGNOSTICO Psicodiagnostico implica a administragao de testes As 4 Finalidades do Psicodiaanéstice: 1. Dlagnéstico — Explicar 0 que ocorre além do que 0 pacienie pode descrever consciantemente. Um processo que se estende entre irés € cinco enltevistas aproximadamente. Possibilta exirair conciusées: de grande utlidade para prever camo serdo 0 vinculo terapéutico (se houner terapla fulura), os momontos mais dificois do tratamanto, os riscos de desorgao. A ulllzagao de diferentes instrumentos diagnosticos permite estudiar 0 paciente alravés de todes 2s vias de comunicacao. A betera de testes utiizada deve inciuir instrumentos que permitam cbter a0 maximo a oroiecto_de si mesmo. E imporlante incluir estes padronizades porque nos dé uma imagem de Seguranga diagndstica maior. Dave-se incluir a relagao de transferencia-contratransteroncia 2. Avaliagao do tratamento ~ Meio para aveliar o andamento do tratamento. E 0 que se denomina ‘re- testes”. Pode-se criar uma bateria paralela selecionando testos equivalentes. 3. Como meio de comunicagao ~ Favorecer a tomada de insiaht, ou seja, contiibuir pare que aquete que Consulta acguira a conseiéncia de soffimento suficiente pera aceltar cooperar na consulta, Provocar a perda de certas inibigdes, possibiltando assim um comportamento mais natural 4. Na investigagao ~ Dols objetivos: ‘A) cragao de novos instrumentos de explorago da personelidade que podem ser incluidos na tarota psicodiagnéstica: 8) planejar a invostigagao para o stud do uma doterminada patolegia, algum problema trabalhista, ceducacional cu forense, etc. + Escolha da Estratoqia Torapoutica Mais Adequada Um psicodiagndstica completo @ correlamenie adminisirado permite-nos estimar 0 prognostico do caso © estratégia mais adequada para ajudar o consultante; entrevistas de esclarecimento, de apoio, terapia breve, Dsicanalise. terapia de grupo, farnillar ou vinculer, sisiémica ou estrutural; andlise transacional, gestaltica, ete Edessa 2. OBJETIVOS E ETAPAS 00 PROCESSO PSICODIAGNOSTICO Obietivos do Psicodiaandstico um estudo profundo da personalidade, do ponto de vista fundamentalmente clinico. ‘quando 0 objetivo do estudo & outro (trabaihista, educacional, forense, etc.), 0 psicodiagndstico clinica & anlerior @ serve de base para as conclusdes nacessarlas nessas oulras areas © Psicodiagnéstica ¢ um esludo profundo da personalidade, do ponio de vista fundamentaimente dlinico. A concepeao usada da personalidade parts do que a porsonalicade possui um aspecto conscienle ¢ cutro inconscente: que tem uma dinamica intema (descrita pela Psicandlise). Cada individuo possui uma contiguragso da personalidade Gnica ¢ inconfundivel, algo como uma gestalt pessoal que tem: 0 contento sociocultural ¢ famil um nivel @ tpo do inteligéncia que pode manifestar-se ou nao segundo exisiam ou nao interferencias ‘emocionais; Impulsos; controles; desejas: inveja: sadismo, masoquicmo; narcisismo; ‘gra de Submissio, maturidade ou onipoténcia; ‘ualidades depressivas ou esquizdides; Uso de cefesas tipo obsessivo, fobico ou histen fatores hereditares. deve ocupar um lugar importante no estudo da personalidade de um individuo, |8 que € de onde ele provem. Portanto, 0 estudo da personalidace de um individuo 8, na realidade, um estudo de pelo menos 3 ceracées que se desenvolvem em um determinado contexto étnico-sociccultural. E imprescindivel saber qual o objetivo do psicadiagnéstico que itemos claborar. Para isso, antes de iniciarmos, 0 psicblogo deve esclarecer com 0 clienie/paciente qual 0 motivo manifesto 2 mais consciente do estudo e intuir ual seria o moto latente ¢ inconsciante do mesmo. Elapas do processo psicodiaandstico: Primoiro Momento ~ ocorre cesdo 0 momento er quo © consukante faz 2 soliitagao da eorsuta até 0 enconito pessoa! como profssional, p EaA\ > Segundo Momento ~ ocoro nafou has dames entrevstas nas quais tanta-so esclarecer 0 motivo latenie ¢ 0 moivo manifesto da consulta, as ansiodades e detesas que a pessoa que consults masta (& 6us pais ou 0 recto da familia), a fantasia de deena, cura e andlce que cada um traz.é a construgae da histéra do incivduo e da famika em questao. Terceiro Momento — 6 0 que dedicamos a reflotir sobre o material colhido anteriormente e sobre nossas hipdteses iniciais para planejar os passos a serem seguidos e os insirumentos diagnésticos a serem_ uithzados: hora do Jogo indivicual com enangas @ pubares, entevistas familiares diagnosicas, testes gréficos, verbais, lidicos, etc. Em alguns casos & imprescindivel incluir entrevistas vineulares com os membros mals mmploados na paialogia do grupo teria Quarto Momento ~ corsiste na realzagao ta estratégia degndstice planeiaca. A melhor orientagio para cada caso va da exparéncia Binca 9 nivel de anaiiso porsoal co provissionah Quinto Momento ~ & aquele dacicado ac estudo do meteral cotico para abter um quadko o mais clero poseivel sobre 0 caso om questéo, E noceseario buecarrosacréncias o conergonetae donivo 60 mats, encontrar o significado de pontos obscuros ou produsées estranhas, correlacionar os diferentes insumerts ut-zados ene & e com & hetora Go ndvidu e ca fama, Os testes dover ser taauladse corretamente ¢ deve-se interpretar estes resultados para integra-los ao restante do material. * Observacao: O mais dfici nassé momento do estudo € compresnder o sentido da presenga de algumas incongruéncias ou contradigdes € aceitdtas coma ais, Ou seja, renunciar @ onipoténcia de poder entender tudo. Estes elementos ndo deverao ser desprezados, pelo contrério, deverdio sor colocados no laudo que enviarmos 2 cuem solicitou 0 esiudo, Nao devem ser incluidos na devoluco 20 aciente, pois isso poderé angustiéto muito € provocar uma crise, um atague ao psicSlogo ou uma eesercan. ‘Sexto Momento (Entrevista de Devolugae} — Pode sar somenta uma ou varias. Geralmente 6 feita de forma separada: uma com o individuo que foi trazido como protagorista principal da consulta ¢ outre com os pals © 0 restante da familia, Se @ consulta fol iniciada como familiar, a devolugSo © nossas conclusées também serdo feitas a toda a familia EB essen imo Momento — Consiste na elaboragao do informe psicolegico, se solictado. 3. O ENQUADRE NO PROCESSO PSICODIAGNOSTICO Qen © enquadre inclu’ nao somenie 0 modo de formulagao do trabalho, mas também 0 odjelivo do mesmo, @ frequéncia dos encontros, 0 lugar, 0s horarios, os honordtios e, princinaimente, o papel que cabe a cada um. CO enquadre varia de acordo com 0 enfoque teérico que Serve como marco referencal predominanie para 0 profissional,conforme a sue formagao, suas caractoristcas pessoais © também conforme as caractaricteas do consultante A qualidace © grau ca patclogia do concutanto nos obrigam a adsptar 0 enquadre a cada caso. Nao 8 possiveltrabalhar da mesma forma com um paciente neurético, com um psicdlico ou com um psiconata grave. A idade do paciente também influi no enquadre escelhido, Conclusao: ¢ impossivel rabelher sem um enquadre, mas nao existe um Unico encuadre, Em La entrevista psicolégica, coloca Blover ava obler 0 campo particular da entrevista que descrevemos, devemos conlar com um enquadre fixo que consiste na transformagao de certo conjunto de variaveis om constantes. Dentro deste enquadte inclu-se nao soment @ alilude tmica #0 papel do enlrevistador como 0 temos deserito mas também os objetives, o lugar @ a duragao da entrevista. O enquadre funciona como um tive de padronizagao da situagao estimulo que oferecemos 0 enirevisiada, ¢ com isso néo pretencemos que deixe de agir come estimulo para ele mas que deixe de oscilar como varlavel pare o entrevistader. Se 0 enquadre sofre alguma modificagao (por exemplo, porque a entrevista é realizada em um lugar diferente) essa modifcacao deve ser considerada como uma vatiével sujeita & observagao, tanto como o proprio entrevistado. O campo da entrevista também nao é fixo, mas dinamico, 0 que significa que est sujeito a uma mudanga permanente, e a observagao deve se extender do campo especifco existente a cada momento 3 continuidade e sentido dessas mudangas + Assimotria de papeis no enquadre: © que marca a assimotra de papel € que o psicdlogo alspte de Conhecimentos € insirumentos de trabelho para ajudar o paciente © decirar os seus prodlemas, a encontrar uma explicacae para os seus confilos e para aconseina-lo sobre @ maneira mals eficente de resolvé-los. + Lado Infantil @ Lado Maduro: Tanto 0 terapeuta como 0 paciente, bem como cada um dos pals, trazem ambos aspects. Por isso, acvertimes sobre o 1isc0 de que sc estabelegom situacdes nas quais s80 colocadas em jogo as partes infantis (primitivas © onipoientes) de cada um, inclusive do proprio profissioral + Mouificacao do Enquacre: Multas vezes 0 proceso psicodiagnéstico ro acaba com a aceltaga0 facil de ‘nossas conclusdes. Os consultantes precisam tempo pare pensar, para assimilar 0 que thes foi dito. Muitas vezes tamoém precisamas de lempo para ralificar e reiificar as nossas hipdteses. De modo que algumas vezes 6 necessdrio modificar 0 enquadro inicial no quo so rofere a0 numero de entrevistas © deixar mals espaco para concluir 0 processo com maior clareza Cada insituicao pode (e deve) fixar os limkes dentro dos quals val se desenvolver o trabalho do sicéiogo. Por exemplo, a duragso de cada entrevista, 0 tipo de diagndstice que se espera, o modo de deixar registrado e arquivado o material, 0 lipo de informe final, etc. Mas 0 tipo de bateria cue sera usada a sua seqincia sic de responsabilidede exclusiva dos psicdlogos. 4, PRIMEIRO CONTATO NA CONSULTA “Primeira Entrevista’ 6 um concelto referente 4 primeira etapa disgnostica que tem um odjetivo especifico. mas no significa que deve ser sé uma nem que deve ser realizada obrigatoriamente no inicio do processo diagnostico. Contato inictal com 0 cliente pode se dar de civersas formas e por diversas razdes. Quando houver um pecido de um profissioral oara um estudo de um determinado paciente, recomendamos que o avaliador busque 0 minim de informagses para nao provocar intarferéncia na rolagdo anterior (com 0 torapeulta, por ex). Deve-se buscar informages cobre a identidade do grupo familiar, motivo da consulta ¢ investiga’ as razSes que levaram o lerapeula a solicitar uma avaliagao psicalégica Os 3 Elementos Important EB eccinpiepnsins + Motivo da Consulta: © motivo aprasentado @ © que chamamos de motvo mantasto, uma voz que o mesmo ou 0s motivos que afforam na primeira entrevista ndo sao 05 mais auténticos. Ao longo do processo podem ser descobertos outros mativos subjacentes, latentos e geralmonte inconscientes, sobre 08 quais se deverd falar da forma mais ampla possivel e aconselhdvel, cue no obrigue o paciente a {fazer insight fora do “ring” + Sintoma: Chamaremos provisoriamente ‘sintoma’ aquilo que o consultante traz como motivo manitesto ‘da consuita. A medida que a primeira entrevista se desenvolve poderemos perceber se ¢ realmente um sintoma, do ponto de viste clinica, ou se esté somente encobrindo outros. Devernos eproximar-nos do motivo latente ou “sintoma” real da consuita, principalmente consideranco que deveremos retomar didlogo desse ponio na entrevista final. Para falar sobre sintoma devemos levar em consideragao a ‘lapa de desenvolvimento em que se enconira a pessoa que nos consulta. Ouira elemento a ser levado ‘0m considoragao ¢ 6 raz30 pela quel ease sintoma preocupa o paciente ou a sous pais, ou a ambos, ou feni@o que sinlomatologia preccupa a cada um dos interessadas na consulka. Sera nossa tarefa inlegrar ‘essas imagens do uma unica personclidads, definr 0 que realmente ocorre com a erianga, entre toda aquelas projesies feitas pelos oulros envolvdos, @ decir a oem de relevancia de lao rica sintomatologia. Outra pergunta a sar formulada @ por que o sintoma preosupa agora, em casas em que ‘existe sintomatologia bestente antiga. Quanto maior 0 tempo transcorrido enire 0 aperecimento da sintomatologia até 9 momento em que se concretiza a consulta, maior a nossa suspeiia de que exista ‘outro mofive latente, que foi o desencadeante para realizer a consulta ‘+ Fantasias de Doenca e Cura: Em uma consulta na qual o nteressado deve expor a sua preocupacao, 0 motivo que o leva a consullar, 0 que ele considere 0 sintoma prescupante, esta imolicite uma fantasia de doenga e de cura que guatca uma estreitarelag2o com 0 motivo latente da consulta. Hé uma fantasia de ‘doenga em cada um dos pais, no paciente e no profissionel que escuta o que é relatado. Essas fentasias nem Sempre coincidem Tudo isto alertara ao terapeuta em relagdo ao enquadie de sua tarefa, e a ser muito cauteloso na entrevista final para ajudar aos pais de forma que revojam a sua concepcao da vida, dda doenga ¢ da cura. Trabalhando sobre isso, provavelmente poderemos moi ficar as suas Fantasias em Ielagao 4 nacessidade do ajuca ¢ de quo tipo. © Novela Familiar: E imporiante que durante 4 primeira ontrovieta, além de expictar 0 sintoma que © paciente traz. e as suas fantasias de doenga e cura. teritemos obler uma histéria ou novela familiar. Os dedos cronoldgicos exatos 680 importantes, mas mais importante ainda é a versio que os pais ou 0 paciente irazem sobre essa historia ¥ Contextualizagao e Aspectos do Sintoma © sintoma ou as sintomas trazides como mativo da consulta devem ser colocados dentio de um conlexto volutivo, de forma a nao serem superdimensionados. O sintoma apresenta 1. Um aspecto fenomenologico. 2. Um aspecto dindmico. Mostra e esconde ao mesmo tempo um desejo consciente que entra em oposigaio ‘com uma proibicaa do superego, 3. Em todo sintoma hd um beneficio secundario. x 4a 5. Osintoma esta expressando alguma coisa dentro do contexts famitar—— = Todo sintoma implica fracasso ou rompimento do equilibrio entre as séries compiementares. Fornacao do Sintom: Conic interne Heranga e Historia prévia Situagdo, consiturgio | [] | dosujeto real |] | desencaceante | — } Ahiscria dos ov fantasia adivicwat ow | — nets , Mobiliza Defesas Quadro Neurstieo | Motive manifesto © + tatente da consulta antepassados) familiar) Formagao de Sintomas “Fantasia de doenga: Técnicas que facilitam sua Identificacao. “A fantasia de éoenga ¢ cura ¢ um conccito desenvalvico do panto de vista teérico por Arminda Aberastury. Ela pode ser enconirada por melo das seguintes teerieas 6 FR econ sesrtne + Em crigngas pequenas: noras do jogo, desenho ivto, respostas as laminas do Roscharch, + Em criangas com mais de dez anos, adolescentes ¢ adultos: a entrevista projetiva, desenho live, Teste de Rorsenach, A hipétese proposta ¢ e de que encontraremos resultados ccincidentes (recorrentes ou convergentes). Em uma entrevista inicial, ela também pode ser indicada. Por exemplo, se o paciente diz: “Esiou me sentindo mal porque no consigo me concentrar’ e nés perguntarmos 0 que ele acha sobre esse problema de ndo conseguir concentrar-se, estaremos @ carrinho de descobrir aigo sobre a sua fantasia Inconsciente de doenca. v Fantasia de Andlise ‘A fantasia inconscienie de andlise refere-se a0 que © sujeito concebe inconscientemente como método para obter aquilo que a sua fantasia de cura coloca como solugao de seus conflios, O desfecho dos lesies projetvos verbais com historias é um elemento que da uma informagao valiosa a respaito, © por isso 6 imprescincivel incluir aigurs deles na bateria de testes. Poderiamos dizer, em geral, que as fantasias riciais de cura possuem um marcante toque magico @ onipotente {ue vio adquirindo caracteristicas mais realistas e menos onipotentes a medida que 0 sujcito amadurece. "Madeleine Baranger eniatizou 0 concelto de fantasia de analise que val se dasenvolvendo 20 longo do tratamanto. E isto quo vai se modificande no decorrer do tratamento psicanalitico, até chegar co ponto em que essa especie de niicleo enquistado deixa de Sé-lo. Transforma-s@ no ponta central da analise, mas, mesmo Se tomado mais tragi e menos perigoso, ficard sempre um resto itrecutivel 4 analise (algo assim como um ponto 2g0), com 0 qual manteremos relagdes mais permeaveis e maduras. Objetivos e Requisitos da Primeira Entrovista “Requisitos: + 4% No comeco ser muito livre, no direcionada, de forma que possibilte a investigacao do papel que cada um dos pais dasempenha, entre eles © conosco, 0 papel que cada um parece desempenhar com 0 flho, a fantasia que cada um traz scbre o ‘iho, a fantasia do doonea ¢ cura que cada um fem, a distancia enire 0 motivo manifesto @ o Tstonte da consulta, o grau de colabora¢do au de resistencia com o profissional. Para isso, sordo levados em considerago tantos elementos verbais como n3o verbais da enirevista, 2 gesticulagao dos pa’s, seus lapsos, suas agées, Contratransferencialmente, deveremos Jausewtar de maneira constante aquilo quo sontimoe @ a¢ dseociagves que fazemos a medica que eles ‘igo relatando a sua versio do que ocorre. O passe seguinte do processo, comparar essa imagem que lemos dele oom a que realmente estamos recebendo, + 2% Depois deve ser bastante dirigida de forma @ poder elaborar uma historia clinica completa ¢o paciente, Devem-se solictar dados: dave-se calher informago exaustiva sobre a histéria do sintoma; lymbém ae deve devar estabeleado um cantato pare esta etapa do trabalho dagnésteo i OE Spe + Ansiedade ¢ Aspectos Transferenciais ¢ Contra-transferenciais: Fm um proceso diagnésiico & fundamental trabalher com um nivel de ansiedade insitumental, ou seja, saudavol. Isto 6 importante porque o nivel do ansiedado 8 0 modo come roagom o pacionto, os pais ou a familia para conté-la ou maneja-la & um dade diagnésticn e progndstico muito signficativo Nao devemos esquecer que trabalhando com um enfoque psicanaillica estamos desde o inicio inclundo aspecios \ransferenciais da relagao do pacients ou dos pais conosco, © também (mesmo se nao as varbalizemos) contratransferenclals. Nao devermos esquecer também que aquilo que se teestutura, seguindo a leoria da Gestall, ¢ um campo no qual cada um dos integrantes (no qual nés estamos incluidos) ter uma constante moblidade dinamica, de tal modo que © que vier a ocorrer & algo além do mera somatério de condutas, individusis. + Psicodiagns: rupal Nos casos em que estivermos fazendo um psicodiagndstico grupal, nfo ha uma primeira entrevista inicial individual ou, se cla oxiste, 6 muito breve. Nesses cases, deve-ce iniciar convocando 0 grupo para a aplicacéo de uma série de provas coletivas (ou seja, cada um fara 0 seu trabalho simultaneamente com o dos outros) ou grupais (nas quais, entre todos, vo elaborar uma resposts a uma solicitaglo nossa). Nastes casos, a informagao que viermos a obler serd algo assim como uma mera discriminacao entre Os que possuem € os cue do possum um requisilo determinaco. Na segunda etapa deste trabalho, serlam convecados os individuos ‘cujo material apresenta o que chamamos de indicadores de confito ou de patologia, 5. ALGUMAS CONTRIBUIGOES UTEIS PARA A REALIZAGAO DA PRIMEIRA ENTREVISTA COMO ‘CONSULTANTE Primeira etapa do plocesso Psicadiagndstico @ possui diversas objetivas. Nao é preciso ser uma Gnica entrevista, dependendo do nivel de anciedade dos pais da erianga @ ser avaliade ou de proprio adult: 1) pode ser mais curte (breve conversa) e centralizada na descrigao da preocupagao; 4 Aaeinnn torsion Dard j Linencinin 7 BRecesi parsons 2) psicélogo deve conirclar a curiosidade © manter uma distancia ideal pare estabelecer um chma agradavel, sem iomentsr expectatvas de um vinculo breve; 2) ometivo da consulta guard 2 exploragdo do tema: 4) motivo da consulta manifesto: proximo a consciéncie que 0 sujeito prefere mencionar primeira; 5) motivo latente ou incensciente: surge & mecida que trenscorte o processo: 8) sintoma: aquilo que o pactente traz como manifesto na solistacdo de psicadiagnésticn 7), motivo manifesto e consciéncia da dosnca: o paciente sente que tem algum problema ¢ o descreve na primeira entrevista (@ cueixa pringpal) da foun como pode, tate-se da cosncéncia da dosnga que ocorro om diferontas graus. Assim, hé uma diferanca entre 9 grau do concciéncia da doenga no ico do processo e aquele obiido a0 final 8) consciencia ds doenca @ fantasia inconsciente de dosnca: dois concaitos distintos @ parte da discusséo entre Anna Freud MK. Para Anna Freud, a crianca nao tem consciéncia da doenca, contudo, para MKLein as crangas apresentam consciénca da dosnga cuando sent algo que gera makestar. MK acredita também em fenigsia inconsciente de doenge em todos os pacientes aue Procuram fazer uma avallag30 psicoldgica (se estvessom se sontindo bem, no fariam uma avaliagéo psicoléaica, haveria, portanto, em nivel inconsciente, percebemos que ha algo mai e causa do). 9) motivo latente e fantesia inconsciente de doenca cure: a fentasia de doenga inconsciente & aguilo que 0 sujeito sente, sem se dar conta, tem relagao com o sentinento de responsabllidade & compromisso com 0 sinioma deseito conscieniomenie © ce refers ao que esti mal o 8 cua causa; esi telacionado com a fantasia de cura que implica aquilo que o sujeto pode imaginar como solugso para sous problemas; 10) faniesiainconsciente de ardlise: (Baranger) sujelo concebe inconscientemente como metodo para bter aquilo que sua fantasia de cura coloca como solugao; 0 desfecho dos testes verbais com histérias (HTP, por ex.) € um elemento que da informagao valiosa a resocit, por isso imprescindivel inclur alguns em batarias de tesies, As fantasies inicais de cura possuem um marcante toque méqico © oripotente que vo adcuirindo caracteristicas mais realistas ¢ menos onipotentes & medida que 0 suflto amadurece 14) romanco famifar: primorciaimonte, o primeire objetvo da ontrovstainiial 6 ccnhocer a histéia do Vicia do sujeto e de Sus familia; Cantudo, mais importante que regstros cronolégicos das 3 geragbes @ a reconstrug’o do romance familar, com sous mites, sogredos, tradigoas, ele. AS perguntas na rFeconstrugdo do romance familar devem seguir uma orientacao, lembrando que: 3. 0 sinfoma apresenia aspecios fenamenovogicos: descrever 0 compoitamento cbservado, motivo da queixa: b. 0 Sinlora presenta um aspacto dinamic: mostra @ esconde ao mesma tempo um desejo inconsciente que entra em oposicéo com a proibigéo do superego; importante pecguntar as Crlangas como elas reagem diante dos sintomas descritos pelos pals por ex todo sintoma causa um beneficio secundéro; importante calcular o cue e358 sujeito obtém nesse sentido € 0 que ele perderia caso abandonasse o sintoma; [ss0 ajuda a pensar nas rosistoneias que 0 sujito colocara na cuperagao do sintoma; 4. sinioma expressa © nao-dito, devendo ser explorados 0 contexto atval e histiia familiar dentro do qual curgiram; ¢. todo sintoma implica em fracasso ou ruptura do equlibro intrapsiquico 1p Esquema Froudiano: guia para saber as informagdes que devem ser colhidas na entrevista iniciale posteriores: 12) psicéiogo deve register o que for necessério: ragistto verbal, ndo-verbal e regstio conlratransferencial (deve ter cuidedo para no confundir aquilo que ele registra como algo do outso. com efeitos de suas intervencies em areas nao resolvidas de si mesmo); 19) encerramento da primeira antravista: estabolacer contrato © onauadro; 44) comesar 0 trebalho pelo conteico manifesto ~ quando ha preocupacdo com o presente, & contraproducente comacar pelas informagaos do passado; + Quando o paciente ¢ de outro profissional: néo criar interforéncias na relagao transferencial preexéstente. Nestas cicunstdncias, 0 psicélogo deve conitolar a sua curioskiede © manter uma distancia ideal que Posebilito um cima agradavel para trabalhor, sem fomontar falsac expectativas no sentido do criar um. Vinculo que muito brevemente serd interrompido. + Recursos de que dispde o psicologo para registrar tudo o que é necessario dese 1, Acomunicaggo verbal é a via essencial para tal objetivo. 2. registro do nao-verbal também é essencial 3. Registro contratransierencial, para que cle seia coniidvel, 0 psicélago deve ter realizado uma boa psicanalise de forma a nao confundir aquilo que ele registra como algo do outto com efeitos das ‘suas intervengées em reas nic resolvides de si mesmo. ntrevista inicial: Y_ Estabelecimento do Contrato: No encerrsimento da primeira entrevista, 6 indicado combina’ os passos que sean seguidos, os Norstios das, consulles posteriores, assim como esclarecer também quais serso os honorarios © a forma de pegamento dos Y Presente ou passado, por onde comecar? (O mais conveniente @ comecar pelo motivo manifesto da consulta passando por todas as areas que possam ter cconexao com 0 mesmo, pare logo investigar as cutras cautelosamente sem descarté-las sob nenhuma hipdtese. 6. AHORA DE JOGO DIAGNOSTICA INDIVIDUAL. ENFOQUE ATUAL E EXEMPLOS CLINICOS ‘A Hora de Jogo na Primeira Entrovista com Criancas Na entrevista prévia que twemios com seus pais, combinames que estes Ihe diriam 0 motivo pelo qual a levariam av consultério, mas sem delalhes profundos, Nasso didlogo com eles se inicia, “Vacé sabe por que ‘seus pais 0 touxeram?” Y- Logitimidade de equiparar ou nao 0 brinear da crianga com a livre associagao © os sonhos dos adultos *Anna Fraud X Melaine Klein Para Anna Froud, 0 jogo é uma forma de acting que em nada pode ser comparado 20 sonho ou &s livres associagies dos adultos. Para Kiein, é a via regia ao inconsciente, come 0 S80 as sonhos nos adultos. Para Anna Froud, 2 anaiise do crianas diforenciava-se. A crianga ndo possui consciéncia de coenga, esta ainda presa aos seus objeios originais, no sente prazer nenhum em ser analisada, as resisténcias s80 Intonsas 0 oxplicavels, ote. Para Klein, polo contrério, 0 brincar a linguagom tipica da crianga. Quando falta a pelavra, o brincar expressa luo, e mesino quando a palavra ja tiver sido incorporada a linguagem lédica € mais expressiva que a verbal ou, endo, no minimo, um complemento imprescindlvel. *Fantasia Masturbatéria e nivel de desenvolvimento Outvo canceito de Kiein ¢ 0 de que toda hora de jogo expressa uma fantasia masturbatéria. Refere-se a que © brincar transmite algo que esta no fundo do inconscionte da crianga que tem relag3o com a cona primaria, @ a natureza desta vai depender do nivel de desenvolvimento das relagdes objelais no qual ela se fixou, Fantasia ‘masturbaloria significa fantasia de que entre um coisa e outra algo acontece. * Fantasias de doenga e de cura e fantasias de analise na hora do jogo Arminda Aberastury desenvolveu amplamente em nosso melo a posicao Kloiniana e afirma que durante a primeira hora de jogo, que ela chamou pela primeira vez de hora de jogo diagnéstico, @ crianga expressa as Stas fantasias de doenga e cura Baranger acrescenta outro conceito: 0 da fantasia da anélise. Na hora ou nas horas de jogo diagnéstcas lesperamos encontrar as fantasias que a erlanga nos transmit (1) sobre aquilo que esta Ihe fazendo mal; (2) sobre 0 que Ihe faria bem para melhorar (3) sobre 0 que nos vamos fazer 3 ola ou 0 que ela quer ou tome que nés fagamos. Ela também vai nos transmitr oda sua vivencia da relagao com seus irméos, com colegas de escola, com sensagées diante do seu desenvolvimento fisico, etc. Nem todo 9 matetial colhido em uma hora de Jogo sera considerado exclusivamente como expressao de fantasias inconscientes. “Escola Francesa A escola francesa, Frangoise Dolio nao usa 0 jogo, mas somente @ modelagem © 0 desenho. Maud Manon’ incorpora material de brincar a entrevista diagnéstica com os pais quando a crianga esté presente € fica atenta ao brincar da erianga paralolamente ao didlogo com os pais. *Conclusao © casenvolvimento de psicanaise de criangas @ © surgimanto de diversas escolas provocaram no profissionel um efeito positive: pode observar com uma atengo mais fiutuente, tal como recomendava Freud, Para ragisirer a mensagem da crianca, seja esta qual for, sem ficar enclausurado no que aparecers na sua fantasia de deenea, por exemolo. Nao quer dizer que a crianga'deve” brincar nessa entrevista primeira. Essa concepgao € uma interprotago grosseira da teoria psicanalitica do jogo como técnica de estudo da personalidad o de terapia. Ha siléncios slogientes como ha momentos de inatividade que no significam passividade, ha muitas conversas {que nao podem ser consideradas como comunicagao e at'vidades que tampouco podem ser consideradas como lais. Responder 20 pedido de brincar é funcionar como Ego auxllar da cilanga; € responder com a mesma frequéncia de onda que nés mesmos propusemos para a nossa comunicago. Dove-se fazer intorpreta¢oos na hora de jogo? Quenio és interpretagces ja na primera hors de jogo diagndstico, atualimente, temos um papel mais flexivel, princioaimente para reparar 0 vinculo desde 0 inicio. Se colacarmas @ nossa opiniao, na reatdade estaremos descrevendo aquio que estamos vendo € 0 gue achamos que esté acontecendo com ela. E quose um assinalamento, mais do que uma verdaceirainterpretacao. Com as nossas intervengbes poderemos alvat a sua ngustia diante de um primeira encontro, Creio que estas intervengées contibuem para manter 0 “rapport Deve-se fazer anotacées na hora de joqo? Recs peprrnn Fazer anotagoos durante o tanscurso da sossa0, soja ole dlagndstica ou terapéutica’ 0 ideal & nfo fazé- lo. Podemos, em todo caso, anotar algumn item, algum deiathe, algum crogui que nos permita depois reconstuir a Seqiéncla completa, Mesmo no momento da adm de observar 0 paciente. ‘Atualmento, com tantos avangos técricos, 0 uso de um gravador para faciitar esta tarefa. Mas na hora ‘ou nas horas de jago diagnésticas individuais prefiro nao usélo para no introduzir vatiaveis que intesfiran no ‘campo a ser observado. tragdo dos testes deve-se cuidar desse delalhe, escrevendo sem deixar Crlancas muito pequenas Nos casos de criangas menores de ts anos, ¢ aconselhavel ndo somente nao cistrai-las com nosso papel eo nosso lapis, mas davernes também estar disposios 2 brincar perto delas, Quando sinda nao sabem falar devemos comunicar-nos com elas através da brincadeira ou jogo © de algumas palavras simples que possam captar claramente. 3 nica A interpretagéo lldica comega com 0 contrato diroto © sensorial com © materal..osta orientada do me’o de expressao nao verbal © plastico para comunicacao verbal... Consia de dois tempos: no primeiro 0 analista imila o jogo da crianga e no segundo transmite vertalmente aquilo que compreendeu, mas fazendo uso camplementar des meios ndo verbais que a crianga empregou. Materiais para a hora de joao: Grinberg criou 0 jogo de construir casas, O materia! consiste em um tabuleite com oifficios nos quis S30 colocadas varetas de alturas diferentes com ranhutas para colocar portas, janelas ¢ toto. Este material pode eslar integrando a caika de brinquedes ou ser introduzido pelo psicélogo quando considerar oportuno. Arminda Aberastury cbserva 0 tipo de construgao, como também os comentarios da crianga, pois esles possuem um ‘grande valor diagndstico, E conveniente colocer material variado ao alcance da crianga, sobre uma mesa, e deixar a caixa proxima a.ela, aberta, com o restante do material. Esse material deve incluir alguns brinquedos: xicaras. pires, carrinhos, Indios e soldados, animais domésticos @ saivagans, etc., como também material no esiruturado tal como apeldo, barbante, isopor, madeirinhas, cubos, genchinhos, ots ‘Sendo a mesma’ caixa que usaremes durante a entrevista familar ciagndstica, todos os membros encontrardo algo de seu interesso. Alguns profissiona’s inchem um quadro e giz que possibiia a expressdo de fantasias, deseios © fomores, ‘Aqua, paninhos, um copo, uma toalha, fOsforns, banheiro disponivel e sem objetos pessoais ou frégeis que a crianga possa esiragar, fogo, cozinha (proparada para isso}. Denire de um anmério permanecerao guardadas as caixes dos outros pacientes e 10 se1d cermitido que a erianga nem a sua familia as examinem livremente, pois @ preciso guardar segredo profissional 'No primeiro contato com 0s pais, se existir um material que sela de sua especial preferéncia, podemos inclut-o no material da caixa ou, dependendo do que for, pedir maa que o traga quando vier cam o filho para a hora de jogo. Trata-se aqui do que Winnicott denomina como “objeto transicional’. Pode-se ainda, a partir desse ‘contato com os pais. inciuir brinquedos ou materiais que estejam relaconados com o conto da crianga para ver quis as eesociagses que surgem. * Observagdo: Em alguns cascs, ocorre uma fmagao patologeca a occa olapa do desonvolvimento (a do objeto transicional), transformando esse brinquedo em um abjelo contra‘ébico, ou em um feliche. O diagnéstico diferencial ¢ feito tendo como base 0 uso do brinquedo ¢ do papel que 2 crianga tha confare segundo 0 seu préprio relato, segundo 0 que foi comentado pelos pais © segundo 0 que nés observamos quando o trazna hors ce jogo. Em algumas ccasiGes nao colocamos a hora de jogo individual no inicio © sim mais adiante dentro do prosesso psicodiagnéstico. Por exemplo, quando & crianga se nega @ brincar, comegar com 03 testes © 50 depois voltar a caixa, Podemos decidir também que apés a entrevista com 03 pais faremos a entrevista familiar diagnéstica, deixando 2 individual para depois. Em algumas ocasides, podemos realizar o estudo individual de duas des criangas da mesma familia. Mas pode ser necessario Inciuit 0 esludo de outro, ou outros membros do grupo familar para compreender mobhor a situagdo. Em oultos casos, a hora de jogo individual transforma-se em uina hora exclusiva de desenho. ‘Transferéncia e Contra-transferéncia na hora de Jogo E muito importante moderar a mobiliza¢ao do angustia na hora de jogo, pois geralmente continuaremos depois com 03 testes © deveremos manter um bom “Rapport” - registro contratransferencial 4 tao importante quanto o simbolismo do material. E também importante quando sc treta de decidir sobre a colocagao de limites, pois 08 psicanaiistas de criangas concordam em que 10 EW cn peer No se deve deixar que crianga cause algum dano que ela propria ndo possa solucionar. Quando os pais estiverem presentes © a crianga fizer algo perlgaso ou dandso, serdo eles os que em primeiro lugar, devergo colocar os Imites. No caso de nenhum dos membros da familia colocar um limite necessario, iss0 devera ser feito pelo profissional ‘Alem disso, nao @ permitido, segundo 2 regra de abstinéncis de Freud, assumir papéis que a crianga nos attibua © que impliquem uma atuacac da transferéncia agressiva ou erética. Importancia do material_projetivo_coll entrevista anterior com os pals Inicialmente, convém trabalhar a8 cegas com o material projetivo para depois ir para a historia clinica, para nao se inuenciar por hipdteses extraidas da historia, 7. SELEGAO DA BATERIA DE TESTES E A SUA SEQUENCIA 4 Como organizar uma bateria de testes, como decidir sobre quais sao pertinentes, imprescindiveis ou acessérios? Nao existe modelo tinico, assim como nao existe individuas iguais ~ manter um madelo basico de trabalho roflotir cobro a molhor estrategia para 0 caso; 5 7 Fatores que Devem Ser Considorados 1. Quem Formula @ Solenagao Se a consulta chegar diretamente a nds podemos agir com inteia iberdade e selecionar os testes conforme as hipSteses provisérias surgidas na primeira entrevisia e com base ne histria clinica do paciente So a solcitagdo forfeits por cutro profissional, é imprescindivel pedir he quo seja absolutamente claro no que Se refere ac motive da solkstagao de psicodiagnostico, de forma a selecionar a bateria mais adequada O teste que fo solitado nao dove sor oxchido da batetia de testes a ser aplicada 2. Idade Cronotogica do Consultanie Ume caixa de brinquedos serd imprescindivel se a consulta for para uma crianga. Na entrevista familiar também ser incluida a calxa de brinquados se houver criancas ou piberes, Quanto @ adminisiragdo dos testes nao tenho encontrado diferengas substanciais em relagéo cos aciultos 3. ONivel Sécio-cullural do Paciente @ 0 Seu Grupo Etnico Quanto a este aspecto, a selegao de ume batoria de testes deve lovar em consideracao 0 seguinte: Que a instrugo dada a0 sujeito seja perfeitamente entendida. Isso ocorre com uma msioria estatistica do grupo de identice nivel sécio-cultural e pertencanta ao mesmo grupo étnico. Que @ conduta através da qual esperamos a resposia a instrugéo dado seja a habitual para 0 suleito ‘comum pertencente a esse grupo, Que © material usado como estimulo seja também o habitual para a maicna: 4. Casos com Dofieiineia Sonsorial ou Comunicativa A experiéndia clinica e a hora de jogo tormair-se muito importante ¢ os testes que vierem @ ser aplicados ‘880 mais do que nunca um melo complement. Os testes com histories relatadas podem ser transformados em histérias escrtas pelo proprio sulcito se as suas dificuldades sao com 3 fala. Até o Rorschach pode ser respondido por escrito, Tratando-se de um cego pode-se usar, oor exemplo, 0 teste de frases incompletas, 05 Questionérios de Personalidade ou o Questiorsirio Desiderativa, Existe uma verso do Raven, para eriangas pequenas, de blocos com sistemas de encaixe. 5. OMomonio Vital (© momenta ideal deve ser 0 de um momento evolutivo no qual o individu possa estabelecer pelo menos um minime de “rapper” com o psicdlogo € em que ele consiga também se ligar na tarefa que a bateria prowtva ihe propie. ‘$40 mais complicados em momentos de resistonca oom momentos evolitwos nos quais necessariamente a capacidade Ibidinal do sujeilo estara voltada para si mesma {introversdo) porque o Ego esta enfrentando stuagoes atuais complicacas E contreindicado tealizar um psicodagnéstico quando 0 sujcito estiver atiavessando uma séria crise voluilva ou existencial, Nessas casos, somente apés um pariodo de tratamento seria valldo teal zat 0 psicodiagnéetico. As vezes o psicodiagndstico 6 feito para estab clecer um diagnéstico diferencial entre crise evolutiva processo patolégico. Todas as crises evelutivas so momentos de Iuto. O ttebalho de luto que © Ego realiza perente Recs vpurins ‘qualquer mudanga pode despartar ansladades, desde as mais [aves 6 légicas ald as mals primitivas, massivas © psicéticas. Mas trata-se de "regressées a servico do desenvolvimento’, cistinguem-se das patolécicas pela brevidade de sua duragao e pelo enriquecimento do Eu quando consegue superd-las. Por isso a importncia, 1na histéra clinica © no psicodiagndstico em geral, do conhecimento da personalidade previa do pacionte sobre a qual se eslabelece essa ‘patologia’ tual Os testes com figuras humans so insubstiuive's nesses casos, o's a patologis ja inslalada, crénica © incuravel som um tratamento intensivo € prolongado aparecera na Patologia dos tracos formais do desenho e na deformidede, distorgao ou perda da gestalt humana, enquanto que ela permanecera nos casos da crisas vtais suscetiveis de serem tratadas com psicoterapias mals Dreves. 5 Contoxto Egpago: Temporal no Qual so Realza Em.nosses consultérios e em condigSes normais: Fago uma primeira entrevista com os pais, loge reccbo © pactente para uma ontravista Inre (hora de jogo se for uma crianca). Apos uns tinta minutos comeco com os. testes graficos. Na entrevista sequinte aplico © Rorschach, deixando pare uma terceira o Bender. Se for nacessario aplear 0 WISC ou Wechsier, 0 divide entte as 18s entrevista individuals. Finalmente realizo a entrevista familiar. Tudo depende do caso. No final [ago a entrevista de devolugéo para os pais, para filho ¢, a3 vyezes, para toda 2 familia. Dificlimente isso tudo levara mais de se's entrevistas. Em instituigses: Escoiho um Desenho Livre, Duas Pessoas, Desiderative ¢ Rorschach. Em criangas, 0 Rorschach raiamente leva mais de dez minutos. Nos mais velhos ele pode ser aplicado em quinze ou vinte minutos usando a técnica ce limitar ao maximo de tres resgostas por lamina. Costumo usar tamoem o teste "Z° de Zulliger. semelhante ao Rorschach mas com trés laminas, que & possivel aplicar em dez minutos com adolescentes @ aduitos. Nessas condigdes de irabalno 6 tambem necassario limitar 0 tempo dos lastas graticas. Com criangas bastam vinte minutos de hora de jogo © outros tantos pare Desenho Livre, H.T.P. e Rorschach, Tudo depende do motive de consuita, E 0 psicologo que possur uma grande experiéncia clinica e profundes conhecimentos podera trabalhar com baterias menores. 7. Elementos da Personalitado a Investigar Nao coloco 10 inicio da bateria aquele teste que corsidero o mais imporianle, para no ser sujeito a ‘descontianga légica por parte do paciente, o aplico om uma segunda entrevista. Também nao o deixo para o final. quando o pacienie ja poder’ estar cansado de tesponcer a lantas insides. Organicidade:H.1.P. Cromatico, Rorschach ¢ Bender Oligofrenia.¢ oligotimia om criancas: teste de figura humana. E rocomandavel altemar subtestes verbois ‘com os de execugao para toma-os mais armenos. Em adolescente ou adult: Wechsier, Rorschach, Raven para adutos, junto 8 outros testes graficos para verficar se conseque ou néo ver 0 ciché. Neutose ou psicose bateria Completa de testes projetvos incuindo a escala de execugdo do Wechsier Berigo de_atuagoos {adipi0 a drogas,_homossewalome; condutas anti-sociais, abortos, etc. batoria compleia de testes projets, Sendo ifullo imporiante dever-se nes assoclagies verbals (que estimularemos ao maximo) nos inquéritos do Rerechach 8 OS TESTES PROJETIVOS Desenho Livre Qbietiva’ exploragao da fantasia de doengs, cuta € andlise que so trazidas pelo sueito. Aplicagéo: Entrage-se 20 sujeito uma folha em branco, cujo exo horizontal € maior quo o vertical, um [apis preto N° 2 e uma botracha para epagar. Diz-se ao sujello: “Nessa folha desenhe o que voo® quiser. Ponce em alguma coisa e tonto dosenhar a primeira id6ta ou motivo que Ihe ocorrer. Deve-se registrar o que ele desenhar, qual a seqléncia, o que ele anagar, os gastos © 0s comentirios Diante de qualquer porgunta responderemas: “Como quior’. No Ihe é permitido colorir 0 dessnho. Quando © desenho estiver terminado, pede-se ao sujeito que feca essociacées. Figura Human: Reprovado pelo SATEPS! ‘Teste das Duas Pessoas Reprovade polo SATEPSI ‘Teste da Casa, a Arvore ¢ a Possoa (H.7.P.) do E. Hammer Reprovado pelo SATEPSI Versio aprovads: HTP Jon Buck HTP. Cromatico Ticem) Desenho Ginético da Familia (OCF) Reprovado pelo SATEPSI Desenho Cinético da Familia Alual e Prospectiva IDEM, econ reste Desenho Cinético da Familia com Técnica de Consenso IDEM ‘Teste Gestaltico Visomotor de L. Bender Reprovado pelo SATEPSI, Aprovado Teste Gestélico Visomotor de Bender ~ sistema de pontuago gradual Questiondrio Desi Reprovado pelo SATEPS!. ‘Teste do Matrizes Progressivas de Raven ¢ Teste de Dominés de Anstoy Reorovado aelo SATEPSI Teste de Apercepedo Infantil (Children Apperception Test) de L. Bellak Reprovado pelo SATEPSI ‘Teste de RelacSes Objotais de H. Phillipson Reprovado pelo SATEPS Q Psicodlagnéstice do Rorschach Aprovadas as versGes Pasian, Treuberberg Exner. 9. OS TESTES PROJETIVOS GRAFICOS Caracteristicas Gerais dos Testes Graficos Alinguagem grafiea, assim como a lidica, @a que est mais proxima do inconsciente e do Ego corporal Oterece maior confabilidade que a linguagem verbal, 2 qual é uma aquisigdo mais tardia © pode sor muito mais submetida ao controle consciente do individuo, Instrumento ecessivel as pessoas de baixo nivel de escolaridade e/ou com dificuldades de expressio oral Criangas pequenas que ainda néo falam com clareza, mas que jé possuem um nivel excelente de Simbolzag30 ras alividades gréficas e iddicas. Administracao simples e econémica Todo teste grafico deve ser complementado com associarbas verbais que possibilitarAo uma correla inlerpretagdo dos mesmos. Deve-se considerar 0 nivel socio-econdmico-cultural do individuo, a sua idade eronolégica @ 0 sau nivel evolutivo © de maturidace. E imprescindivel a sua comparago com 0 material coletado em cuts testes projetivos e objelivos da petsonalidade para compleiar a visé0 geral que se possui € fazer 0 diagnéstco sobre bases mais confiavess Em instituigses, os testes gréfices so escolhidos pela simplicidade da sua administregao economia de tempo. Mas & importante que eles sejam complementados cam um teste verbal Considerar 0s indicadcres formais do grafico para fazer o diagnéstice e. princioalmente, o prognésiico. Eles esto menos sujeltos 20 controle consciente que aqueles de concetido. © acompanhamento de um tratamento psicoterapéulico de um pacienic é importante administrar os asmos tesies gréficos @, sempre que possivel, seguindo a mesma instiuedo, para poder comparé-tos. Espera-se que aparegam diferencas nos indicadores formais e de contetido. Os formals so 05 que evem aparecer modificados positvamente, pols $80 eles que nos dao informacies sobre as aspecios ‘estruturais da personaldade. A estereatipia nos graficos indica uma falna em aspectos estruturals da personalidade. A plasticidade nos desenhos indica maior forga do Ego, que pode se adaptara situagdes diferentes. Os testes eraficos podem servir tambem como excelentes recursos para melhorar a comunicacao com um paciente quando ha falhas na pssibllidade de comunicago verbal. Isso ¢ freatiente com criangas € com adolescentes muito jovens. Enquadre em Graficos ‘Usar folhas de papel oficio ou papel de carla (segundo a preferéncia de cada um, mas sempre 0 mesmo}, mas som linnas cu outros tragos na frente ou vorso da folha, pois isso distorco a produgZo apresentando parémetros que de certo Moco guiam ou perturbam a conduta do paciente. fato de usar sempre o mesmo tamanho de folhas esta relacionada com o de oferece-ine sempre 0 mesmo espago psicoigice quanto & dedicacao, Também tem relago com o fato de 0 espago diante ¢o qual ele dave se orgarizar ser constante. Usar lapis n? 2 (nem claro nem escuro). EB ects este + Usar borracha macia, Para todos os testes projetivos graficos a bortacha dave estar préxima do sujeito. Devemos registrar se a usa ou ndo, com que freqiiéncia ¢ quais os detalhes que apaga © em que figura, Ao aplicar 0 Bender refira-se previamente a borracha + Avaplicar o HTP. cromatico retira-se também 0 lapis € so entreques os gizes de cera. + € conveniente comegar a bateria de testes com os graficos porque sao as mais simples. Se for contraproducente insistir paderemos comecar com um teste verbal e esclarecer que logo apés desenhardo porque precisamos comparar tudo. + Se trabalharmos com criangas au adolescentes jovens podera acontecer que desenhem durante a Hora de Jogo Diagnéstica, Ness caso, pedir o Desenho Livre seria urna tedund€neia, suprimiremos a HTP. * © Desenho da Familia Cinética em suas formas individual e de consenso, atual © prospectiva, dé uma informacao muito rica, principalmente para a devolucdo dos resultados do psicodiagnéstico e especialmente se 0 trabalho vai ser feito com os pais e com toda a familia, + No que se refere 30 pedido de associacdes vertais devemos agir com liberdade absolula. Alguns testes {1ém um tipo de inguerito fixo, mas € melhor sclicitar ‘odo tipo de associag5es complemeniares. Interpretagio dos Testes Graficos Viedo gostiltica: € a primeira recomendagde de Hammer, autor do HTP. Cbsorva-to na sua lotalidade com uma alitude de “atengao flutuante’e ficar atentos para a primeira impressao causada contratransierencialmente, ~ Analise detalhada: (1) indicadoros formai; (2) indicadores de contelido; (3) andlise das associagaes verbais; (4) analise do conjunto das anteriores, Segundo © modelo da interpretagao dos sonhos de Freud (1900) poderemos decifrar mais, eficientemente o seu significado, especialmente, mas no exclusivamente, no Desenho Livre. = _Elaborar uma hipotese sobre 0 dlagndstico e prognéstico, depreendidos de cada desenho e do conjunlo de graficos em geral A correlacdo dos graficos com as entrevistas projetivas, hora de jogo individual e familiar & com os outros lestes apiicados (verbais efou lidicos). *Observagio: O Ghamade Texte do Desonho Lire nie é ‘ealmonio uin Tate, mas uma Tbsniea, pore © Imposeivel submetélo & padronizagdo, 2 nao ser que sejam seladonados qual Ov cinco. pardmeltos recorrentes. Nao condo assim, como av mstrugées 680 ‘otamonto amples, cada protacolo cera Unico © a cquanidade de varavels ina : Sistema de Escores para a Andlise Fonnal do Desenho Livre Personaléace orgenizada: movimento oxprossivo harmanicso © Consequente consigo mesma Personalidade Desintegrada: movimento expressivo contraditério. Tabela de significacées gréficas para alinterpretacao grafolégica de um desenho livre: Qualidade dos Tragos Indicador Significado Pressao fort Fores, vitaldade Pressiofiaca Fraqueza Linhas rétas predominantos ~ Rap.dez, decisag Linhas infesrompidas. Lenfido, indecisdo Linhas om diierenios dirogoas, Impulsivicads — Restrigao nas linhas Inibigaa, Linhas curvas circulares Rilmo, balan — Regularidade Ritmo Movimentos bruseos Tmpulsividads Movimartos mondtonds: Passhidace, indiferenca Movimentos grandes © amplos Expansdo Movimertos imitados _ Resiricao _ Qualidade das Formas Indicador Significado Formas em idade muito precoce Grande desenvolvimento Formas invenladas (nem ao aceso, nom copia) | Engenhosdade Formas consistentes Decisa0 Formas diferenciadas Capecidace de edaplagao Formas nao éferenciadas Falta de ordeme nitidez _ Auséncia de seritdo formal Falta de observacao de imaginagao | ‘Bos disinbuieao em idade precoce — Wa cisisfouigao em idade tardia Habilidade crisdora Penturbacao ritmica Preferénoia pelas formes grandes “Tendéncia & exoanséo. | Preterencia pelas formas oequenas TTendencia 4 restrigao Grands ontraste do amanhos Ed excia praca ‘Coniito Conexao de formas por meio de finhas Habilidade para caplar relagoes incluso de elementos pequenos om outros Habllidade para integrar maiores - Livre mangjo das formas - [Livre acesso aos objetos a Exatidao Hablidade na observagéo da reaidade Formas imagiaaries redominio do mundo interior 7 Emoldurag30 = Diferenciagio, protes30, solamente Comparagao dos Tracos Indicador | Significado ‘Linhas fracas e vacilanies Vaguidade, passiidade Linhas dontadss imnlagao Linhas nitidamenie definidas Decisto, determinagio Preferéncia pelo sombreaco Senabilidade ti Preferéncia por manchas amplas Elapa anal falla de aslo, desordamn Preferéncia pelos contastes Decisdo, determinacso Formas vagas e rasirtas Inibigtes, medos 7 interrupgoes. Inflexibiidade, negativisme Limite a inns pequenas ‘Sonnacor Grandes Inhas acadas impulsivamente Alividade Diregdo dos Traces Indicador ‘Significado Breferéncia por linhas angulosas Preferéncia pelos movimentos Grculares: "Tensii, reflexlo, crilica, fralo (a eecoIha de um dasses lermos ‘depende da relaglo dos elementos. gréficos contro _ — _| Oscilagao, mudancas de humor, fuga de toda deasao, ‘manfaco-depressivo. Dijegio da base para a cispide_ Dirogao da droita para a osquoréa Preferéncia pelos movimentos verlicais ‘Aaa. delemminagao, alvidade nervosa, tendéncia _ mascuina. _ _| | Preferéncia pelos movimentos horizontals VTrengiilidade, perseveranga, freaiidade, tendéncies: emininas, Direcao precisa - Detetminagao. sequranca Diregao imprecisa ~ Falla 6e determinagao, nseguranga Diregao da cispide a base Tnlroversdo, ansiedade, masoquismo, tendéncia @ nsimesmar-ce-e conhar - Extroversdo, dorninio, agressao, curiosidades Inlroversao, auto-doterminagso, isolamanto, desaleni Direge queica para a direlia Fxiroverséo, lendéncia @ mandar, condugas. busce de ‘spoio Tragos com interrup; Cautela, premeditagao Falta do diregao e intorrupeao Vagudade, neequranga, auséncia de orgenszaea0 | Valor Tipolégico dos Indicadores Graticos (Tipo realista) _ - Indicador T Significado Representago em forma realists “Temperamienio mais ciciside Exatidao ‘Observagao. referencia por contomos Tipo visual _ Preferéncia por curvas Tipo auditiva Preferénca por contrasies ‘Movimentos seguras Mobilidade | Proesao larga ‘Agrossividade _ Mudanga de movimento pronunciado Humor maniaco-depressivo ‘Aspecto sujo Fase anal Exagero nos detaines ‘Ausércia de integragao Tipo Abstrato Indicador Representagao de fom abstrala Sianificado Tipo mais esquizdide Falta de exatidzio Preferénsa por pequenos detalhes Mais sonhador Autoconsciénela Preferénca por anauios ‘Tensio, mundo interior Freferénica por sombras Tipo tall, soniacor ‘Movimentos inseguros Thestabilidade DL Noher qere. Yedine de nk tretene ) Planehag me e escola proparatiria Movimentos esquemalizados Tigi - Presséo aguda “Tendéncias sidicas — Exaldao extrema [Submis Figuras groteseas Bloqueio das reagées naturais Dissolupao das formas Inseguranga, ausencia mental’ Peicose Sintese aceitavel A sintoso @ dofeiuosa, Nenhuma ido direinz (nas esquizofrenias) Téa crotiz Na psicose maniaco-depressiva ha melhor siniese nos momentos mais estaveis, Gesialton conservadas, integradas, Gesialten rompidas, desiniegradas, desvirluadas, com distorgées fora do comum a qualquer idade. Seniimontos toleraver. Elementos sinisiros que provocam medo, rejeigao OU constemagaio a nivel contratransferencial, Figuras realizadas de Scordo come wade cronolégica, sexo e grupo sécio-econdmico- cultural do inalvicuo, icas para qualquer idade. Esquzolranias simples 850 regressivas © uso da cor @ adequado e os limites sio | rosoeitados, a partir dos cinco anos. Figuras somibreadas, 0 uso 6 d-scrimindo como assinalando 0 que proveca angustia Uso inadaquado da cor @ descontioldo sem respeltar limitos nom realidad. ‘S40 Gesenhos que prescindem absolutamente do ‘sombroado ou onido fazem uso dele maesivamente como ‘oor prela, Os tragoe 650 mais plastioas, de prosedo média, com ritmo. ‘Os tragos so interrompidos. ‘Nos “border” 830 tagos ansiosos mas a gostalt 6 boa. Nas neuroses absessivas graves so tracos muito tones ‘As figuras “fecham” bem sem enfase excessiva como a ooservada nas neuroses obsessvas graves. Pode faltar fecho mas se a gestell for boa indcard sentimentos de perda, diiculdades para reler ou para se detender. Sio Wages descontrolades, ndo acompanhados de sinais visiveis de ansiedade, (0s "fechos" ndo existe, (0 tamanho 6 0 habitual, dols tergos da fona Sao menores se predominar um sentmento de “menos-valia' ou em estados depressives. Was esquizofrenias 0 tamanho pode guardar as proporgées, mas a gesialt esta ‘rompida”, Nas psicoses maniaco-depressivas 9 tamarho varia: é enorme nos momontos maniacos @ minimo ou muito fraco na metancolia Comunicam algo. ‘O dosonho psicético 6 um “monéiogo interno absolutamente subjetivo, inexpl cavel. Nunca desenham nus, nem 08 oraaos intemncs, a néo ser que isso seja solictado expressamenie. ‘Aparecom figuras nuas ou com oraaos inlomos visives como se fossem tansparentes sem que lenha sido solicitado. | Excein nas criangas muita pequenas no aparece | Do animismo de figuras nao humanss. Presenca de movimento ou expressia nas figuras. ismo de casas a ‘olde de ua pel 'S vezes aparece 0 ari flores, pela qualidade parar icoee, Auséncia total de movimento & de expressao, Aparecem contiadibes como indicadores de confito. A pradugéo @ monolonamente homoyénea e se ha Conivadigoas so bizarres @ nao perturbam 0 indiviguo._ Omissces @ distorgées sac significalivas | ancerram grande vaior simbolico, | | mundo interno bizarro co individuo. Nao eneoram um As oinissSes e cislorcoes que epatecerem pettencem a0 verdadeira sentido simbélica. Entéo mais préximos da equago simbolica Predomina a inlearacéo. tT Predomina a dasiniegiagao. Precomina 0 realisma ou um simbolismo | Predomina a “simbolica’ interna auténtico, Simboizagao Equagao simblica, Frequentomente misiuram desentio e escrila num esforco para compensar uma sensagio de | ruplura da comuncagao basica ‘dia Atengao: capitulos 10 ¢ 11 versam sobre Questionario Desiderativo (reprovado pelo SATEPSICFP) capitulos 12 ¢ 13 versam sobre o Testo de Relacoes Objetais do Phillipson, igualmente reprovado capitulo 14 versa sobre o CAT igualmente reprovado 16 Ee excin sepsis 15. A ENTREVISTA FAMILIAR DIAGNOSTICA. IMPORTANCIA DA SUA INCLUSAO NO PSICODIAGNOSTICO DE CRIANGAS Sintese Introdut6ria + Objetivos: Possibiitar uma entrevista de devolugéo mais dindmica ¢ convincente acerca dos conclusbes. Importante para decidir a indicagZio ou contra-indicagao de terapia ind vidual para o paciente © para decidir a estraticia que sera sugeride como a mais adequada ao caso, * E neceasério inclu pelo menos uma entrevista familiar no psicodiagnéstico individual. +) Fundamentos 1. O sintoma da cianga é 0 emergente de um sistema intrapsiquico quo est8, por sua vez, inserido no eesquoma feriar também doente, coma sua prépiia economia e dindmea 2, ‘As hipotosos originadas nas enirevistas com o casal © naquela com of@) fiho(s) (ou seje, aquilo que a ‘sua hora de jogo e€ os testes indicam) devern ser consideradas provisérias até serem comparadas com as que aparecerem na entrevista familar. Qusnto mener a ctiarca, mais importante sera considerar a entrevista familiar diagnéstica, pois cla esté ‘em plane pronesso de formaeao e em esiveta eclreta dependencia emocional de seus pals Neste aspecto ado noverente importantes as recomendagBes de Anna Freud: No que so rofere 20 paps! dos pais na causa de doongas, @ analista infantil dove tor muito cuidado para quo as aparéncias superficiais ndo 0 desorientem @ prncipalmente para nao conlunde os efeitos ca anormalidade infantil sobre a mae, com a infuencia patogénica da mae sobre a crianga. O método mais seguro e lrabalnoso pera avaliar estas interacdes é a andlise simulténea dos pais com seus filhos... Aigumes ‘mas ou pais do @ crianea um papel dontro da sua propria patologia, estabelecendo as suas relagdes sobre essa base e néo sobre as necessidades reais da cranga, Muitas maos realmente transforem seus sintomas para seus flhos « logo encenam conjuntamente como se fosse uina folie & dex, Volta explicar Arzeno que "Os pais so modelos que a crianga esta incoporande durante uma etapa decisiva. Detectar © madalo que 95 pais esto aprecontande ¢ ajuda-los a roiifics.lo, so necessar9, pode constiluirse em ajuda para todo 9 grupo familiar, mais Gti que qualquer tralamento individual de um de seus fies 4. Quanto mais grave for a hipdtese diagndstica, mais necessaria sera a entrevista familiar, por cxemplo, Ros casos de psicose, quadras borderline, perversao, psiccpalias ou hipocondrias graves. Quarsio ha suspeita de uma psicose simbistica ou, pelo menos, de uma simbiose nde resolvida € conveniente incluir também uma entrevista com o bindmio em questo 5, Entrevista familar propicia condutas obsorvaveis para os pais, a crianga e o prolissional que podem ser tomadas como ponto de referéncia na devolugso do dlagnéstico 6. Olerece elementos muio valosos para decidir qual a estratégia terapéutles que sera recomendaca na entrevista de devolugdo ce informecao final 7. Em cortos casos, 2 entrevista familiar pode dar indicadores para contra.indicar o tratamento analilico individual: 2) Quando nao se vislumbra a possbilidade de moaificagso da patologia familar @ principalmente se ‘eats for severa. Comegar um tratsmento individual do filho seria faz6-lo o Unico responsavel pela doenca familiar. Alem disso, supde-se que o iratamento individual modifcaria defesas que teria desenvolvido para sobreviver dentro desse meio patolégico, deixando-o desprotegido e vulnersvel, ou desestrulurado, Por autro lado, sao escassas as possibilidades de que 0 tiatamento tenha ‘sucesso, @ pode ocorter, entdo, que continuom com ele porque é indcuo ou entac quo o interrampam alegando 0 fracasso que sera alnbuido 2o terapeuta. >) Quando a mathora do filha poderis trazer associada a descompensacso de outro membro do ‘arupo_femiliar. Nestes ces0s a recomendago de terapia individual do filho deve ser ‘complementac, ©) Quando o filho atravessar uma crise evolutiva que obrigue os pais a reviverem essa etapa. Se para eles essa elapa foi confiliva nao conseguito ser apoio para o flho enquanto tena sunerd-ia ‘u entdo no pemitirdo que cle o tac 4) Quando os pais inantém e reforcam inconscientemente a sintomatologia do fh, porque isso hes, proporciona um importante bonoficio cocundstto, *O metodo mais seguro o trabalhoso para avaliar estas intoragéos 6 a andlise simultanea dos pais com seus fihos... Algumas mies ou pais dao 3 erianga um papel dentio da sua propria patologia. Os pais sao ‘modelos que a cnanga osta incorporando durante uma etaps docisiva. Dotectar 0 modelo que os pais esldo apresenianda © ajudé-los 2 relifcdo, se necessario, pode consiiuirse em ajuda para todo 0 {grupo farniiar, mais util que qualquer tatamento individual de um de seus filhos. Ree ocpneins Indicadores nao! ao da Entrevista Familiar Diagnostica a) Se 05 paréis peis-fihos, contnente-contido, oai-mée. feminino-masculino, eto, aparecem e esiéo bem iseriminados ou se estao contusos ou inclusive invertacs. b) Se esses paoeis permanecem fixos ou se s80 iniercambisvels. ©) Deterinar quem exerce a lideranca executva no cargo familar. 4) O nivel de desenvolvimento cbtido por esse progenitor lider para permit ao filho que consiga um esenwolvimento compieto ou retes10, se ele no conseque crascer juno com os flhos. 2} As idontifcages que pradominam. 1) Exiraira faniasia de doenga e cura no nivel do grupo familiar, assim como saber também se precomina 0 epésito da doenga em um dos seus membros ou a copacidade de assumir cada um a sua parte, Ao

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