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Agrupamento de Escolas de Tortosendo

O que as crianças dizem…


(casos verídicos)
Jardim de Infância do Peso

Ano Lectivo 2009/2010


Situações que considero engraçadas, vividas no contexto do
Jardim de Infância ou com crianças em idade pré escolar,
interpretadas à luz dos afectos e da lógica infantil, que
traduzem espontaneidade, inteligência e aprendizagem.

A Educadora
No decorrer de uma entrevista a um pai que tinha sido militar,
uma criança faz a pergunta previamente combinada no
grupo:
­Passaste fome na guerra?
Militar – Muita.
Criança – Não tinhas uma mochila?
Militar – Tinha!
Criança – Então o que levavas lá dentro?!
Militar – Sabes o que é cavala?
Criança – Uma, Égua!!!
Durante a exploração das cores e no decorrer de um trabalho
de preenchimento, uma criança com um lápis de cor verde
na mão, pergunta à educadora:
- “Ete” é da “co” da “reva” não é?
Educadora – Sim Maria, esse é da cor da relva.
No terceiro período, quando as crianças já tinham evoluído
tanto ao nível da Matemática como da linguagem, a
educadora, numa situação de brincadeira, diz à mesma
criança:
- Maria, e quando tu dizias que “ete” é da “co” da “reva”?!
- Maria – Então e não é?!
Na varanda, o tio diz ao sobrinho:

João, vamos para


dentro que este sol É tio?! E o
faz mal. outro, não faz
mal?
A entrada da Laurinda no Jardim de Infância, criança de etnia
cigana, suscitou alguma surpresa para o grupo e provocou
algumas reacções que, oportunamente trabalhei no sentido de
haver respeito mútuo. Todas as crianças interagiam
harmoniosamente, respeitando-se e, a palavra “cigana”, deixou
de ser pronunciada no sentido depreciativo. Contudo, durante
um trabalho de grupo, olhei para a Carolina e vi todas as partes
do seu rosto “retorcidas”, quando olhava para as secreções que
pendiam do nariz da Laurinda. Não houve tempo para qualquer
atalho da minha parte, e a Carolina exclamou:
- Professora, a cigana está ranhosa!!!
Mãe, quantos anos tinhas quando eu nasci?
Mãe – Tinha 28 anos. Porquê?
Filho – Oh! A nossa gata vai demorar muito tempo para
ter filhos!
No decorrer de um trabalho sobre a árvore genealógica, a
educadora pergunta:
- José, a tua avó paterna é a mãe do teu pai ou da tua mãe?
José – Eu não tenho nenhuma avó Paterna. Tenho uma avó
Ana e uma avó Alice!

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