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(Na casa das Mscaras)

Homem 1_ Se no largarmos nossas flechas... Se no corrermos como cunhs


assustadas... Eles retrocedero! Por que, por trs de ns viro todos os Mwtawariaw
gritando e brigando com a gente tambm!
Homem 2_ assim sim, sim... Eles tm sangue da nossa cor e desmaiam com nossos
venenos!
Homem 3_ Mas, eles tem um pau cumprido que cospe fogo, e usam, no gostam nem de
brigar!
Homem 2_ A a gente usa os tacapes e bate contra a cabea deles! joga eles no cho e
rasga suas carnes com as nossas mos!
Homem 1_ Depois a gente pega os pedaos e joga nas suas canoas grandes, porque
quando os outros olharem e vierem, vo sentir medo e no vem mais aqui! Porque se
vierem a gente pega e mata! Mata eles tudo! Essa terra nossa, presente de Tup! Ele
nos deu ela pra que a gente plantasse, colhesse se fartasse e devolvesse a ele com danas
e sairs, e houvesse mais gente de ns correndo pelas matas!

Nosso templrio comeou a perder as paredes, elas caram uma por uma, agora quem
vinha de fora podia nos olhar, um olhar de fora mas, que varria por dentro de ns,
estranho olhar de fora!
Nosso templrio tinha o teto todo azul, as vezes nuvens brancas, as vezes nuvens negras
quando Tup vinha lavar o cho e molhar a terra e abenoar seu templo. Eu..., ia pro
meio da aldeia e entoava cantos xams, e a tribo vinha e entoava os cantos junto comigo
e os espritos vinham e entoavam os cantos junto com a gente...
Agora nosso templrio tem o teto todo cinza, a gua que cai do cu no limpa, agride o
que restou espalha tristeza as flores, as plantas aos bichos com feridas na pele...
Nosso templrio tem poucas pajelanas, esqueci muitas delas, outras se perderam com
os outros que se foram.

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