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‘A OUTRA ESCUTA PRATICA E TEORIA DA ENTREVISTA = 0 cinema documentiio compara a forms da ernest com a tepemagem e 0 debate televisvo, Mas 2 quantidade de tentevisas ima tanto no cinema como wa eevsho € 2 im Fag ea rpetgio da féerala nao signfcam apenas o recurso faci a uma figura cémod, banal, sem desatos = Conocaealguém para compoe uma cena e faze far €, ceventuaimente, escutio, para fazer de sua paz algo que nto ‘Se nada, nunca foie nem pode serum gesto andi, = Golocs se de frente para 0 out, esabelecer com ee ust rela particular que pasta por ums maquina isso em serio, evolve una responsablidade, mesmo que completamente anal Dos sujetor se engajam ~ em relaco essa meiquina ~em um ‘acl, um fae a face, una relagio, uma conjugigto mas ov ‘ence guid pelo deseo, mais ou menos marcada pelo medoe pelt violin. se ese dois sjetos m0 Se compromeser Um ‘Com outro, # miquina cap —crelmente~a aks dessa elag20, 4 nulidade dese enconto. Nao seme imponemerse ~ mens tnd 0 compo do out, sua pave, sua presenca = Quusquer que sj, pos a varedde ea “automatic” ds dspostivos de mienscde quero dizer, 0 fato de que ‘maior parte do tempo apici-se una fGmmula pont, sem mui ‘eflenio), pitied entevista coca um des dso fl ‘ments do cinema questo do out. ~ Qual éo esto do outro filmsde? © que expert dee, © ‘que desir dele, © que the penguntar Como coarpreender st préprin demands, qual é ua expectatvs cle msn sce, se tleseo de enema? ~ Mas também (€ sempre & questo do cut finde): 0 ‘ave fazer da ateridade em um sicema de esta que ind 2 Similuriade? O que faze do outro no cinema mateado pelt coneilagie? ~0 que fazer do outro, que gar the dr, que mio sep sql de wma redgao nem de uma esigmatiza;30, no inerior mesmo de uma cultura do consenso politica (com quer, conta quem? asin o dipontivo de base dt cit cinematics (én © off metonimiv emetifor inlu n satema de congo, wn Iogiea do compromiss. ~ Astacio de fla mais reente nos documentos inhie sive os meus) €o paradar se dig Aquele~ no sabemos bent ‘quem ~ que est na cmer, 30 lado dt cima, srs da cera, que faz peeguata,pergunts ds vezes muda feet pagadas na miagem. A colocaa fora de campo do destin tro no € sux eolocaga fra cle cen, Na verde cle contin send 0 condutor ds narata (oeattevistador, count, No ‘tanto, sua etd caleina na transformagto dt reali do slogo em um mondiogoimagindria. Uma contusto se instala nie esse destino ausente ~ 0 homem que est srs da era, que, por sua vez, pode se desdobrar em dietr de cvera editor de cen, pove até meso se ivi sais uma vez © clesempenhara funge deentevstaoreopecazado-~ a pope ‘mera (ora de campo, mas no for de tena) e, ectio pento lo ingulo, o suposto especador da outra pont da cde € {do qual os dols Angulos precedentes sto de aguma manera ‘representantes por antecpaao, Camo € pee, de ito, que ut ruara ser escutacltpaa ser peter, confnto dest excita Fa de-campormasnie-forae-cens, ale potencil, dese he um papel esiutrinte nat ima e deeming, em tune pare, 2 mise-en-scbne pelo pripio nanador, do taj ‘dh destaagio de sa nant: ohare, mnie, movimentos ‘ce, Vint eonfusio dese tipo pareceriacondenivel se nto te ‘esse por objetivo, jastamente, provocara determina de um, um 6, lugar ao desinatrio ino dt nama, 0 specter (Como 0 naador, de fo, mo stbe realmente 2 quem ele se singe ~ 4 mera, a0 operios, wo técnica de som, 20 dito, fevennaimente ao entrevistadr, e seguramente so expectador, © tnio, as, que est efetivamente Fors de cena =, 0 reso um distrbto de diacionament que repercute do ardor ma escuta do especadoe. Quindo olocutar mo sabe mais muito bem a quem e para quem cle enuncs, nad pode fazer & no ser se “irgir si mesmo, tomarse seu proprio autrio, Reupliagao {que esubelee o meondlogo e, simulaneamente,o vabalha © ‘inde em um dilogo pone. © sjeto da palava mds, Privado da referéaca de um audio esabeeddo em um higat Axo, vé-se ma obrigago de inventat em campo o dspostiva de cescuta que permit sua palava. B assim que se form, ene fours stuapies de ee, a nccesidade de uma auto-mise-en- scene do personagen. = © que alvezsejaespeificn do procedimento do dacumen- do & que ele supde um ato-contole daquilo que o consitu: sayolage com o outa ssa posgao Fg parece ede encore 4 nogio de misner-scine, No entnto,€ esa contd qe Funda nossa pritcn. Abordara questo desse our sob o Angulo {do mado que tems dele justamente signiiar 0 seu conti: deseo (de uns e do out) ~ Hi um movimento *postivo" ne documentirio, que & nés osamos do outro que fimamos, e, peraato, est tudo bem “Tentemos partir da iia contra: as cuiton stifles apreender, ponanto & preciso fimo, = Como procedemos 2 escolha da pessoa a ser lima? nessa escola que inlervém 0 medo. © medo, 0 deseo, conse ‘qUentemente, ambvalénc. Sedo de wir, de enganar aquele ‘que filmamos, mas também medo de seu proprio dese. ~ Hi o medo, mas hd também o deseo de ser uleapussado, de ser desmentid pels fates. Quanto mao fme€ prepara, mas somos ulrapassados, mls o chaque poderso. Como redo medio, tualizar © ous de forma a mant-ee ‘cs da pulatovetalizaso do ato, Deseo dle eolocar em een,

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