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ANTECAMARA-9 (artigo de Elsie Dubugras, publicado em "Planeta" n948) 'Voc® pode fazer uma viagem astral Carinhosamente conservado junto ao nosso corpo fisico e igualzinho a ele, temos um corpo invisivel, sempre dis- om ponivel, sempre de prontidao para qualquer emergéncia.E © veiculo que nos carregara na viagem que empreendere - COLEGIO DOS MAGOS 5 Para o além, apés a nossa morte. £ 0 corpo astral , eS o duplo etéreo, 0 espirito. Que importa o nome dessa duplicata invisivel e incorpé. rea! 0 que importa é que esse 'duplo' é que se desloca do nosso corpo fisico, mes— mo em vida. E a PES itinerante dos materialistas. E aquilo que faz a famosa 'via - gem astral', a vedete dos parapsicdlogos. E o que estamos colocando agora sob o nossos microscépio. A viagem astral ou desdobramento En primero lugar devemos explicar o que é uma viagem astral, uma projecio! as - tral ou desdobramento. £ a projecao do corpo astral ou duplo etéreo, para fora do corpo fisico. 0 que sofre o fendmeno do desdobramento é aquele cujo espirito se des loca do corpo fisico, viajando para lugares distantes ou chegados. Durante anos e mesmo séculos ouviu-se falar nessas 'viagens astrais', mas ninguén havia ainda estudado o fendmeno cientificamente. Ninguém sabia dizer ao terto se as estérias que os participantes contavam eram fruto da sua imaginacao, se se tratavan de alucinagao, sonho ou lenda. Ficou para a parapsicologia reunir relatos modernos e antigos e estudd-los, e logo no inicio do estudo e da anadlise cientifica os pes- quisadores perceberam que certos detalhes eram comins a quase todos os que sofriam a experiéncia do desdobramento. jem faz a viagem 0s participantes de ‘tais viagens falam e sentem o seguinte: = No inicio da experiéncia alguns ouvem um silvo comprido, como o de um balao sol tando o ar. = Uma sensagao de confusao que aclara ao aprofundar-se o desdobramento. = 0 corpo pode ser visto, mas nao & ‘sentido’. ~ Véem um 'cordio' que une o corpo fisico ao astral. Este cordao é elastico. Al- guns descrevem como sendo luminoso, outros dizem que é prateado (£ o que os mist cos e videntes viam e esta registrado nos antigos livros sacros). = No término da viagem, o astral volta a seu corpo fisico, ocorrendo, novamente, a sensacio de confusio e desmaio. - Um término brusco, ou seja, uma incorporacao demasiadamente rdpida do espi- rito no corpo, causa um choque no corpo fisico. - Apés projetar-se para fora do corpo fisico, o astral flutua, horizontalmente , por cima do fisico. Além desses detalhes, os participantes das viagens astrais dizem que durante 0 tempo em que véem seu corpo fisico, experimentam uma dicotomia de personalidade, que diminui ao afastarem-se dele até sentirem-se perfeitamente integrados ao corpo espiritual. Um dos maiores pesquisadores das viagens astrais 6 o inglés Dr.Robert Crookal, B. Sc. Ph. D., D. Sc. que, entre outras atividades, fazia parte docente da Univer- sidade de Aberdeen, na Esc6cia, Tao interessado ficou no fendmeno da projecdo astral, que passou a dedicar tempo integral para estuda-lo, tendo reunido mais de mil relatos de pessoas que o experi- Mentaram. Sobre o assunto, Crookal escreveu uma duzia de livros. Diz o ilustre pesquisador que, segundo sua opiniao, a maioria das pessoas ja tive ram experiéncias de desdobramento, sobretudo durante o sono profundo ~ sono sem so nhos. 0 que acontece é que, geralmente,essas viagens astrais sao esquecidas ou sd lembradas fragmentadamente. Mas no importa, continua ele. 0 que importa é que,lem bradas ou esquecidas, elas so proveitosas e mesmo necessarias para o ser humano , pois formam parte da mente total do homem, influenciando 0 seu comportamento e jul gamento, Isto da o que pensar! Nao diz a voz do povo que nao ha melhor conselheiro do que o travesseiro? De suas pesquisas, o dr. Crookal verificou que existem projecées astrais naturais, projecdes artificialmente produzidas e outras ainda que podem ser provocadas por Antecdmara~9 vontade propria, mas estas Gltimas sao bem raras. A projecdo ocorre de maneira natural quando as pessoas se desdobram ao adormecer, quando estao exaustas, em crise ou doentes, e nestes casos as impressées sio mais vividas. Nas projecées artificialmente induzidas, em outras palavras, provocadas por hipnose, pela anestesia ou quando os participantes sofreram choques ou foram vitimas de sufocacdo, as impressdes sio mais apagadas. Mas o dr. Crookal nao se sa tisfez com esses resultados. Comparou-os is experiéncias relatadas pelos sensiti — vos ~ os médiuns - e chegou 4 seguinte conclusao: as experiéncias dos médiuns asse melham-se 4s dos que experimentaram viagens astrais forcadas. ~ A lei da evidéncia de Whateley_ Antes de contarmos alguns dos numerosos casos que chegaram ao conhecimento dos parapsicdlogos, o leitor deve saber por que o dr. Robert Crookal e outros cientis- tas eminentes aceitaram como veridicas as estranhas viagens relatadas por aqueles que as fizeram. Diz o dr. Crookal que antes de aceitar a autenticidade do fendme - ho, teve que aceitar a validade da Lei da Evidéncia de Whateley, que reza assim: "A evidéncia é valida quando ha concordancia no testemunho independente de varias pessoas". Como 0 dr. Crookal, por si s6, estudou mais de mil casos e os analisou cuidadosa mente e com bastante acuidade cienfifica, encontrando a concordancia que prova que. © fendmeno ndo é produto de alucinacées, nds também podemos e devemos relatar algu mas destas experiéncias. Q caso do marinheiro_ Este caso ja se tornou classico nos arquivos das viagens astrais, pela excelente comprovacao de tertemunhas oculares. A experiéncia foi contada pela sra. Wilmot,de Bridgeport Conn., EUA, cujo marido estava atravessando o Atlantico de navio. 0 tem po estava ruime a sra Wilmot sentia-se ansiosa pelo bem-estar do seu esposo. Nes te estado de ansiedade, adormeceu. Repentinamente sentiu que saia de seu corpo e viajava por cima do mar. Em pouco tempo localizou o navio onde seu esposo estava e ‘aterrissou'. Andou pelo navio até encontrar o sr. Wilmot em sua cabine. Ia aproxi mar-se dele quando notou que havia outro homem ocupando o beliche acima de seu es~ poso e viu que este beliche era mais recuado que o outro. Assim mesmo aproximou-se de seu esposo, beijou-o e voltou para seu corpo fisico. Agora vem a parte mais interessante. No dia seguinte o sr. Wilmot contou aos co- legas de viagem que havia visto a esposa na cabine e que ela o havia be companheiro de quarto também a viu, tao materializada que parecia tratar-se de uma mulher de carne e osso, e chegou a gracejar como sr. Wilmot sobre a visita femini na que ele havia recebido em sua cabine. © experi ULES, A sra. Wilmot, por sua vez, anotou a experiéncia, fazendo mengio especial ao be~ liche recuado. Ao comprararem as anotacées, ficou comprovada a autenticidade da via ~ gem astral. Aos estudantes do assunto, o nome Muldoon é dos mais familiares, pois esse moco experimentou centenas de desdobramentos e nao sé os observou, mas anotou o que se passava, eifeixando tudo num livro intitulado 'A Projecio do Corpo Astral’. 0 dr. Hereward Carrington, um conhecido pesquisador de assuntos ps{fquicos, disse: ‘Qual- quer um concordard comigo que seria impossivel ao sr. Muldoon ter escrito o que es crevera, sem, de alguma: forma, ter experimentado tudo o que experimentou’. ~ Muldoon era um rapaz fraco e doentio, que ficava acamado por longos periodos e, pelo que se tem observado, a falta de sade facilita o desdobramento. Ele conta a sua primeira experiéncia nesse campo, que se deu quando ele tinha doze anos. Deitado em sua cama, teve a sensagao de que estava ficando paralizado, pois nao podia movimentar-se. Inerte, aos poucos comecou a perceber que algo estava saindo de si mesmo, que era 'ele', num outro corpo. Este outro corpo, soltando-se, afinal, flutuou horizontalmente por cima do que estava deitado na cama. De repente este es tranho corpo conseguiu endireitar-se e por-se de pé. Foi ai que Muldoon notou que ambos estavam reunidos por um cordao que lhe parecia elastico. Ai termina esta ex~ perigneia que prenunciou o inicio de uma longa e interessante série de aventuras no corpo astral. Aos poucos Muldoon conseguiu controlar esse novo vefculo, Fazia experiéncias. Tentava ficar de pé ao lado da cama, sair do quarto, andar pela casa. Conta que cer Antecamara-9 ta vez, ao adormecer, sentiu séde. Foi, no corpo astral, a um cémodo contiguo e te tou abrir a torngira para tomar agua, mas este feito nao conseguiu. ~ William Gerhardi, um conhecido literato inglés, também sofreu desdobramentos que em muito se assemelhavam aos de Muldoon. Gerhardi diz que saia de seu corpo fisico, que pairava ou flutuava acima dele e que a gravidade nao o afetava. Também obser ~ you 0 que Muldoon havia notado - que os dois corpos estavam ligados por um cordao prateado. Perfeitamente consciente do que estava acontecendo, certa vez saiu de perto do corpo fisico, foi até a porta do quarto e tentou virar a macaneta. Como Mulddon com a torneira, nada conseguiu. Em outras ocasides, passou pelos quartos da casa, olhat o reldgio para ver que horas eram, reparou que as janelas estavam fechadas e, ao voltar novamente em seu corpo, refletiu: 'Temos uma duplicata invisivel de nosso corpo fisico; parece que, ao menos para o primeiro estagio apés a morte, temos al- go que poderemos usar...’ O sr. Peter M. Urquart, do Canad4, faz uma observacao curiosa: Diz ele que, quan do em desdobramento, sentia~se como um: baldo liberto. Este balao, porém, estava ligado ao corpo fisico por um cordao e ele sabia que, se o cordao partisse, ele morreria... Foi essa experiéncia astral que o levou a compreender o significado do versiculo 6, cap. 12, do Eclesiastes sobre o ‘cordao prateado'. Em seu livro Wat ~ cher on the Hill, o autor conta o caso de uma pessoa que repentinamente se proje ~ tou para fora do corpo. O que sentiu? A leveza de uma pluma! 0 sopro fresco da ara gem nao a incomodava, pois, cheia de maravilhosa vida, sentia-se una com a nature za, com as nuvens, os ventos e as drvores. Nao soube dizer se a experiéncia durou minutos ou horas, pois o Tempo deixou de existir, mas durante o desdobramento sa ~ bia onde seu corpo fisico estava e sabia, também, que a ele poderia voltar em caso de perigo. A grande_viagem de_Ingo Swann Um dos 'viajantes" modernos ¢ Ingo Swann, dos EVA, onde esta sendo pesquisado. Swann teve sua primeira experiéncia de desdobramento em crianca, durante uma opera cio de amigdalas, Saiu de seu corpo e ficou observando o que o médico fazia. Viu ~ que o cirurgiado, ao extrair as amigdalas, colocou-as num vidro. Quando Swann 'vol- tou', depois da operacao, pediu as amigdalas dizendo onde tinham sido postas. Swann é um dos muito poucos que conseguem, sob controle consciente, desdobrar-se a vontade, avisando aos que o pesquisam quando retorna ao corpo. Com muita oportu- nidade a Associacao de Pesquisas Psiquicas dos EUA resolveu estudar essa extraordi naria faculdade de forma cientifica, e 0 relato do que ela esta fazendo esta conti do no numero de abril de 1973 da revista Psychic. Como sao de interesse, vamos ex- plicar como alguns destes testes sao feitos. ‘A encarregada deste trabalho é a secretaria do diretor de Pesquisas. £ ela que prepara os alvos, ou seja, o que servird para os testes que provardo se Swann real mente pode ver coisas com seu corpo astral que ele nao viu com seu corpo fisico.Es tes alvos variam, mas alguns consistem em pedacos de cartolina com desenhos colori dos. ~ Bles so colocados numa plataforma suspensa do teto da sala onde Swann fara 0 teste, Esta plataforma fica a uns 3 metros de altura do chao, fora, portanto, do alcance dos olhos de Swann. A plataforma, por sua vez, é dividida em duas partes por meio de uma reparticao. Em cada lado da reparticao, a secretaria coloca um al~ vo diferente. Isto é feito para verificar de que ponto Swann 'vé' os alvos. Se, por exemplo, ele diz que esta pairando do lado esquerdo da sala mas descreve o al~ vo da direita, a deducdo é que ele esta vendo por clarividéncia. Mas se ele disser que estd flutuando do lado esquerdo e descreve o alvo da esquerda, o fendmeno é , sem divida, de desdobramento. Apos colocar os alvos, a secretaria sai da sala e Swann e o pesquisador entram. Este liga Swann, por meio de eletrodos, a um poligrafo colocado em outro cémodo, de modo que todo e qualquer movimento que Swann fizer é imediatamente registrado. Das experiéncias levadas a cabo, alguns detalhes de grande interesse ficaram pa~ tentes. As cores primarias sio mais faceis de perceber do que os meio-tons. Os ob~ jetos de couro, fazenda ou argila, assim como certas formas convencionais e sim ~ ples sao vistas’ com mais frequéncia. Curiosamente o conceito dos mimeros e das letras nao é sentido. $6 a forma é percebida! 0 entrevistador da revista Psychic fez uma interessante pergunta a Swann. Quis Antecamara-9 -4- saber como ele consegue 'ver'. A resposta é digna de nota: 'Por percepcdo direta a través de niveis ampliados dessa mesma percepcao. Para melhor explicar como vé, u- sa a analogia do sonho. 0 que sonha, lembra-se do sonho visualmente, mas seus olhos estavam fechados enquanto ele dormia e sonhava. 0 ato de 'ver' no sonho nada tem , portanto, com a visao através dos olhos do corpo. Em suma, deve haver um componen- te da personalidade humana que possui a faculdade de 'perceber' outros niveis de consciéncia, que produzem os mesmos resultados que a visdo ocular, mas que nada tem em comum com os olhos propriamente ditos. Swann é um dos que véem em suas viagens astrais formas nunca antes vistas. Tais formas, porém, apesar de serem assustadoras, nio parecem causar danos a quem as per cebe, mas nem por isso ele deixa de recomendar cuidado. 0 que é o consciente_ Us estudos feitos nao sé pelos citados cientistas, mas por outros parapsicdlogos que no relatamos nem citamos, afetam trés areas na pesquisa psiquica. Em primeiro lugar observou-se que algumas das ‘aparicdes' que eram vistas por terceiros, eram de pessoas vivas, enquanto outras eram de mortos. Dr. Hornell Hart as analisou cui dadosamente e chegou a conclusao que tanto as dos mortos como as’ dos vivos tinham caracteristicas semelhantes. Em segundo lugar ficamos conhecendo em maior profundidade o que é 0 'consciente', pois,durante as aparicdes astrais, o viajante é levado a um novo campo de experién cias sensoriais e niveis de consciéncia. Como exemplo, o dr. Hart, outro famoso pa rapsicélogo, diz que a leitura dos registros do encefalograma dos que se desdobram & semelhante 4s leituras que sao obtidas dos que praticam a meditagao Zen, que con duz a uma expansio de consciéncia. Em terceiro lugar, os drs. Hart e Crookal concordam que as projecdes astrais in- dicam que uma vida 'consciente' pode existir fora do corpo fisico do homem. Como a percepgio do que se passa conosco ou ao nosso redor nao depende unicamente do cor- po fisico, o consciente pode sobreviver 4 morte! A conclusao é, pois, que as projecdes astrais podem ser o caminho que levard oo homem a um novo mundo — o mundo da mente. E se existe uma parte do individuo que pode operar_conscientemente fora de seu corpo fisico, esta parte é a que poderia sobreviver 4 morte" Ainda sobre as projecdes astrais, vamos aqui relatar um fato interessante: © rapaz entrou no super-mercado com dois amigos. A loja estava.cheia, as pessoas acotovelavam-se ante os balcdes repletos de mercadorias. 0 rapaz procurava, com os olhos, o artigo que queria comprar. Subitamente, algo estranho Ihe aconteceu. E,co mo nao era a primeira vez, o rapaz nao se assustou. Veio aquela leve sensacéo de tonteira, e 0 rapaz se viu, nao no super-mercado, mas sim em sua propria casa. Es- tava em sua sala e, na poltrona de couro, sua mie costurava um vestido amarelo. Mas ela nao o viu. Sua irmi também nao o viu; entrou na sala e entregou 4 mae um retroz de linha e uma tesoura. 0 rapaz chegou bem perto delas, tentando se fazer notar. Mas sua presenca nao foi percebida. Subitamente sentiu-se arrastado por uma forca intensa e voltou ao corpo fisico. Viu-se novamente no super-mercado, olhou em vol~ ta, meio sem graca, com medo que alguém tivesse notado sua auséncia. Mas ninguém reparava nele. "Engracado, pensou, acho que tudo se passou numa fracdo de segundo, no entanto tive a impressao de ter me afastado bastante tempo". Olhou o reldgio. E ram 14,30 hs. Mais tarde, quando chegou em casa, pode confirmar com a mae e a irma a cena que presenciara, em projecdo astral. Este fato nos ensina que: 19 - A projecao pode acontecer mesmo que o corpo fisico nao esteja deitado, rela xado; 29 - que, em projecao, o tempo deixa de existir e fatos que, aparentemente, leva riam mito tempo para se desenrolarem, podem acontecer numa rapida fracio de segundo. A garotinha acordou no meio da noite. Sentia-se estranhamente leve e nem perce- beu a singularidade do estado em que se encontrava. Saiu do quarto, atravessou a sala e viu-se na rua. Achou mito mgracado fazer tudo isso sem mesmo abrir as por- tas. Pelas calcadas, sentia o prazer de ver a noite fora de casa. Era a primeira vez que ia 4s ruas tao tarde. Viu, entao, a vizinha, professora de um curso notur- Antecamara-9 no, que voltava do trabalho. Correu para ela, toda feliz, mas logo um desapontamen to tomou conta de seu coracao. A vizinha passou por ela, tao pertinho, e nem ao me nos a viu! Continuou andando, olhando para tras, vendo a vizinha sumir na esquina. Ao voltar a cabeca para a frente, sobressaltou-se Acabara de passar através de u- ma arvore! Sua reagao foi apenas de grande surpresa. "Acho que morri!" E chamou pe la mae. 7 No mesmo momento, sem saber como, sentou-se na cama. Sua mie logo acudiu e, ao ouvir o que acontecera, abracou-a, sorrindo: “Ora, meu amor, nao foi nada! Vocé te ve um pesadelo!" ~ Talvez isto ja tenha acontecido com vocé e talvez também vocé tenha escutado al guém Ihe dizer que tudo foi apenas um sonho. E entao vocé deve ter pensado: "Mas foi um sonho tao real... tao vivido...'' E sempre restou a duvida: Sera que foi mes mo um sonho? ~ Esta divida faz com que sempre coloquemos em questao as esperiéncias psiquicas por que passamos. Tera sido verdade? Isto porque, desde criancas, sempre colocaram esta divida em nosso coracdo. Portanto, se algum dia um filho seu Ihe contar um “sonho" deste tipo, nao Ihe diga que teve um pesadelo. Explique a ele o que é uma projecdo astral. Isto fard com que ele, no futuro, tenha mais confianca em si mes- mo e nas suas experiéncias interiores. A moca chegou em casa exausta. Sua irmi, atarefada na cozinha, nao a viu chegar. A moca se deitou no sofa da sala, para descancar um pouco. Nem reparou que dormiu. Levantou-se e notou, surpresa, que o cansaco desaparecera milagrosamente. Foi @ co zinha e viu a irma pensativa, olhando para uma bacia cheia de uma massa crua de bo lo. "Esta faltando alguma coisa, mas néo me lembro o que..."~ pensou a irma. A mo- a escutou e respondeu: "Canela! Falta canela!" Percebeu sua voz soar estranha, mas nao ligou e ainda ficou aborrecia porque sua irma nao a escutou e continuou matutan do, fixada na massa do bolo. "Canela!" ~ gritou a moca, mais alto. Nada. Nenhuma reagdo por parte da irma. A moca ficou furiosa. “Ora, pensou, por que sera que ela finge que nao me ouve?" E repetiu ainda mais uma vez: "Canela! Ponha canela nesta massa!" De repente, o rosto da irma se iluminou e ela exclamou: "Lembrei! Falta ca nela!..." E correu para o armario da cozinha, para pegar o ingrediente que falta = va. No mesmo instante, a moca se sentiu irresistivelmente arrastada de volta ao sofa e abriu os olhos. "Coisa esquisita, pensou, eu_estava agora mesmo na cozinha... Levantou-se e "voltou" para a cozinha. Sua irma untava a forma do bolo. "Por que vocé fingiu que nao me viu?" ~ perguntou a moca, de chofre. "Ficou doida?" - retru cou a espantada irma - "Voc8 nao esteve aqui antes!" Comecaram uma discussao. Esti ve... Nao esteve... até que o assunto da canela entrou no jogo.."Se eu nao lhe dis sesse pra botar canela no bolo, vocé nao ia nunca se lembrar!" E a irmi respondeu: "Mas nao foi vocé que me falou da canela! Eu’me lembrei, de repente! Intui, sei 14 como foil..." Este caso, que aconteceu a uma pessoa que jamais havia ouvido falar em projecao astral, nos mostra um fato muito importante: Muitas vezes uma subita "intuicao” po de ser a captacao de alguma mensagem que, no caso acima, foi transmitida por al ~ guém em projecdo astral. 0 exercicio dado na semana passada foi uma preparacdo para este novo exercicio Ao realizd-lo, estard avivando e despertando a consciéncia psiquica em todo 0 seu ser. Este € o mais importante exercicio para a expansdo do Eu interior. £ através dele que seu Eu interno conseguira romper as barreiras da matéria e se projetar a~ 1ém do seu corpo fisico. Por isto mesmo transcrevemos o artigo sobre projecdo as -~ tral. Achamos conveniente que vocé se familiarize com este fendmeno, pois ele pode ra ocorrer com algumas praticas deste exercicio. Exercicio n? 9 - Deite-se de costas sobre uma superficie dura. Pode ser a cama , desde que o colcho nao seja mito macio. Se n4o, use o chao forrado com um ou dois cobertores dobrados. Nao use travesseiro. Afaste um pouco os pés; mantenha os bra~ cos afastados do tronco, palmas pata cima. Sinta-se bem 4 vontade. Procure a posi~ cao ideal para a cabeca. Faca tres respiracées lentas e profundas e depois continue respirando normalmente. Concentre-se em seus pés. Sinta-os vivos, pulsando, e rela xe totalmente todos os seus misculos. Apés alguns minutos, suba a sua atencao para Antecamara-9 a barriga das pernas e relaxe-as até sentir o latejar dos vasos e um formigamento na pele. Passe entao para os joelhos, depois para a cintura e 0 térax. Volte agora a atencdo para as maos, depois para os pulsos, o ante-braco, o brago e os_ombros. Concentre-se agora em suas costas, nos pulmées, no coracdo. Depois passe a parte in ferior do seu rosto, boca, nariz, ouvidos, olhos. Finalmente concentre-se em sua cabeca, couro cabeludo e cérebro. Recomece o exercicio novamente. Faca isso trés vezes. Depois, entSo, sinta todo 0 seu corpo de uma sé vez. Relaxe o mais e mais, sinta~o frouxo, solto. Pouco a pouco ira desaparecendo a percepcao fisica do seu corpo e ele ira sendo tomado por uma sensacio de vibracao. 0 silencio total ird impregnando sua mente e toda a sensacao exterior se diluira. Somente o Eu interior permacera vivo, ativo. Ao terminar o exercicio, respire novamente profunda e lentamente, por trés vezes. Nos primeiros dias-faca isto durante cerca de 15 minutos por dia. Depois va aos poucos aumentando o tempo de duracao do relaxamento. 0 tempo ideal sera fixado por yocé mesmo, com a pratica. £ comum, nas primeiras vezes, sentir sono antes de terminar o exercicio. Se isto Ihe acontecer, imediatamente transfira a sua atencdo para o centro de sua cabeca, por alguns instantes, e depois continue o exerefcio normalmente. Repita este exercicio todos os dias, durante 10 dias. Podera fazé-lo também sem - pre que se sentir cansado. f enorme o poder de recuperacéo deste exercicio de rela- xamento, e 15 ou 20 minutos dele correspondem a 6 ou 8 horas de sono. Durante o exercicio poderdo ocorrer pequenas sacudidas nas extremidades. Tal fend meno nao tem importancia. Trata-se apenas de descargas nervosas. Com a pratica, is- to desaparecera. Ha noventa dias que iniciamos nossos encontros e nessas nove vezes em que lhe fa~ lamos, foram-Ihe apresentados artigos sobre a aura humana, sobre o valor da concen- tracdo, sobre a projecio astral. Também nesses noventa dias foram-lhe ensinados e~ xercicios respiratérios e mentais que lhe proporcionaram maior expansao da aura, me Ihor capacidade de concentracao e uma técnica de relaxamento mundialmente conhe da e capaz de fazé—lo conseguir uma projecao astral. Os exercicios que se seguirao agora terdo a finalidade de guia~lo a um reino mara vilhoso: o reino que existe em seu prdprio interior, este reino cujo Rei € 0 seu Deus intimo, sobre o qual nada diremos, pois éle esta além da concepcdo humana, Mas no final desta viagem, vocé e o Rei do seu Reino interior se encontrarao e entao vo cS percebera, deslumbrado, que vocé e ele sio um s6. Em seu reino interno, nao exis tird mais o tempo e nemo espago. La, em cominhao com seu Deus mais intimo, vocé — reinard sobre vocé mesmo. La nao encontrard_as limitacdes da matéria, nem os gri_ — Indes dos condicionamentos mundanos. La vocé sera livre e a sua Verdade aparecera ante seus olhos na sua deslumbrante nudez e vocé sabera, com ela, guiar seus prépri os passos para um futuro criado por vocé. Tudo no Universo existe em funcdo da natureza das vibracées e podemos distinguir as vibracées em duas classes: As que emanam do Césmico e as que sao postas em ativi dade por impulsos fisicos, mentais ou psiquicos. Futuramente nos deteremos mais so- bre as vibracées, mas hoje queremos dizer apenas o seguinte a respeito delas: Durante noventa dias vocé vem exercitando o seu ritmo respiratério e sua mente e, se nesse tempo, vocé mantege um ritmo normal e saudavel de vida, mesmo que vocé nao tenha percebido, as vibracdes de sua_aura se modificaram. Hoje vocé esta vibrando numa nota superior Aquela em que vocé vibrava, ha noventa dias atras Esta foi a Gltima palestra da Antecdmara. Na proxima palestra, vocé ird comecar u ma série de exercicios de interiorizacao da mente, vocé entrara no templo sagrado que é 0 seu corpo. Mas, antes disso, vocé tem que se preparar dentro da t6nica vi - bratéria em que esta agora, para continuar sua jornada. No momento em que o estudante comieca a voltar sua mente para o interior de seu Templo, acende nele uma luz que comeca a invadi-lo aos poucos até ilumind-lo por completo. Em todas as escolas herméticas, ha uma cerimonia chamada Iniciacao, atra vés da qual o candidato é introduzido numa nova Camara de Conhecimento. A Inicia = Ao nao é somente um drama ritualistico e sua finalidade nao é apenas afetar o can didato emocionalmente, A Iniciacdo outorga ao candidato uma condicdo vibratéria ca Antecamara-9 paz de suportar e acompanhar © padrao vibratério dos ensinamentos e exercicios que Ihe serao dados na Camara na qual foi iniciado. A palavra Iniciacao vem do latim "Initiare", que significa comecar. Deriva-se de IN, para dentro, e IRE, ir, isto é: ir para dentro. Logo, a palavra Iniciacio signi fica "ingresso no mundo interior" e Iniciado é aquele que dirige seus pensamentos para o mundo interno, que o conduz ao conhecimento de si préprio e do Universo. Nas escolas herméticas, a Iniciacdo é oficiada pelo Mestre, que dirige os passos do candidato por diversas cdmaras. Hoje em dia, devido as dificuldades da vida mo — derna, fez-se necessaria a adaptacao de algumas cerimonias, de maneira que o estu — dante, muitas vezes impossibilitado de ir a um Templo, possa realizd-las em sua pro pria casa. ~ A presenca §isica de um Mestre é prescindivel, mas é preciso que o candidato se compenetre de que nao esta sd, de que ninguém esta so no Universo. Alguém vela seus passos e esse alguém & 0 seu Mestre, aquele que o acompanhara em sua Iniciacao. Em anexo encontrara, fechado, o Ritual de Iniciacao. Abra-o somente no momento da cerimdnia. 0 dia e a hora em que fard o Ritual sera decidido por vocé, intuitivamen te. ~ Lembrando-lhe novamente sobre o Sigilo, tornaremos a recomendar que nao fale so ~ bre o que vier a aprender com ninguém. Existe uma grande Lei dos Iniciados que reza o seguinte: Ver, Ousar, Fazer e Calar Ver - a observacao da Lei e do fendmeno. Ousar - 0 momento em que o homem decide aplicar a Lei para produzir o fendmeno. Fazer - a realizacao. Calar - 0 siléncio da compreensdo que obteve pela demonstracdo da Lei. A experién cia é sua; a Verdade é a sua. Nao permita que a ceriménia da Iniciacéo interfira na realizado do exercicio de relaxamento dado para os préximos dez dias. Faca o seu exercicio regularmente, e, num destes dez dias, realize sua Iniciacdo. INSTRUGOES PARA A INICIAGAO Prepare o local da seguinte maneira: Uma mesa coberta com um pano branco e muito limpo. Use o espelho, como descrito no exercicio n? 6. No centro da mesa, préximo do espelho, uma vela. Deixe a caixa de fésforos 4 mao. Mais 4 frente, 4 direita, uma vasilha de vidro pequena, com agua. A esquerda, outra pequena vasilha, com sal. Na frente e junto 4 vela, coloque o peq' no pergaminho com a cruz desenhada, que encontrara junto com a Iniciacao. Apés a Iniciacao, guarde o pergaminho dentro de uma caixa ou de um envelope fecha do, grosso, num local onde ninguém mais 0 toque, exceto vocé e seu estudante-compa nheiro, se o tiver. Ira precisar do pergaminho, em outras ceriménias. ~ Precisara também de uma cadeira. Coloque-a em frente & mesa, deixando um espaco de maneira que possa ficar de pé entre elas. _ Antes do Ritual, vista uma roupa limpa, lave 0 rosto e as mos, e beba um pouco de agua. INICIE 0 RITUAL COM A VELA APAGADA E SO A ACENDA QUANDO LHE FOR PEDIDO. Use uma iluminacao fraca, apenas o suficiente para a leitura do Ritual. Preencha © formulario em anexo logo apés realizar a Iniciacdo e envie-o o mais rapido possi- vel para COLEGIO DOS MAGOS - Caixa Postal 90004 - Petrépolis/RJ ~ CEP: 25621-970. - Cadeira ~ Espelho - Vela Agua = Sal - Pergaminho. (Observe a posicao correta da cruz nele desenhada) DUEUN= '

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