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DIOCESE DE SETUBAL ESTATUTOS DO CENTRO COMUNITARIO DE PROMOCAO SOCIAL DE LARANJEIRO; caPfTULOL DENOMINACAO, NATUREZA, SEDE, FINS E NORMAS Artigo 1.2 (Denominagéo e natureza) 1-0 Centro Comunitario de Promogio Social de Laranjeiro/Feijé, registado com 0 numero 11/83 no Livro de Registo das Fundagées de Solidariedade Social, a folhas 148 verso e 149, sediado na Paréquia de Laranjeiro/Feijé, e, nestes Estatutos, de ora em diante também designado abreviadamente por Centro, é uma pessoa juridica canénica de natureza publica, sujeita em Direito Canénico de obrigagdes e de direitos consentaneos com a indole de instituto da Igreja Catélica, para desempenhar o minus indicado nos presentes Estatutos, ‘em ordem ao bem puiblico eclesial, ereta canonicamente por decreto do Bispo da Diocese de Settibal, com Estatutos aprovados por esta autoridade eclesidstica. 2 — Segundo o Direito Concordatario resultante, quer da Concordata de 7.5.1940, quer da Concordata de 18.5.2004, o Centro uma pessoa juridica canénica constituida por decreto da autoridade eclesidstica, a que o Estado Portugués reconhece personalidade juridica civil, que se rege pelo Direito Canénico e pelo Direito Portugués, aplicados pelas respetivas autoridades, e tem a mesma capacidade civil que o Direito Portugués atribui as pessoas coletivas de direito privado, sem fim lucrativo, gozando dos mesmos direitos e beneficios atribuidos as Instituigdes Particulares de Solidariedade Social, nos termos dos art%s 10.2, 11.2 e 12.2 da Concordata de 2004. 3 —Segundo o Direito Portugués, o Centro é uma pessoa coletiva religiosa reconhecida como Instituigdo Particular de Solidariedade Social, qualificada como Institutos de Organizagées ou Instituicdes da Igreja Catélica, devidamente inscrita no competente registo das IPSS, sob 0 1.2 11/83, que adota a forma de Centro Social Paroquial, sem prejuizo do espirito e disciplina religiosa que o informam, regendo-se pelas disposigées do Estatuto das IPSS e demais normas aplicaveis, desde que no respeito pelas disposigdes da Concordata de 2004. 4-0 Centro foi criado para a prossecugao dos seus fins préprios previstos nos presentes Estatutos, sendo por isso uma entidade auténoma juridica e patrimonialmente, que, no exercicio da sua atividade prépria, nao exerce fins ou comissdes de outras entidades, sem prejulzo da sua a iculago programética com outras pessoas juridicas canénicas e da sujeigiio & legislaclo canénica universal e particular, especificamente em matéria de Vigilancia do Ordinério do lugar. Artigo 2.2 (Sede e ambito de acdo) 1— 0 Centro tem a sua sede em Rua José Estévao Coelho de Magalhes, F Almada, Unido das Freguesias de Laranjeiro/Feijé, municipio de Almada. 2-0 Centro tem por ambito de aco prioritéria, embora nao exclusivamente, o territério da Paréquia de Laranjeiro/Feijé. 3-0 Centro, desde que autorizado pelo Ordinério do lugar, pode abrir, para a realizacao dos seus fins estatutérios, delegagdes e respostas sociais na drea das paréquias vizinhas. Artigo 3.2 (Principios inspiradores) 1-0 Centro prossegue o bem ptiblico eclesial na sua area de intervengao, de acordo com as normas da Igreja Catdlica, e tem como fins a promogio da caridade crist3, da cultura, educagio e a integracio comunitéria e social, na perspetiva dos valores do Evangelho, de todos os habitantes da comunidade onde esté situado, especialmente dos mais pobres. 2-0 Centro, na prossecugo dos seus fins, deverd orientar a sua aco sécio caritativa & luz da Doutrina Social da Igreja, tendo em conta, entre outros, os seguintes principios inspiradores e objetivos: a) Anatureza unitéria da pessoa humana e o respeito pela sua dignidade; b) O aperfeicoamento cultural, espiritual, social e moral de todos os paroquianos; ¢) A promocao integral de todos os habitantes da Paréquia, num espirito de solidariedade humana, crista e social; d) A promogéo de um espirito de integracdo comunitaria de modo a que a populacio e 08 seus diversos grupos se tornem promotores da sua prépria valorizacao; e) 0 espirito de convivéncia e de solidariedade social como fator decisivo de trabalho comum, tendente a valorizacao integral dos individuos, das familias e demais agrupamentos da comunidade paroquial; f)_O desenvolvimento do sentido de solidariedade e da criacdo de estruturas de partilha de bens; 8) A realizagdo de um servico da iniciativa da comunidade crist&, devendo assim proporcionar, com respeito pela liberdade de consciéncia, formagio crista aos seus beneficidrios e no permitir qualquer atividade que se oponha aos principios cristdos; h)_Um incentivo do espirito de convivéncia humana como fator decisivo do trabalho em comum tendente a valorizagao integral das pessoas e das familias; i) A prioridade & protecio das pessoas mais pobres e desfavorecidas ou atingidas por calamidades, mobilizando para tal os recursos humanos e materiais necessérios & i) k) criagdo e manutengo de estruturas de apoio as familias ou a determinadgs sectofes'® da populagao, como aos idosos, aos jovens e as criangas; ve a A resposta possivel a todas as formas de pobreza, exercendo assim a sua finalidade sécio caritativa; ie Os beneficios da cooperagio com os grupos permanentes ou ocasionais que; no Ambito local ou regional, se ocupem da promocio, assisténcia e melhoria da vida das. populagées; Autilidade de recurso a grupos de trabalho tecnicamente preparados e devidamente qualificados; m) © seguimento, na sua atividade, dos principios catélicos e a nio-aceitagio de p) a) compromissos que de alguma forma condicionem a observancia destes principios; © contributo para a solugdo dos problemas socials, & luz da doutrina social da lgreja; A participacdo na agéo social de toda @ comunidade paroquial, em estreita cooperacao com outras instituices e grupos de a¢ao social e com a entreajuda crista de proximidade; A escolha dos seus préprios agentes (funcionérios, trabalhadores, colaboradores, auxiliares) de entre as pessoas que partilhem, ou pelo menos respeitem, a identidade catélica das obras de caridade; A procura em evitar financiamentos ou contribuicées por entidades ou instituigées que prossigam fins em contraste com a doutrina da Igreja; A aceitagéo da coordenacao do Bispo diocesano em compatibilidade com a sua autonomia juridica de acordo com os Estatutos. Artigo 4.2 (Fins e atividades principais) Os fins e objetivos referidos no artigo anterior concretizam-se mediante a concesséo de bens, a prestaco de servigos e de outras inici ivas de promogao do bem-estar e qualidade de vida das pessoas, familias e comunidades, nomeadamente nos seguintes dominios: a) b) °) d) e) f) 2) h) Apoio a Primeira Infancia, através de Creche, Creche Familiar e Pré-Escolar, incluindo as criangas e jovens em perigo; Apoio a Segunda Infancia, através de Atividades de Tempos Livres (ATL) ou outras; Apolo Juventude, facultando-Ihes Cursos de Formacio Profissional que Ihes proporcione entrar no mundo do trabalho, apoio aos estudos, inclusive superiores, ‘0u outros programas; Apoio a familia; Apoio as pessoas idosas, através de Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, Centro de Dia, Centro de Convivio e Apoio Domicilidrio, ou outras; Apoio as pessoas com deficiéncia e incapacidade; Apoio a integracao social e comunitéria, nomeadamente dos imigrantes; Protecio social dos cidados nas eventualidades da doenga, velhice, invalidez e morte, bem como em todas as situages de falta ou diminuicgo de meios de subsisténcia ou de capacidade para o trabalho; cuidados de medicina preventiva, curativa, de cuidados continuados e de reabilitac ¢ assisténcia medicamentosa; \ : j) Educagio e formagao profissional dos cidadaos; Ne k)_Resolucdo dos problemas ha |) Outras respostas sociais, nao incluidas nas alineas anteriores, desde que contribuam para a efetivaco dos direitos sociais dos cidadaos. racionais das populagdes; Artigo 5.2 (Fins secundérios e atividades instrumentals) 1—Na medida em que a pratica o aconselhe e os meios disponiveis o permitam, o Centro poderd exercer, de modo secundério, outras atividades de cardcter cultural, educativo, recreativo, de assisténcia e de salide, designadamente as de fomento e apoio aos estudos culturais da sua comunidade e as actividades de outras instituicBes que persigam os mesmos fins, procurando parcerias significativas para esse efeito. 2-0 Centro pode ainda desenvolver ati seus fins no lucrativos, ainda que desenvolvidos por outras entidades por ele criadas, mesmo que em parceria, e cujos resultados econémicos contribuam exclusivamente para 0 financiamento da concretizagao daqueles fins. idades de natureza instrumental relativamente aos 3-0 Centro pode dar autonomia a algum ou alguns dos seus servigos mediante a criago de fundagdes pias auténomas canonicamente eretas. Artigo 6.2 (Normas por que se rege) 1-0 Centro rege-se por estes Estatutos e, no que forem omissos, pelo Cédigo de Direito Canénico, pela Carta Apostélica sob a forma de Motu Proprio sobre o servico da caridade “Intima Ecclesiae Natura”, pela legislaco particular e pelas leis civis aplicdveis. 20s presentes Estatutos carecem de aprovaco do Bispo diocesano, o mesmo sucedendo com a sua revisio ou alteracdo, ordinariamente propostas pela Direcdo. 3 — A organizaco e funcionamento dos diferentes sectores e obedecero as normas aplicaveis a regulamentos internos elaborados pela Direcdo. idades do Centro Artigo 7.2 (Cooperagio) 1-0 Centro deveré colaborar com as demais instituicées existentes, particularmente com a paréquia e com a Diocese, desde que nao contrariem a legislaco canénica universal e asi fg vous particular, os fins e a autonomia do Centro ou a perspetiva cristé da vida que informa’ 08" presentes Estatutos. 2-0 Centro poderé celebrar acordos de cooperagio com entidades oficiais e patticilares,,.. °°” em ordem a receber o indispensavel apoio técnico e financeiro para as suas atividades. 3 — 0 Centro pode, na prossecuco dos seus fins, unir-se a uma ou mais instituigées congéneres, que exercam idéntica atividade segundo as normas da Igreja Catélica, podendo constituir ou participar em unides, federagées ou confederacdes, com licenca do Ordindrio do lugar. CAPITULO II ORGANIZACAO INTERNA. SECCAO! ORGAOS DA INSTITUICAO Artigo 8.2 {Orgios) 1 So érgdos gerentes do Centro: a) ADirecéo; b) OConselho Fiscal. 2— A duracéo do mandato dos érgaos gerentes do Centro, bem como do mandato do Diretor Executivo, se o houver, é de quatro anos, renovaveis sob proposta do Paroco e a aprovacao do Ordinario do lugar. 3-0 mandato inicia-se com a tomada de posse. 4 Alista dos membros dos érgaos gerentes do Centro é apresentada pelo Paroco do lugar onde se encontra sediado 0 Centro, sendo os respetivos membros providos pelo Ordindrio do lugar. 5—Para a constituicao da lista dos membros dos 6rgos dirigentes do Centro, a apresentar & nomeagao do Ordinario do lugar, 0 Péroco deve consultar o Conselho Paroquial para os Assuntos Econémicos. 6 —Com a apresentagio da lista ao Ordindrio do lugar é estabelecido o ntimero de membros da Diregdo e a qualidade e identidade de cada um dos titulares dos érgdos. 7 Uma ver provides os membros dos érgios pelo Ordinério do lugar, bem cof 0 Bieter Executivo, quando for 0 caso, estes tomarao posse perante o Paroco. fe 8 — O mandato termina no termo do respetivo perfodo, sem prejuizo a dever de manutengo em fungées até a posse dos novos titulares. \Reienean 9 — Nao é érgio gerente do Centro o Diretor Executivo, que constitui um cargo facultativo que pode ser instituido por deliberaco da Dirego, que procede também & nomeacio do respetivo titular, uma vez obtido o parecer favordvel do Conselho Fiscal e obtida aprovacéo do Ordindrio do lugar. Artigo 9.2 (Remogéo) Os titulares dos érgios do Centro podem ser removidos pela Autoridade Eclesidstica que os aprovou, a pedido do Presidente da Direco, do Paroco, se nao for o Presidente da Direcao, ou por iniciativa do Ordinario Diocesano, havendo justa causa e apés audiéncia prévia do respetivo érgio do Centro e dos visados. Artigo 10.2 (Vacatura) 1 — Em caso de vacatura da maioria dos membros providos para cada érgao deve proceder- se ao preenchimento das vagas verificadas no prazo maximo de um més. 2 — Compete ao Paroco, onde o Centro esta sediado, indicar ao Ordinario do lugar os elementos que preencham as vagas para completar o mandato. 3 — Se vagarem todos os cargos, por demisséo ou por qualquer outra razo, sera apresentada pelo Péroco ao Ordindrio do lugar a lista completa para os érgdos, iniciando-se novo mandato. Artigo 11.2 (incompatibilidades) 1 Aos membros dos corpos gerentes nao é per nos érgios do Centro, ido 0 desempenho de mais de um cargo 2-Arnenhum membro dos corpos gerentes do Centro ou a seu cénjuge ou pessoa com quem viva em uniao canonicamente irregular ou qualquer familiar em linha reta ou até ao 2.2 grau da linha colateral, é permitido celebrar, direta ou indiretamente, qualquer negécio Juridico com 0 Centro, a nao ser que dai advenham vantagens claras para a institulgo e tenha a deciséo undnime e fundamentada de aprovacao dos restantes membros da Direcéo © o parecer favoravel do Conselho Fiscal. de entidades conflituantes com a atividade do Centro e, em principio, 0s dirigentes paltico-- partidérios e os detentores de cargos autérquicos durante o seu exercicio. \ 4—Se for conveniente, por motivos justificados, com o parecer favoravel do Conselho Fiscal e a autorizacio do Ordinario do lugar, pode um trabalhador do Centro ser nomeado membro da DirecSo ou Diretor Executivo. Artigo 12.2 (Direitos inerentes a geréncia efetiva) 1-0 exercicio de qualquer cargo nos corpos gerentes é gratuito, mas pode justificar 0 pagamento de despesas dele derivadas, com a aprovagao escrita dos membros da Direcao. 2—Se 0 volume do movimento financeiro da instituig¢go ou a complexidade do seu governo o exigir, depois de proposto pela Direcéo, com o parecer favordvel do Conselho Fiscal e a aprovacao do Ordinério do lugar, um dos membros da Dire¢o, ou o Diretor Executivo, pode ser remunerado dentro dos limites da lei. Artigo 13.2 (Impedimentos) 1 Os membros dos corpos gerentes no podem votar em assuntos que diretamente Ihes digam respeito ou nos quais sejam interessados os respetivos cénjuges ou pessoas com quem vivam em uniao canonicamente irregular ou qualquer familiar em linha reta ou até a0 28 grau da linha colateral. 2 — Os fundamentos das deliberagées sobre a aprovacio do contetido e celebracao dos contratos referidos no numero anterior devem constar das atas das reunides dos respetivos corpos gerentes. Artigo 14.2 (Responsabilidade) 1~ Os membros dos corpos gerentes sdo responsdveis civil e criminalmente pelas ages ou omissdes cometidas no exercicio do mandato. 2~Além dos motivos previstos na lei, os membros dos corpos gerentes ficam exonerados de responsabilidade quando: a) Nao tiverem tomado parte na respetiva resolucao e a reprovarem com declaracio na ata da sesso imediata em que se encontrem presentes; b) Tiverem votado contra essa resolucao e o fizerem consignar na ata respetiva, arya Artigo 1 (Convocatéria e deliberacées) 1-Os érgios do Centro so convocados pelos respetivos presidentes, ou pelo Presidente da direcs2o, por iniciativa destes ou a pedido da maioria dos titulares dos érgos. 2—Os 6rgaos do Centro sé podem deliberar com a presenga da maioria dos seus titulares. Artigo 16.2 (Reunides e votagdes) 1 = Salvo disposigio legal ou estatutdria em contrério, as deliberacées sio tomadas por maioria de votos dos titulares presentes. Em caso de empate na votaco o presidente pode dirimir a paridade com o seu voto. Contudo, nenhuma decisao valeré contra o assentimento do Péroco, seja ele ou ndo membro da Direco, em situagées que possam ser conflituantes para a boa relacao entre o centro e a Pardéquia. 2— As votagdes que envolvam um juizo de valor sobre comportamentos ou qualidades das pessoas, bem como as respeitantes a assuntos de interesse pessoal dos seus membros, sio feitas por escrutinio secreto, 3-E nulo o voto de um membro sobre assunto que diretamente lhe diga respeito e no qual seja interessado, bem como o seu cénjuge ou pessoa com quem viva em unigo canonicamente irregular ou qualquer familiar em linha reta ou até ao 22 grau da linha colateral. 4— Quando no for membro dos érgios gerentes, o Paroco pode assistir as reunides desses 6rgdos, sem direito a voto, pelo que devem ser-Ihe dadas a conhecer com a devida antecedéncia as datas e ordens de trabalho das respetivas reunides. O Péroco pode ainda comunicar com os membros dos érgios, enviando comunicagées aos membros sobre quaisquer assuntos referentes & atividade do Centro. Artigo 17.2 (Atas) 1 = Sero sempre lavradas atas das reunides de qualquer érgio do Centro, assinadas obrigatoriamente por todos os membros presentes nessas reunides. 2-0 conjunto das atas é autuado e paginado de modo a facilitar a sucessiva incluso de Novas atas e a impedir o seu extravio. Pode manter-se o sistema de livro de atas. 3—Cabe ao secretério de cada drgo zelar pela conservacio e guarda das respetivas atas. SECCAO II DIRECCAO Artigo 18.2 (Composicao da Direco) 1—A Direcdo é constituida por um numero impar de membros, entre um minimo de trés e um maximo de nove, devendo haver sempre um Presidente, um Secretério e um Tesoureiro, 2—Sendo o numero de membros da Direcdo em cada mandato superior a trés, poderé um dos vogais desempenhar o cargo de Vice-Presidente da Diresio. 3-0 Presidente da Direg3o pode ser o Péroco da pardquia de Laranjeiro/Feijé ou quem ele indicar na lista a apresentar para aprovaco e proviséo ao Ordindrio do lugar. 4-0 Ordindrio do lugar pode de motu préprio Diregio, dispensar 0 Péroco de ser membro da Artigo 19. (Competéncias da sao) 1 — Compete a Direcdo, como érgio de administracio do Centro, gerir a instituicdo e representé-la, incumbindo-Ihe, designadamente: a) Garantir a efetivacao dos direitos dos beneficiérios; b) Aprovar anualmente e submeter ao parecer do érgio de fiscalizagio 0 relatério e contas de geréncia, bem como 0 or¢amento e programa de acao para o ano seguinte e remeter tais documentos ao Ordinério do lugar; c) Assegurar a organizago e o funcionamento dos servigos e equipamentos, nomeadamente promovendo a organizacdo e elaboraco da contabilidade, nos termos da lei; d) Organizar o quadro do pessoal e contratar e gerir o pessoal do Centro; e) Representar o Centro em juizo ou fora dele; f) Zelar pelo cumprimento da lei, dos estatutos e das deliberacdes dos érgios do Centro; 8) Gerir 0 patriménio do Centro, nos termos da lei; h) Elaborar e manter atualizado o inventario do patriménio do Centro, e 0 registo dos bens iméveis; i) Manter sob a sua guarda e responsabilidade os bens e valores do Centro; 1) Emitir parecer sobre a aceitacdo de herangas, legados e doagées, pedindo licenca ao Ordinério do lugar para as aceitar ou rejeitar; k)_Providenciar sobre fontes de receita do Centro; |) Deliberar sobre propostas de alteracao dos estatutos e de modificacdo ou exting3o do Centro, a apresentar ao Bispo diocesano; m) Elaborar os regulamentos internos do Centro e submete-los a aprecidcdo_ dd" Ordinério do lugar; er 1) Aprovar o Regulamento da Liga de Amigos; \, 8 ©) Celebrar contratos de compra e venda e demais contratos conforme as hotmas., 20" canénicas e civis aplicdveis; p) Celebrar acordos de cooperacio com servicos oficiais, depois de obtida licenca do Ordinario do lugar; a) Fornecer ao Conselho das suas atribuigde 1) Executar as demais fungdes que the estejam atribuidas pelos presentes Estatutos & que decorram da lei aplicdvel, designadamente da legislagdo canénica universal e particular. al os elementos que este lhe solicitar para cump! 2 A Direcdo pode delegar poderes de representacdo e administracéo para a prética de certos atos ou de certas categorias de atos em qualquer dos seus membros, ou constituir representantes para esse efeito, designadamente profissionais qualificados ao servico do Centro, como 0 Diretor Executivo ou outros. Artigo 20.2 (Competéncias do Presidente e do Vice-Presidente) 1- Compete ao Presidente da Diregao. a) Superintender na administracéo do Centro, orientando e fiscalizando os respetivos servigos; b) Convocar e presidir as reunides da Direcdo, dirigindo os respetivos trabalhos; c) Assinar e rubricar os termos de abertura e encerramento e rubricar o livro de atas da Direcao; d) Despachar os assuntos normais de expediente e outros que caregam de solucio urgente, sujeitando estes ultimos a confirmacdo da Direcéo na primeira reuniéo seguinte. 2 — Compete ao Vice-Presidente, caso exista, coadjuvar o Presidente no exercicio das suas atribuigdes e substitui-lo nas suas auséncias e impedimentos. Artigo 21.2 (Competéncias do Secretario) Compete ao Secretario, coadjuvado por um Vogal, se necessério: a) Lavrar as atas das reunides da Dirego; b) Preparar a agenda de trabalhos para as reunides da Direcio, organizando os processos dos assuntos a serem tratados; ¢) Superintender nos servicos de secretaria; d) Na falta de Vice-Presidente, substituir o Presidente nas suas faltas ou im e) Providenciar pela publi ie A !ago, nos termos da legislacio em vigor, das informacées ou suportes das contas do exercicio, bem como das sumulas do programa é relatario de atividades e do orgamento, que a lei mande publicar. 1. Compete ao Tesoureiro, coadjuvado por um Vogal, se necess: Artigo 22. (Competéncias do Tesoureiro) a) Gerir os meios financeiros, através nomeadamente da anélise, superintendéncia e controle dos movimentos bancatios e de tesouraria; b) Assegurar e promover o sistema de controlo de Gastos e Rendimentos, nomeadamente oportunidade de investimentos, aplicagdes financeiras e gestio de créditos (prazos de recebimento e meios a adotar para garantir o cumprimento dos mesmos); ¢) Autorizar os pagamentos conjuntamente com o Presidente; d) Supervisionar os servigos administrativos em tudo o que se relacione com a Contabilidade e Tesouraria da instituicio e assegurar mensalmente a adequada preparacdo de todos os documentos a submeter aos Servicos de Contabilidade para © cabal registo contabilistico das transacgées desse més. e) Controlar a elaboracio e os desvios do orgamento anual. f) Apresentar mensalmente & Direcéo os mapas que permitam analisar e controlar 0 resultado da actividade econémica e financeira, e desenvolver anélises detalhadas, para proporcionar uma boa gesto; 8) Elaborar a previsdo de Tesouraria trimestral; h) Apresentar 8 direcc&o para aprovagio, as contas anuais e o conjunto completo de demonstracdes financeiras exigidos pela lei vigente; 2 - Se existir 0 cargo de Diretor de Servicos ou similar, algumas das competéncias referidas podem ser executadas por este, desde que tal seja feito por decisdo da Direcco, lavrada em ‘Acta, e sempre sob a coordenacio superior do Tesoureiro. Esta transferéncia de competéncias do tesoureiro para o Director de Servicos no acarreta transferéncia de responsabilidade, isto é, 0 tesour suas competéncias. seré sempre o responsdvel nos actos do exerc Artigo 23.2 (Reuniées) ) das A Diregdo reunira ordinariamente uma vez por més e sempre que for convocada pelo Presidente, por sua iniciativa ou a pedido da maioria dos membros da Dirego. Artigo 24. (Forma dea instit io se obrigar) do Tesoureiro. 2 — Nas operagées financeiras decorrentes de actos de administraco extraordinaria séo obrigatérias as assinaturas conjuntas do Presidente e do Vice-Presidente, caso exista, ou do Presidente e do Tesoureiro. Nas operagées financeiras séo obrigatérias as assinaturas conjuntas do Presidente e do Tesoureiro. 3—Nos atos de mero expediente basta a assinatura de qualquer membro da Direcdo. SECCAO II CONSELHO FISCAL Artigo 25.2 (Constituiggo) © Conselho Fiscal & constitufdo por trés membros: um Presidente, um Secretério e um Vogal. Artigo 26.2 (Competéncias do Conselho Fiscal) 1 —Compete ao Conselho Fiscal 0 controlo e fiscaliza¢&o do Centro, podendo, nesse ambito, efetuar & Direcfo as recomendacdes que entenda adequadas com vista ao cumprimento da lei, dos estatutos e dos regulamentos e, designadamente: a) Exercer a fiscalizacio sobre a escrituracéo e demais documentos do Centro, sempre que o julgue necessério e conveniente; b) Dar parecer sobre o relatério e contas do exercicio, bem como sobre o programa de aco e orcamento para o ano seguinte; ¢) Dar parecer sobre quaisquer assuntos que a Direcdo submeta a sua apreciagio; d) Vigiar pelo cumprimento da lei, dos estatutos e dos regulamentos; fe) Dar parecer quanto a aquisicao, administracdo e alienacdo dos bens eclesidsticos do Centro. 2-Os membros do Conselho Fiscal podem assistir 4s reunides da Direco quando o acharem conveniente e, para isso, informarem a Direcao, ou quando para tal forem convocados pelo presidente deste éredo, desde que tal convocagao seja deliberada pela Direcao. Artigo 27.2 (Reunides) ” (Reunides) © Conselho Fiscal reuniré ordinariamente uma vez, pelo menos, em cada semestre é'semmprs que for convocado pelo Presidente, por sua iniciativa ou a pedido da maioria dos seus membros. SECCAO IV DIRETOR EXECUTIVO Artigo 28.2 (Do Diretor Executivo) 1-0 Diretor Executivo constitui um cargo facultative do Centro que pode ser instituido por deliberago da Direg3o em cada mandato, se especiais circunstancias o requererem, depois de ouvido o Paroco, uma vez obtido o parecer favoravel do Conselho Fiscal e a aprovacao do Ordindrio do lugar. 2-0 Diretor Executive pode ser nomeado de entre os membros do quadro de pessoal ou pode ser contratado em comisséo de servico por perfodo equivalente ao do mandato da Direcao que o contratou, 3-0 Diretor Executivo no pode ser membro da Direcao ou do Conselho Fiscal. 4A remuneracao do Diretor Executivo sera estabelecida pela Direc3o, tendo em conta as. capacidades financeiras da institui¢ao, a sua qualificacao profissional e o hordrio de trabalho. Artigo 2 (Funges do Diretor Executivo) Cabe ao Diretor Executive 0 acompanhamento da gest&o corrente do Centro, bem como cumprir, executar e mandar executar as deliberacées da Direcdo, a quem deve obediéncia, com obrigacao de participar nas reunides da Direcdo para as quais for convidado, ainda que sem direito de voto. Podem ser-lhe delegadas competéncias de outros membros da direc¢do, por deliberacdo maioritéria desta, lavrada em acta. Contudo, a transferéncia destas competéncias nao acarreta consigo a transferéncia de responsabilidades, sendo os membros da direcéo sempre os responséveis pelos actos do exercicio das suas competéncias delegadas. CAPITULO a REGIME PATRIMONIAL E FINANCEIRO Artigo 30.2 (Do patriménio) 1 — Constitui patriménio do Centro o conjunto de bens méveis, iméveis e direitos que legitimamente adquiriu e possui como seus. 2.- So bens do patriménio do Centro: a) Os bens iméveis registados em seu nome; b) Os bens méveis e os bens preciosos em razdo da arte ou da historia; ¢) As herancas, doacées e legados, nomeadamente ex-votos que, segundo a vontade dos beneficidrios, se ndo destinem a ser gastos em fins determinados. 3 - Dados os fins e natureza da instituicao, todos os bens temporais que se encontrem na propriedade ou titularidade do Centro consideram-se bens eclesidsticos, afetos a fins especificamente religiosos, ainda que provisoriamente sejam afetos aos demais fins expressos nos artigos 4.2 € 5.2, Artigo 31.2 (Da receita) Constituem receitas do Centro: a) Os rendimentos dos servicos e a comparticipaggo dos beneficidrios, nomeadamente dos utentes ou seus familiares; b) Os possfveis auxilios financeiros da comunidade paroquial ou de outrem; ¢) © produto das herancas, legados ou doagées instituidas a seu favor, desde que aprovados pelo Ordinério do lugar; d) Subs(dios © comparticipagdes do Estado e de outras entidades oficiais ou particulares; e) Receitas da percecio fiscal; f) Rendimentos de capitais; 4) Rendimentos de atividades exercidas pelo Centro a @ afetas ao exercicio da sua atividade principal; h)_Rendimentos de iniciativas de angariacdo de fundos, promovidas pelo Centro ou por terceiros. lo secundario ou instrumental Artigo 32.2 (Atos de administracao ordindria) 1 — So atos de administracao ordindria aqueles que se incluem nas faculdades normais de um administrador e todos aqueles que podem ser praticados pela Direcio ou pelo Diretor Executivo sem recurso a qualquer licenca ou autorizago do Ordindrio do lugar. 3 — So invalidos todos os atos que excederem os limites e 0 modo de administracao ordinaria, a nao ser que previamente tenha sido obtida licenca do Ordinario do lugar, dada por escrito, 4 — A administragdo do Centro compete aos corpos gerentes, em conformidade com o previsto nos presentes Estatutos. Artigo 33.2 traco extraordinéria e alienaco) (Atos de admi 1A Direcao s6 pode exercer atos de administraco extraordindria com prévia autorizacao escrita do Ordindrio do lugar e de harmonia com os Estatutos. 20s atos de administracao extraordinéria feitos sem prévia autorizac3o do Ordindrio do lugar séo invalidos. 3 So atos de admit istraco extraordindria todos aqueles que nao sejam considerados em face dos estatutos e da lei como de administragio ordindria. Séo designadamente atos de Acomprae venda de iméveis; b) Oarrendamento de bens iméveis; c) Acontrag3o de empréstimos, com ou sem garantia hipotecé: d) Novas construgées que importem uma despesa superior a receita expressa na prestacao de contas mais recente; e) Aalienacdo de quaisquer objetos de culto ou classificados; f) A aceitacao de fundacdes pias ndo-auténomas, isto é, de bens temporais doados ao Centro com o énus, prolongado por tempo superior a cinco anos, de, com os rendimentos, mandar celebrar Missas ou realizar outras fungdes eclesidsticas, agdes rei 8) Aaceitacao de quaisquer outros legados ou doagées com énus semelhantes aos da alinea anterior. h) Aluguer ou arrendamento aos administradores ou familiares até ao 4.2 grau de consanguinidade ou afinidade; i) Propor e contestar qualquer aco nos tribunais competentes, em nome do Centro. a: \quenta por cento da josas ou caritativas /é m 4~Sé com prévia autorizagao escrita da Autoridade eclesidstica competente a Diregaa.pode.- alienar validamente: a) Ex-votos oferecidos ao Centro, coisas preciosas em razdo da arte ou da\histéria,” reliquias insignes e imagens que se honrem com grande veneracao do povo; b) Bens temporais do patriménio cujo valor exceda a quantia minima estabelecida pela Conferéncia Episcopal Portuguesa. 5 — So nulos canénica e civilmente os atos e contratos celebrados em nome do Centro sempre que no tenha sido previamente obtida a licenca ou aprovacio e: Canénico para a pratica desse ato ou para a celebrago desse contrato. ia pelo Direito Artigo 34.2 (Perfil dos agentes do Centro) 1-0 Centro é obrigado a escolher os préprios agentes de entre as pessoas que partilhem, ou pelo menos respeitem, a identidade catélica da instituig&o. 2 — Para garantir 0 testemunho evangélico no servico da caridade, quantos operam na pastoral caritativa do Centro, a par da devida competéncia profissional, deem exemplo de vida crista e testemunhem a formacao do coracdo que ateste uma fé em aco na caridade. 3~Com esta finalidade, a Direco do Centro ou o Assistente Ecl formacao, mesmo no ambito teolégico e pastoral, através de curriculos especificos e através de adequadas propostas de vida espi ual. Artigo 35.° (Destino dos bens em caso de extingdo do Centro) 1-0 Centro pode ser extinto pelo Bispo diocesano, em conformidade com a legisla¢ao canénica universal e particular aplicavel. 2m caso de extincdo do Centro, passardo para a Paréquia ou para outra pessoa juridica canénica os bens méveis e iméveis e direitos que esta Ihes houver afetado e os que Ihe forem deixados ou doados com essa condi¢éo. 3 - Os restantes bens sero atribuidos a outra Instituico Particular de Solidariedade Social institulda pela Igreja Catdlica, que prossiga fins idénticos ou similares aos do Centro, indicada pelo Ordinério do lugar, de harmonia com o Direito Canénico. CAPITULO IV wen ov ASSISTENCIA RELIGIOSA \ Artigo 36.2 (Assisténcia religiosa) 1-Aiidentidade catélica do Centro e 0 seu objeto podem requerer um ou mais Assistentes Eclesiasticos. 2 — So funcdes do Assistente Eclesidstico promover a vida espiritual dos titulares dos érgios, dos trabalhadores e dos beneficidrios, no respeito pelo credo que cada um professa, sem prejuizo do bem dos mesmos, tendo direito a estar presente em todas as reunides dos 6rg8os do Centro e a usar da palavra, sem direito a voto, devendo para isso ser informado previamente da data e ordem de trabalhos das reuniées. 3 — Constituem ainda funcdes do Assistente Eclesidstico garantir 0 culto di diversas manifestacSes. 4-0 Assistente Eclesidstico é normalmente o Paroco da sede do Centro, podendo fazer-se substituir por algum sacerdote sob a sua responsabilidade ou apresentar outro sacerdote ao Bispo diocesano para que seja nomeado em sua vez. 5 — A assisténcia religiosa é gratuita. Quando exercida por sacerdote distinto do Paroco, pode o Centro comparticipar na sua remunerago, conforme as normas da Diocese, com a aprovagao escrita do Ordinario. CAPITULO V LIGA DOS AMIGOS Artigo 37.2 (Liga dos Amigos) 1 Além da natural envolvéncia e apoio de toda a Comunidade Paroquial, pode ser criada uma iga dos Amigos, de existéncia facultativa, constituida por todas as pessoas que, admitidas pela Direcdo, se propuserem colaborar na prossecucao das atividades do Centro, quer através da contribuicéo pecuniaria, quer de trabalho voluntério. 2— Deverd ser, quanto possivel, estimulada a admissao dos fam Liga dos Amigos. res dos beneficidrios na Da. 3A constitui¢ao, organizagao e funcionamento da Liga obedecerao a regulamento préprio— elaborado pela Direcao. \s 4—Sem prejuizo das fungdes que Ihe sejam atribuidas no respetivo regulamento, compet’s Liga de Amigos do Centro pronunciar-se sobre todos os assuntos que a Direcéo entenda submeter & sua apreciacao. CAPITULO VI DISPOSICGES FINAIS Artigo 38.2 c (Vigilancia do Bispo diocesano) Sendo pessoa juridica canénica auténoma de natureza publica, o Centro esté sujeito as {raco préprias do Direito Canénico, designadamente, no que respeita a licenga para a pratica de atos de administracdo extraordinéria, & emisso de instrugées, ao direito de visita, a apresentagio de contas e do balanco anual das suas atividades, & gesto dos seus bens com sobriedade cristé e 20 respeito da disciplina eclesiéstica. normas de coordenagio, orientaco, vigilancia e admit Artigo 39.2 (Alteracdo dos Estatutos) 1~Os presentes Estatutos revogam os anteriores e entram em vigor imediatamente apés a sua aprovacio pelo Bispo diocesano, sem prejuizo dos efeitos do registo nos Servicos da Seguranca Social e no Registo das Pessoas Juridicas Canénicas do Registo Nacional das Pessoas Coletivas. 2 — Os presentes Estatutos podergo ser alterados, ordinariamente mediante proposta da Dirego, com parecer do Conselho Fiscal e aprovacao do Bispo diocesano. 3 — Nos casos omissos, a DirecSo recorrerd a legislacao canénica u decisio do Bispo diocesano. /ersal e particular e & Aiprato alloragee, a tile, Ed tle de Toute 2 won onlin duyarote Reyes “Vedas yer whe pulesicadar Novertow de 2erF Bod, 06 8

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