Pelo menos 40 estudantes da Universidade Estadual de
Londrina (UEL) que não foram contemplados com vagas na nova Casa do Estudante, localizada no campus universitário, permanecem no hotel alugado pela instituição no centro da cidade para abrigá-los temporariamente. O contrato da UEL com o imóvel venceu nesta sexta- feira (29) e o reitor da universidade, Wilmar Marçal, não descartou prorrogar o contrato com o objetivo de não prejudicar o dono do prédio. O aluno de pós-graduação, Eduardo Martins, contou que a água e luz já foram cortadas pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) e Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). “Eles vieram aqui e nós impedimos, mas depois apareceram com a polícia e permitimos que eles entrassem”, disse. Segundo Martins, os alunos devem permanecer no local até que a UEL negocie outro local. “Vamos ficar e não vamos pagar a diária, porque isso é responsabilidade da UEL.” O estudante contou que não foi recebido pelo reitor. “Queremos que a UEL negocie e entenda que é um problema interno”, afirmou. Wilmar Marçal, por sua vez, não descartou a possibilidade de acionar a Justiça, caso seja necessário. “A UEL não pode manter duas Casas. Vamos acioná-los como responsabilidade civil.” O reitor explicou que não pode pedir a prorrogação do contrato com o locatário para não prejudicá-lo. “Para entregar o prédio a universidade precisa fazer uma vistoria”, apontou Marçal. Com os estudantes dentro do imóvel, não é possível entregar o prédio com a vistoria. “Na minha opinião essas pessoas são oportunistas e querem chamar a atenção da mídia. Como estudantes, precisam dar uma resposta à sociedade do porquê não participaram do processo seletivo para entrar na Casa do Estudante”.