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Matéria publicada no Jornal da Tarde, de 27/05/10

Temporário não será avaliado


Pedro Marcondes de Moura

A prova aplicada pela Secretaria do Estado da Educação em 2009 para professores


temporários não será mais o único parâmetro de contratação. Anteontem, o governo publicou
resolução no Diário Oficial que desobriga o órgão a contratar os profissionais baseado no
resultado do exame.

Assim, quem não passou por nenhuma avaliação também pode dar aulas na rede pública. A
atitude desagradou sindicatos de funcionários de escolas públicas estaduais. Aulas de física e
química também poderão ser ministradas, em medida de urgência, por profissionais
graduados em pedagogia.

Segundo Luiz Gonzaga de Oliveira Pinto, presidente do Sindicato de Especialistas de Educação


do Magistério Oficial do Estado de São Paulo (Udemo), a decisão era prevista. “Eles não
contratam professores pela CLT. A cada ano que o funcionário trabalha tem que ficar outro
afastado para não configurar vínculo empregatício. Óbvio que ia faltar professor.”

Segundo a pasta, “a partir de 2011, além dos temporários, a rede contará com professores
aprovados em concurso público realizado em março”.

Avaliação

A prova de seleção, aplicada pela Unesp, avaliou o conhecimento dos temporários nas
disciplinas que lecionam. O exame seria eliminatório para evitar que docentes que não
demonstrassem dominar minimamente as matérias pudessem assumir aulas e ensinar os
estudantes. Dos 181 mil docentes que se submeteram ao exame, 88 mil não alcançaram a
nota mínima.

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