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SITUAÇÃO DA CAPRINOCULTURA LEITEIRA NO AGRESTE

ALAGOANO
Thacya Clédina da Silva¹ /UFAL; José Ribeiro dos Santos¹/UFAL ; Thacyane Torres da
Silva/UFAL.

1.Graduado (a) em Zootecnia; 2. Graduanda em Administração.

RESUMO:O foco desse trabalho foi o estudo do programa de incentivo a caprinocultura leiteira e
foi desenvolvido pela Associação de agricultores alternativos (AAGRA) nos municípios de Igaci
e Coité do Nóia, localizados na região agreste do estado de Alagoas. As informações foram
coletadas por questionário aplicado às 26 famílias de produtores rurais atendidos pela associação.
Foi observado um rebanho de 301 caprinos, uma média de 11,5 animais por produtor. No
entanto,foi observado que a quantidade de animais por produtor foi bastante variável, destacando
que, 30% dos entrevistados possuem até três animais, 22% possuem entre 11 e 15 animais. Os
produtores que possuem três animais, em sua maioria adquiriram os animais junto à associação,
contudo por falta de assistência ou afinidade com a atividade, não aumentaram o rebanho.
Enquanto os demais produtores ampliaram o rebanho, à exceção dos que já possuíam animais. Os
tipos raciais relatados foram animais mestiços com características das raças, Saanen (65%),
Anglonubiana (4%), Parda Alpina (4%) e sem raça definida (SRD, 27%). Apesar das raças que
compõem o rebanho terem de aptidão leiteira, são poucos os produtores que conseguem uma boa
produção, possivelmente, por falta de manejo alimentar adequado. Foram identificados quatro
tipos básicos de apriscos, sendo 39% dos modelos em madeira com piso suspenso, 19% de
alvenaria com piso suspenso, 15% de madeira com piso batido, 15% de alvenaria com piso batido
e 12% ainda não tem aprisco. A disponibilidade de madeira proveniente da vegetação nativa
favorece a opção por aprisco de madeira. A opção por aprisco em alvenaria deve-se ao
aproveitamento de instalações antigas. O aprisco com piso suspenso facilita a limpeza, podendo
ser feita semanalmente ou quinzenalmente, dependendo da quantidade de animais. Com relação à
limpeza das instalações, foi observado que, 61% fazem com maior freqüência que semanalmente,
mas ainda 12% não fazem. Portanto, a caprinocultura de leite, para a região, ainda não tem
representatividade econômica, apresenta-se como atividade familiar, mas com grande potencial
de crescimento. Mas deve-se considerar a melhoria na alimentação, em função da qualidade do
leite de cabra, sobretudo para as crianças.

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