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A verdadeira ameaça colombiana para a soberania sul-americana: retomada de investimentos

externos diretos na região.

É provável que ainda no 1º semestre de 2010, Colômbia e Canadá coloquem em


funcionamento o acordo de livre comércio entre os dois países (TLC Colômbia-Canadá),
atenuando ainda mais as relações já profundas entre o país sul-americano e os dois maiores
países do norte do continente. Esse tratado, que vigorará por tempo indefinido, não tem
cláusulas de ajuda financeira nem social. É, simplesmente um acordo onde os países abrem
mão das barreiras ao comércio.

As conseqüências desse tratado já podem ser previstas se tomarmos as manifestações dos


sindicatos canadenses: empresas de setores estratégicos como agricultura e automobilismo já
afirmam investir grandes somas em novas fábricas no território colombiano, para que
posteriormente se possa substituir as fábricas que estão no Canadá por essas novas, assim
como a substituição da mão-de-obra canadense, extremamente sindicalizada, pelos
trabalhadores da Colômbia: desorganizados, mal remunerados quando não desempregados.

A entrada dessas empresas canadenses no mercado colombiano causará um desvio de


comércio intra-regional: os ramos da indústria e comércio que serão explorados pelas
indústrias do Canadá, são os mesmo que já são explorados por empresas da região, como a
siderurgia, explorada atualmente por empresas brasileiras. Outro setor ainda mais sensível que
será afetado pelo acordo será o da agroindústria.

Segundo declaração do governo canadense, o mercado colombiano representa um ponto


estratégico na influencia canadense no sub-continente: “declaração migalhas tlc comlombia-
canadá”. Ou seja, a entrada no mercado colombiano seria, para as indústrias canadenses, tão
fácil e lucrativo que o país abriria mão dos acordos com países há muito aliados, tal como o
México.

Essa perda de ganhos da região com o comércio com a Colômbia, num momento tão especial
para algumas economias sul-americanas retraíram a expansão econômica e política do Brasil
na região em tantos porcento.

Baixo influencias estado unidenses e canadenses, a Colômbia será o contra-peso das políticas
progressistas que estão sendo encaminhadas na América do sul.

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