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Motor de Corrente Contínua

Velocidade do motor como função da fcem (Eg) e do


fluxo ()
E g  k a ..m Va  R a .I a
  m 
Va  E g  R a .I a k a .
Se o fluxo polar é enfraquecido consideravelmente, o
motor tende a disparar.
Se a corrente e o fluxo são mantidos constantes, enquanto
a tensão aplicada através da armadura é aumentada, a
velocidade aumenta na mesma proporção.
Se o fluxo polar e a tensão aplicada nos terminais da
armadura permanecem fixos e a corrente da armadura
aumenta por acréscimo de carga, a velocidade do motor
cairá numa mesma proporção com decréscimo da fcem.
Motor de Corrente Contínua

Tipos de ligação e relações de: torque, velocidade,


corrente e fluxo ()
a) Motor com excitação independente
Ia Ra
If Rf
Va Vf
Eg Lf

Enrolamento de campo alimentado por fonte CC separada,


de forma que o fluxo de campo não sofre modificação por
variação da fcem (Eg). Proporciona grande flexibilidade no
controle de velocidade.
Motor de Corrente Contínua

Tipos de ligação e relações de: torque, velocidade,


corrente e fluxo ()
Te  K a ..I a
Equações de controle 
 Va  R a .I a
m  k a .

- Variação de veloc. pode ser feita através de Va e/ou Vf;
- Velocidade depende da corrente de armadura, que por
sua vez depende da carga mecânica acoplada ao eixo.
m m
vazio
nominal
nominal

Te Va
Tperdas Tnominal Ra.Ia Vnominal
Motor de Corrente Contínua

Tipos de ligação e relações de: torque, velocidade,


corrente e fluxo ()
A vantagem da excitação independente é a possibilidade
de aumentar a velocidade do motor acima do valor
nominal. Porém, há diminuição do fluxo e
conseqüentemente perda de torque elétrico.
T, P nominal

m Tnominal T

Pnominal
nominal
P
 m
nominal Controle por Va 
Controle por 
constante  enfraquecido
Motor de Corrente Contínua

Tipos de ligação e relações de: torque, velocidade,


corrente e fluxo ()
a) Motor (auto-excitado) com excitação paralela (shunt)
IL=If + Ia Ia Ra

Reostato
Va
If Eg
Lf

A corrente do circuito de campo é essencialmente


constante e estabelecido pelo reostato de campo e
conseqüentemente o fluxo de campo também é constante.
Motor de Corrente Contínua
Tipos de ligação e relações de: torque, velocidade,
corrente e fluxo ()

Te Se Va=cte; =cte;
Te=K.Ia If=cte

Ia

Motores com auto-excitados tipo shunt são empregados


para cargas de baixo torque de partida.
Motor de Corrente Contínua
Tipos de ligação e relações de: torque, velocidade,
corrente e fluxo ()
a) Motor (auto-excitado) com excitação série
IL= If = Ia Ls Ra

Va Reostato

Eg

A corrente de campo é igual a corrente de armadura. Desta


maneira há um reforço no campo, quando a carga aumenta,
Ia aumenta,  aumenta e Te aumenta.
Motor de Corrente Contínua
Tipos de ligação e relações de: torque, velocidade,
corrente e fluxo ()
 =K.I Te m
a
Te=K’.Ia2

Saturação
Ia
Ia
Te

Apresenta grande conjugado de partida devido o campo


série ser relacionado diretamente com a corrente de
armadura.
Motor de Corrente Contínua
Tipos de ligação e relações de: torque, velocidade,
corrente e fluxo ()
a) Motor (auto-excitado) com excitação composta
IL= If +Ia Ls Ia Ra

Reostato
Va
Reostato
If Eg
Lf

É uma composição do série com o shunt. Os dois


enrolamentos de campo são usados simultaneamente.
Motor de Corrente Contínua

Tipos de ligação e relações de: torque, velocidade,


corrente e fluxo ()
a) Motor (auto-excitado) com excitação composta
Podem ser ligados de duas formas:
•Aditivo: total= série + shunt
•Subtrativo: total= shunt - série
Sempre o campo shunt é predominante.
Além disso, as ligações (aditivas ou subtrativas) podem
ser realizadas de duas formas:
•Curta: os enrolamentos da armadura são ligados
diretamente ao campo shunt;
•Longa: os enrolamentos da armadura são ligados
Motor de Corrente Contínua

Exercícios
(Kosow 4.5) Um motor shunt CC possuindo uma
resistência de armadura de 0,25 e uma queda de tensão
nas escovas de 3V, recebe uma tensão aplicada de
120Vcc através dos terminais da armadura. Calcule a
corrente da armadura quando:
a) A velocidade produz uma fcem (Eg) de 110V para uma
determinada carga;
b) Há queda de velocidade (devido á aplicação adicional de
carga) e a fcem tem valor de 105V;
c) Calcule a variação % na fcem e na corrente de armadura.
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Exercícios
(Kosow 4.5)
a) Ia (1) = 28A;
b) Ia (2) = 48A;
c) Eg (%) = -4,55% e Ia (%) = 71,43%

Conclusões:
-Pequenas variações na fcem (Eg) e na velocidade
resultam em grandes variações na corrente de armadura;
-Variações na velocidade do motor são refletidas em
grandes variações na corrente de armadura.
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Exercícios
(Kosow 4.6) Um motor-shunt CC, 120Vcc, possui
resistência de armadura e de campo de 0,2 e 60. Esse
motor absorve da rede, a plena carga, corrente de 40A. A
queda de tensão nas escovas na situação normal é de 3V.
A velocidade a plena carga é de 1.800rpm. Calcule:
a) A velocidade em situação de meia carga;
b) A velocidade em uma sobrecarga de 125%.
(Kosow 4.7) Considere que esse motor é carregado com
uma corrente de linha de 66A, mas afim de produzir
torque necessário, o fluxo polar é aumentado em 12%
com a redução de Rf para 50. Calcule a nova velocidade
do Motor CC.
Motor de Corrente Contínua

Exercícios
(Kosow 4.6) a) N1/2=1.862,5rpm; b) N1,25=1.768,7rpm.
(Kosow 4.7) N=1.531,9rpm

Conclusões:
A velocidade original a plena carga de 1.800rpm é
afetada por dois fatores: fcem e fluxo. A fcem decresceu
e, como a velocidade varia diretamente com a fcem, a
velocidade aparece multiplicada por uma relação de
decréscimo. Da mesma maneira, o fluxo foi aumentado,
mas um acréscimo em  produz um decréscimo na
velocidade. Portanto a velocidade é novamente
multiplicada por uma relação de decréscimo.
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Exercício
Implementar um diagrama de blocos de um sistema de
controle de velocidade de um motor CC em malha
fechada. O motor deve ser ligado com excitação
independente e o controle de velocidade feito pela
variação da tensão de armadura.
Motor +
Controlador Conversor Carga
Velocidade de
Referência

Sensor de
Velocidade
Motor de Corrente Contínua

Exercício

Retificador

Campo
Vf
Referência Controlador
Circuito de Retificador Va Motor
de
Gatilho Controlado
+ Velocidade CC
-
Tacômetro
Malha de Velocidade
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Inversão de rotação

• Para inverter a rotação dos motores CC basta inverter o


sentido da corrente de armadura ou do campo;
•Na maioria dos casos o circuito de armadura é escolhido
para se inverter a rotação pois:
a) o circuito de campo é altamente indutivo e freqüentes
inversões causam elevadas fem;
b) Para o motor com excitação composta tanto o campo
shunt quanto o série devem ser invertidos.
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Partida dos motores CC

No instante da partida, como a velocidade é zero, não há


fcem (Eg) induzida e desta forma a corrente de partida é
altíssima, sendo limitada apenas pela resistência de
armadura e pela queda de tensão nas escovas.

Exercício
(Kosow 4.9) Um motor CC de 120V possui uma
resistência da armadura de 0,2 e uma queda de tensão
nas escovas de 2V. A corrente nominal a plena carga é de
75A. Calcule a corrente no instante da partida e o seu
percentual em relação à corrente nominal
Motor de Corrente Contínua

Exercício

(Kosow 4.9) Ia=590A (786% da corrente nominal)

Conclusão:
É necessário introduzir resistências no circuito de
armaduras e durante a aceleração do motor, quando a
fcem induzida for aumentando, essas resistências são
reduzidas.
Motor de Corrente Contínua

Frenagem de motores CC

É caracterizada pela inversão no sentido da corrente de


armadura, o que provoca um torque negativo,
desacelerando o motor.
a) Frenagem por contra-corrente: inverte-se a polaridade
de Va, assim inverte-se Ia e o sentido de rotação;
b) Frenagem reostática: A armadura é desligada da rede e
conectada a uma resistência de carga;
c) Frenagem regenerativa: Quando Eg>Va, a máquina
passa a funcionar como gerador.
Motor de Corrente Contínua

Fontes de alimentação

Utilizadas para acionarem o motor CC, controlando a


tensão de armadura e de campo (excitação independente).
O seu controle é feito geralmente em malha fechada,
utilizando-se para isso transdutores de velocidade e
corrente para obter as informações necessárias para que o
comando seja otimizado.
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Aplicações de motores CC

1- Velocidade constante: correias transportadoras, bombas


centrífugas, ventiladores, sopradores, - MOTOR SHUNT;
2- Velocidade variável e torque constante: correias
transportadoras de velocidade variável, tornos - MOTOR
COM CONTROLE PELA ARMADURA;
3- Torque variável: máquinas ferramentas convencionais -
MOTOR COM CONTROLE PELO CAMPO;
4- Torque bastante variável: ventiladores, sopradores,
bombas centrífugas - MOTOR SHUNT
5- Partida severa: elevadores, guindastes, moinhos, tração
de trens - MOTOR SÉRIE

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