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O valor do dinheiro
no tempo

João Evangelista Monteiro


8 :: Finanças para novos empreendimentos :: João Evangelista Monteiro

Meta Apresentar os conceitos relativos aos juros simples e


compostos.
Apresentar os termos utilizados no âmbito da administração
financeira, nas calculadoras modernas e planilhas eletrônicas
de computador.
Ensinar como calcular as variáveis da fórmula de juros
compostos, utilizando planilhas eletrônicas.

Objetivos Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:

1. Conhecer e entender os termos utilizados na administração


financeira.

2. Saber calcular as variáveis que envolvem problemas com


juros simples e compostos.

3. Saber usar uma planilha eletrônica para calcular as variáveis


dos problemas com juros compostos.

Guia de Aula 1. Regimes de capitalização

2. Diagramas de fluxo de caixa

3. Planilhas eletrônicas

4. Calculando juros compostos com uso de recursos computacionais

5. Exercícios propostos

Finalizando: Indicações de leitura para o curso


Aula 1 – O valor do dinehrio no tempo :: 9

Apresentação
Uma parte delicada na elaboração do plano de negócios de um empreendimento é a realização do
plano financeiro. É a hora de expressar tudo em valores, isto é, em dinheiro. É preciso fazer as contas
para ver, por exemplo, qual o volume de recursos necessários para viabilizar o negócio.

Mas as perguntas não param por aí... O negócio vale o dinheiro aplicado nele? Será que há melhores
alternativas para a aplicação dos recursos? Como calcular o retorno do empreendimento? Como se
comportarão as receitas e os custos no decorrer do tempo? Quanto tempo levará para recuperar
os recursos investidos? Qual a contribuição de cada unidade vendida para a formação do resultado
da empresa? Haverá um nível mínimo de vendas a partir do qual as receitas superam os custos e as
despesas? Custos e despesas são coisas diferentes, ou melhor, têm conceitos diferentes? Qual o nível
mínimo de vendas a partir do qual as receitas superam os custos? Quais os principais indicadores
econômico-financeiros que devem ser acompanhados? Como calcular o valor dos recursos necessários
para a implantação e a manutenção das atividades da empresa? Qual a importância do capital de giro?

Será preciso responder a essas e outras perguntas semelhantes da melhor maneira possível. Muitas
vezes, será preciso fazer hipóteses de como se comportarão a economia, os fornecedores, os clientes,
a tecnologia, a política etc. E todos nós sabemos o quanto é arriscado tentar prever o desenrolar dos
acontecimentos. Mas é preciso agir de maneira racional, afinal você está aplicando recursos próprios
e de terceiros. Aliás, quem estará disposto a financiar seu empreendimento, se você não for capaz de
responder com objetividade a questões como essas?

Para respondermos tais perguntas de maneira adequada, precisamos enfrentar inicialmente a seguinte
questão: será que o valor do dinheiro muda no tempo? Sim ou não? Provavelmente você respondeu que
sim. Mas, sua resposta continuaria a mesma caso não houvesse inflação? Vamos começar a entender o
que está em jogo, nos familiarizando com uma ferramenta importante: a matemática financeira.

http://stevanovichcenter.uchicago.edu/images/home.jpg
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Estamos acostumados com a idéia de que o valor do dinheiro muda no tempo. Afinal, sempre
convivemos com alguma inflação. Nesse caso, depois de algum tempo, a quantidade de bens e serviços
que determinada soma em dinheiro pode comprar diminui. Por exemplo, com um salário de R$1.000,00
e o preço de uma cesta de produtos a R$200,00, um trabalhador teria a capacidade para comprar cinco
cestas de produtos. No entanto, caso o preço da cesta aumentasse para R$250,00, o poder de compra
do salário de R$1000,00 seria reduzido para 4 cestas.

O valor da moeda nacional também pode variar em relação ao de outras moedas. A taxa de câmbio –
o valor da moeda nacional em relação ao de outras moedas – é uma variável importante, na análise das
relações comerciais e financeiras no âmbito internacional. O comportamento da taxa de câmbio tende
a influenciar os preços dos produtos e serviços nacionais em relação aos estrangeiros.

Em função dessas incertezas, relacionadas ao comportamento do dinheiro no tempo, achamos


natural que, ao pedir algum dinheiro emprestado, tenhamos que, em algum momento, devolver a
quantia integral acrescida de um determinado valor.

Mas se não houvesse inflação ou variação cambial? Nesse caso, ainda assim, ocorreria a mesma coisa.
Quem empresta dinheiro abre mão de consumir no presente para consumir no futuro. Por isso, faz jus
a uma compensação. Chamaremos capital, o valor que foi emprestado ou aplicado, e juros, o valor da
remuneração devida pela utilização do capital. Por sua vez, a taxa de juros pode ser definida como a
proporção entre os juros pagos e o capital.

Exemplo:

O estudante André emprestou R$10.000 para o colega Pedro, a uma taxa de 30% ao ano, para ser
quitado no final de um ano (numa única prestação). Qual o valor dos juros pagos pelo Pedro ao André?

Valor dos Juros = 0,3 x R$10.000

= R$ 3.000

Ao final de um ano o Pedro terá que pagar R$ 13.000, sendo R$10.000 de capital (valor do empréstimo)
e R$3.000 de juros.

Juro

Q uando uma quantia é emprestada por determinado período de tempo, o


credor requer, no fim do prazo estabelecido, um acréscimo que compense
o não usufruto do capital. Quem empresta se abstém de consumir no presente,
na expectativa de uma retribuição futura: o juro.

Além dos juros que remuneram o Capital, os outros fatores de produção também são remunerados.
A teoria econômica convencional define os seguintes fatores de produção: terra, trabalho e capital. Cada
um desses fatores, quando aplicados ao processo produtivo, recebe remunerações específicas, assim
denominadas, respectivamente: aluguel, salário e juro. Ou seja, nesse contexto, o juro é a remuneração
devida ao fator capital.
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Regimes de capitalização
O comportamento do capital no tempo depende do modo como foi aplicado, ou seja, do regime de
capitalização. Podemos classificar os regimes de capitalização da seguinte forma:

Contínua
Capitalização Simples
Descontínua
Composta

As modalidades de capitalização mais comuns são as descontínuas simples e composta. Na primeira,


apenas o capital inicial, também chamado principal, rende juros, independentemente do número de
períodos da aplicação. Na segunda, os juros são capitalizados a cada período e passam a render juros
nos períodos posteriores. Como se diz: juros sobre juros.

Trocando em miúdos, imagine que você aplicou uma determinada quantia na caderneta de
poupança. O que vai fazer no final do ano? Vai retirar os juros ou mantê-los aplicados? Se retirar os juros
seu dinheiro vai crescer de acordo com o regime de capitalização simples, ou se mantê-los aplicados
haverá capitalização composta.

A Tabela 1.1 mostra a evolução de uma aplicação de $ 1.000,00, por cinco anos, a uma taxa de juro
nominal de 10% ao ano.

Atenção

E m matemática financeira, usamos $ para unidades monetárias genéricas, ou seja,


qualquer valor em dinheiro, sem indicar qualquer moeda especificamente (real,
dólar, euro etc.)

TABELA 1.1 - Evolução de uma aplicação

Juros Simples Juros Compostos


Período Montante Juros Montante Juros
0 1.000,00 1.000,00
1 1.100,00 100,00 1.100,00 100,00
2 1.200,00 200,00 1.210,00 210,00
3 1.300,00 300,00 1.331,00 331,00
4 1.400,00 400,00 1.464,10 464,10

O Gráfico 1.1 mostra com mais clareza o que já sabemos: se não mexermos na aplicação, o capital
cresce mais rápido do que quando retiramos os juros.
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$
Composto

Simples

1100

1000

n
1

Conforme observamos na tabela e no gráfico, o montante em juros simples cresce linearmente, de


acordo com uma progressão aritmética, cuja razão é igual ao valor dos juros, isto é, $100,00.

É importante ressaltar que, no regime de juros simples, apenas o capital é reaplicado. Dessa forma, a
cada período, para saber o valor total dos juros devemos considerar a seguinte equação:

J = Cin

Onde:

J = juros;

C = capital;

i = taxa de juro;

n =número de períodos.

Assim, no exemplo acima, o valor dos juros sobre um capital de $1.000,00, aplicado a uma taxa de
10% a.p (ao período), apresentará a seguinte evolução:

J1 = Ci = 1000x0,10 = 100

J2 = 2J1 = 2x1000x0,10 = 200

J3 = 3J1 = 3Ci = 300


...

.Jn = nJ1 = Cin

Como o montante, a cada período, é igual à soma do capital com os juros, a equação básica em juros
simples, relacionando o montante, o capital, o número de períodos e a taxa de juros, será de:

S = C(1 + in)
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Onde:

S = montante;

C = capital;

(1 + in) = um mais a taxa de juros vezes o número de períodos.

Já no caso dos juros compostos, o crescimento é exponencial, obedecendo a uma progressão


geométrica de razão igual a 1 (um), mais a taxa da operação.

Assim, a equação que relaciona os juros, o montante, o capital, o número de períodos e a taxa de
juros, é a seguinte:

S = C(1 + i)n

Onde:

S = montante;

C = capital;

(1 + i)n = um mais a taxa de juro elevado ao número de períodos.

Atenção

Como sabemos, 10% é igual a 0,1. Logo, a razão é igual a 1,1.

A apresentação das fórmulas tem como objetivo visualizar as relações entre as variáveis, portanto, o
mais importante é o entendimento das mesmas.

Exercícios resolvidos
1 – Sabendo-se que, a fim de expandir o seu negócio, um empresário
solicitou um empréstimo no valor de R$ 50.000,00, pagando uma
taxa de juros de 20% ao ano, em regime de juros simples, durante
o período de cinco anos... De quanto será o valor pago ao final do
contrato de empréstimo?

RESOLUÇÃO

Informações:

C = R$ 50.000,00

n = 5 anos

Fonte: http://www.sxc.hu/ i = 20% ao ano


photo/1033190
S=?
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Utilizando a fórmula S = C (1 + in), temos:

S = R$ 50.000,00 (1 + 0,2x5)

S = R$ 50.000,00 (1+1)

S = R$ 50.000,00 x 2

S = R$ 100.000,00

RESPOSTA: No final do contrato, o empresário pagará o valor de R$ 100.000,00.

QUESTÃO 1 – Ao final de dois anos, um empreendedor deverá efetuar um pagamento de R$


150.000,00, referente ao valor de um empréstimo contraído hoje (para abrir o seu negócio), mais os
juros (compostos), correspondentes a uma taxa de 5% ao mês. Qual seria o valor do empréstimo?

Informações:

S = R$ 150.000,00

n = 2 anos = 24 meses

i = 5% ao mês

C=?

RESOLUÇÃO

C = S [1/ (1+i)n]

C = R$ 150.000,00 X [1/ (1+0,05)24]

C = R$ 150.000,00 X 0,310068 = R$ 46.510,19

RESPOSTA: O empréstimo foi no valor de R$ 46.510,19.

Diagramas de fluxo de caixa


O diagrama de fluxo de caixa é uma ferramenta importante para facilitar a compreensão de
elementos da matemática financeira. Usualmente, as transações financeiras são representadas por
diagramas, conforme o seguinte gráfico:

(+)
setas orientadas para cima
indicam entrada de caixa

(-) O eixo horizontal representa o


setas orientadas para baixo tempo ( número de período)
indicam desembolso de caixa
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Utilizando um diagrama de fluxo de caixa, podemos, por exemplo, representar da seguinte maneira
a operação de compra de um bem, no valor de $1.000,00, para pagamento, com juros e sem entrada,
em quatro prestações mensais de $ 300,00:

1000

1 2 3 4 meses
0
300 300 300 300

Planilhas eletrônicas
Atualmente há várias planilhas eletrônicas disponíveis para nos ajudar na solução de problemas
de matemática financeira. A mais utilizada é a Excel® da Microsoft®, mas qualquer uma delas facilita
bastante o trabalho de quem não tem maiores interesses em soluções algébricas, e sim na solução de
seus problemas financeiros do dia-a-dia.

Inicialmente, iremos trabalhar com as cinco funções apresentadas a seguir:

Função Representando

VP Valor Presente Capital inicial ou principal

VF Valor Futuro Montante

TAXA Taxa Taxa de juros

NPER Número de períodos Número de períodos de tempo

PGTO Pagamento Prestação, parcela, pagamento ou recebimento periódico

Atenção

S e você estiver usando uma planilha com versão na língua inglesa, considere as
seguintes funções:
Função
PV Present Value
FV Future Value
Rate Rate
NPER Number of periods
PMT Payment
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OBSERVAÇÃO

Rotineiramente adotamos as seguintes abreviações para representar a periodização das taxas:

a.a. - ao ano,

a.s. - ao semestre,

a.q. - ao quadrimestre,

a.t. - ao trimestre,

a.b. - ao bimestre,

a.m. - ao mês e

a.d. - ao dia.

Calculando juros compostos com uso de recursos computacionais


Que tal exercitarmos os conceitos apresentados até aqui com a ajuda de alguma planilha eletrônica?
O conjunto de exercícios resolvidos a seguir determina o valor de montantes, capitais iniciais, taxas e
número de períodos utilizando, respectivamente, as funções VF, VP, TAXA e NPER.

Exercícios Resolvidos
1.Ao fim de quatro meses, que taxa de juros faz com que um capital inicial de $1.000,00 transforme-
se em um montante de $1.464,10?

RESOLUÇÃO

Importante lembrar!

Todos os problemas de matemática financeira necessitam de pelo menos três valores conhecidos.

Nesse caso nós conhecemos as três informações necessárias: o número de períodos (4 meses), o
valor presente ($1.000,00) e o valor futuro ($1.464,10).

Representando a transação através de um diagrama de fluxo de caixa, temos:

1.464,10

1 2 3 4 meses
1.000
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OBSERVAÇÃO

Você pode acessar as funções da planilha através do menu suspenso “Inserir” e selecionar a
opção “Função”, ou clicar no botão referente à “inserir função”, que está representado ao lado.

Depois devemos selecionar a categoria financeira e acionar a função TAXA da planilha eletrônica.

Configure na caixa de diálogo Argumentos da função os seguintes dados:

Nper: digite 4 - que corresponde ao número de períodos (4 meses).

VP: digite – 1000 - que corresponde ao Valor Presente.

Pgto: deixe em branco ou digite zero (0).

VF: digite 1464,10 – que corresponde ao Valor Futuro.


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IMPORTANTE

Observe que o valor presente foi digitado como um valor negativo. Nas planilhas eletrônicas os fluxos
de caixa devem ser fielmente representados. Qual seria a lógica nesse caso? Devemos considerar que,
a aplicação de $1.000,00 significa uma saída do mesmo valor; mas, ao resgatarmos a aplicação, isso
significará a entrada de um novo valor, tal como aparece representado no diagrama de fluxo de caixa.

RESPOSTA: Ao clicar no botão OK, você obterá como retorno, na planilha, o valor da taxa de juros:
0,1, ou seja, 10%.

2. Quanto tomei emprestado, uma vez que, após cinco meses, paguei o montante de $1.500,00,
e a taxa combinada era de 4% a.m.?

RESOLUÇÃO

São três os valores conhecidos: a taxa, o tempo e o valor futuro. O que você procura é o VP, ou seja, o
valor emprestado. Veja o problema representado no diagrama abaixo:

VP=?
1 2 3 4 5 meses

1.500,00
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Lembre-se de colocar os valores corretos! O empréstimo é representado como uma entrada de caixa,
e seu pagamento como uma saída.

Você pode usar o mesmo procedimento do exercício anterior: primeiro, abra uma planilha no
Excel; segundo, acesse as funções da planilha através do menu suspenso “Inserir”, selecionando
a opção “Função” ou clicando no botão referente à “inserir função”

Atenção

N este caso, precisamos calcular o valor presente, portanto, você deve selecionar a
categoria financeira e acionar a função VP da planilha eletrônica.

Configure na caixa de diálogo Argumentos da função os seguintes dados:

Taxa: digite 4% - que corresponde à taxa de juros.

Nper: digite 5 - que corresponde ao número de períodos (cinco meses).

Pgto: deixe em branco ou digite zero (0).

VF : digite -1500 – que corresponde ao Valor Futuro.


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RESPOSTA: A planilha retorna o valor de $1.232,89.

3. Qual o montante a ser pago por um empréstimo de $1.000,00, contratado por dois anos, à taxa
de 5% a.m.?

RESOLUÇÃO

O diagrama de fluxo de caixa desta transação é assim representado:

1.000
5% a.m. 24 meses

VF=?

Os três valores necessários são conhecidos: o valor presente ($1.000,00), a taxa (5% a.m.) e o tempo (24
meses). O que se procura conhecer é o valor futuro, ou seja, quanto será pago ao final do empréstimo.
Devemos digitar tais informações na função VF da planilha de acordo com o quadro a seguir.

Atenção

N esse caso, você deve calcular o valor futuro, para tanto, selecione a categoria
financeira e acione a função VF da planilha eletrônica.
Aula 1 – O valor do dinehrio no tempo :: 21

Configure na caixa de diálogo Argumentos da função os seguintes dados:

Taxa: digite 5% - que corresponde à taxa de juros.

Nper: digite 24 - que corresponde ao número de períodos (24 meses).

Pgto: deixe em branco ou digite zero (0).

VP: digite -1000 – que corresponde ao Valor Presente.

IMPORTANTE! A taxa e o período deverão obedecer ao mesmo intervalo de tempo.


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4. Em quanto tempo um capital duplica o seu


valor, uma vez aplicado à taxa de 2% a.m.?

RESOLUÇÃO

Neste problema a incógnita é o número de


períodos. Devemos utilizar a função NPER.

http://www.sxc.hu/photo/1072482

Embora não pareça à primeira vista, os três valores necessários à operação estão dados. Basta lançar
um Valor Presente e o dobro deste para o Valor Futuro, tal como segue na informação abaixo:

Taxa: digite 2% - que corresponde à taxa de juros.

Pgto: Deixe em branco ou digite zero (0).

VP : Digite 1 – que corresponde ao Valor Presente.

VF: Digite -2 – que corresponde ao Valor Futuro.


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Observe que um dos valores deve ser positivo e o outro negativo, pois um deles representa uma
entrada, enquanto o outro uma saída de recursos.

A planilha informa que o tempo necessário para duplicar um capital à taxa de 2% a.m. é de
aproximadamente 35 meses.
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ATIVIDADE

1. Qual o valor do juro correspondente a um empréstimo de R$ 3.200,00, pelo prazo de 18 meses,


sabendo que a taxa cobrada é de 3% ao mês, no regime de juros simples?
2. Calcule a taxa de juros simples do capital de R$ 36.000,00, aplicado à taxa de 30% a.a., durante o
período de 2 de janeiro de 1990 a 28 de maio do mesmo ano.
3. Qual a taxa de juros cobrada em um empréstimo de R$ 1.500,00, a ser resgatado por R$ 2.700,00 no
final de 2 anos, no regime de juros simples?
4. A que taxa de o capital de R$ 24.000,00 rende R$ 1.080,00, em 6 meses, no regime de juros simples?
5. Em que prazo um capital de R$ 18.000,00 acumula um montante de R$ 83.743,00, à taxa efetiva de
15% a.m.?
6. A rentabilidade efetiva de um investimento é de 10% a.a.  Uma vez que foram ganhos R$ 27.473,00
de juros e o capital foi R$ 83.000,00, qual o tempo da aplicação?
7. Um investidor aplicou $1.000,00 numa instituição financeira que remunera seus depósitos a uma taxa
de 5% ao mês, no regime de juros simples. Mostre o crescimento desse capital ao final de cada mês, a
contar da data da aplica­ção dos recursos, e informe o montante que poderá ser retirado pelo investidor
ao final do 6º mês.
8. Um investidor aplicou $1.000,00 numa instituição financeira que remunera seus depósitos a uma taxa
de 5% ao mês, no regime de juros compostos. Mostre o crescimento desse capital ao final de cada mês, a
contar da data da aplica­ção dos recursos, e informe o montante que poderá ser retirado pelo investidor,
ao final do 6º mês, após a efetivação do último depósito.
Respostas:
1. R$ 1.728,00
2. R$ 4.380,00
3. 40% a.a.
4. 0,75% a.m.
5. 11 meses.
6. 3 anos.
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7.
Mês 0 Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6
1.000,00 1.050,00 1.100,00 1.150,00 1.200,00 1.250,00 1.300,00
8.
Mês 0 Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6
1.000,00 1.050,00 1.102,50 1.157,62 1.215,51 1.276,28 1.340,09

Finalizando...
Nesta aula você foi apresentado aos conceitos de juro e capital. Agora, já sabe, também, o que são
os regimes de capitalização simples e composto. Aprendeu a elaborar um diagrama e fluxo de caixa e a
resolver problemas de matemática financeira utilizando recursos computacionais.

Indicações de leitura para o curso


ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações.  5.ed. São Paulo: Atlas, 2000.

COELHO, Luiz. Matemática financeira. Rio de Janeiro: Papel Virtual Editora, 2005.

SALIM, C. S. et. al. Construindo planos de negócios. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

SAMSÃO, W.; MATHIAS, W.F. Projetos: planejamento, elaboração e análise. São Paulo: Atlas, 1.
ed, 21. reimpr., 2007.

SILVA, André L. Carvalhal da. Matemática financeira aplicada. São Paulo: Atlas, 2005.

SOUZA, Antônio de. Gerência financeira para micro e pequenas empresas: um manual
simplificado. Rio de Janeiro: Elsevier: SEBRAE, 2007.

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