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› João Baptista da Silva Leitão foi dramaturgo, poeta,
romancista e político, demonstrou ser o inovador da
escrita e da composição literária do século XIX. Na
conturbada vida política da primeira metade do
século, distinguiu-se como jornalista, deputado e
ministro. Foram as suas responsabilidades políticas
que o levaram a fundar o Teatro Nacional (hoje
Teatro Nacional D. Maria II ) e o Conservatório.
› Na sua actividade de dramaturgo propõe-se criar um
repertório dramático português. Como romancista,
Garrett é considerado o criador da prosa moderna
em Portugal. Na poesia, é dos primeiros a libertar-se
dos cânones clássicos e a introduzir em Portugal a
nova estética romântica.
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› Œm 1823-27 Com a Vilafrancada, é preso no Limoeiro. Vai
para o seu primeiro exílio em Inglaterra, Birmingham.
Vive numa precária subsistência. Œm 1824, vai para
França, no Havre. Œscreve "Camões" e "Dona Branca". Œm
Dezembro, fica desempregado. Com a morte de D. João
VI, em 1826, é amnistiado mas só regressa a Portugal
depois da outorga régia da Carta Constitucional por D.
Pedro. Depois de ver morrer a sua filha recém-nascida,
Garrett escreve a Lírica de João Mínimo. Œm 1838:
enquanto continua a redigir leis, escreve "Um Auto de Gil
Vicente , e é nomeado cronista-mor do reino.
› Œm 1842, é eleito deputado e entra nas Cortes.
Publica "O Alfageme de Santarém".

Œm 1843 - 17 de Julho: inicia a celebérrima viagem


ao vale de Santarém que na está na origem de "As
Viagens da Minha Terra". Œscreve a sua outra obra-
prima: "Frei Luís de Sousa".
Œm 1844, publica anonimamente uma autobiografia
na revista "Universo Pitoresco". No Parlamento,
reclama a reforma da Carta Constitucional e revela-
se contra a pena de morte.
› Œm 1845, Aparece em capítulos, em Junho, na "Revista
Universal Lisbonense", "Viagens na Minha Terra". É
representada "Falar Verdade a Mentir", enquanto outra, "As
Profecias do Bandarra" se estreia. Œnvolve-se na campanha
eleitoral da oposição ao cabralismo. Œm 1846, Publica
"Viagens na Minha Terra". Conhece Rosa Montufar, com quem
tem uma ligação amorosa que se prolongará até ao ano da
sua morte.
Chegou a ministro, por cinco meses. Œstá na reforma da
Academia Real das Ciências, redige o primeiro Acto Adicional
à Carta, que discute na própria casa com os ministros. Œm
1853, é criado um conselho dramático no D. Maria II, por
decreto de 22 de Setembro, foi seu presidente, demitindo-se
a pedido dos actores e dramaturgos. Começa a escrever o
testamento.
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› Garrett só voltou ao teatro muitos anos após a
estreia de "Catão", quando o projecto oficial, por ele
proposto de criar um teatro nacional, o obrigou a
produzir um repertório apropriado, a partir,
praticamente do nada. Œsse era um projecto dos
Árcades que Garrett adaptou à nova teoria literária,
esforçando-se por nacionalizar a teoria do drama
romântico (que bania a distinção entre o drama e a
comédia).
› Porém, a sua obra prima Frei Luís de Sousa contém
em germe características imanentes ao romantismo
e ao classicismo. O Mito Sebástico preenche a trama
desta peça que alguns querem ver como uma análise
psicanalítica de Portugal. Algumas características da
teoria do "drama": multiplicidade de localização a
alongamento do tempo, para permitir uma acção
mais livre; recurso ao característico, local, histórica e
psicologicamente; efeitos de contraste entre o
grotesco e o sublime; diversidade dos tipos
humanos, até nas suas formas patológicas e vulgares.
A tradição Vicentina é invocada em "Um Auto de
Gil Vicente". Bernardim Ribeiro, Garcia de Resende,
Gil Vicente e o rei D.Manuel vêm à ribalta a evocar
um passado de grandezas. Conquanto a autor tenha
intencionalmente visado um contraste de caracteres
- Gil Vicente/Bernardim - as pessoas e seus
problemas não passam de motivos decorativos deste
espectáculo todo exterior.
› Œm, 1854, numa casa na Rua de Santa Isabel,
Almeida Garrett morre, vítima de cancro de
origem hepática. O seu biógrafo Francisco
Gomes de Amorim escreve: "Œram seis horas e
vinte e cinco minutos da tarde de sábado nove
de Dezembro de mil oitocentos e cinquenta e
quatro."
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As grandes modificações políticas, económicas e
sociais do século XIX fizeram sentir os seus reflexos,
nomeadamente no campo literário e artístico. O
ideário romântico teve expressão na poesia, no
teatro, no romance histórico, bem como na pintura e
escultura e em todas as artes. Se foi marcante no
plano estético, não deixou de ter uma intervenção
pertinente e oportuna na sociedade civil. Assim,
lirismo, sensibilidade e individualismo têm eco junto
da burguesia citadina portuguesa, que fruindo os
novos gostos
recebeu de bom-grado as medidas legislativas de
1836, que estiveram na base do relançamento do
teatro português.
A ascensão da burguesia como classe de Poder, que
varreu os absolutismos da Œuropa, teve contraponto
artístico o movimento romântico, que se pode
considerar como o espelho onde o burguês gostava
de se mirar, nomeadamente na virtudes de que se
julgava imbuído. O primeiro dos ideais romântico é,
sem dúvida, o culto do eu. Associado ao
individualismo surge a livre expressão da
sensibilidade. São os ideais românticos
condimentados com a necessidade de evasão e
exotismo no espaço e no tempo,
› fórmula com tradução artística no gosto pelas
paisagens medievais e pela fuga para espaços
inexplorados das Américas, ou do Œxtremo Oriente.
O herói romântico é invariavelmente pálido,
olheirento, tomado de um •  enfastiante e, por
vezes, enfastiado. A heroína tem uma dupla face:
mulher-anjo (Joaninha dos Olhos verdes) ou mulher-
diabo (Milady) dos Três Mosqueteiros, de Alexandre
Dumas.
› A crença nas virtudes do ego gera, com frequência
uma visão egocêntrica e antropocêntrica dos
fenómenos políticos e sociais.
Trabalho elaborado por:

Raquel Silvestre nº 14
Turma: 11º D

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