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Luzerna – SC
2010
RONAN ROMEU KNOB
Luzerna – SC
Unidade: Luzerna
TITULO DO
PLC – POWER LINE COMMUNICATIONS
TRABALHO:
AVALIADORES:
Descrição Avaliação
(Membro A)
Assinatura: (Nome da Instituição)
(Membro B)
(Nome da Instituição)
Data:
Dedico esse trabalho á minha
família e a toda a equipe do
SENAI que foram os
responsáveis pela minha
formação, em especial os
professores, que foram
responsáveis pelo meu
crescimento profissional e
intelectual.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus.
Agradeço ao meu pai Cleodo Romeu Knob e minha mãe Anemari Pottker Knob, as
pessoas que não pouparam esforços para me ver chegar ao meu objetivo.
Aos meus professores, que com muita dedicação contribuíram em minha formação
pessoal e profissional e que possibilitaram minha chegada ao presente momento.
Á minha namorada Ana Maria Thaler, por todo apoio moral em todas as horas,
importante para que eu conseguisse chegar até aqui.
“Internet deve ser um meio de
comunicação entre os povos
que contribua à paz mundial e
que o principal objetivo da alta
tecnologia seja o de melhorar o
nível de vida das pessoas”.
(Larry Ellison)
RESUMO
1
Agencia Nacional de Telecomunicações.
2
Agencia Nacional de Energia Elétrica.
3
Acesso a tecnologia como Internet para pessoas com baixo poder aquisitivo como forma de igualdade
social.
4
São sinais gerados na rede por diversos eventos. Possuem frequência e amplitude variáveis.
This paper is a study of technology PLC - Power Line Communications, which
is providing broadband Internet through the electric grid. It will discuss topics such as
history technology, quality service that comes from the difficulties encountered by
technology, an overview of how this technology is in practice, and also the
comparison with the broadband technology via the telephone line (ADSL).
Also featured will be a commentary on the resolutions proposed by the Anatel
and Aneel for regulating the use of PLC in Brazil, and benefit for the digital inclusion
of the government, since this technology becomes viable.
The PLC is a means of transmitting and receiving data at high speed,
and with the comprehensiveness of data, images and videos that can be
transmitted quickly, safely and reliably.
With the PLC, there is provided a cost reduction and improved quality of
broadband service, due to competition that the service will generate by other means
of internet transmission. An example it is in Spain, after which the PLC market, and
technologies such as cable modem and ADSL had their prices reduced, since the
PLC showed a better price and twice the speed.
Today, on every continent in the world are occurring tests
PLC technology, which expect a better signal modulation in networks low voltage, to
escape the main problem by PLC for noise in the secondary network. With the
advancement of this research, today we have models of OFDM, GMSK and Spread
Spectrum, which were those that best responded to the tests.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1: Visão geral do PLC – Fabricante DS2. (DS2, 2003)................................18
FIGURA 2: Power Line Carrier. .................................................................................20
FIGURA 3: Visão geral do sistema PLC. (ENDESA, 2005).......................................23
FIGURA 4: Sistema Outdoor. (ENDESA, 2005)........................................................ 24
FIGURA 5: Sistema Indoor. (ENDESA, 2005)........................................................... 24
FIGURA 6: Modem PLC. (ENDESA, 2005) .............................................................. 25
FIGURA 7: Espectro de frequência PLC. (ENDESA, 2005) ..................................... 26
FIGURA 8: Sub-portadoras de um sinal OFDM. (APTEL, 2006) ............................ 27
FIGURA 9: Relação sinal/ruído na modulação OFDM. (APTEL, 2003).................... 13
FIGURA 10: Espectro de Freqüência GMSK, OFDM e Spread Spectrum.
(APTEL,2003). ...........................................................................................................28
FIGURA 11 Acoplamento de 3 Fases. (REIS, 2002) ............................................... 29
FIGURA 12: Acoplamento no Modem PLC. (DS2, 2004).......................................... 29
FIGURA 13: Modelo de linha convencional. (APTEL, 2003)..................................... 37
FIGURA 14: Modelo de linha compacta. (REIS, 2002) ............................................37
FIGURA 15: Modelo de linha pré-formada. (REIS, 2002) ........................................ 38
FIGURA 16: Instalação telefonia IP e Internet banda larga oferecido pela
ENDESA.................................................................................................................... 41
FIGURA 17: Layout instalação equipamentos DS2. (DS2, 2004) ........................... 42
FIGURA 18: Layout da instalação equipamentos Main.net.(MAIN.NET, 2004) ....... 45
FIGURA 19: Layout Equipamentos PLC Amperion. (AMPERION, 2004) ............... 50
FIGURA 20: Layout projeto PLC CEMIG. (CEMIG, 2004) ....................................... 51
FIGURA 21: Download via conexão discada com Modem de 56 KBit/s. (IGUAÇU
ENERGIA, 2007) ...................................................................................................... 59
FIGURA 22: Download via conexão ADSL de 512Kbps. (IGUAÇU ENERGIA,
2004)......................................................................................................................... 59
FIGURA 23: Download via conexão PLC de 7,5 Mbps. (IGUAÇU ENERGIA,
2006)..........................................................................................................................60
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................14
1.1 JUSTIFICATIVA...................................................................................................15
1.2 OBJETIVO GERAL...............................................................................................15
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................18
1.4 METODOLOGIA...................................................................................................18
1.5 ORGANIZAÇÃO...................................................................................................18
1.6 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO PLC.....................................................19
1.7 O PREDECESSOR PLC.....................................................................................20
1.8 HISTÓRICO.........................................................................................................22
1.9 OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO.....................................................................22
1.9.1 Serviços residenciais.....................................................................................23
1.9.2 Serviços de acessos......................................................................................23
1.9.3 Serviços exclusivos das concessionárias...................................................23
2 TECNOLOGIA PLC.............................................................................................24
2.1 INTRODUÇÃO....................................................................................................24
2.2 SISTEMA PLC.....................................................................................................25
2.2.1 Sistema OUTDOOR........................................................................................25
2.2.2 Sistema INDOOR............................................................................................26
2.2.3 Modem PLC.....................................................................................................27
2.3 ESPECTRO DE FREQUÊNCIA UTILIZADO PELO PLC....................................27
2.4 MODULAÇÃO DO SINAL....................................................................................28
2.4.1 Modulação OFDM...........................................................................................28
2.4.2 Modulação GMSK...........................................................................................30
2.4.3 Modulação Spread Spectrum........................................................................30
2.5 INTERFERÊNCIAS DO PLC NO SISTEMA RÁDIO...........................................31
2.6 ACOPLAMENTO.................................................................................................31
2.6.1 Acoplamento no modem DS2........................................................................32
2.7 VANTAGENS DA TECNOLOGIA PLC................................................................33
2.8 DESVANTAGENS DA TECNOLOGIA PLC........................................................33
2.9 APLICAÇÕES......................................................................................................34
2.9.1 Redes Domésticas independentes...............................................................34
2.9.2 Internet banda larga.......................................................................................34
2.9.3 Serviços PLC específicos para as empresas de energia elétrica ............34
3 OBSTÁCULOS ENFRENTADOS PELA TECNOLOGIA PLC.............................36
3.1 INTRODUÇÃO....................................................................................................36
3.2 RESTRIÇÕES TÉCNICAS...................................................................................36
3.2.1 Relação Sinal/Ruído......................................................................................36
3.2.2 Interferência.....................................................................................................37
3.2.3 Segmentação de Alimentadores..................................................................38
3.2.4 Segurança no Trabalho.................................................................................38
3.3 CARACTERÍSTICAS DAS REDES DE ENERGIA ELÉTRICA BRASILEIRAS...38
3.3.1 Linha Convencional (Baixa Tensão).............................................................39
3.3.2 Linha Compacta..............................................................................................40
3.3.3 Linha Pré-formada..........................................................................................41
3.4 REGULAMENTAÇÃO.........................................................................................41
4 PROJETOS EM PLC............................................................................................43
4.1 INTRODUÇÃO....................................................................................................43
4.2 PLC ENDESA (ESPANHA).................................................................................43
4.3 PLC DS2 (ESPANHA).........................................................................................44
4.3.1 Arquitetura do Sistema DS2..........................................................................44
4.4 PLC Main.net (ISRAEL).......................................................................................46
4.4.1 Arquitetura do Sistema PLUS.......................................................................46
4.5 PLC Amperion Connect (EUA)............................................................................48
4.5.1 Arquitetura do Sistema Misto da Amperion Connect.................................48
4.5.2 Tecnologia Amperion para uso interno das empresas...............................49
4.5.3 Produtos Amperion Connect.........................................................................50
4.5.4 Equipamentos do Cliente (CPE)....................................................................51
4.5.5 Equipamentos anciliares para agregação....................................................51
4.6 PROJETOS BRASILEIROS EM PLC..................................................................53
4.6.1 CEMIG..............................................................................................................53
4.6.2 ELETROPAULO..............................................................................................56
4.6.3 COPEL.............................................................................................................58
4.6.4 LIGHT (RIO).....................................................................................................59
5 COMPARATIVO PLC x ADSL.............................................................................61
5.1 COMPARATIVO ENTRE PLC E ADSL E LINHA DISCADA...............................61
6 CONCLUSÃO E COMENTÁRIOS FINAIS...........................................................64
7 REFERÊNCIAS.....................................................................................................66
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
Há, atualmente, uma grande necessidade de prover o acesso á internet por meio
de banda larga, principal meio utilizado atualmente, porém, ainda existem inúmeras
áreas de pouca abrangência deste serviço, o que pode ser caracterizado por
motivos técnicos ou estruturais.
Em resposta á este problema, foi descoberta a possibilidade de
aproveitamento de uma rede de caráter universal, nada mais do que a própria rede
elétrica, que com uma malha já instalada e ubíqua, pode ser utilizada para a
transmissão do sinal de transferência de dados, a internet. Este é um dos principais
motivos que levou a escolha do tema desta monografia.
1.4 METODOLOGIA
O trabalho apresentado se apresenta como um estudo de caso, envolvendo
uma profunda e exaustiva da tecnologia PLC de modo que se concede o seu amplo
e detalhado conhecimento. Trata-se de uma pesquisa aplicada,uma vez que é capaz
de gerar os conhecimentos necessários á uma aplicação prática.
Também se trata de uma pesquisa bibliográfica, evidenciado pelo
levantamento bibliográfico e o estudo de exemplos que abordam problemas
similares.
O trabalho contemplou fases de pesquisa e seleção da bibliografia, coleta e
crítica dos dados, leitura analítica e fechamento das fontes, discussão e
argumentação dos resultados.
O modelo de abordagem do trabalho foi à identificação de características
teóricas da tecnologia e a avaliação de casos práticos, como Barreirinhas, Restinga
e OPERA que permite a comparação entre os parâmetros estabelecidos na teoria e
na pratica.
1.5 ORGANIZAÇÃO
Este trabalho será dividido da seguinte forma: ainda no capítulo 1, é apresentado o
principio de funcionamento da tecnologia PLC, o histórico da tecnologia e
oportunidades de negocio para a tecnologia. Já no capitulo 2 são citadas
características mais especificas da tecnologia,como os sistemas utilizados e os
equipamentos necessários,além da apresentação dos modelos de modulação de
sinal e uma breve análise das vantagens e desvantagens da tecnologia.
No capitulo três são apresentados os problemas a serem enfrentados pela
tecnologia para aproveitar todo o potencial que possui. No capitulo 4,são
apresentados alguns projetos em desenvolvimento da tecnologia como o
ENDESA,da Espanha,além de uma perspectiva geral dos projetos sendo realizados
em território brasileiro.
Por fim, no capitulo cinco temos um breve comparativo da tecnologia PLC e
da tecnologia mais comum de acesso de internet, a ADSL, e ao capítulo 6 são
apresentados à conclusão e comentários finais sobre o trabalho.
6
trecho de maior capacidade da Internet ("Espinha dorsal")
7
Customer Permisses Equipment
Pode parecer uma ideia inovadora, mas não é o que acontece, a tecnologia
PLC é uma ideia de adaptação de um modelo já existente, o Power Line Carrier, que
é utilizado pelas distribuidoras de energia elétrica em redes de alta tensão8·, ideia
que foi aproveitada para criar um modelo de transmissão de dados através porem de
linhas de baixa tensão9.
O Power Line Courrier,no entanto,não possui uma alta capacidade de
transmissão de dados, e é utilizado até hoje para outros serviços como voz e
comunicação e também para transmitir alguns dados como tele proteção, tele
controle e telemetria, que são serviços chamados de banda estreita, ou seja, operam
numa frequência muito baixa (de 30 a 400 kHz10 aproximadamente), onde esses
dados são enviados transmitindo-se ondas portadoras em linhas de transmissão de
energia com tensões que variam entre 59KV a 500KV.
No Brasil, este sistema tem outro nome: OPLAT (Ondas Portadoras em
Linhas de Alta Tensão), e é utilizado no país desde a década de 30 pelas
concessionárias de energia elétrica.
O sistema Power Line Courrier trabalha com modulação analógica. A sua
velocidade de transmissão de dados conseguida não passa de 9,6Kbps11·. A figura
abaixo (figura 2) mostra a ligação entre duas subestações utilizando a Power Line
Carrier.
Explicando de melhor forma: O sinal de alta frequência é injetado ou retirado
da rede de alta tensão através de um equipamento chamado TPC (Transformador
de Potencial Capacitativo). Quando chega á entrada da subestação A desta
imagem, é apresentada a BB (bobina de bloqueio) que vai atuar como um filtro
passa baixa12·, que impede que os sinais de alta frequência cheguem ao
transformador. Antes desta BB existe um TPC que é conectado na chegada da linha
de transmissão com a função agora de filtro passa alta 13 para que haja a
8
Rede para transmissão de energia elétrica a longa distancia. Geralmente possuem tensões entre 69.000
Volts e 500.000 Volts.
9
Rede para transmissão de energia elétrica a curta distancia (Vão do Transformador às Residenciais).
Geralmente possuem tensões 127 Volts e 220 Volts.
10
Unidade de freqüência Hertz (KHz – milhares de Hertz)
11
Kilobits por segundo
12
Permite a passagem de freqüências abaixo de 600 Hz e bloqueia as demais freqüências
13
Permite a passagem de freqüências acima de 100 KHz. Este valor depende da freqüência utilizada
possibilidade de tratar unicamente os sinais de frequência. Essa combinação de
filtros faz com que os sinais de dados e sinais do sistema elétrico sigam caminhos
diferentes na entrada da subestação.
1.8 HISTÓRICO
pelos equipamentos.
Web DPL, onde DPL se referre a tecnologia de PLC, mas foi chamada
primeiramente de DPL (Digital Powerline).
Finalmente, em junho de 1998,a empresa UTC (United Telecom Council), que
engloba as distribuidoras de energia elétrica, preparou o primeiro fórum PLC com
três comitês: o técnico, o regulatório e o comercial. Outros dois fóruns ainda foram
realizados, sendo o terceiro em setembro/2003.
No ano de 2000, algumas empresas de energia elétrica brasileiras iniciam
também seus testes com a tecnologia PLC.
2 TECNOLOGIA PLC
2.1 INTRODUÇÃO
Quando os cabos elétricos são utilizados como meio de transmissão, a
instalação elétrica domiciliar comporta-se como uma rede de dados onde cada
“tomada elétrica” é um ponto de conexão da rede.
O PLC utiliza redes de distribuição secundária, onde estão conectados os.
Consumidores, com abrangência de alguns quarteirões por circuito. Requer baixo
investimento, pois as tomadas de energia elétrica já serão os pontos de entrada e
saída de dados.
14
Automação Industrial
No PLC a largura de banda disponível é compartilhada entre dezenas de
usuários ao mesmo tempo (usuários que estiverem ligados ao mesmo
transformador); logo o desempenho de uma conexão pode variar de acordo com o
número de pessoas que estiverem navegando simultaneamente; assim como em
outras tecnologias de acesso a Internet, como o ADSL, Cable, linha discada e
outras. Em função deste compartilhamento, é necessário proteger a privacidade do
tráfego individual, para tal deve-se empregar tecnologia de redes virtuais (VLAN15 -
baseada na IEEE 802.1Q) que assegura divisão de domínios de broadcast. No
modelo atual, cada HE (head end) é constituído de 254 canais individuais, ou seja,
são 254 usuários que compartilham a mesma rede física, porém em redes lógicas
diferentes. Deve-se também utilizar algoritmos de criptografia para aperfeiçoar a
segurança, uma vez que a rede é fisicamente aberta. Visando monitorar o tráfego e
corrigir erros, dentre outros aspectos, a tecnologia deve possuir um sistema de
gerenciamento automático e de supervisão, como por exemplo, DHCP16 para
atribuição automática de endereços e SNMP17 para gerência.
Hoje, fabricantes já conseguem taxas de transmissão de até 45Mbps utilizando a
tecnologia PLC. Na Cebit18 de Hannover foram apresentados pelos fabricantes DS2
e Main.net equipamentos que operam a velocidades de 200Mbps. (DS2 / Main.net,
2004)
15
Virtual Local Area Network
16
Dynamic Host Control Protocol
17
Simple Network Management Protocol
18
Maior feira de informática do mundo realizada em Hannover (Alemanha) em abril/2004
2.2.1 Sistema OUTDOOR
É composto pela rede elétrica que vai desde o transformador de distribuição
(lado de baixa tensão) até o medidor de energia elétrica residencial. Na rede
secundária do transformador é instalado o transceptor de sinais para a rede de baixa
tensão (Cabeceira PLC) para conectar o backbone Internet à rede elétrica.
Neste ponto existe uma conversão de tipo do sinal (agora modulado em OFDM 19)
para que os dados possam ser injetados na rede elétrica. Posteriormente no modem
PLC será realizado a operação inversa para inserir dados TCP/IP no computador
19
Orthogonal Frequency Division Multiplexing
cliente. A figura 4 mostra a conexão do Cabecera PLC à rede secundária do
transformador
20
Forward Error Correction
estas várias portadoras, garantindo assim estabilidade de comunicação mesmo sob
condições de rede desfavoráveis.
A figura 9 mostra um exemplo de como a modulação em OFDM pode se
adequar às diversas condições da rede em tempo real. À medida que a relação
sinal/ruído diminui o carregamento de bits na portadora também diminui.
21
Gaussian Minimum Shift Keying
A figura 10 mostra o espectro de frequência utilizado em OFDM, GMSK e spread
spectrum.
2.6 ACOPLAMENTO
22
Norma internacional ANSI que trata sobre limites de radiação
O acoplamento do sinal PLC na linha pode ocorrer em duas ou três fases, conforme
característica de cada equipamento. Optando por duas fases, a terceira trabalha
com sinal induzido.
A figura 11 mostra o acoplamento do sinal PLC nas três fases do sistema
elétrico. Estes acoplamentos usam filtros passa banda para segregar os sinais de
energia e dados.
3.1 INTRODUÇÃO
Neste capítulo serão destacadas algumas das restrições técnicas e as
tecnologias ou métodos empregados para solucioná-los.
26
Network Operations Center
na subestação, um conversor de fibra ótica para Ethernet é tudo que é
necessário no nível de subestação.
• Equipamento de terminação para circuitos de backhaul de Internet – Por
exemplo, E1, DS3, STM1, micro-ondas ponto a ponto, etc.
• Servidores PPPOE e RADIUS – Estes servidores são utilizados para prover
autenticação e segurança no acesso a ISPs e são normalmente agregados no
NOC do provedor de serviço, mas pode ser instalado também no campo.
• Gabinetes com tratamento ambiental – São gabinetes tropicalizados
fabricados para uso externo e podem ser utilizados fora das subestações
permitindo acesso fácil e rápido aos equipamentos ancilares.
A figura 19 mostra como são montados os equipamentos da Amperion.
4.6.2 ELETROPAULO
O Projeto PLC da ELETROPAULO, teve os mesmos moldes do modelo
testado pela CEMIG, pois as duas concessionárias têm como sócio o grupo norte-
americano AES, conglomerado de geração e distribuição de energia, que detém
ações de ambas as distribuidoras de energia. Os equipamentos utilizados no projeto
piloto também foram do mesmo fabricante (ASCOM).
Para fazer uma síntese do projeto da ELETROPAULO pode-se citar uma
entrevista do diretor de marketing da empresa, Luiz Hernandes ao jornal ESTADÃO,
que dá uma boa visão do que o projeto representa para a empresa.
Segundo informações do Jornal, a Eletropaulo dá últimos retoques em
sistema que cria a banda larga de acesso universal. A Eletropaulo está com pressa.
Quer pôr em funcionamento já em 2004 sua rede de banda larga via tomada elétrica.
"Ainda não se definiu nosso papel, se será de alugar o uso dos fios para uma
operadora ou atuar junto ao usuário final", explica o diretor de marketing da
empresa, Luiz Hernandes. "Mas estamos bastante interessados no
desenvolvimento e na aplicação da tecnologia."
"O truque é transmitir sinais de frequências diferentes pelo mesmo fio",
resume o responsável pela tecnologia dentro da Eletropaulo, Paulo Pimentel. A
diferença é que, enquanto a eletricidade caminha na frequência de 60 hertz (ciclos
por segundo), os dados voam na faixa de 5 a 30 mega-hertz (milhões de ciclos por
segundo).
Os detalhes técnicos ainda precisam ser normatizados pela Anatel, a agência
governamental que regula o setor. Mas, pelos testes feitos na capital pela
Eletropaulo, o futuro da tecnologia é garantido. "Nossos testes, feitos em grupos
pequenos de 30 usuários em prédios e condomínios, mostraram que seu uso é
seguro", explica Pimentel. Segundo o técnico, o maior temor do grupo de estudos da
Anatel - a irradiação de sinal e interferências - não foi constatado.
A Internet pela tomada elétrica tem uma topologia interessante. Para que
funcione, novos aparelhos seriam instalados junto aos transformadores dos postes.
Eles receberiam uma ponta dos cabos de fibra óptica que atravessam a cidade. Os
dados então chegariam pela rede elétrica até a casa do usuário, onde um modem
especial filtraria o sinal da eletricidade e entregaria o sinal de dados ao PC.
Aplicações para a tecnologia não faltam, segundo Luiz Hernandes. "Prédios
antigos e históricos, que não comportariam um cabeamento convencional, poderiam
se tornar online de forma instantânea", conta. Ambientes de exposições, como o
Parque Anhembi, também seriam beneficiados. Outro importante trunfo é a
exploração de uma rede de cabos e postes que já está pronta e atende a
praticamente 100% do município.
Os testes efetuados pela Eletropaulo usaram componentes da 1.ª geração do
PLC. Com eles, foram obtidos velocidades de dados da ordem de 45
megabits/s.Pimentel ressalta que a banda é dividida entre os usuários "plugados" a
um mesmo transformador, mas isso não será limitante. "Temos em média 70
clientes para cada transformador, o que resulta num desempenho melhor que as
opções de banda larga disponíveis hoje."
E o futuro promete, pois novas tecnologias apresentadas no congresso
Futurecom, realizado em outubro em Florianópolis (SC), vão permitir largura de
banda de até 206 megabits/s em equipamentos até 70% mais baratos. "2004 será o
ano do PLC", aposta Pimentel. (Estadão, 2003).
A Eletropaulo que está testando a tecnologia desde 2001 em parceria com o
CNPq (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), que valida
os testes e avalia tecnicamente o projeto, informou que os investimentos nesta
tecnologia chegam a R$ 5 milhões e são feitos dentro do programa de pesquisa e
desenvolvimento da distribuidora. Segundo Paulo Pimentel, os testes já realizados
em escolas, edifícios comerciais e residências foram considerados satisfatórios.
Uso comercial - De acordo com Paulo Pimentel, a distribuidora vislumbra,
além do uso comercial, a aplicação da tecnologia para uso próprio. O PLC pode ser
adotado, comenta Pimentel, para telemedição, controle de perdas e monitoramento
do sistema com um todo. A empresa já avalia a possibilidade de fazer a medição
integrada de água, luz e telefone usando a tecnologia. Segundo Pimentel, os
fabricantes dos equipamentos já estão se organizando para iniciar a produção no
Brasil. A distribuidora testou equipamentos de quatro diferentes tecnologias e
considerou a de origem espanhola, DS2, como a mais integrada à realidade do país.
(UOL-Tecnologia, 2004)
Para a Eletropaulo, o maior interesse em lançar o PLC é que a receita seja
revertida em serviços de comunicação da própria distribuidora. "Com esse dinheiro
queremos pôr câmeras de vídeo nas subestações para monitorá-las e inibir ataques
de vândalos. As imagens seriam transmitidas pela tecnologia PLC", descreve
Pimentel. (Revista Teletime, 2004)
4.6.3 COPEL
Pioneira nesse experimento no País, a Copel (Companhia Paranaense de
Energia Elétrica) anunciou em abril/2001 que instalaria a PLC em 50 domicílios
selecionados na região de Curitiba.
O contrato de cooperação foi assinado em março de 2001 na CeBIT, na
Alemanha, época em que a empresa alemã RWE Plus demonstrou sua linha de
produtos RWE PowerNet, capazes de alcançar taxas de transmissão de até 2 Mbps.
A Copel investiu cerca de um milhão de dólares no projeto e os resultados
demonstraram que o sistema funcionou bem em conexões de curta distância – algo
em torno de 300 metros entre a fonte de sinal e a residência , alcançando taxas de
transferência de até 1,7 Mbps (seis vezes superior aos 256 Kbps alcançados pela
maioria das conexões de alta velocidade disponíveis no país).
O sistema tem capacidade de transmissão de dados superior a quase, senão
todos, os sistemas existentes hoje no mercado. Suas velocidades de backbone
variam de 6 MB/s (simétrico 3/3 MB/s) à 45 MB/s (assimétrico 23/17 MB/s)
dependendo do equipamento empregado nas linhas.
Segundo Orlando César de Oliveira , CEO da Copel Telecomunicações S/A e
Coordenador Geral do projeto PLC, a Copel vem com uma nova visão de mercado:
"o objetivo é ligar qualquer um a qualquer um". Este pensamento resume a nova
visão de mercado a ser implementada, "o cliente terá a opção de escolher o
prestador de serviço que mais lhe agrade, a opção de escolher o produto que mais
se enquadre à suas necessidades" . É o fim da visão de mercado onde o cliente
para ter acesso a um serviço de internet de alta velocidade é obrigado a assinar um
plano caríssimo para ter acesso a conteúdo, e-mail e outros serviços que não serão
utilizados. "Nosso objetivo é a universalização da internet e faremos isto baseado
em energia, você só paga o que usa". Isto mostra a intenção de tornar a internet
algo acessível e sem obrigar o cliente a optar e pagar por serviços que não deseja.
Foram testados diferentes equipamentos PLC, em parceria com diversos
ISP's28 para a certificação de equipamentos e também do modelo de negócio com os
ISP's para acesso em alta velocidade.
Muito embora os preços ainda não estejam definidos, "a intenção não é
apenas ser mais uma opção ao ADSL ou ao Cable, e sim uma excelente opção, com
alta velocidade, liberdade de escolha e serviço sob demanda , portanto com valores
justos".
O uso de filtros e bloqueio de conexões entrantes que tornam a navegação
um serviço incompleto estão fora de cogitação. "Não implementaremos quaisquer
restrições e limitações que vão contra o livre acesso e uso da internet", afirmou
Orlando.
Pela própria abrangência da rede da Copel o acesso a tecnologia será
facilitada e não dependerá da assinatura de uma linha de telefone ou de uma ctv. a
cabo. O equipamento instalado na casa do cliente poderá ser interno ou externo,
este último com conexão via USB ou cabo RJ 45 e seu preço deverá ser mais barato
que os equipamentos atuais. (COPEL, 2003)
28
Internet Server Provider (Provedores de serviço)
que a rede elétrica proporciona. Com essa tecnologia podemos transmitir dados, voz
e imagem em banda larga", explica Magalhães.
O acesso à Internet é feito de maneira simples, utilizando um modem que é
ligado diretamente à rede elétrica pela tomada. De acordo com Magalhães, a
aceitação do produto tem sido grande. "Os resultados dos testes têm superado as
nossas expectativas. Os clientes em teste estão considerando esse tipo de conexão
muito melhor do que os sistemas tradicionais".
Para definir a viabilidade comercial do serviço, Magalhães explica que ainda é
necessário uma avaliação completa da qualidade do produto, levando em
consideração a velocidade de transmissão e a frequência de interrupção, por
exemplo. A Light ainda não estabeleceu prazo para a conclusão dos testes e nem
para a implantação comercial do serviço.
5 COMPARATIVO PLC X ADSL
Neste capítulo será abordado um teste comparativo realizado pela
concessionária Iguaçu Energia que realizou testes de laboratório para comparar
desempenho do PLC comparado ao ADSL e também conexão discada de 56Kbps.
29
Associação de Empresas Proprietárias de Infra-Estrutura e Sistemas Privados de Telecomunicações.
30
Fonte: ANEEL 06 março 2004.
31
Conexão entre provedor de acesso e cliente.
Enfim, existem diversas empresas de energia elétrica interessadas nas
possibilidades da tecnologia que, além de atender suas necessidades internas,
permite a oferta de serviços de comunicação em banda larga.
Vista como um fracasso por alguns e como a esperança da democratização
da tecnologia por outros, a internet via rede elétrica está ganhando espaço. A
tecnologia já atingiu um nível de maturidade capaz de ser experimentada
comercialmente e expor-se ao teste final de validação (o mercado). No Brasil é
possível que em dois ou três anos seja uma realidade.
7 REFERÊNCIAS
ANATEL, Brasília: Agência Reguladora de Telecomunicações. Disponível em <http://
www.anatel.gov.br > acesso em 22 ago. 2010.