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Agentes Biológicos

Formadora: Catarina Bairrada /Módulo FT10

Formandos: Hugo / Liliana / Fernanda M. / Sandra / Ricardo


Agentes Biológicos

Introdução:

Com este trabalho pretendemos estudar um pouco mais a fundo o que diz
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respeito a agentes biológicos.

Iremos apresentar os vários conceitos que nos foram dados para pesquisar

no âmbito deste mesmo trabalho, assim como a legislação que actualmente vigora

no que a esta matéria diz respeito.

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Passamos agora a apresentar os conceitos que nos foram dados a pesquisar

e agregado a este a Legislação que os rege.


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Microbiologia e Epidemiologia:

Microbiologia

 É o ramo da biologia que estuda os microrganismos, incluindo

eucariontes unicelulares e procariontes, como as bactérias, fungos e vírus.

Actualmente, a maioria dos trabalhos em microbiologia é feita com métodos

de bioquímica e genética. Também é relacionada com a patologia, já que

muitos organismos são patogénicos.

Epidemiologia

 Epidemiologia é uma ciência que estuda quantitativamente a

distribuição dos fenómenos de saúde/doença, e seus factores

condicionantes e determinantes, nas populações humanas. Alguns autores

também incluem na definição que a epidemiologia permite ainda a avaliação

da eficácia das intervenções realizadas no âmbito da saúde pública.

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Microrganismo

 Qualquer entidade microbiológica, celular ou não celular,

dotada de capacidade de reprodução ou de transferência do material

genético;

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 Os microrganismos, incluindo os geneticamente modificados,

as culturas de células e os endoparasitas humanos susceptíveis de provocar


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infecções, alergias ou intoxicações;

Parasitas

 Os parasitas são seres vivos que retiram de outros

organismos os recursos necessários para a sua sobrevivência. Eles

são considerados agressores, pois prejudicam o organismo

hospedeiro através do parasitismo. O parasita pode viver muitos

anos em seu hospedeiro sem lhe causar grandes malefícios, ou seja,

sem prejudicar suas funções vitais, mas em casos extremos pode

levar o hospedeiro à morte.

Agente patogénico

 Pode ser um microrganismo como bactérias, vírus, fungos,

protozoários e alguns tipos de vermes. Os agentes patogénicos são capazes

de produzir doenças infecciosas aos seus hospedeiros, sempre que estejam

em circunstâncias favoráveis, inclusive do meio ambiente. O agente

patogénico pode se multiplicar no organismo do seu hospedeiro podendo

causar infecção e outras complicações. Pode ser chamado de agente

infeccioso ou etiológico animado.

Principais Agentes Biológicos

 Os principais agentes biológicos que se podem considerar são

as bactérias, os vírus, os fungos (leveduras e bolores) e os parasitas.

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Bactéria - do grego ―bakteria‖, bastão, são organismos unicelulares,

procariontes (não possuem envólucro nuclear, nem organelas membranosas). Podem

ser encontrados na forma isolada ou em colônias e pertencem ao Domínio homônimo

Bacteria. Podem viver na presença de ar (aeróbias), na ausência de ar (anaeróbias),


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ou ainda serem anaeróbias facultativas.

Vírus - do latim ―virus‖, "veneno" ou "toxina", são pequenos agentes

infecciosos (20-300 ηm de diâmetro) que apresentam genoma constituído de uma

ou várias moléculas de ácido nucléico (DNA ou RNA), as quais possuem a forma de

fita simples ou dupla. Os vírus são seres tão pequenos - algumas dezenas de vezes

menores que as minúsculas bactérias - que não são visíveis ao microscópio comum,

mas apenas ao microscópio eletrónico. São seres muito especiais, pois não são

formados por células: consequentemente eles não possuem organização celular.

Fungos - grupo de organismos eucariotas, cujos membros são chamados

fungos, que inclui micro-organismos tais como as leveduras e bolores, bem como os

mais familiares cogumelos. Os fungos são classificados num reino separado das

plantas, animais e bactérias. Uma grande diferença é o facto de as células dos

fungos terem paredes celulares que contêm quitina, ao contrário das células

vegetais, que contêm celulose. Estas e outras diferenças mostram que os fungos

formam um só grupo de organismos relacionados entre si, denominado Eumycota

(fungos verdadeiros ou Eumycetes)

Os agentes biológicos são ainda classificados de acordo com o risco que

representam para a saúde.

Assim passamos para:

Classificação do Agentes Biológicos

 Agente biológico do grupo 1 — o agente biológico cuja

probabilidade de causar doenças no ser humano é baixa;

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 Agente biológico do grupo 2 — o agente biológico que pode

causar doenças no ser humano e constituir um perigo para os trabalhadores,

sendo escassa a probabilidade de se propagar na colectividade e para o qual

existem, em regra, meios eficazes de profilaxia ou tratamento;


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 Agente biológico do grupo 3 — o agente biológico que pode

causar doenças graves no ser humano e constituir um risco grave para os

trabalhadores, sendo susceptível de se propagar na colectividade, mesmo

que existam meios eficazes de profilaxia ou de tratamento;

 Agente biológico do grupo 4 — o agente biológico que causa

doenças graves no ser humano e constitui um risco grave para os

trabalhadores, sendo susceptível de apresentar um elevado nível de

propagação na colectividade e para o qual não existem, em regra, meios

eficazes de profilaxia ou de tratamento.

O agente biológico que não puder ser rigorosamente classificado num dos

grupos definidos no número anterior deve ser classificado no grupo mais elevado

em que pode ser incluído.

Esta definição está no Decreto-Lei 84/97 de 16 de Abril, artigo 4º ponto 1

e 2.

Vias de Transmissão

São várias as vias pelas quais o indivíduo pode ser contaminado por

substâncias ou preparações perigosas, a saber: via cutânea, via respiratória ou via

digestiva, pode ainda haver meios de transmissão directos e indirectos.

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Via Respiratória

A maioria das substâncias muito tóxicas para o sistema reprodutor, nocivas,


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irritantes sensibilizantes, carcinogénicas ou mutagénicas, penetram no organismo

humano, através das vias respiratórias.

A inalação é de longe a forma mais importante de uma substância biológica

perigosa interagir com o funcionamento do organismo humano, porque ao ser

arrastada pelo ar respirado atinge os pulmões e pode difundir-se através do

sangue por uma área de 50 a 100m2.

Via Cutânea

Uma importante via de exposição humana a uma substância biológica é sem

dúvida a epiderme, já que as paredes foliculares e as glândulas sebáceas possuem

elevada permeabilidade, o que facilita a sua entrada no organismo.

Em geral as substâncias biológicas no estado liquido ou dissolvidas têm

maior facilidade em atravessar a epiderme, que as substâncias sólidas, através de:

Sola dos pés

Palma das mãos

Barriga

Costas

Pernas, braços

Oral

Em condições de trabalho a exposição cutânea e Oral estão associadas, já

que as mãos sujas (contaminadas) ao levar alimentos ou cigarros á boca, promovem

a absorção oral e por isso a contaminação por via cutânea é reforçada pela

contaminação por via digestiva.

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Em rigor as três formas de contaminação estão intimamente associadas e na

maioria dos casos ocorrem simultaneamente, embora com graus de extensão

diferentes consoante a natureza da substância biológica perigosa para a saúde.

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Portas de Entrada dos Agentes Biológicos

 Aparelho respiratório - Por inalação, são exemplos:

tuberculose, difteria, gripe, escarlatina, meningite meningocócica, antrax,

etc.

 Aparelho digestivo - Através da ingestão de comida ou água

contaminadas, por exemplo: disenteria, poliomielite e as salmonelas.

 Pele e membranas mucosas - Através da pele lesada, por

implantação ou por inoculação, por exemplo: Hepatite B e a febre amarela

(picada de mosquito).

 Placenta – Através da mãe para o feto.

Actividades que apresentam mais riscos de exposição a

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Há trabalhos que estão mais sujeitos as contaminação por agentes

biológicos variados, entre estes podemos enumerar principalmente os seguintes

- Produção de alimentos

- Agricultura

- Pecuária e outros que motivem contacto com animais e produtos animais;

- Unidades de Saúde humana e veterinária, incluindo os locais de autópsia;

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- Laboratórios de investigação, clínicos e de diagnóstico;

- Instalações de tratamento de águas residuais

- Recolha, transporte e tratamento de resíduos;

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Nocividade

Quando em contacto com o organismo, alguns microrganismos podem causar

alterações no estado de saúde por infecções, alergias e intoxicação.

 Infecção

Invasão das células do corpo e produção de toxinas. Distinguem-se dois

tipos de toxinas:

o Endotoxinas – Formadas no microrganismo e libertadas

quando este morre;

o Exotoxinas – Difundem-se para fora do microrganismo

e afectam outros tecidos do organismo onde se alojaram.

 Alergias

Estado de sensibilidade aumentado, onde as defesas do organismo reagem

com proteínas não humanas, causando mal-estar e desconforto. Estas podem ser

causadas por:

Esporos de bactérias e fungos e toxinas produzidas por estes;

Pólen;

Peles, penas e pêlos de animais;

Matéria orgânica morta.

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A natureza e o local de desenvolvimento das alergias respiratórias estão

associados com a dimensão do agente.

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 Intoxicação

As intoxicações relevantes na saúde ocupacional são resultado da acção dos

seguintes agentes:

o Endotoxinas;

o Micotoxinas – produzidas por certos fungos que

crescem nos alimentos

o Cianotoxinas – produzidas por ―blue-green algae‖ em

fontes de água natural.

Factores que Interferem no Crescimento do Número de

Microrganismos

Há factores que influenciam mais o desenvolvimento dos

microrganismos, estes podem ser:

 Actividade de água

 Nutrientes

 Tempo

 Temperatura

 PH

 Oxigénio

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Medidas de Prevenção recomendadas e Avaliação de Riscos

de Exposição

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 AVALIAÇÃO DE RISCOS

O empregador tem a obrigação de fazer uma avaliação de riscos, visando a

natureza e o grupo dos agentes biológicos, bem como o tempo de exposição dos

trabalhadores.

Esta medida visa saber se os trabalhadores necessitam de medidas

especiais de protecção.

Para a avaliação destes riscos, deve ter-se em conta certo tipo de

informação disponível:

 Classificação dos agentes biológicos perigosos;

 Sensibilidade dos alguns trabalhadores;

 Recomendações da Direcção-Geral da Saúde;

 Informações técnicas existentes sobre doenças relacionadas

com a natureza do trabalho;

 Conhecimento da doença verificada num trabalhador que

esteja directamente relacionada com o seu trabalho.

 Medidas de Prevenção

Após ser realizada a avaliação de riscos, o empregador tem a obrigação de

tomar medidas, tais como substituir os agentes biológicos perigosos por outros que

não sejam perigosos ou que sejam menos nocivos para os trabalhadores.

As medidas de prevenção que se podem aplicar dividem-se em três áreas:

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o Acção sobre o foco de contaminação

Tem por objectivo evitar a presença de microrganismos ou evitar que

passem ao meio ambiente, neste campo pode-se:


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Seleccionar Equipas de trabalho adequadas;

Substituir microrganismos;

Modificar o processo;

Encerrar o processo.

o Acção sobre o Meio Ambiente

Pretende evitar a proliferação e extensão dos organismos no ambiente:

Limpeza e desinfecção;

Ventilação;

Controlo de vectores (roedores, insectos, etc);

Sinalização.

o Acção sobre o Receptor

As actuações sobre o pessoal exposto complementam as outras medidas

preventivas e em alguns casos são imprescindíveis:

Informação sobre riscos;

Formação sobre os métodos de trabalho aplicados;

Diminuição das pessoas expostas;

Equipamento de protecção;

Vigilância médica, vacinação, etc.

Em suma, entre as medidas preventivas, destacam-se as seguintes:

vacinação, esterilização, higiene pessoal, equipamento de protecção individual,

ventilação e controle médico.

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Confinamento

Confinamento - Diferentes métodos e meios de segurança biológica que são

usados na manipulação e manutenção de microrganismos potenciais ou


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efectivamente infecciosos.

Qual o seu objectivo?

O confinamento tem como objectivo Minimizar ou eliminar a exposição dos

trabalhadores do laboratório e de terceiros, bem como do ambiente externo ao

laboratório, a microrganismos perigosos para o homem e para o ambiente.

Medidas de protecção Activas e Passivas

 Activas

São medidas de protecção Activas aquelas que incidem a nível individual:

• Higiene pessoal

O manipulador de alimentos é responsável pela saúde dos alimentos que manipula.

O estado de saúde do manipulador é importante pelo que deve fazer exames

periódicos e recorrer ao médico logo que adoeça.

• Hábitos de higiene

• O vestuário:

O manipulador de alimentos deve iniciar o seu dia de trabalho com o

vestuário/farda de protecção limpo e deve manter-se assim, tanto quanto

possível, ao longo de toda a tarefa.

• O cabelo:

O cabelo deve estar limpo e sempre que a tarefa o justifique bem protegido.

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O cabelo pode ser portador de agentes patogénicos e contribuir para a

contaminação dos alimentos.

• Mãos:
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Devem estar sempre limpas, de unhas curtas e de preferência sem verniz.

Recomenda-se o uso de sabões anti-sépticos e cremes amaciadores.

As escoriações ou cortes de pouca importância devem ser tratados e protegidos

com pensos impermeáveis e de cores vivas.

 Passivas

São medidas de protecção passivas Quando respeitam a estrutura, o

equipamento e a organização das instalações:

• Temperatura e crescimento bacteriano

• Higiene das instalações

• Procedimentos de limpeza:

• Remover os resíduos sólidos, com ajuda de utensílios apropriados - aspirador,

vassoura, raspador, escova;

• Lavar com água e detergente;

• Enxaguar com água corrente;

Aplicar o desinfectante de acordo com as indicações do fabricante

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Conclusão:

Podemos concluir com este trabalho que há um grande variedade de

Agentes biológicos, sendo uns mais nocivos que outros. Em conjunto com
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esta grande variedade vem também uma enorme variedade de medidas de

precaução e avaliação de riscos que têm que se ter em conta.

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Legislação usada:

Decreto-Lei 84/97 de 16 Abril

Portaria 405/98 de 11 Julho Page | 15

Portaria 1036/98 de 15 Dezembro

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Bibliografia:

www.wikipedia.org;

www.dre.pt;
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www.dgs.pt;

Em conjunto com estes três sites usámos ainda como base de pesquisa

alguns trabalhos sobre esta matéria, que encontrámos através do motor de busca

―google‖.

www.google.pt

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