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Parênese proferida por ocasião da Formatura do Curso de Validação em Teologia da Escola Superi-
or de Teologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, referente ao ano de 2009.
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mas no discernimento dado por Deus para agir no mundo, com a sabe-
doria do alto, aquela que dá sentido e utilidade eficaz ao conhecimento.
O poder da igreja não está em sua grandeza numérica, riqueza ou ca-
pacidade de influenciar intelectualmente, antes, na vida daqueles que
lha pertencem.
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D.M. Lloyd-Jones, Estudos no Sermão do Monte, São Paulo: FIEL., 1984, p. 151.
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A frase de Kierkegaard é: “O paradoxo é a paixão do pensamento, e o pensador sem um pa-
radoxo é como o amante sem paixão, um tipo medíocre” (Sören A. Kierkegaard, Migalhas Fi-
losóficas, ou, Um bocadinho de Filosofia de João Clímacus, Petrópolis, RJ.: Vozes, 1995, p. 61).
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Alister E. McGrath, Paixão pela Verdade: a coerência intelectual do Evangelicalismo, São Paulo:
Shedd Publicações, 2007, p. 16.
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tes, a teologia for serva da Palavra. A grande virtude do que serve é ser
encontrado fiel (1Co 4.2). O teólogo não pode ter outro propósito do que
o glorificar a Deus por meio da compreensão fiel das Escrituras e no seu
ensino ao povo de Deus.
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John F. MacArthur, Jr., A Guerra pela Verdade: lutando por certeza numa época de engano, São
José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2008, p. 30.
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Harold O. J. Brown, A Opção Conservadora: In: Stanley Gundry, ed. Teologia Contemporânea, ,
São Paulo: Mundo Cristão, 1983, p. 367.
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Francis A. Schaeffer, O Deus que Intervém, São Paulo: Cultura Cristã, 2002, p. 88.
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Ver: João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 11.3), p. 300-301.
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“arte cristã”. Schaeffer está correto ao dizer que, "O cristianismo não é
apenas uma série de verdades mas é a VERDADE – a Verdade
sobre toda realidade".9 Desta forma, não precisamos "forçar" a verda-
de, visto que isto seria um esforço inútil; à luz da eternidade, a verdade
permanece de pé como verdade ou cai como engano ou mentira. "Por-
que nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verda-
de" (2Co 13.8), como sabiamente escreveu o apóstolo Paulo.
Calvino compreendeu bem este fato ao dizer que, "Visto que toda
verdade procede de Deus, se algum ímpio disser algo verdadeiro,
não devemos rejeitá-lo, porquanto o mesmo procede de Deus”.10
O nosso compromisso primeiro é com Deus: A Verdade Absoluta e E-
terna. Desta forma, cabe a nós aplicar os princípios bíblicos a toda à
realidade de forma coerente, piedosa e sincera.
Anotações Finais:
9
F.A. Schaeffer, Manifesto Cristão, Brasília: DF.: Refúgio, 1985, p. 25.
10
J. Calvino, As Pastorais, São Paulo: Paracletos, 1998, (Tt 1.12), p. 318.
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J.I. Packer, O "Antigo" Evangelho, São Paulo: Fiel, 1986, p. 8.
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aperfeiçoar a cultura.
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"Esta é a sabedoria profana que temerariamente pretende sondar a natureza e os decre-
tos de Deus. E as próprias heresias vão pedir seus petrechos à filosofia....
"Que tem a ver Atenas com Jerusalém? Ou a Academia com a Igreja? A nossa doutrina
vem do pórtico de Salomão, que nos ensina a buscar o Senhor na simplicidade do coração.
Que inventem, pois, se o quiserem, um cristianismo de tipo estóico, platônico e dialético!
Quanto a nós, não temos necessidade de indagações depois da vinda de Cristo Jesus, nem
de pesquisas depois do Evangelho. Nós possuímos a fé e nada mais desejamos crer. Pois
começamos por crer que para além da fé nada existe que devamos crer" (Tertuliano, Da
Prescrição dos Hereges, VII: In: Alexander Roberts & James Donaldson, eds. Ante-Nicene Fathers, 2ª
ed. Peabody, Massachusetts: Hendrickson Publishers, 1995, Vol. III, p. 246).
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Philip Schaff, History of the Christian Church, Peabody, Massachusetts: Hendrickson Publishers,
1996, Vol. VIII, p. 562. Hans diz que o Calvinismo, ainda que de modo indireto, foi “responsável pe-
lo desenvolvimento das idéias democráticas de autogoverno. A mais poderosa e valiosa
contribuição de Calvino à causa democrática não foi a sua teologia, mas sim a organiza-
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Karl Barth, em introdução à obra, Calvin, Textes Choisis par Charles Gagnebin, Egloff, Paris: ©
1948, p. 11.