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São cálculos matemáticos feitos na maioria das vezes com embasamento histórico, e serve de base para se
contabilizar uma variação patrimonial ocorrida, cujo valor exato ainda não conhecemos, ou seja, temos a certeza
do acontecimento mas a incerteza do valor envolvido.
A Provisão de Férias é contabilizada mensalmente pelo valor equivalente a 1/12 (um doze avos) do salário
atualizado de cada funcionário. A contabilização é feita baseada no princípio da competência, pois devemos
registrar todas as despesas no momento em que elas acontecem, ou seja, quando incorridas. Cada mês
transcorrido representa 1/12 (um doze avos) de obrigação para a empresa e consequentemente 1/12 (um doze
avos) de direito para o funcionário.
INTERFERÊNCIAS
Tudo seria muito simples, se os salários não sofressem alterações, se funcionários não fizessem horas extras, se
não fossem pagos valores de adicional noturno, comissões e tantas outras interferências.
É inclusive em função de tudo isso que fazemos o lançamento como provisão e não como valor exato, como
esclarecido anteriormente no item 3.1
COMO CALCULAR
Exemplo:
O funcionário Fulano de Tal foi admitido em 01/04/X0 com o salário de 450,00 mensais
1. Em 30/04/X1 ele terá direito a 1/12 de férias, portanto o valor a ser provisionado será de 37,50,
ou seja 450,00 (salário) dividido por 12 meses.
Contabilização:
1. Em 30/05/X1 ele terá direito a mais 1/12 de férias, portanto o valor a ser provisionado será de
37,50, ou seja 450,00 (salário) dividido por 12 meses.
Contabilização:
Se não houver alteração salarial, em todos os meses o lançamento será o mesmo, pelo mesmo valor, porém se
forem feitas alterações salariais, será necessário alteração de valores do mês a ser calculado bem como da
diferença dos meses anteriores, pois o total acumulado deve ser igual ao valor do salário correspondente ao
número de meses (avos) a que tem direito. Vamos ao exemplo.
Continuando com o mesmo exemplo anterior, suponhamos agora que o funcionário Fulano de Tal tenha
recebido um reajuste salarial de 5% em junho, passando seu salarial para 472,50. Em 30/06/X1 ele terá direito a
mais 1/12 de férias (472,50 ÷ 12), portanto o valor a ser provisionado será de 39,37, mas se contabilizarmos
como provisão co mês apenas esse valor, o saldo acumulado não estará fechando com o valor a que ele tem
direito neste momento, vejamos.
O direito a férias desse funcionário em junho é de 3/12 (três doze avos), ou seja, provisionamento de abril, maio
e junho. Calculando teremos o seguinte valor
Se somarmos o provisionamento feito em abril, maio e junho (37,50 + 37,50 + 39,37) chegaremos ao valor de
114,37. Por que? Porque os meses de abril e maio foram feitos com base em salário anterior, e as férias serão
pagas sempre com base no salário atualizado (118,11), sendo assim a maneira mais adequada para fazermos o
cálculo da provisão mensal de férias é considerando sempre o saldo acumulado, ou seja, ao calcular o
provisionamento de junho por exemplo devo verificar qual é o período a que o funcionário tem direito, ou seja,
o número de meses (avos), que no caso do exemplo em junho é de 3 avos (meses) e calcular o valor de férias
acumulado.
472,50 (salário atual) ÷ 12 = 39,37 x 3 (direito adquirido, abril, maio e junho) = 118,11
Após efetuar esse cálculo, devo subtrair o valor acumulado já contabilizado nos meses anteriores,a saber
provisão de abril = 37,50 + provisão de maio = 37,50 = saldo acumulado da provisão no valor de 75,00
Dessa forma o valor a ser contabilizado como provisão de férias de junho será de 43,11.
Conferindo as contabilizações
provisão de abril = 37,50 + provisão de maio = 37,50 + provisão de junho = 43,11 = 118,11 , que é
exatamente o valor a que o funcionário tem direito neste momento.
Esse procedimento de cálculo através do saldo acumulado garante menor possibilidade de erro no cálculo, pois
o saldo contábil deve ser igual ao direito adquirido até aquela data, calculado sobre o salário atualizado
adicionado inclusive de média de horas extras ou média de comissão e outros quando for o caso de
remunerações variáveis por exemplo.
Ainda sobre a Provisão de Férias, temos que considerar o valor relativo a 1/3 sobre férias e também os valores
relativos aos encargos. Neste caso o cálculo e a contabilização é mais simples pois faremos o cálculo
multiplicando a provisão de férias do mês pelos percentuais correspondentes a 1/3 e encargos. Esses valores
serão contabilizados em conta específica de provisão. Vejamos um exemplo
abril = 37,50
maio = 37,50
Junho = 43,11
I.N.S.S. sobre férias = Como o percentual pode ser diferente dependendo da atividade ou do fato de ser empresa
enquadrada no Simples Nacional ou não, vamos aqui para efeito didático considerar um percentual único de
20%, lembrando que deve ser consultada a legislação pertinente antes de se fazer o cálculo.
F.G.T.S. sobre férias = Neste caso vamos também usar um percentual de 8% para efeitos didáticos, que deve ser
revisto de acordo com a legislação pertinente.
Cálculos e lançamentos
ABRIL
MAIO
JUNHO
PROVISÃO
A Provisão de 13º. Salário, assim como a Provisão de Férias é contabilizada mensalmente pelo valor equivalente
a 1/12 (um doze avos) do salário atualizado de cada funcionário. A contabilização também obedece o princípio
da competência, registrando a cada mês transcorrido o valor equivalente a 1/12 (um doze avos) de obrigação
para a empresa e consequentemente 1/12 (um doze avos) de direito para o funcionário relativo ao salário
atualizado do funcionário.
INTERFERÊNCIAS
No cálculo de Provisão de Férias também devem ser considerados todas as alterações ocorridas sobre o salário
do funcionário, conforme comentamos no item 3.2 quando falamos sobre a Provisão de Férias
COMO CALCULAR
Os cálculos também serão idênticos aos cálculos feitos na Provisão de Férias, dessa forma vamos direto ao
exemplo:
Dados
Salário:
junho = 472,50
Encargos:
Lembramos mais uma vez que os percentuais aqui considerados são meramente didáticos. Para efeito de cálculo
real deve-se consultar a legislação pertinente.
No caso da Provisão de 13º Salário os encargos referem-se apenas a I.N.S.S e F.G.T.S, não existindo a questão
do abono pecuniário (1/3) como era o caso da Provisão de Férias
I.N.S.S. = 20%
F.G.T.S. = 8%
Cálculos
ABRIL
MAIO
450,00 (salário atual) ÷ 12 = 37,50 x 2 (direito adquirido) = 75,00 equivalente ao saldo acumulado da
Provisão
Para cálculo do valor da Provisão do mês deve-se subtrair o valor já contabiliado até então (saldo acumulado do
mês anterior)
JUNHO
472,50 (salário atual) ÷ 12 = 39,37 x 3 (direito adquirido) = 118,11 equivalente ao saldo acumulado da
Provisão
Para cálculo do valor da Provisão do mês deve-se subtrair o valor já contabilizado até então (saldo acumulado
do mês anterior)
118,11 - 75,00 = 43,11 equivalente a Provisão de 13º Salário do mês
Concluindo estas contabilização todas da Provisão de 13º Salário e Encargos sobre 13º Salários, teremos os
seguintes saldos acumulados:
Provisão de Encargos sobre 13º Salários = 33,07, ou seja, 28% (20% + 8%) sobre 118,11
Vale lembrar que no caso da Provisão de 13º Salário, diferentemente da Provisão de Férias, o saldo da conta em
31 de Dezembro deve ser zero, considerando que é obrigatório o pagamento do mesmo até o dia 20 de
dezembro de cada ano.