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4 Bacterias Anaerobias
4 Bacterias Anaerobias
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Bactérias anaeróbias são predominantes no organismo
Maioria das inf. são endógenas, provocadas por bactérias que ganham virulência ou passam para
locais estéreis onde se tornam patogénicas
A identidade dos anaeróbios associados com infs. especificas pode frequentemente ser previsível pelo
local do organismo envolvido
Passagem através de barreiras muco-cutâneas (trauma ou cirurgia), propagação a partir de zonas
contíguas, exp., por aspiração.
Algumas inf. são exógenas associadas a agentes esporulados:
Botulismo – Clostridium botulinum
Tétano – Clostridium tetani
Gangrena Gasosa – Clostridium perfringes
Processo infeccioso envolve uma mistura de bactérias que actuam por sinergismo de virulência e
complementaridade metabólica – por vezes, associam-se a bactérias aeróbias que numa 1ª fase lhes
fornece alguns metabolitos.
SNC Abcessos cerebrais
Cabeça e pescoço Abcesso periodontal
Outras infs. orais
Pleuropulmonar Pneumonia por aspiração
Abcessos pulmonares
Pneumonia necrosante
Intra-abdominais Peritonites e abcessos
Tracto genital feminino Abcessos tubo-ovarianos
Abcessos vulvo-vaginais
Aborto séptico
Tecidos moles Gangrena gasosa (mionecrose)
Celulite crepitante
Fasceite necrosante
Colheita de amostras
Por aspiração com agulha e seringa
Amostra de tecido por biópsia
Zaragatoas – se possível, devem ser rejeitadas!
Mais susceptíveis de contaminação
Mais expostas ao O2 e à dessecação
Não permitem a preparação de um bom esfregaço
Colheita de pequeno volume de produto para amostra
Local Espécimen aceitável Espécimen inaceitável
Sangue Sangue
Dentes Aspirados endodentarios Raspados das superfícies
Aspirados de colecção purulenta gengivais, dos dentes ou mucosa
vizinha
Faringe Aspirados de abcessos com agulhas Zaragatoa
Seios Especimens colhidos por intervenção cirúrgica Irrigação ou aspirados
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perinasais
Área pulmonar Aspiração transtraquel Expectoração espectorada
Aspirados de colecções purulentas Aspirados nasofaríngeos
Colheira por operação Broncoscopia vulgar
Aspiração percutânea pulmonar Aspirado de traqueostomia
Liquido pleural
Aspirado por broncoscópio com protecção
terminal
SNC LCR
Área Aspirados por paracentese Conteúdo gástrico, Fezes
abdominal Bile Amostras intraluminares
Colheitas por intervenção cirúrgica Zaragatoa rectal
Tracto genital Culdocentese Descarga vaginal
feminino Colheita cirúrgica Amostras cervicais
Colheita por laparoscopia Corrimento colhido com zaragatoa
Espécimen da cavidade endometrial com curette Exsudado do endométrio
de sucção
Tracto urinário Aspirado de urina supra-púbico Urina
Tecidos moles Aspirados de feridas profundas Amostra superficial
Aspirados com agulha através de zonas intactas
Colheira cirúrgica
Transporte da amostra
Amostras mantidas a 37ºC
Evitar refrigeração das amostras – leva à diminuição do nº microrganismos viáveis
Em caso de atraso de 15-20 mins entre colheita e processamento
Velocidade de transporte tanto maior quanto menor a amostra colhida
Usados para pequenas amostras de tecido, fluidos aspirados ou especimens colhidos com zaragatoas
Tubos fechados ou frascos com uma atmosfera anaeróbica e base de agar isotonica que mantém
ambiente húmido – Port-A-Cul system, Anaerobic Transport Médium, Anaport e Anatube
Tubos de vidro ou plástico, com sistemas catalíticos para gerar um ambiente anaeróbico depois da
zaragatoa ser inserida – Vacutainer anaerobic specimen collector, Anaerobic Culturette system
Tubos com ambiente anaeróbico e meio de transporte reduzido – PRAS, anaerobic transport system,
anaerobic transport medium
Exame macroscópico
Inspecção visual – sugerem a presença de bactérias anaeróbias:
Purulência
Odor pútrido
Tecidos necrosados
Pus com “grãos de enxofre”
Exame com luz U.V. (360 nm) – pesquisa de fluorescência – vermelho tijolo: anaeróbios pigmentados
Porphyromonas e Prevotella
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Exame microscópico
Esfregaço corado pelo Gram – observação de morfologia típica de mts bacts
Bacteroides – bacilo Gram- pouco corado, pleomórfico
Fusobacterium – bacilo Gram- fusiforme e fino
Veillonella – coco Gram- pequeno
Actinomyces – bacilo Gram+ ramificado
Clostridium perfringens – bacilo Gram+ largo e rectangular
Método de Gram - funciona como um controlo de qualidade
Se espécimen transportada correctamente
Se meio de isolamento foi apropriado
Se sistema de incubação anaeróbico foi apropriado
Se subcultura anaeróbica foi feita correctamente
Se crescimento foi inibido pela presença de outras bactérias ou antibióticos
Microscopia de campo escuro e contraste de fase – demonstração de espiroquetas
Imunoflourescência com anticorpos monoclonais – rápida identificação de mts espécies anaeróbias,
caro, mts falsos + e –, não substitiu cultura
Outros procedimentos
Cromatografia gás-liquida (GLC) – analise directa dos AG de cadeia curta
Culturas de sangue – com algum valor
Analise directa de material purulento – pouco sensível e especifico
Testes serológicos – uso limitado, teste de antigenio do látex para Clostridium difficile
Incubação em anaerobiose
Composição habitual – 5% H2, 5% CO2, 90% N2
Sistemas produção de anaerobiose:
Jarra de anaerobiose Saco de Câmara de Roll tube
anaerobiose anaerobiose
Custo inicial Moderado Baixo Alto Moderado
Custo de Moderado Alto Moderado Moderado
manutenção
Tempo Baixo Baixo Moderado Moderado
Espaço Moderado Pequeno Moderado-grande Moderado
Outras Sistemas de válvulas 1 ou 2 placas, Sistema em Óptimo p/ espécies
características Sistema de evacuação- crescimento pode anaerobiose por extremamente
substituição ser detectado catalisador sensíveis ao O2,
Sistema gerador de gás examinando as palladium, reactivo não conveniente
Sistema Gás-Pak – placas pelo saco pelo calor a para isolamento de
catalisador palladium e transparente 160ºC/2h, ambiente anaeróbios
indicador de mantido seco por obrigatórios
anaerobiose gel de sílica (pode moderados
empobrecer associados às infs.
crescimento bact) humanas
Vantagens Simples, conveniente, Placas Placas Tubos
permite uso de técnicas inspeccionadas a inspeccionadas a inspeccionados a
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convencionais qq momento sem qq momento sob qq momento sem
perturbar as condições de perturbar as
condições de anaerobiose, condições de
anaerobiose; isolamento anaerobiose
simples, segundo técnicas
conveniente, tradicionais
permite uso de
técnicas
convencionais
Desvantagens Possibilidade de Uso de apenas 2 Ocupa mt espaço, Tecnicamente
exposição prolongada placas, custo inicial difícil, difícil
das placas ao O2 possibilidade de elevado, consumo isolamento de
durante exposição de tempo elevado estirpes em cultura
inspecção/subculturas prolongada das pura, não permite
placas ao O2 obs da morfologia
durante celular típica
subculturas
vancomicina
Crescimento
Produção de
em 20% bile
kanamicina
Redução de
Mobilidade
Morfologia
β-hemolise
peptidase
lecitinase
colistina
Esporos
Alanina
catalase
nitratos
Anaeróbios
urease
lipase
indol
B. fragilis B - - R R R + V + V - - - - -
B. pigmentados CB/B - - R V V - - + V - - V - -
B. ureolyticus B - - S S R - - - - + V - - V
Fusobacterium B - - S S R V - - V - - V - -
Veillonella C - - S S R - V - - + - - - -
Peptostreptococcus C - - V R S - V V V - - - - -
C. perfringens B + + S R S + - - - V - - + -
C. difficile B + - S R S + - - - - - - - +
Propionibacterium B - - S R S - + +/- +/- + - - - -
Eubacterium CB/B - - S R S - - V - + - - - -
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Bactérias
anaeróbias
Actinomyces
Mobiluncus Pele e mucosas (oral, TGI, genital) do Homem
Bifidocterium e animais
Eubacterium Mts são oportunistas
Propionibacterium Inf. graves com risco de vida
Lactobacillus Crescimento lento
Actinomyces
Propionibacterium Mobiluncus
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Bactérias
anaeróbias