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PSICOLOGIA JURÍDICA

Observando na seara doutrinária, a psicologia jurídica se tornou obrigatória nos


cursos de bacharelado em direito, somente a partir do ano 1972 (Resolução número 3 do
Ministério da educação). Vemos que a formação do curso de direito se perde no tempo,
contudo, só há um pouco mais de 30 anos que o Brasil “achou” necessário incluir essa
essencial matéria nos currículos de formação dos operadores das ciências sociais.

Como disciplina, a psicologia jurídica visa alcançar os valores moral e ético dos
acadêmicos e operadores do direito. Já na prática tem o escopo de integrar os membros
da sociedade, tentando entender suas atitudes para posteriormente ajuda-los a se
enquadrar na sociedade.

É notório também, usarmos dos artifícios da psicologia jurídica na área penal,


pois, sem ela, impossível seria atingir a verdade real dos delitos. O delinquente já é uma
pessoa transtornada psicologicamente, log, este não sabe e não entende o valor ético do
caráter humano. Cabe aos semelhantes com maior discernimento, arquitetar meios para
descobrir os motivos e verdades de um crime. Aí que entra a prática da psicologia
jurídica, fornecendo as ferramentas hábeis para resolvermos os litígios mais insensatos
da mente humana.

Nos dias de hoje, se torna necessário um constante aperfeiçoamento nos


profissionais da área do direito e da psicologia, pois precisam ter a cautela ao expedirem
laudos cada vez mais precisos e distante de erros, sendo que antes de patrimônio,
trabalham com vidas. A primeira Instituição a se dedicar ao assunto foi a Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em 1998; criando uma especialização denominada
“psicodiagnóstico para fins jurídicos”.

Apesar de tal meio ser mais usado na criminalística, analisando globalmente,


concluímos que em todos os ramos do direito podemos usá-lo, como na oitiva de
testemunhas no processo cível. Pela forma e gestos do depoente se expressar, podemos
desvendar se o indivíduo está omitindo ou inventando a ordem verdadeira dos fatos.

Conforme já foi relatado anteriormente, a psicologia e o direito estão ligados


umbilicalmente, até na advocacia militante há momentos que se precisa usar somente a
psicologia, a filosofia e a sociologia para convencer o magistrado ou o tribunal do júri,
caso for no processo penal, pois por diversas vezes um caso concreto não tem provas
cabais para dar fim a lide, assim só resta o argumento lógico e racional, esse que se
embasa na pisque humana.

A psicologia vai muito além da ciência do direito, pois aquela atravessa os


horizontes geográficos e essa cada etnia estabelece a sua. Com isso teríamos que aplicar
suas teses mais no cotidiano, sendo que é imprescindível no sucesso de um magistrado,
promotor, delegado, advogado usar a psicologia em seus ofícios.
Se a ética e a moral são subitens da psicologia jurídica e essa engloba o universo
das regras legais da sociedade, temos que admitir que, se buscamos uma justiça temos
que dar e pedir a celeridade e retidão nas condutas dos profissionais que a usam.
Começando nos bancos acadêmicos chegando até a Corte máxima Constitucional.

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