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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA

EM PARAÍSO DO TOCANTINS, TOCANTINS, BRASIL.


1
Cheryl Gouveia, 2Kleber Miguel M N V Nascimento, 1Maurício L Vilela, Elizabeth F
Rangel
1
Laboratório de Transmissores de Leishmanioses, Instituto Oswaldo Cruz - FIOCRUZ
2
Secretaria Municipal de Saúde de Paraíso do Tocantins

O estado do Tocantins tem apresentado elevados índices de Leishmaniose Visceral


Americana (LVA), notificada em quase 60% dos municípios do Estado, dentre os quais
está a cidade de Paraíso do Tocantins, onde a incidência da doença é alta, inclusive com
ocorrência de óbitos. O presente estudo buscou conhecer o perfil epidemiológico da
LVA na população humana do município, no sentido de oferecer subsídios para as
ações de vigilância e controle da doença na cidade. A ocorrência da LVA em Paraíso do
Tocantins foi identificada a partir do registro de casos disponibilizados pelo Sistema de
Informações de Agravos de Notificação, no período de 2001 a 2007. Para visualizar
espacialmente a ocorrência da LVA na cidade, foi desenvolvido um mapa, no qual
foram apontadas as localidades com registro de casos. A análise dos dados também
esteve pautada no estudo das variáveis: sexo, ocupação e idade dos acometidos. Além
disso, foi realizado cálculo dos indicadores epidemiológicos preconizados pelo Manual
de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral do Ministério da Saúde, que inclui o
Coeficiente de Incidência de LVA, a Média de Casos de LVA e a Taxa de Letalidade.
No período estudado, Paraíso do Tocantins acumulou 7,5 % das notificações de casos
de LVA do estado do Tocantins. A doença ocorre em 50% das localidades da cidade,
tanto em bairros periféricos como no centro urbano. O perfil epidemiológico encontrado
é próximo do observado no Estado e é relacionado à maior ocorrência no sexo
masculino, na faixa etária inferior a 14 anos (38% em menores de 4 anos) e entre os
indivíduos sem ocupação, estudantes e do lar, o que revela a tendência de um ciclo de
transmissão peri e/ou intradomiciliar. A curva de incidência da doença mostra a
importância das ações realizadas através da força tarefa para a diminuição do número de
casos. Assim, para que o controle da transmissão da doença no município seja efetivo é
reforçada a necessidade de ações permanentes referentes a casos humanos, ao controle
do reservatório e do vetor, além do desenvolvimento de atividades de educação em
saúde e manejo ambiental.

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