Chama-se de GEOMETRIA MENSURATIVA a

geometria que se funda na noção de distância.

Chama-se de GEOMETRIA PROJETIVA a
geometria que se funda na noção de linha reta.

Em GM, duas figuras são equivalentes quando ambas

têm as mesmas medidas.
Em GP, duas figuras são equivalentes quando ambas
podem se tornar a outra por meio de transformação
projetiva, isto é, se uma é a perspectiva da outra.

Chama-se, inapropriadamente, à GM de
GEOMETRIA QUANTITATIVA e á GP de
GEOMETRIA QUALITATIVA. A GP é também
quantitativa, embora a quantidade nessa geometria não
seja tão essencial quanto o é na GM.

A geometria que descarta a quantidade e é puramente

qualitativa é chamada de GEOMETRIA ELÁSTICA, ou
TOPOLOGIA. Antigamente, foi chamada de ANALYSIS
SITUS.
SITUS é o nome latino que se dá a uma das dez
categorias propostas por Aristóteles, no seu pequeno
tratado denominado CATEGORIAS. Essas categorias,
podem ser listadas por oposição uma à outra.
Assim, a categoria de SUBSTÂNCIA opõem-se às
outras nove, os acidentes ou acontecimentos. Dessas nove,
podemos ver que algumas se opõem uma à outra, como a
QUANTIDADE versus QUALIDADE; AÇÃO versus
PASSIVAMENTO; TEMPO versus ESPAÇO, e dentro do
ESPAÇO podemos opor aquilo que se chama LOCUS
àquilo que se chama SITUS, ou SITUS oposto a
HABITUS.
Solenemente, a categoria de RELAÇÃO parece se
dar bem com todas as demais. Enquanto acidente ou
acontecimento oposto como todas as outras à substância, a
relação mantém com todos os acidentes um privilégio que
pode ser comparado com o da substância em relação aos
acidentes. Assim sendo, parece que a categoria do acidente
da relação é o acidente mais “substancial” de todos os
acidentes...
Na Topologia, duas figuras que se equivalem não
perdem a equivalência mesmo quando uma delas se
deformar sem perder, nessa deformação, a continuidade
inicial. Por exemplo, se tomar duas bolinhas de massa
iguais e transformar uma num pires, topologicamente a
bolinha e pires continuam iguais. Nesse sentido, a
topologia pode ser considerada como a arte de raciocinar
bem a partir de figuras deformadas. Topologicamente, um
sintoma ou um sonho são deformações que se equivalem.