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JOÃO PESSOA/PB
2009.2
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JOÃO PESSOA/PB
2009.2
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BANCA EXAMINADORA
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Prof. Esp. Antônio Hortêncio Rocha Neto
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Membro da Banca Examinadora
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Membro da Banca Examinadora
JOÃO PESSOA/PB
2009.2
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AGRADECIMENTOS
A meus pais, espelhos de vida, por terem me ensinado a lutar pelos meus ideais,
com sinceridade e, acima de tudo, honestidade;
A todos os colegas de faculdade que durante os últimos cinco anos dividiram comigo
a tensão e as preocupações, típicos de um curso universitário.
RESUMO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................... 10
CAPÍTULO I
BREVE HISTÓRICO DA PENA DE PRISÃO........................................................ 15
CAPÍTULO II
APLICABILIDADE E EFICÁCIA DA PENA.......................................................... 26
CAPÍTULO III
SISTEMAS PENITENCIÁRIOS............................................................................. 39
CAPITULO IV
CRISE DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE................................................... 50
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 64
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 67
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
BREVE HISTÓRICO DA PENA DE PRISÃO
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1.2 A Antiguidade
julgamento e/ou execução. Nesse período as penas criminais mais comuns eram as
de morte, mutilações, açoites e até penas infamantes. Nesse contexto histórico, a
pena tinha suas raízes fincadas no sentimento de vingança onde a conduta praticada
ilegal deveria ser punida assim como o mal praticado. Aliás, essa expressão de
conduta ilegal é inadequada para a época, visto que neste momento, a sociedade era
desprovida de uma legislação positivada que estabelecesse quais seriam as condutas
ilegítimas. Portanto, o senso do certo ou errado era medido pelo critério individual, ou
seja, aquele que discordasse de algum comportamento do próximo, se sentia no
direito de puni-lo. Segundo Magalhães Noronha (1985, p. 20), o homem primitivo era
dominado por seu instintos, e o revide a agressão sofrida deveria ser fatal pouco ser
preocupando com a proporção, muito menos com a justiça.
Um dos maiores travões aos delitos não é a crueldade das penas, mas a
sua infalibilidade (...) A certeza de um castigo, mesmo moderado, causará
sempre impressão mais intensa que o temor de outro mais severo, aliado à
esperança de impunidade
Diz ainda o aludido pensador que “A finalidade das penas não é atormentar e
afligir um ser sensível (...) O seu fim (...) é apenas impedir que o réu cause novos
danos aos seus concidadãos e dissuadir os outros de fazer o mesmo” (In:
PENSADOR, 2009).
Ou seja, segundo ele a pena deve ter uma finalidade educativa, no sentido de
reformular o condenado, bem como servir de exemplo para que outros indivíduos não
delinqüem tendo também, portanto um caráter preventivo.
John Howard por sua vez, era um intenso religioso e muito ligado aos princípios
humanitários, condenava veementemente as condições deploráveis que se
encontravam as prisões da Inglaterra, e estando-as em tais condições era impossível
cumprir com seus objetivos ressocializadores e reabilitadores do condenado. Pregava
que o sofrimento não podia ser característica básica da pena privativa de liberdade.
Para a pena de prisão, Howard defendia o isolamento do condenado, sobretudo o
isolamento noturno para favorecer a reflexão e o conseqüente arrependimento do
condenado.
Na época de Howard, os condenados tinham que assumir os encargos do
direito de carceragem, “que consistia em uma importância que os presos tinham que
pagar à título de aluguel aos donos dos locais onde eram encarcerados”. Howard
lutou veementemente pela extinção dessa dívida, até que finalmente o parlamento
inglês aprovou uma lei que atribuiu o referido direito ao encargo do Estado. Essa
mudança marcou a influência do filosofo nas reformas legislativas referente ao
sistema penitenciário de seu país.
No decorrer da Idade Moderna, a pena de prisão sofreu uma crescente
evolução, não no velho continente, mas no lado pacífico da terra. Os Estados Unidos
aperfeiçoou o sistema panótico, o centro penitenciário ideal criado por Jeremy
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Bentham, escritor que desenvolveu teses que influenciam o sistema penitenciário até
os dias de hoje. Assim como na Costa Rica onde foi construída a mais importante
prisão, a Penitenciária Central da início do século XX. O sistema panótico consistia
em uma construção redonda com celas individuais, todas voltadas para uma área
central comum onde se encontrava a sala de direção e a torre de vigilância, sendo
assim a fiscalização se tornava muito mais fácil fiscalizar todos os presos ao mesmo
tempo bem como de puni-los de forma individual.
como tempo máximo de seu cumprimento o período de 30 anos, regra que permanece
até hoje.
O atual Código Penal de 1940 manteve essa regra dos trinta anos como pena
máxima, e criou dois tipos de pena privativa de liberdade: Reclusão para os crimes
mais graves e Detenção destinada aos delitos que não excederem a uma condenação
de 7 anos.
As reformas posteriores, como a de 1977 tem como base para suas alterações
o grave problema da superpopulação carcerária, essa deficiência é uma preocupação
do legislador bem como de todos os doutrinadores do ramo, sem dúvida é símbolo do
sistema penitenciário brasileiro nos dias de hoje.
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CAPÍTULO II
A APLICABILIDADE E EFICÁCIA DA PENA
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Assim sendo, para a fixação da pena o Juiz levará em conta dentre outros
fatores, a conduta social, a personalidade do agente bem como o comportamento da
vítima.
Dentre as várias classificações que a pena recebe do ponto de vista
constitucional, penal ou doutrinário, a mais importante delas, e a mais comum delas é
a pena de liberdade. Como seu nome já diz, essa espécie de sanção penal é imposta
ao delinqüente mediante a privação de sua liberdade. Na Constituição Federal, a pena
privativa de liberdade, esta prevista no artigo 5ª , XLVI, a) (In: PLANALTO 2009), In
Verbis:
constitui a última fase do cumprimento da pena privativa, constituindo ela como uma
adaptação do condenado à liberdade. Já a maior parte dos doutrinadores italianos
entendem que o livramento condicional constitui uma fase da execução penal e não
da pena privativa de liberdade em si o que significaria como sendo dois institutos
diferentes e independentes.
No Brasil atual, domina o entendimento de que o livramento condicional
constitui um direito público subjetivo do apenado, ou seja, existindo os pressupostos
legais, a autoridade judiciária deve concedê-lo, não sendo, portanto, um mero ato
discricionário do juiz, tão pouco, uma faculdade.
Como já diz seu próprio nome, a concessão de tal benefício está condicionada
ao cumprimento de alguns requisitos, que por sua vez estão previstos do artigo 83 do
Código Penal (In: PLANALTO, 2009).
Somente à pena privativa de liberdade poderá ser aplicado o livramento
condicional. Tal punição deverá ser igual ou superior a dois anos. Não importa que
esse período exigido por lei tenha sido resultado da soma de duas ou mais panas,
mesmo que oriundas de processos distintos. Sendo assim, não se aplica o livramento
condicional, logicamente, às penas pecuniárias, restritivas de direitos ou à pena
privativa de liberdade inferior a dois anos. Mediante essas exigências, o livramento
condicional poderá der classificado em especial (cumprindo 1/3 da pena) e ordinário
(cumprimento de metade da pena)
De igual forma, o condenado para ter direito ao benefício deve cumprir uma
parcela correspondente a um terço da pena privativa se não forem reincidentes e
que sejam considerados de bom comportamento, caso contrário deverão cumprir
mais da metade. Porém, a lei 8.072/90 (In: PLANALTO, 2009), exige que, os
condenados a crimes hediondos, terrorismo, prática de tortura, e tráfico ilícito de
entorpecentes cumpram pelo menos dois terços da pena desde que não sejam
reincidentes.
O condenado deve possuir também bom comportamento durante a execução
da pena, que não abrange apenas seu comportamento carcerário, mas também, sua
conduta durante o trabalho externo ou freqüência de cursos profissionalizantes, bem
como os períodos de saída temporária, regime aberto etc. Vários são, portanto, os
critérios exigidos para que o condenado tenha a evolução de sua pena efetivada,
bem como a permanência no novo regime exige tais requisitos.
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Para que o condenado tenha direito ao sursis, não poderá ser reincidente em
crime doloso. Porém, mediante uma análise criteriosa, verificamos que a
reincidência que impede a concessão do sursis é de crime doloso, ou seja, o
reincidente em crime culposo poderá ser beneficiado pelo instituto, ao ainda aquele
que condenado a crime doloso, venha posteriormente ser condenado por crime
culposo e vice-versa, ambas através de sentença irrecorrível.
A execução da pena privativa de liberdade, em regra, somente poderá ser
suspensa se não for superior a dois anos, contudo, o parágrafo segundo do referido
artigo estabelece uma exceção à regra, o chamado sursis especial. A pena privativa
de liberdade superior a dois anos até quatro anos poderá também ser suspensa,
desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou
independentemente de tal circunstância, se as razões de saúde justifiquem a
suspensão.
Uma vez concedido a suspensão da pena, o condenado entra no chamado
período de prova que varia de dois a quatro anos, ou de quatro a seis anos em caso
de maior de setenta anos, período em que o condenado fica sujeito a determinadas
condições previstas nos artigos 78 à 81 do código penal, sob pena de revogação do
benefício. Durante o período de prova, o condenado acaso descumpra qualquer dos
requisitos previstos no referidos artigos em decisão judicial, terá o benefício
revogado imediatamente, retornando o preso à condição anterior da pena.
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Existem duas classes nas quais se dividem esses requisitos. Os legais, que
são aqueles impostos pela lei, e os judiciais que são estabelecidos pelo juiz, é o que
diz o texto do artigo 78 do Código Penal (In PLANALTO, 2009).
Vale ressaltar que o juiz não pode impor o pagamento das custas processuais
como condição para a aplicação do sursis, bem como o pagamento de multa caso
exista. Outro fator importante é que a sentença, que concede, denega, revoga ou
prorroga a suspensão condicional da pena, não faz coisa julgada.
Caso essas condições não sejam cumpridas, o benefício será revogado,
devendo o condenado dar início ao cumprimento da pena privativa de liberdade. As
causas de revogação poderão ser obrigatórias ou facultativas. No primeiro caso a
determinação vem da lei, não ficando a critério do juiz. As facultativas, por sua vez,
fica a julgamento do Juiz revogar ou não a medida. As causas obrigatórias, estão
previstas nos incisos I a III do artigo 81 do código penal, e as facultativas em seu
parágrafo primeiro (In PLANALTO 2009).
Com o término do período de prova, se verificado que o condenado não
praticou novo crime, bem como, cumprida todas as condições, não será mais
executada a pena privativa de liberdade, devendo o juiz determinar a sua extinção.
Tal sentença, portanto é de natureza declaratória da extinção da punibilidade. A
extinção ocorre na data do término do período de prova e não naquela em que o juiz
profere a referida decisão, mesmo que muito tempo depois.
Quanto à prorrogação, existem dois tipos delas, a facultativa e a provisória.
Na primeira hipótese, sua possibilidade deixará de existir caso o período de prova já
tenha sido fixado em seu limite máximo. A segunda hipótese de prorrogação por sua
vez, será obrigatória e automática, na hipótese em que o condenado que venha a
receber o sursis esteja sendo processado por crime ou contravenção durante o
respectivo período de prova. É indispensável que o beneficiado esteja respondendo
um processo, ou seja, que esteja em curso uma ação penal e sua respectiva
persecução criminal durante a vigência do período de prova, pouco importando se o
crime foi praticado antes ou durante esse tempo. A prorrogação automática
independe de despacho judicial, pois ela decorre da lei, perdurando até o julgamento
definitivo do novo processo. Além de ser uma hipótese prevista em lei, tal
entendimento já possui precedentes em nossos tribunais pátrios, a exemplo da
jurisprudência do STJ em sede do conflito de competência de nº 28.679, Vejamos:
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CAPÍTULO III
SISTEMAS PENITENCIÁRIOS
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forma completa, visto que o isolamento era aplicado somente aos presos mais
perigosos e os demais eram alojados em celas comuns. A estes eram permitido a
realização do trabalho comum, porém sob silêncio absoluto.
Pode-se dizer que o sistema filadélfico ou pensilvânico é uma mistura das
experiências inglesa e holandesa do século XVI, bem como, utilizando-se das idéias
reformadoras de Beccaria, Howard e Benthan, além dos princípios do Direito
Canônico. As características essências desse sistema, portanto, foram o isolamento
celular, a obrigação do silêncio, a meditação, bem como, a oração. Àquelas que
eram submetidos ao isolamento celular não podiam trabalhar ou receber visitas.
Raramente, permitia-se passeios em pátios totalmente fechados. A bíblia, que existia
em cada cela constituía a única distração do condenado bem como sua única
comunicação com Deus.
Devido a muitos fatores, a exemplo do rápido crescimento da população
carcerária, o sistema pensilvânico foi condenado ao fracasso. A Pensilvânia tentou
evitar sua queda criando duas novas prisões; A prisão ocidental em 1818 e a
penitenciária oriental de 1829. Na primeira, o isolamento era total e fortemente
rígido, percebendo que tal forma de afastamento era impraticável, a prisão oriental
decidiu flexibilizar o regime, admitindo o trabalho do preso nas celas.
A avaliação de que o condenado havia se recuperado e portanto estava
capaz de se reintegrar a sociedade era feita de forma extremamente subjetiva. O
professor Bitencourt define muito bem essa característica do sistema em estudo, in
verbis:(2001, p.63) (grifo nosso).
CAPÍTULO IV
CRISE DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
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Segundo ele, além desses benefícios, o custo de cada preso se torna bem
mais reduzido para o poder público e as chances de rebeliões são quase
inexistentes. Diz ainda o referido coordenador:
mundo do crime um caminho mais fácil e acessível para garantir sua sobrevivência
fora das prisões. (In: AGÊNCIA BRASIL, 2008)
O maior obstáculo à redução da reincidência encontra-se na superlotação dos
presídios, por conta disso, é quase impossível desenvolver uma atividade
pedagógica entre os detentos, além disso não existe um critério de seleção
adequado para separar aqueles delinqüentes com maiores chances de recuperação
daqueles que oferecem maiores riscos de reincidência. Vejamos o que diz estudioso
Helder Ferreira: (In: IPEA, 2008)
Segundo ele ainda, esse modelo de co-gestão garante ainda uma grande
redução de custos. Segundo dados oficiais do Ministério da Justiça o custo médio de
cada detento em uma penitenciária não atingida por esse programa varia em torno
de R$ 1.500 reais. Já nos presídios atendidos pelo programa, o custo cai para R$
500 reais por preso. Isso ocorre por que as ONGs registradas como entidade
filantrópica recebem isenção de impostos, celeridade e preferência em processos
licitatórios bem como outros benefícios (In: UNODC, 2009)
deveria começar dentro dos presídios, esta deveria ser a principal função desses
estabelecimentos, mostrar aos condenados que eles estão no lado errado da
história, e mostrá-los o caminho de uma vida adequada com os ditames sociais e
normativos, isso produziria uma proteção à comunidade muito mais eficaz, concreta
e duradoura, sem dúvida constitui o caminho mais seguro para a extinção da
criminalidade.
Goffman diz ainda que há uma diferença antagônica entre o pessoal, que
seriam aqueles responsáveis pela administração dos presídios e os detentos, onde
ambos possuem, uns dos outros, impressões cruéis e perversas, senão vejamos
(1973, p. 21, apud, BITENCOURT, 2001, p. 166):
manutenção dos valores morais e familiares entre os condenados, que somente pelo
fato de estarem reclusos momentaneamente não podem ser privados de uma
atividade essencial da existência humana.
A lei das execuções penais entrou em vigor no dia 11 de julho de 1984 sob o
número 7.209 tem por objetivo estabelecer regras que disciplinem a vida dentro do
cárcere e por em prática o sistema progressivo das penas privativas de liberdade
mediante o trabalho e conduta dos presos. A LEP, como é conhecida a referida lei,
possui três princípios primordiais: a garantia do bem-estar do condenado, a
necessidade de classificação do indivíduo e a individualização da pena bem como a
assistência necessária dentro do cárcere (In: UNIMEP, 2009, apud, BRASIL, 2005, p.
541-563; GRINOVER, 1987).
Em seu primeiro artigo, a referida lei estabelece que a principal função da
execução penal é garantir a integral efetivação das disposições da sentença ou
decisão criminal, sempre proporcionando condições para a harmônica integração
social do condenado ou interno. (In: PLANALTO, 2009)
Essa é a principal preocupação na execução da pena, a integração social do
preso. A manutenção desse elemento essencial garante a ordem nos
estabelecimentos prisionais e facilita o planejamento de uma metodologia que
priorize a educação dos detentos abrindo caminho para sua ressocialização.
Segundo dados fornecidos pelo Ministério da Justiça referentes ao ano de 2004, de
240.203 pessoas presas, apenas 44.167 estavam envolvidas em algum tipo de
atividade educacional dentro das prisões (In: UNESCO, 2009)
A inclusão da população carcerária em programas de educação e interação
social é tema de freqüentes encontros e seminários para discutir a implantação
definitiva desses projetos nas penitenciárias brasileiras.
Outro importante dispositivo da lei de execuções, o artigo 3º, assegura de aos
reclusos todos os direitos e garantias não atingidos pela sentença ou pela lei, ou
seja, todos os direitos que não forem restringidos pela sentença condenatória serão
mantidos durante o cumprimento da pena, não podendo ser violados ou
desrespeitado sobre qualquer pretexto. Este mesmo artigo, proíbe descriminação de
ordem racial, social, religiosa, ou política. Uma condenação penal não pode impedir
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Segundo a LEP, será concedida assistência jurídica aos condenados que não
possuem condições financeiras para constituir um advogado, sendo uma obrigação
do Estado, em todas as unidades da federação manter tais serviços em todos os
estabelecimentos prisionais. Todas as instituições prisionais ou de internação,
devem contar com pelo menos um Defensor Público para prestar auxílio jurisdicional
aos condenados ou internos. O grande problema era de que a lei das execuções
penais de 1984 não previa a atuação das defensorias públicas nas penitenciárias,
erro que foi corrigido com a aprovação do projeto de lei complementar n° 43/2009
que regulamenta a atuação das defensorias nos presídios brasileiros (In: SENADO,
2009). Segundo esse novo projeto, a defensoria pública deve contar com espaço
próprio nas penitenciárias, bem como, que lhes sejam garantidos condições
adequadas de trabalho, para que possam assistir adequadamente quase 90% da
população carcerária do Brasil, algo em torno de 400 mil presos.
Com essa nova lei a defensoria pública passa a integrar os órgãos da
execução penal, atuando através de núcleos especializados de execução penal
sempre visando uma rápida e efetiva justiça executivo-penal (In: ANADEP, 2009)
Segundo a Associação Nacional dos Defensores Públicos, essa nova forma
de atuação da Defensoria Pública nos presídios brasileiros constitui um avanço
significativo na execução penal, no sentido de constituir um instrumento de luta
pelas garantias dos direitos fundamentais durante a vigência de uma pena privativa
de liberdade. Vejamos o que diz ainda a referida entidade de classe: (In: ANADEP,
2009)
Portanto, o principal objetivo da Lei das Execuções Penais, qualquer que seja
o seu dispositivo, é resgatar indivíduo da criminalidade e reintegrá-lo à vida social,
garantindo ao mesmo, durante essa jornada, os direitos básicos da pessoa humana
e uma vida digna dentro do estabelecimento prisional, tudo isso sempre em total
consonância com o direito penal pátrio.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Essas medidas são urgentes e não se pode mais esperar por mais tempo
devido à gravidade que o sistema penitenciário já alcançou, sob pena de ser tarde
para agir e não se alcançar mais o modelo ideal.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2000
BRASIL, Código Penal. In: Vade mecum & acadêmico. São Paulo: Saraiva, 2006.
DESCARTES, René. Discurso sobre o Método. 2. ed., São Paulo: Vozes, 2008
FERRI, Enrico. Sociologia Criminal. Trad. Antônio Soto y Fernandes. Madrid, Ed.
Réus, 1908. t. 2.
FOCAULT, Michael. Vigiar e Punir. 22ª ed. Petrópolis: Ed. Vozes, 2000.
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GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2002.
GRINOVER, Ada Pellegrini. Execução penal. São Paulo: Max Limonad, 1987
JESUS, Damásio E. de. Parte geral. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. 1 v.
MIRABETE, Julio Fabbrini. Execução penal: Comentários à lei 7.210. 9. ed. São
Paulo: Atlas, 2001.
NORONHA, Edgard Magalhães. Direito penal: introdução e parte geral. 23. ed.
São Paulo: Saraiva, 1985. 1 v.
<http://www.comunidadesegura.org/.../o_servico_social_no_sistema_penitenciario.d
oc> Acesso em: 25 Out. 2009.