A educação para o pensamento científico não é uma meta longínqua e
inalcançável. Os países que compreenderam que seus destinos se definiriam pela
educação são os que mais têm criado oportunidades de transformação de suas realidades. Educação esta, que deve se desenvolver na mente, propiciando um pensamento flexível, audaz, aberto e ao mesmo tempo rigoroso. Essas exigências não estão vinculadas apenas aos segmentos universitários. Pensar bem não é patrimônio dos adultos, não se posterga no desenvolvimento, está presente na criança desde muito cedo. Prova disso são as ferramentas intelectuais construídas, espontaneamente, pela criança e, que garantem uma atividade mental substantiva, rica e harmônica. Sendo precoces, essas qualidades precisam ser cultivadas. Não para transformar as crianças em pequenos cientistas e sim para desenvolver uma racionalidade que as habilite a enfrentar os desafios propostos pelo conhecimento. Tampouco deve perder-se de vista que esse acesso seja harmônico, lúdico e prazeroso, assim recuperando os interesse mais genuínos da criança. Este é o objeto de trabalho que há mais de uma década vem sendo realizado por um grupo de pesquisadores da Universidad del Valle. Hoje este grupo juntamente com outros pesquisadores de Brasil e Argentina entrega os resultados de uma proposta que pretende mostrar como cultivar vocações para a construção do conhecimento, mais precisamente vocações científicas em crianças de dois a seis anos.